#3 As crianças do rio
François-Michel Le Tourneau é um geógrafo francês, autor do livro ‘Le Jari: geo-história de um grande rio amazônico’. Em seu livro, ele traça a história desse território localizado nas fronteiras da Guiana Francesa e do Brasil, mostrando as dinâmicas atuais que estão remodelando a Amazônia, incluindo as explorações mais recentes, como o projeto Jari e sua evolução para uma sociedade ecologicamente responsável ou a expedição geográfica realizada em 2011 que possibilitou a subida do Jari e seu afluente o Mapaoni até o terminal trijuncional Brasil/Suriname/Guiana Francesa. Zienhe Castro é uma cineasta de Belém, presidente do Instituto Culta da Amazônia e roteirista do documentário “Porto Esperança” que narra as memórias de seu pai, o caboclo paraense Levindo Pureza e seus 50 anos de navegação na Amazônia entre as décadas de 1930 e 1980. Nesse debate, moderado pelo escritor e jornalista paraense Edyr Agusto, conheceremos, portanto, a Amazônia subindo o curso do Jari, do Oiapoque e do Rio Negro.
« Les enfants du fleuve » -
François-Michel Le Tourneau est un géographe français, notamment auteur du livre Le Jari : géohistoire d'un grand fleuve amazonien. Dans son ouvrage, il retrace l’histoire de ce territoire situé aux confins de la Guyane française et du Brésil en montrant les dynamiques actuelles qui remodèlent l’Amazonie, y compris les plus récentes explorations, comme le projet Jari et ses évolutions vers un projet écologiquement responsable ou encore l'expédition géographique menée en 2011 qui a permis de remonter le Jari et son affluent le Mapaoni jusqu'à la borne de trijonction Brésil/Surinam/Guyane française. Zienhe Castro est une cinéaste originaire de Belém, présidente de l’Institut Culta da Amazonia et notamment scénariste du documentaire “Porto Esperança” qui raconte les mémoires de son père, Levindo Pureza « caboclo » du Para, et ses 50 ans de navigations sur l’Amazone entre les années 1930 et 1980. Au cours de ce débat modéré par l’écrivain et journaliste paraense Edyr Agusto, nous irons donc à la rencontre de l’Amazonie en remontant le cours du Jari, de l’Oyapock et du Rio Negro.
Em março, mês da Francofonia, o escritório do livro da Embaixada da França no Brasil e as Alianças Francesas de Belém e São Paulo lançam o ciclo de debates “Pensar a ecologia a partir dos mundos amazonenses e caribenhos”. Estes 4 encontros visam explorar e cruzar os desafios ecológicos e as questões pós-coloniais nos mundos amazônicos e caribenhos, no âmbito da continuidade dos debates iniciados pela Noite das Ideias 2020 (grande evento anual organizado pela Embaixada da França no Brasil) sobre o tema da floresta, e da Noite das Ideias 2021 em Belém sobre as identidades pan-amazônicas. Cada mesa discute, dentro de temáticas próprias, assuntos cruciais da atualidade, articulando-os com os desafios pós-coloniais e as questões raciais, de um lado, e a ecologia, de outro. O ciclo visa a criar sinergias de reflexão e cooperação através de uma abordagem regional entre Brasil, Guiana francesa e o caribe francófono, agregando também a África francófona.
PROGRAMAÇÃO:
Segunda-feira 7 de março às 19h: « A corrida pelo desenvolvimento » com Malcom Ferdinand, Felwine Sarr e Adriana Ramos
Terça-feira 8 de março às 19h: “Ecologia e feminismo” com Françoise Vergès, Amanda da Cruz Costa e Thanisia Cruz
Quarta-feira 9 de março às 19h: “As crianças do rio” com François Michel Le Tourneau, Edyr Agusto e Zhiene Castro
Quinta-feira 10 de março às 19h: “Repensar os saberes: as plantas e a medicina” com Cristine Takuá, Guillaume Odonne e Alexandre Quinet
Duração média de cada mesa 60min
Legendas em português disponíveis com ativação direta no dispositivo do youtube