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Presente aqui desde 1870, quando foi trazida por imigrantes americanos para o interior do Estado de São Paulo, a nogueira-pecã (Carya illinoinensis) encontrou no Rio Grande do Sul a expansão para seu plantio um século depois. A cultura recebeu incentivos de florestamento e reflorestamento nas décadas de 1960 e 1970, criando as bases para tornar o Estado gaúcho o maior produtor da fruteira no país.
Mas o interesse pelo cultivo da pecaneira por aqui só foi acontecer nos últimos anos. A noz-pecã nacional passou a ganhar mais espaço, recentemente, devido à alta dos preços no comércio internacional de frutos secos, além do fomento em pesquisas desenvolvidas por universidades e órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), entre outras instituições.
Em comparação à população de outros países, o brasileiro consome pouca noz-pecã, mas o mercado nacional é abastecido essencialmente pelas nozes chilenas, mostrando que há uma demanda interna a ser atendida, inclusive com oportunidades para crescer. Por outro lado, o Brasil tem capacidade de se tornar fornecedor da fruta no exterior, onde a procura se expande, principalmente pelo interesse cada vez maior por alimentos saudáveis.
Combinados com esses fatores potenciais de compra, o bom retorno financeiro, a diversificação das atividades que oferece à propriedade, a possibilidade de realizar consórcio com culturas anuais e/ou animais e de ser explorada economicamente por mais de 100 anos têm motivado produtores a iniciar o cultivo da nogueira-pecã.
A pecaneira também é fácil de ser manejada, apesar de exigir informação e capacitação para sua lida. Alguns tratos culturais em pomares necessitam de mão de obra qualificada, para tornar viáveis o florescimento da planta e a produção com qualidade. De crescimento vegetativo vigoroso, a árvore pode superar 40 metros de altura e 1,2 metro de diâmetro de tronco, necessitando de espaço para a evolução da copa e raízes.
A noz-pecã pode ser consumida crua, tostada, salgada ou revestida com açúcar ou mel, além de ser usada como ingrediente em receitas culinárias, saladas e sobremesas. Em produtos de padaria, é comum encontrá-la em decoração de bolos, doces e tortas, sendo ainda adicionada a iogurtes, bebidas lácteas e sorvetes na indústria alimentícia. Pouco difundido, seu óleo tem qualidades nutracêuticas.
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