Em 2024, o físico Cesar Lattes completaria 100 anos. Ele é um dos nomes mais importantes da ciência brasileira. Lattes foi o primeiro cientista a identificar o méson pi, hoje conhecido como píon, uma das partículas subatômicas. A maior parte da carreira do cientista transcorreu na Unicamp. Em seus anos de trabalho, Lattes formou uma geração de pesquisadores e professores.
O acervo dele, reunido ao longo de anos de dedicação à ciência, está preservado em alguns espaços da Universidade. No Sistema de Arquivos da Unicamp (Siarq), encontram-se documentos, cartas, anotações de estudos, fotos e homenagens. Já a Biblioteca Central Cesar Lattes, que leva o seu nome, mantém um espaço com documentos e objetos que recuperam a história do cientista.
Em uma das cartas encontradas no acervo do Siarq, uma jovem estudante de 17 anos, que adorava física e queria ser cientista, pediu conselhos a Lattes. Na carta, datada de 1979, a jovem ‘Dudi’ expôs suas dúvidas sobre se continuava a cursar engenharia ou se seguia o caminho da física. A equipe da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) conseguiu conversar com a autora da carta, 45 anos depois. Hoje, Dudi é pesquisadora e professora do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina. “A opinião de Lattes foi decisiva. Ele me respondeu e me incentivou a cursar física. Na época, foi uma surpresa receber uma carta dele”, lembrou.
Ficha técnica
Reportagem e apresentação: Felipe Mateus
Roteiro: Silvio Anunciação e Patrícia Lauretti
Imagens: Marcos Botelho Jr.
Edição: Kleber Casabllanca
Edição de capa: Paulo Cavalheri
Coordenação: Patrícia Lauretti