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"Agora eu era" = Faz de conta que eu era/sou .

Esse "Agora eu ERA heroi" remete ao faz de conta, - Ahora faz de conta que eu era o heroi e meu cavalo falava inglês, etc.". Esse temp verbal o pretérito imperfeito, remete a um passado usual. Nas histórias de fantasia, é o tempo usado para criar um passado que acontecia numa linha contínua. A narração descritiva no passado. Interessante para o contexto da canção.

Eu acho que quando ele constrói essas figuras de herói, cavalo falando inglês, cowboy, enfrentamento de alemães, ele está resgatando a influência do cinema de Hollywood no imaginário popular, particularmente das crianças naquela época.

Ótima análise. Acredito que Chico, quando diz "agora eu era", faz uma referência ao último verso "o que que a vida vai fazer de mim", pois na infância ele era muitas coisas, e agora, já adulto, ele não é mais e se pergunta o que será.

A letra antiga da música João e Maria se chama Amanhecendo, de autoria do compositor pernambucano Rui de Moraes e Silva e foi gravado nos anos 1950 pela cantora Nadja Maria. A letra toda dessa antiga versão se encontra na página 102 do livro Chico Buarque-Tantas Palavras, de Humberto Werneck, Companhia das Letras.

Crianças, quando contam histórias e interpretam personagens, dizem "agora eu era um..." Quando você é criança você conta uma história que passou, mas interpretando no presente

A partir dos 16:18 minutos é que começa a explicação.

Não vou mentir, descobrir essa música recentemente, mas não deixo de pensar o quanto alguns trechos se relacionam também com a forma de viver naquela época, principalmente no "Agora segundo a minha lei todo mundo era obrigado a ser feliz". Mas no fim, adorei conhecer a análise e o canal

Rapaz, eu assisti atentamente sua análise da canção "João e Maria", quando chegou no fim, eu estava chorando... solitariamente no escuro do meu quarto. Eu mergulhei profundamente na estória e acabei me identificando com o eu-lírico. PARABÉNS por essa analise tão profunda... que, por consequência, nos leva a refletir sobre nossa tão frágil e fugaz existência terrena. Abraço

A letra mostra um lirismo encantador, muito adequado para a música. Formidável.

Amo essa canção, e agora amo mais . por tanta libertação e lirismo! valeu demais Canal Musicália .

Linda interpretação. O Chico sempre trazendo a realidade no final. Magnífico

A melodia é de 47, pós guerra. Então o "enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões " pode ser uma referência ao lado vencedor que derrotou o nazismo (Alemanha), inclusive o Brasil fazendo parte dos vencedores.

Como mulher, interpreto a letra do Chico diferentemente de você. Como você, também vejo a letra retratando varias camadas de tempo. Mas, vejo um adulto/velho relembrando um amor perdido no passado. Na primeira estrofe, ele relembra a infância com a pessoa amada, entre brincadeiras (com influências do cinema e cultura dos EUA ) e diversão em que ele era o líder (era o herói, o artista, o que causava entre as meninas) e ela apenas mais uma da turma. Na segunda estrofe há um salto de tempo, talvez para a adolescência ou a fase adulta, em que ela é a amada. Porém, o amor do protagonista, sob a capa de um ideal romântico (a nudez da amada, como você diz, representa a inocência), era materializado em uma realidade de opressão, violência e machismo (era rei, porque a dominava; era bedel, porque não lhe dava liberdade e a vigiava; era o juiz, que determinava o que ela deveria ser ou pensar). Mesmo o romantismo, na visão dele, apenas escondia a manipulação dele e a relação violenta, pois, ao mesmo tempo em que ele dizia tratá-la como princesa, mulher inocente e pura, ele nos mostra que não havia igualdade entre ambos, pois ele era o macho dominante e ela deveria se sentir feliz, porque ele assim determinara. Nesse ponto, a relação dele com a mulher reproduz muito da realidade vivida por mulheres submetidas à violência doméstica, por exemplo. Os versos finais mostram que um dia essa mulher decidiu dar um basta e foi-se embora. - Chico, mais uma vez, o maior feminista!!!! - Agora ele, chora a partida dessa mulher e promete-lhe que, se ela voltar, mudará seu comportamento, inclusive permitindo um cambio de lugares (ela se tornaria a dominante e ele o dominado - ele, como ela no passado, seria seu brinquedo e manipularia a relação). Talvez ele tenha se arrependido do seu comportamento e reconhecido que ele foi a causa da fuga da amada, porque diz que era fatal o término da relação, pois era perfeita apenas para ele (o faz de conta). Diante da perda da amada ele não vê sentido em sua vida e vaga como louco sem saber que rumo tomar. Bom, sempre foi assim que entendi essa música, embora, claro, na minha adolescência vivida ao tempo do lançamento dessa música, todos nós da época também fizéssemos paralelos com a opressão que vivíamos em razão da ditadura militar e a esperança que, assim como a Maria, um dia encontraríamos a liberdade. Queria, por fim, parabenizá-lo. Gosto e aprendo muito com você. Obrigada.

"Construção", também do Chico Buarque, também daria uma ótima análise.

Adorei a análise! Enquanto via a primeira coisa que me veio à cabeça foi a respeito do ERA... só lembrar de como começam os contos de fadas: “Era uma vez...”. Também dá pra fazer uma analogia legal sobre o começo de um relacionamento amoroso (no início é um conto de fadas) e o término. Indo mais longe, penso que no começo o menino é todo-poderoso, dominando a brincadeira: herói, guerreiro, roqueiro. Quando percebe que está perdendo a moça, começa a ceder para o poder DELA: seu brinquedo, seu pião, seu bicho preferido. Se no começo o objeto era dela (apenas mais uma das noivas do caubói), agora ele se submetia ao gosto dela. E, por fim, consigo fazer uma analogia com a ditadura e os tempos sombrios em “uma noite que não tem mais fim”. Viajei? Não importa, a obra de artistas geniais servem pra isso: depois de lançadas, o público entende da sua maneira e cria sua própria versão. Muito obrigada pelo conteúdo de qualidade!

Música brasileira sendo sempre contextualizada muito bem. Vida longa ao canal e todos os idealizadores

Ainda hoje tenho um CD dessa música feita com Sivuca que é linda. Cantei ela para as duas filhas e depois em 95 para minha neta Manoela. Sempre ouço quando estou dirigindo.

Muito bom, mas se me permite um palpite, eu acho muito legal quando vc vai tocando um pedacinho da música e vai comentando, mas valeu!

Tinha 15 anos na década de 80 quando a música foi tema de novela, fazia de conta que tinha sido feita para mim

Eu sempre vi assim... Ele era o herói, que tinha posses (cavalo), desejado e/ou disputado por diversas mulheres (vc além das outras três), que enfrentava os batalhões em claro lado pró EUA (já declarado no cavalo que falava inglês, e tbm análogo ao cavalo como animal bitolado, controlado e obediente) contra os Alemães em relação a época da melodia de 47, pós Guerra (lembrando que o Brasil foi o grande, acredito que maior, fornecedor de borracha para a Guerra, chegando a formar o exército da borracha, com promessa de uma renda e inovação, e toda aquela papagaiada de convocações semelhantes, em um quase trabalho escravo, explorou esses trabalhadores seringueiros, em condições extremamente precárias de vida, no meio da floresta, longe de tudo e de todos, mantendo-os isolados e, pq essas pessoas tinham que caminhar horas para o vilarejo mais próximo, e assim isolados dificultando sua mobilização e organização, "ver história de Chico Mendes" tendo em vista que já era pós a grande greve geral de 1917, e já tínhamos certa noção de direitos), isso tudo além de ser o astro do rock nas horas vagas, por assim dizer! Quando ele coroa ela como sua princesa, é quando ele declara seu amor, abrindo mão das outras 3 do início da história... E quando ele fala sobre a nudez dela, não sem antes exalta-la "e era tão linda de se admirar, e andava nua pelo meu país", é sobre o movimento de esquerda, comunista, socialista, que tinha em sua essência a igualdade entre todo o povo do mundo, sem favoritismo ou troca de favores da elite, e sobre sua nudez, eu vejo com o sentido de não tapar suas "vergonhas", em um sentido de verdade, franqueza e honestidade dela, em oposição a censura e claros privilégios de poucos, e era esse movimento velado de transações financeiras escusas, de superfaturamento de obras como a transamazônica, Itaipu, etc, isso tudo, no país dele, ou seja, onde ele era o governo autoritário. "Agora eu era o Rei, era o bedel e era tbm juiz")... E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz! Em clara alusão a censura, onde a mídia só divulgava os feitos, em uma manipulação da informação, além de proibir quaisquer críticas ou solicitações de esclarecimentos! Ele, percebendo o desinteresse da sua "princesa" (no meu ver, pq a honestidade e caráter da princesa, não poderia se interessar por toda a ostentação, superficialidade e entreguismo, este último falo do governo não do personagem, do auto entitulado herói), ele se desespera chegando a se colocar como possível brinquedo para ela... Ela some no mundo sem avisar (talvez em analogia a própria oposição da época da ditadura, e seus movimentos escusos)... "e agora eu era um louco a perguntar: o que que a vida vai fazer de mim?!" Em um "Final Feliz" onde o suposto herói (governo opressor) ficou triste e desorientado!!! E agora filosofando, sobre o final, é um relato de uma paixão doentia do governo por sua oposição, onde a razão de sua existência passa a ser o outro, quando na imposição dos atos institucionais, pensando no presente tempo da criação da letra (1976), pós o AI-5, ato de flagrante retrocesso civilizatório, que autorizava a prisão, a tortura e a "carta branca" para atos militares sem necessidade de conhecimento prévio, intimação ou qualquer intervenção do judiciário"... Acho que é isso! 😘

Excelente análise. Obrigado por essa meia hora de cultura pura!

Eu amo tanto essa música, e significa tanto pra mim! Chorei só com tua análise, refletindo além do que já havia refletido antes dela. Grata!

Os povos nativos também andavam "nus" pelo "país", na visão dos colonizadores europeus.

Juscelino, tenho uma contribuição a mais. Vc já disse sobre a questão do "agora eu era" mas percebo que Chico repete o "era" muitas vezes na música, acredito ai na relação das histórias de crianças, sempre começando em "era uma vez", talvez seja viagem minha, mas sempre pensei dessa forma. Parabéns pelo trabalho fantástico. Abraços

E o que é ser adulto senão continuar se sentindo criança, mas fingindo que não? Sempre vi a música como um paralelo, dessa interpretação (maravilhosa) infantil que você apresentou à vida adulta e os sentimentos semelhantes. Como se a pessoa que ele amou, com quem 'brincou' e foi tão feliz, como criança, o deixasse. E ele se sentisse, novamente, como um menino perdido. A inocência e os sentimentos todos equiparados.

Essa foi uma ótima análise da canção "João e Maria" de Chico Buarque. Eu faço umas observações e acrescento a minha interpretação da canção: há na canção, referências aos filmes a que os pré -adolescentes assistiam, com gêneros predominantes como dos filmes de caubóis, "o meu cavalo só falava inglês", isto é, o caubói orientava o cavalo que montava, falando em inglês, já que os filmes de caubóis eram falados em inglês e algumas crianças não tinham como ler todas as legendas, não dava tempo; "a noiva do caubói", "as outras três" poderiam ser possíveis candidatas a noivas do caubói, o herói da trama; de guerras contra os nazistas "eu enfrentava os alemães...". "No tempo da maldade a gente não era nascido", pode ter também uma conotação ligada à repressão, à ditadura, maldade de gente grande (que nasceu antes de nós); "Você sumiu no mundo..." pode ser uma alusão ao fim da liberdade; "A noite não vai mais ter fim..." pode estar relacionada ao terror do autoritarismo, uma vez a canção foi escrita durante aquele período negro da História. Chico Buarque disse que essa canção fez parte do período em que ele compôs para o público infantil, mas ele deve tê-la escrito também sobre o momento difícil por que o país passou, Chico conseguiu driblar a censura inteligentemente, na minha avaliação.

Putz cara!!!Minha música preferida!! Parabéns pelo seu trabalho!!! Você é demais!manda um salve! Fala de Novos Baianos!!!Por favor!!

Essa música tem muitas referências da Segunda Guerra mundial. Considerando o ano da melodia 1947 O cowboy é o EUA O cavalo fala inglês pois foi quem levou o BR pra enfrentar batalhões. Sem preparo (bodoque). A noiva do cowboy era você (Brasil) além das outras 3 (França, Inglaterra e URSS)

Cavalo fala inglês... cowboy... batalhões... ensaiando rock... Me lembra a programação infantil das TV's dos anos 70. E penso que toca o conteúdo onírico de uma criança que brincou e se divertiu (obrigada!?) o dia todo! Sonha juntando peças da reminiscência do dia e suas fantasias ! E o tempo vai amadurecendo o herói, que adolesce e vê fora um mundo duro, da maldade... o faz-de-conta terminando... A maturidade, fatal, vai cobrar... o que a vida vai querer do louco... Uma coisa linda esta letra! Acho que ela ajudou Chico a conquistar muitas princesas!

oi, eu adoraria que você fizesse uma análise de "todo homem" do Zeca Veloso, é uma letra tão complexa e queria muito ouvir você falar sobre ela.

Sensacional análise! Alguns conceitos mais simples eu ja tinha notado, mas nunca cheguei nem perto de toda essa profundidade. Parabéns, de verdade!

Minha interpretação é de q a letra se tratava de um relacionamento de 2 jovens e que quando amadurecem ela percebe que ele n dava o devido valor a ela e quando vai embora "ele fica louco se perguntando oq q vida vai fazer dele". Isso pq no Início ELE era o Herói, e o cavalo falando inglês é a referência aos Filmes de Hollywood, de faroeste. ELA era a noiva, so q tinha mais 3, ou seja, infidelidade. O herói, o fodão, o Rei, o Juiz, O bedel, o autoritário, o galã e o mulherengo pq além dela, ainda tinha mais 3. E autoritário, pq "pela minha lei" ou seja, só importava oq ele pensava e haja o que ouver a relação tinha q dar certo "obrigado a ser feliz" e ela andava nua pelo país dele, ou seja, So a via pelo lado carnal. Aí quando ela "foge" ele se desespera e diz "finja que agora eu era seu brinquedo" "seu peão " para que agora ela esteja na frente da relação que por MUITO tempo n foi bom pra ela. "No tempo da maldade" Ele ta botando a culpa de que a relação era ruim pq eles eram jovens e imaturos. só que n adiantou, "era fatal que o faz de conta terminasse assim" Ele sabia q uma hora ela ia cansar e ir embora, "pra la deste quintal" o desconhecido "noite que n tem mais fim" tristeza profunda. Até que ela some da vida dele, e agora ele era um louco a perguntar o que a vida ia fazer dele. O tempo verbal ta no passado pq, no AGORA ele ta lembrando do que ele ERA e do ACONTECEU, se arrependnendo.

Vocé é muito bom. Parabéns! Fico encantado com seus comentários.

Você percebe que quando ele diz "vem me dê a mão" o eu-lírico, tão dominante, tenta deixar o centro da atenção para ela, como uma forma de convencimento. Até aquele momento era só ele quem decidia, mandava, quando percebeu que ela iria embora, tentou quase desesperadamente mudar o foco. Mas não dá certo... Então, pra mim, essa música tema ver com remorso, egoísmo, falta de empatia de entender que o outro é importante. É uma música progressista e sem dúvida foi uma afronta aos ideais do regime militar.

Por favor, analise: Mulheres de Atenas O bêbado e o equilibrista

Excelente a tua análise, faz todo sentido o que você falou! Vida longa meu amigo, você é muito bom!

Conheci hoje seu canal e estou maratonando. Muito bom! Gonzaguinha e Ivan Lins merecem serem lembrados neste canal, fica como um pedido. Sucesso

Acho que qnd ele diz: " eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões", ele faz uma alusão a época da segunda guerra Mundial q terminou em 45 e por sua vez, tinha crianças que viveram na época do holocausto e que mesmo sendo doloroso, ainda tinham inocência e esperança. Para mim, Chico, faz uma homenagem às vítimas ( em especial às crianças) e, uma homenagem à data de criação da melodia.

Tava inscrita mas agora ativei o sininho 😜

Ótima análise! Amo essa musica e sempre a interpretei apenas como alguém que lembra de suas brincadeiras de infância e tinha uma menina que ele brincava, tinha todo o imaginário infantil, uma "paixão" sem maldade porque eram crianças e, depois de um tempo a menina foi embora, talvez tenha se mudado com os pais para outro bairro, outro estado e o faz de conta terminou, a felicidade estava no quintal onde as brincadeiras aconteciam, fora do quintal era uma noite sem fim porque não havia brincadeiras nem faz de conta. Quando ela muda pra outro lugar, ele fica triste porque n foi avisado sobre a mudança "sumiu no mundo sem me avisar". Pra mim, é só isso mesmo. Chico fez uma letra romântica e "infantil" que combinou perfeitamente com a melodia. Muita gente viaja tentando encontrar referências de ditadura e etc, mas acho que é só isso mesmo. Rss.

Muito legal! Eu li algo uma vez (ou um professor tenha dito e desculpa não ter trazido a info completa), que há muitas histórias sobre madrasta pq a taxa de mortalidade era gigante de mulheres no parto e pelas condições de vida dos servos. Então era comum as famílias serem "reconstruidas" dessa maneira, com a substituição das mães ou pais. E então essas mulheres, em situações de fome, acabavam dando prioridade para a sobrevivência se seus filhos ao invés dos filhos do primeiro "casamento" do esposo. E daí as atrocidades com as crianças etc.

"NUNCA confiem em Patos..." 😄👍🏻

so p vc saber! estou viciado no canal. se eu nao for o fã numero 1 sou o q admira sem sombra de duvida. Parabens!

Amei pq amo o trabalho do Chico. Obrigada. PARABÉNS.

Olá! Excelente explanação! 👏👏👏👏👏👏👏👏 Além disso, vc é uma pessoa muito agradável! Muito mesmo! 👏👏👏 Abraços! Obrigada! ⚘

Fantastico, fiquei fã. Chico, o miserável é bom!

Pohha cara vc faz uns comentários muito sensatos, bem fundamentados. Gostei pra caramba do vídeo. Agora eu era um inscrito. Parabéns pelo ótimo trabalho.

Cara, caí de paraquedas em seu canal e não consegui sair! Que maravilha de canal.

Cara, que delicia esse vídeo! Pelo assunto, claro, mas por você ser uma pessoa normal, sã, sem a habitual histeria que acomete youtubers. Bacaninha, meu compadre! Obrigado por isso.

Me lembrei da minha infância assistindo os contos de fadas da TV Cultura. Rs

Suas explicações são ótimas Parabéns!

Poxa, cara!! Como vc me surpreendeu com as novidades das histórias originais, é q depois foram sendo adaptadas ao universo infantil. Aliás, novidade também é para mim o fato da autoria da música que o grande Chico depois musicou. Eu não sei se teria a licença do grande Sivuca, mas arrisquei uma letra para João e Maria nos tempos modernos - da atual globalização. PA-RA-BENS pela tua análise-resenha-crítica!!! Show. Mais um humilde inscrito

Obviamente, a música pode ter várias interpretações, mas eu acho muito interessante a parte "Agora eu era o herói, e o meu cavalo só falava inglês", poderia ter uma relação com O Presidente João Figueiredo, o último do período da ditadura militar, que teve a polêmica declaração:" o cheirinho dos cavalos é melhor que o do povo", e também tinha uma admiração enorme pelos EUA. Daí, "o meu cavalo só falava inglês" e o Chico, como um ato de resistência, seria o "herói". (Obviamente, posso estar errado).

Sempre entendi essa música como uma alteração na relação de dominação (no sentido positivo, ou seja, de quem ama mais). No começo ele é o moço especial, disputado pela garotas, etc. Daí ele escolhe a garota, uma das três, e decide, pois ele ainda tem o cacoete do poder de ter escolhido, que eles serão felizes para sempre. De repente, ocorre uma inversão, ele passa a ser submisso para não perdê-la, um "pião"... Agra era fatal... Ela (e ele) descobrem o mundo. Para lá deste quintal... Uma noite sem fim. Ela foi embora e o faz de conta acabou.

Fantástico!!! Parabéns muito obrigado! Achei incrível as analogias!

Vc é incrível. Obrigada pela sua disposição e sensibilidade. Parabéns.

Oba!!! Sempre quis saber sobre essa canção. Obg

Adorei a análise dessa música de Chico Buarque. Parabéns!

Belo trabalho. Viva. 👏👏👏👏👏

EXCELENTE ANÁLISE! AMO ESSA MÚSICA! QUANDO ASSISTO LAURO CORONA E GLÓRIA PIRES CANTANDO, ATÉ CHORO.

Perfeita análise! Essa música é lindíssima!

A outra letra chama-se "Amanhecendo" do compositor pernambucano Rui Moraes e Silva. Olha ela aí: soundcloud.com/paulo-carvalho-14/amanhecendo-1

Com certeza eu não poderia ficar fora desta! Sou apaixonada por esta música! 🎸🎼 " Nunca confie em um Pato!"

Aleluia... parabéns Juscelino que bom que vc fez essa análise tão aguardada

Agora eu era herói, para mim ele estava contando(imaginando) uma história...

Faz a análise de "Mistério do Planeta"

Bela análise dessa maravilhosa canção. A forma didática começando inicialmente com uma introdução do conto d João e Maria foi ótima. D fato a letra nos leva a um ambiente d fantasia q representa o período da infância. Alguns aspectos da época em q a canção foi composta aparecem na canção como o trecho "Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões" q faz referência ao período pós segunda guerra. Acho q "O meu cavalo só falava inglês" é bem típico dos desenhos animados. E realmente o final da canção com o trecho "Pra lá desse quintal era uma noite q não tem mais fim" demonstra justamente q a infância é como um quintal d fantasias e q depois desse quintal vem a realidade dura da vida e q uma vez fora do quintal não há mais volta, não há mais fantasia, é uma noite sem fim. Ou seja, acaba a infância.

Caramba, o final da sua análise é perfeita!

Vocês podiam falar do Elomar... A obra do cara é muito boa!

Sempre que ouço essa canção me vem a sensação de perda. Como se o eu lírico tivesse perdido alguém. Como se a ditadura tivesse levado alguém dele. Mas, gostei dessa análise sobre a infância perdida.

Boa tarde meu irmão! brilhante imersão, quanta profundidade! Acredito que toda música antes de ser cantada, deveria passar pelo crivo de uma interpretação dessa natureza. Parabéns! Deus O abençoe!

Explicação consistente na profundidade agradável.

eu sempre interpretei essa letra como sendo uma alusão ao imperialismo americano, de que o personagem acredita que a felicidade está ligada ao conceito de sonho americano, é logico devido ao uma influencia e doutrinação externa do imaginário cultural vindo dos cinemas hollywoodanos.

É uma música linda, obrigada pela análise!

Minha música preferida de Chico Buarque. Maravilhosa, a letra, a música e a história rica dessa música.

Uma aula parabéns juscelino

"O Chico é cirúrgico!"Phodástico!

Adorei seu comentário. Eu arriscaria dizer que foi uma das melhores interpretações que você já fez. Parabéns

Parabéns pela análise. Adorei!

Análise da letra, não da canção. Mas, legal, é muito bom haver um canal como esse. Parabéns e obrigado!

hehehehe pode crer! Neil Gaiman até menciona essa versão mais 'navalha na carne' de "Chapeuzinho Vermelho" em " Sandman - Casa de Bonecas"!

Agora eu era herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque Ensaiava um rock para as matinês Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigado a ser feliz E você era a princesa que fiz coroar Era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu peão Seu bicho preferido Vem me dê a mão A gente agora já não tinha medo No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido Agora era fatal Que faz de conta terminasse assim Pra lá deste quintal Era uma noite que não tem mais fim Pois você Sumiu no mundo sem me avisar E agora eu era um louco a perguntar O que é que a vida vai fazer de mim

Musica maravilhosa. Acho que a mensagem principal é alertar que houve a presença dos alemãs na America do Sul, mais precisamente no Brasil , apos a 2ª guerra mundial, onde os partidarios dos russos enfrentavam os canhões dos alemãs com suas pequenas armas , no caso , o Bodoque, na fantasia infantil do Chico Buarque, na frase , prá lá desse quintal.....e por aí vai....

Este Canal é maravilho estou encantado nunca imaginei encontrar uma reliquia dessas aqui no yotube, ja compartilhei com alguns amigos

Na idade média não existe essa separação entre adulto e criança, as crianças eram consideradas pequenos homens.

A análise da música mesmo só começa aos 17:00 para quem quiser pular a enrolação.

Eu realmente eu sempre entendi que a Interpretação dessa belíssima letra do CHICO BUARQUE é exatamente isso. É assim mesmo que criança fala e brinca , AGORA EU ERA HERÓI ......

MARAVILHOSO! Sempre tem uma criança dentro de nós!🤩 Viver é tenso! É uma vida com suas frustações e alegrias.

"Nunca confiem num pato" 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂 ri alto pela indireta

Analise "Para Lennon e McCartney" por favor!

Oba! Bacana esse teu canal! Pra mim, Joao e Maria recorda-me uma brincadeira bem imaginada entre criancas que contam estorias uma pra outra enquanto brincam. As criancas misturam tudo o que atravessa seu universo, como conversas de adultos, suas experiencias na escola, etc. Mas, a volta toda explicatoria,, sei la'...! Sucesso!

Excelente analista.

"O meu cavalo só falava inglês" pode estar se referindo aos nossos cavalos heróis dos enlatados sempre americanos (cabalo do Zorro, cavalo do Roy Roger, etc); "Andava nua pelo meu país" pode se referir à época em que já existe alguma erotização mas o nu da amada está totalmente fora do seu alcance. No mundo ideal, a amada estaria sempre nua. "A gente era obrigado a ser feliz" pode estar se referindo à utopia infantil em relação ao futuro, à esperança de construir um futuro perfeito. "Obrigado" pode estar se referindo à presunção infantil (e as vezes adulta) de que basta se decretar leis para as coisas acontecerem e os problemas desaparecerem.

Eu vi alguma coisa sobre chico ter visto a filha brincando e falando "agora eu era... " ai colocou na música. Se não me engano vi o próprio chico falando isso.

Muito legal que aula, e ainda relembrei o contato de João e Maria.

#Sim. Música sempre se lia. Você já se perguntou de onde nasceu: "Se essa rua. . Se essa rua fosse minha"? Ela nasceu de uma programação anterior no mesmo modelo... Foi desta forma que tudo no fundo foi desenvolvido. O que nos faz pensar :" Então sempre houve uma cidade?? Ruas e casas? SIM! Foi assim que o mundo foi sendo tomado pra cada um.... pedaços de terras em.jogos de perde ganha. Acredita se quiser.

Agora eu era, me parece que a percepção do que ele era mudou

A história do pato é bem parecido com a história contemporânea do Brasil. Mas EU sabia que o pato pertencia a bruxa 🤣