Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão do século XIX que desenvolveu uma filosofia pessimista e metafísica, influenciada pelo idealismo transcendental de Immanuel Kant e pelas tradições do pensamento oriental. Schopenhauer é mais conhecido por sua obra principal, "O Mundo como Vontade e Representação" (1818), onde introduziu o conceito de "Vontade" como a força primordial e irracional que impulsiona o mundo.
Para Schopenhauer, a realidade é dividida em duas partes: a representação, que é o mundo fenomênico dos objetos e a experiência, e a Vontade, que está além da experiência e é a essência do mundo. A Vontade é cega, incessante e irracional, e a existência humana é marcada pela dor e pelo sofrimento. A felicidade, segundo Schopenhauer, é apenas a ausência temporária de sofrimento.
Influenciado por pensadores orientais como o budismo e o hinduísmo, Schopenhauer propôs que o caminho para a salvação é a negação da Vontade. Através da compaixão, ascetismo e contemplação estética, podemos nos libertar temporariamente da tirania da Vontade e alcançar momentos de paz e serenidade.
Embora tenha sido amplamente ignorado durante sua vida, Schopenhauer teve um impacto significativo na filosofia e na literatura posteriores. Seu pensamento influenciou autores como Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud, e Thomas Mann, e suas ideias são frequentemente associadas ao movimento filosófico conhecido como pessimismo existencial.
Fonte: Ateus.net
Edição áudio vídeo: André Fortunato