Quem lê a biografia de vários santos e santas da Igreja, encontra relatos de revelações privadas onde foi lhes dado a entender a situação de muitas almas no além, seja no céu, no inferno ou no purgatório. Alguns santos, como Santa Faustina Kowalska, não só conheciam a situação de várias almas do purgatório como recebiam com frequência pedidos de oração por parte delas. Como explicar isso à luz da doutrina católica e como separar uma revelação particular (privada) de um fenômeno mediúnico condenado pela Igreja?
A Comunicação com os mortos por meio da Necromancia e mediunidade são claramente condenadas pela sagrada escritura e pela Igreja, que sempre a considerou um pecado gravíssimo que pode levar a alma a abrir uma brecha para a ação do inimigo de Deus na alma de quem a pratica. No entanto, apesar de não haver nenhum posicionamento oficial, a Igreja considera a "possibilidade" de que Deus permita, para nossa salvação e por iniciativa soberana dele, que seja revelado aos cristãos da Igreja militante (nós que ainda estamos neste mundo) o destino dos que partiram. Somos membros do corpo místico de Cristo e esta comunhão não cessa após a morte.
As revelações particulares, embora não façam parte do depósito da fé, podem ser uma fonte importantíssima para que os fiéis percebam a ação de Deus na Igreja e na história e robusteçam sua fé. As revelações do destino das almas na eternidade nada têm a ver com a necromancia e o espiritismo, pois nestes casos não existe a evocação dos mortos, mas uma iniciativa do próprio Deus, como na aparição de Moisés e Elias à Jesus e aos apóstolos na transfiguração.
Fique na paz de Jesus e no amor de Maria!