A regra do octeto está diretamente relacionada à ligação covalente, que é aquela onde os átomos compartilham elétrons. E a regra diz que um átomo compartilha seus elétrons até que ele atinja a configuração do gás nobre mais próximo. E a configuração de gás nobre vai trazer para a ligação formada e por consequência para a molécula uma grande estabilidade.
Elementos que apresentam número atômico próximo ao Ar vão apresentar a tendência de perder ou ganhar elétrons para adquirir uma configuração eletrônica de gás nobre.
Mas apesar da Química ser uma ciência exata muitas de suas regras têm várias exceções. E com a regra no octeto não é diferente. E é justamente nas exceções que precisamos ficar de olho.
E a primeira exceção diz respeito mais ao nome da regra do que a definição em si. Quando falamos regra do octeto o próprio nome remete a oito elétrons. Alguns átomos apresentam tão poucos elétrons que jamais atingirão a configuração com 8 elétrons.
É o caso do átomo de hidrogênio, ele tem apenas 1 elétron. No entanto, se considerarmos que o hélio é o gás nobre mais próximo e ele apresenta apenas 2 elétrons, tudo o que o hidrogênio precisa é fazer uma ligação covalente. Também existe a possibilidade de receber um elétron e formar o íon hidreto que é isoeletrônico em relação ao hélio.
A segunda exceção é para aqueles átomos que, formam moléculas estáveis mesmo sem ter oito elétrons de valência ou a configuração de gás nobre ou seja, apresentam o octeto incompleto.
é o caso do Be que compartilha seus 2 elétrons de valência e passa a ter 4 e- na molécula de BeCl2.
O mesmo acontece com o B que compartilha seus 3 elétrons de valência e forma a molécula de BF3 atingindo apenas 6 e-.
Por fim, alguns elementos são capazes de exceder o octeto quando formam moléculas, eles têm o octeto expandido.
Isso ocorre quando o átomo central de uma molécula tem orbitais d vazios e pode acomodar 10, 12 e até mais elétrons.
Só que isso só ocorre para os não metais a partir do 3º período pois eles apresentam orbitais d vazios que podem ser acessados para acomodar os elétrons excedentes.
Esse é o caso do Cloro, do enxofre e do fósforo por exemplo.
Os chamados compostos hipervalentes apresentam o átomo central com mais elétrons do que a regra do octeto permite (10, 12, 14 elétrons de valência são possíveis)
Podemos observar a hipervalência no fósforo que faz 5 ligações no PCl5 e têm 10 elétrons e também no enxofre na molécula de SF6. Suas 6 ligações conferem a ele 12 elétrons de valência. Bem acima da regra do octeto, não é?
Para finalizar, fica uma dica: O número máximo de ligações que o elemento central faz, corresponde ao número de elétrons de valência dele quando está livre.
Desta forma, o fósforo que apresenta 5 elétrons de valência, fará no máximo 5 ligações e o enxofre, que apresenta 6 elétrons de valência, fará até 6 ligações.
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