Adorei seu enfoque: viu o filme, leu o livro, fez considerações pertinentes e deu sua opinião. É isso que o público do canal espera. Fim.

Sobre a dizimação dos índios norte americanos vale muito ler "enterrem meu coração na curva do rio", e há também o filme com mesmo nome.

Eu não consegui assistir ao filme. Mas li o livro. Achei muito bem fundamentado, com uma escrita cativante e uma crítica bem sagaz. É incrível como a ganância norte-americana pelo dinheiro, está fortemente vinculada aos piores crimes contra os povos originários. Não são uma democracia, nem a terra da liberdade.

Na transposição de uma obra literária para cinematográfica naturalmente há mudanças de enfoques. É importante ter em consideração que um filme não só busca expressar objetivamente os acontecimentos, mas também expõe a interpretação subjetiva do diretor. Daí vem a escolha de focar na relação dos personagens do DiCaprio e da Lily Gladstone junto com o do Robert DeNiro que é impecável na entrega de um cinismo muito impactante. Não há nenhuma obrigação do cinema em seguir exatamente o conteúdo da obra que inspira um filme, já que se trata de outra expressão artística, com linguagem e objetivos muito diferentes.

A questao do imvestigador do FBI ter sido secundário no filme eu acredito que tem explicação. O Scorcese e o Dicaprio viram que o filme estava focando muito no surgimento do FBI. Isso com roteiro pronto e algumas filmagens até. Então entenderam que a nação osage deveria receber um foco maior e resolveram trocar algumas coisas. Por exemplo, dicaprio ia interpretar o investigador, e passou a interpretar o ernest. O roteiro foi reescrito pra que o filme fizesse melhor uma espécie de reparação histórica, e não simplesmente absorvesse a narrativa de "surgimento do FBI". Então acho que por isso o filme saiu dessa forma que nao te agradou rs

A princio, a investigação do FBI seria o foco do filme assim como no livro. Mas optaram por mudar, porque o Scorcese preferiu que a história fosse mais dos Osages do que do FBI. E não queria que a história fosse mais uma de "white man savior"

O diretor, que tem outros filmes com esse ritmo no currículo, como "O Aviador" , "A Época da Inocência" ou "Hugo Cabret", resolveu usar uma abordagem que tira o homem branco agente do FBI do centro da trama para colocar em relevo o drama dos Osage. Sugestão para a maravilhosa Isabella: Assista ao filme novamente quando não estiver na expectativa para gravar uma Live. Acredito que terá outra visão dele. Um excelente Natal e maravilhoso Ano Novo para você e todos os que você ama, belíssima Isabella!

Seria legal um vídeo neste formato com o Oppenheimer!

Obrigado pela resenha, Isa..!

Ansioso pela resenha dos melhores do ano.. 😅

Gostei da sua resenha, Isa, fiquei interessada em ler o livro! E, assim, desculpe, mas o pessoal está muito emocionado aqui nos comentários... Este é um canal essencialmente literário, e o vídeo apresenta a OPINIÃO da Isabella comparando a experiência DELA com o livro e depois com o filme. O fato de ela ter preferido o livro e achado o filme longo não obriga ninguém a pensar o mesmo que ela e nem vai remover o Scorsese do panteão dos grandes diretores do cinema mundial. Calma, pessoal, calma... 😅😁 E feliz 2024 para todos!

Ótima resenha, Isa! Obrigada por compartilhar conosco❤

Ótimo entender mais sobre o livro reportagem e o fato histórico. Quanto ao filme, entendo que é um enfoque propositalmente diferente, saindo do excepcionalismo da conduta desviante (o crime) pra iluminar a naturalização do genocídio desse povo e suas raízes na cultura colonialista, que não os reconhece como iguais, como merecedores de dignidade. Pra isso a liberdade artística de dar protagonismo ao marido da Molly, assim como as relações do tio com a comunidade, o jogo duplo, a estratégia, ocupam um espaço tão importante.

Fiquei na dúvida se lia Oppenheimer ou este e acabei não lendo nenhum nem vi nenhum dos filmes. Ainda estou chocado com a leitura que fiz no início do segundo semestre do livro The ghost of king Leopold, Adam Hochschild. Sobre a exploração belga no Congo. Outra leitura que desdobra estes acontecimentos é Exterminem Todos os Malditos, do Sven Lindqvist. Livraço.

Eu li o livro ano passado quando ouvi falar sobre o filme. A história é bem interessante mas achei a escrita meio maçante. O incrível é saber que um jornalista depois de tantos anos foi atrás de desvendar toda essa história.

É justamente o contrário do que aconteceu com A ESPERA DE UM MILAGRE, do FRANK DARABONT; o filme é tão perfeito que bota o livro no ralo. A gente tem a impressão que o livro é uma simples novelizacao do filme. O STEPHEN KING se sentiu humilhado !!!!!!

Boa tarde, Isa! Primeiramente, feliz Natal e um ano novo,lindo pra vc, querida!! 😘O roteiro adaptado buscou construir uma história dramática fundada na experiência da Moly. Ao fazê-lo perdeu de vista o suspense investigativo alicerçado no surgimento do FBI. Essa transição de um suspense-investigativo, ao meu ver, esvaziou um pouco a narrativa. Claro, filmes diferem- de livros: são duas midias diferentes! 🎥🎞️🎥🎭 Mas talvez dar uma enfase mais ao processo investigativo aproximaria roteiro/ filme.... Bjos, boas férias, senhorita!! 🙌🏼🙏🏼

Se eu não me engano o filme seguiria a base mais parecida com o livro, com o agente interprtado pelo Jesse Plemons sendo o protagonista, porém nas pausas das gravações durante a pandemia o Scorsese mudou o roteiro do filme para tirar a parte do suspense de quem estava cometendo esses crimes e resolveu explorar a dinâmica dos dois responsáveis por aqueles atos terríveis, colocando assim o personagem do De Niro e DiCaprio como os protagonistas.

Engraçado eu gostei muito do filme, particularmente não achei muito longo. Fui assistir o filme sem saber nada além da premissa que era uma das primeiras investigações do FBI relacionada aos indígenas e achava que o filme teria um foco grande na criação do FBI e dos investigadores, senti falta disso. Obrigado pelo review, estava na dúvida se valia a pena comprar o livro, agora com certeza quero ler a obra!

Isabella, antes de mais nada, parabéns pelo teu trabalho! Creio q o q tu estejas sentindo seja a mesma impressão q eu tive esta semana ao assistir ao filme. Assisti na quarta-feira, tb início da noite e tb levei cerca de 4 horas e pouco para acabar. Tb me surpreendi com o valor, mas como havia me prometido, mais ainda do que comprometido, me presenteei e não me arrependo. Mas, para mim, mesmo sendo Scorsese, não conseguiu transmitir a dimensão do que foram esses fatos na história estadunidense, e, ainda que saibamos que uma adaptação para o cinema não tenha compromisso, ou a pretensão, de ser melhor que a obra original, na minha opinião deveria minimamente transmitir a essência da obra, o que não ocorreu pra mim. Se eu não tivesse lido o livro, pelo qual estou fascinada, certamente eu não teria absorvido do filme o q hj tenho de bagagem sobre esses fatos. Senti muita falta de mais protagonismo de Tom White tb e da história q vai contando o progresso do que hj é o conhecido FBI. É um bom filme, mas não transmite a essência dessa história. Parabéns novamente!

Outra resenha bacana, Lindona. Em breve lerei o livro e verei o filme. De antemão eu também já esclareço que sou muito crítico quando vejo um filme que se diz ser baseado em determinado livro e que dispersa demais dos elementos originários apontados nos excertos escritos. Já sabemos, todos nós leitores, que filmes e livros são mídias diferentes e que, por isso, quando uma se refere à outra são legítimas algumas adaptações/modificações/dispersões. No entanto, também sou da opinião de que essas adaptações/modificações/dispersões devem terem limites, e serem feitas com o devido cuidado, que só um artista tem, sob pena de não fazerem jus ao excerto original escrito...

Otimo vídeo, eu vou ler esse livro e assistir o filme em seguida, pra ver se tenho a mesma impressão.

Personagens interessantes protagonismo mediano sofre mais mas quebra até mesmo de maior invergadura prazeroso de fazer acho q não oferece desgosto

Ótima resenha, concordo com suas colocações. Parabéns.

Adorei o vídeo. Feliz Natal Isa!

Feliz Natal, Isabella!!!

Mas não foi você que supostamente disse que não se importava muito com essas diferenças entre livros e audiovisual?

Li o livro e vi o filme no cinema, e o filme é um complemento perfeito do livro. O roteiro é perfeito! Esse é um dos melhores filmes que eu vi no cinema em 2023.

Ótima interpretação. Obrigado

Agora que você mencionou Edgar Hoover, é irônico que Di Caprio tenha interpretado o próprio na cinebiografia do Clint Eastwood kkk.

Oi moça! O filme foi todo feito em estúdio. E os planos abertos em cenários reais, vivos!Tem nada de digital. É Martin Scorsese o maior diretor vivo do cinema dos EUA. Louca para ler o livro porque o filme é de um preciosismo em todo seu detalhamento, história,roteiro e a direção impecável do mestre Scorsese! Recomendo muito q vejas o vídeo da maravilhosa Isabela Boscov q te dá a contextualização histórica do filme. E não! Não é mais um filme sobre a criação do FBI é sobre o massacre da Nação Osage! Filme perfeito na realização da sua proposta do tamanho justo para contar a história real sem deixar pontas soltas.

Nossa, jurei que pelo título do vídeo o livro seria ruim também para você kkkkkkkk. Eu ainda tô formulando o que achei do filme, apesar dos problemas apontados por ti - que são super válidos e estão me fazendo refletir - eu gostei bastante do filme.

Também sobre a exploração no Congo, Barreto, leia O Sonho do Celta, de Mario Vargas Llosa, um livraço; e também, claro, O Coração das Trevas, de Conrad; sobre o livro e filme comentado por Isa, não posso opinar, não li o livro nem vi o filme. Só sei que Scorsese é gênio, convém você rever o filme, Isa. Obrigado. Te saúdo e desejo um feliz natal com muitas bênçãos e um próspero ano novo. ❤

Mano, lí o livro e adorei. Assisti o livro e também adorei. Duas abordagens distintas sobre um episódio terrível e que nunca pode ser esquecido.

A ideia inicial do filme era ser sobre a investigação mesmo. Inclusive, o Leonardo di Caprio seria o investigador principal. Depois eles resolveram mudar totalmente o foco narrativo e trouxeram o ponto principal para a relação do casal Molly e Ernest com toda sua complexidade e contradição. Concordo que ficou muito diferente da proposta do livro. Mas eu gostei do resultado. Humanizou bastante os Osages e trouxe um ponto de vista não muito comum nos filmes de faroeste de Hollywood

Acho que vou ler primeiro o livro, depois assisto o filme. 🤔🤔🤔🤔🤔🤔

Concordo que o filme não precisava durar três horas e meia!

Isa, o que mais em você! É a sua dedicação! Não me canso de te parabeniza-la! Um feliz natal!

Isa, uma sugestão, talvez pro ano que vem: lista de livros leves para ler para quem piora da depressão nessa época do ano. Tô tão ruim que nem consigo ler e nem assistir nada.

Então, eu falei o mesmo do filme, não teve suspense. A ação do filme ficou em torno do Di Caprio, mas o personagem para a qual toda ação fluia, era a Molly. Ainda não terminei o livro. Mas no filme o personagem da Molly cresceu, de total inação (tive vontade de sacudir ela e mandar tomar tento) a tomar as rédeas da própria vida. Mais interessante é que ela falava pouco e as decisões dela foram quase mudas e é claro que isso dá urticária. Achei o filme muito chato no inicio, foi difícil digerir. Mas a força da molly me surpreendeu e foi um desses filmes que depois que acaba fica na cabeça, talvez por que a Molly é um personagem muito diferente do usual e pareceu uma velha sábia, mesmo sendo bem jovem. Parabéns pelo seu trabalho. Sucesso. Feliz 2024.

Ótima análise

Isabela,eu gostei do filme(apesar de longo),porém não li o livro,que pretendo fazer em breve,para fazer o comparativo....valeu pela crítica!

O filme tem um recorte diferente, focado em três personagens. O livro é mais amplo, além do genocídio, mostra bem a parte da criação do FBI e a investigação. Pra mim, o filme não peca em nada. O problema dos leitores é achar que as mídias são iguais. O Scorsese em suas entrevistas justificou a escolha do foco, ele não queria contar a história pelo ângulo investigativo ou pelos olhos dos brancos, por isso escolheu a personagem Moly como central. Ademais, se você tem no elenco DiCaprio e De Niro não faz sentido não explorá-los exaustivamente, pois eles são os melhores atores das gerações deles. Sobre a duração, nenhum minuto foi desperdiçado. As 3h30 são preenchidas com a construção do mundo e das relações, dando profundidade ao filme. Aposto que você viu em casa, pausando e se distraidndo!!! Ora, a película nos situa no tempo, nos mostra o enriquecimento dos Osages, as relações com os brancos, as mortes, o julgamento e as consequências, logo, o tempo é justificado. Além disso, a direção e a fotografia são tão boas que eu gostaria de, pelo menos, mais uns 20min, só de cenas expositivas, como a do incêndio na fazenda do Hale.

Caramba, você parece a Sandra Bullock hahaha

IsaBELLA, não sei se já leu "Cem Dias Entre o Céu e o Mar" do Amyr Klink, é muito mais que um livro de aventura. Quero ser um mico de circo se você não gostar...Abçs. PS.: compre a edição antiga que possui lindas imagens e fotos.

Isabela, faz uma resenha de ratazana do gunter grass, adoraria saber o que vc acha desse livro

Ainda não assisti ao filme, mas por estar estudando pra concurso da PC-SC adorei o livro. A forma que a investigação é conduzida pelos federais em comparação a corrupção de xerifes, advogados, promotores e juízes locais que não faziam nada apenas mudando as cenas dos crimes, mexendo em provas, sumindo com tudo, a má vontade e o descaso são bem retratados, foi bem impactante pra mim o desespero dos Osages para que o governo assumisse a investigação com investigadores de fora do estado de Oklahoma e que não tivessem nenhum vínculo com brancos locais. Gostei tanto de Di Caprio como "policial" no filme 'Ilha do medo' que acredito que teria sido muitíííííssimo melhor ele ter protagonizado esse como Tom White. A parte do livro que eu achei mais forte o racismo foi na indignação de Tom em estar se estendendo o julgamento do Ernest por não ter um júri de brancos capaz de julgá-lo por tudo que ele fez.

Bom dia,gosto de suas resenhas,mas temos um filme na cabeça quando lemos um livro e nossa visão sempre diferente do cineasta 😅😅😅,só gostei de um filme baseado em livro " A Boa Terra " de Pearl S. Buck

Clube da Luta é um dos poucos livros em que tanto a adaptação pro cinema e o livro são ótimos... um supera o outro.

Isso acontece com nossos indios até hj, a funai cuida dos “incapazes” indios.

Sensacional

Acabei de assistir. Ótimo filme, pesado, triste. Atuações magníficas. Depois de assistir, confirmei que os fatos são reais mesmo, vi até as fotos dos personagens reais. Não li o livro, não posso opinar sobre o vídeo da Isa rs 📚📽

O filme não foca nos crimes e reportagem, mas, na relação pessoal, mesmo no romance entre os dois, em como poderia ter havido uma história de amor se não fosse a ganância e o racismo.

Você foi a primeira pessoa que vi que não babou ovo pra esse filme. Assisti ao filme no cinema (não li o livro). Ele não me empolgou, pelo contrário, achei cansativo. Scorcese é uma lenda. Sua filmografia fala por si. Também comungo da opinião dele que muitos filmes contemporâneos, de certa forma, estão desvirtuando a finalidade do cinema: contar boas histórias. Muitas produções atuais são um amontoado de recursos tecnológicos, onde a narrativa e as histórias são relegadas a segundo plano. O excesso de filmes de super-heróis reflete isso. Porém, nem Scorcese está imune à críticas. Achei mais do mesmo (dentro de sua filmografia), chato e arrastado o aclamado "O Irlandês". O filme é uma repetição entediante de tudo que ele já havia feito antes, sem o mesmo brilhantismo. Basta compará-lo, por exemplo, com "Os Bons Companheiros" e "Os Infiltrados", de mesma temática. Dito isto, "Assassinos da Lua das Flores" é um filme monotônico, não empolga em momento algum. Ele segue morno do começo ao fim. E a duração excessiva torna ainda mais difícil acompanhá-lo até o final. Veredito: filme chato. Comprei o livro em e-book. Pretendo lê-lo mais pra frente. Só a título de curiosidade, assisti ao filme "Tár" há poucas semanas. Também é um drama, também é longo. Adorei. Aí você percebe como a narrativa (forma de contar a história) é fundamental pra sua percepção da obra.

Não entendo por que o pessoal gostou muito mais do livro que do filme, vi ele no cinema e gostei bastante. Vi outras pessoas reclamando exatamente dos mesmos “problemas”: filme muito extenso e falta de foco no White, e, realmente, o filme não foca quase nada no pessoal do FBI, mas como FILME eu gostei muito, como filme ele cumpre muito bem o seu papel, e mesmo com tantas horas de tela, fiquei com gosto de quero mais. Enfim, na minha opinião, o filme peca como adaptação, mas brilha BASTANTE como filmes. Inclusive, foi indicado a melhor filme no Oscar, mas ficou de fora da indicação de melhor adaptação. PS: Espero que a Lily faça valer seu favoritismo e vença o prêmio de melhor atriz e o Robert de Niro surpreenda e também leve a estatueta de melhor ator coadjuvante, mas esse último acho difícil provavelmente será do Roberto Downey Jr.

Concordo sobre o filme, estava emocionada antes e decepcionada depois sem nem ter lido o livro 😢

Um feliz natal!

tenho três livros de filmes recentes pra ler: o do irlândes, o do oppenheimer e esse que comprei agora

Nem vi o filme. Me assustou duração. Hei-de ver quando chegar ao streaning. Fica bem esse penteado.

Estou lendo A montanha Mágica, mas não sei sei se vou até o fim. O livro não me pegou.

Vamos lá. Primeiro temos que entender que filme não é sinonimo de "livro filmado", se fosse assim nem precisaria de um roteiro cinematográfico, bastaria filmar todas as cenas do livro. O filme quando feito por um grande autor será uma nova obra que não se prende à original podendo sim dialogar com ela mas que se sustenta sozinha como uma obra original porque foi re-pensada por seu autor: diretor e roteirista. É entendível que leitores e escritores se apeguem ao material original e esperem um retrato visual do que está escrito no livro o que geralmente é um problema se o livro está sendo adaptado por grande autores do cinema, é o caso de "O Iluminado" do Kubrick ou de "Stalker" do Tarkovsky que diferem bastante da obra original porque seus diretores não estão interessados em recriar aquilo, só pegam o ponta-pé e a mística do livro para desenvolverem sua visão sobre aquilo e contar uma nova história cinematográfica, não literária. No caso de "Assassinos da Lua das Flores" a intenção original do Scorsese era exatamente o que você queria que fosse, retratar tal como no livro tendo o DiCaprio no papel do agente do FBI e o filme acompanharia essa investigação. Porém, no processo de ADAPTAÇÃO da história decidiram que não era esse o filme que queriam retratar, Scorsese não queria mais um filme de investigação da perspectiva branca tendo a investigação dos assassinatos e o agente branco como protagonistas e o povo Osage no pano de fundo como acessório da história, Scorsese mudou o filme e decidiu fazer um filme sobre A Tragédia do Povo Osage e aí a obra se distancia da original, ele passa a querer adentrar aquele mundo dos Osages respeitando e retratando sua cultura e seus infortúnios trazidos pelo homem branco, o personagem do DiCaprio vira então o homem branco que vai ser assimilado por aquela cultura e que aqui serve apenas como um elo de ligação para a audiencia adentrar aquele mundo. Em mãos menos capazes de algum diretor mediano esse filme seria exatamente isso: um filme de suspense sobre uma investigação de assassinatos resolvidos pelo FBI como outras centenas de filmes e talvez a gente saíria do Cinema lembrando qual era o povo assassinado ou talvez isto não faria diferença pro espectador que estava apenas interessado em resolver o mistério. Scorsese então inverte a lógica hollywoodiana comum e foca toda a sua narrativa na tragédia sofrida pelo povo Osage deixando a investigação sim como parte da resolução quase no final do filme mas não sendo o ponto central da história. Para não termos uma trama maniqueísta: bonzinho/malvado, branco/preto, o Scorsese resolve focar uma parte considerável da história na relação do casal para termos nuances e profundidade, e assim quando estamos chegando ao final conseguimos entender toda a complexidade dos sentimentos do Earnest que não é apenas um vilão caricato como seu tio Hale, vemos na relação que nutre com a Molly que há uma parte dele não corrompida que é capaz de amar a mulher e os filhos, mas que por conta de seu tio Bill Hale, de seu baixo intelecto e sua ganância é corrompido e manipulado, obviamente culpado e consciente disso, porém Scorsese retrata-o como um humano e não apenas um arquétipo do mal como seria de se esperar e isso só é possível por conta da relação com a Molly e os filhos. Em um filme comum/mediano, a história terminaria com o detetive indo embora daquele lugar voltando a 'civilização' feliz após ter resolvido o mistério, Scorsese termina seu filme cruelmente contando o destino dos personagens, os brancos condenados que acabam não cumprindo quase nada de pena e voltando ao mundo civilizado e o destino de Molly cujo papel na resolução dos crimes é negligenciado tanto na História como em sua própria lápide (esta lida pelo próprio Scorsese em mais um gesto de respeito pela história que está contando), e claro o filme fecha com um plano quase celestial do ritual do povo Osage que sobreviveu àquilo tudo mostrando que são eles os protagonistas do filme: e por isso ao fim do filme primeiro lemos o título na língua índigena e só depois em inglês.

Desculpa, mas adaptação nunca é feita pra ser melhor ou pior. Tem muitas coisas que não funcionam em roteiro, não funcionam para cinema. Isso é muito normal.

O filme é diferente do livro por motivos óbvios, quanto a isso sem nenhum problema. O q mais me intrigou foi todo mundo morrendo na família da Molly e ela inerte, assistindo tudo sem fazer nada, sem se indignar com o marido. Mesmo depois de ter a confissão do marido frente a todo mundo, ela continua serena. Não tenho esse espirito de barata não, e concordo com a mãe dela, essa mistureba de etnias estragou com tudo. Poderiam ter dado mais ênfase a determinadas questões como a investigação propriamente, mas perderam um tempo imenso tentando nos convencer de q eles eram um casal.

Concordo!

❤❤❤❤❤❤

Xiiiiiiii. Polêmica na área 🔥😱

❤

Único filme melhor que o livro: A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER!!!!!

Hoover era bem um estapor. Todo o mundo sabe. Sugestivo ver esse cara mais novinho no terreno fazendo suas maldades. Não sei se faz, mais seria engraçado ver até onde poderia ir a podridão desse super policial ainda novinho.

Não li o livro, mas vi o filme. Pretendo rever nesse fim de ano. Eu não gostei das escolhas de roteiro. Eu achei que hollywood e Scorsese perderam uma grande oportunidade de efetivamente colocar os indígenas como protagonista de um filme. No fundo são um grande pano de fundo para o drama e relação dos dois principais protagonistas brancos. Eu fui ter dimensão do quanto histórico e significativo foi a riqueza dos Osage quando fui ler sobre depois de ter visto o filme. Me pareceu também que houve uma romantização na relação do Di Caprio com a Mollie. Ela vendo a morte a todo momento e mesmo assim toda pacifica e compreensiva com o marido? sei la... E a cena do Di Caprio na cela chorando a morte do filho?? era pra se comover? Eu queria que ele e toda sua família morressem com requintes de crueldade. Os Osage ficaram como grandes coadjuvantes nisso tudo. incrível No mais, Leo Dicaprio ta foda. Deve ganhar oscar e tudo mais possivel.

O filme tinha tudo pra ser o melhor mas do meio pro final do ladeira abaixo

Com a resenha do livro, concordo plenamente. Mas quando vc compara o livro com o filme, discordo totalmente. São duas linguagens totalmente diferentes e além disso, o filme optou por mudar a perspectiva do livro para a do povo osage e não para o FBI...mudar também um pouco o foco da investigação para as características da opressão e do mito fundador norte-americano. O filme é excelente. E não é longo não. Não senti assim.

Assisti ao filme e, ato contínuo, li o livro. Afirmo, sem medo de pecar, que a película do Scorsese deixou muito a desejar. Muita ênfase no "Leo" em detrimento da real narrativa do livro. Por isso, ele vai perder, mais uma vez, o Oscar. Aí está, falei.

Primeiramente: discordo muito que o filme é longo demais. Um escritor conta as suas historias em x paginas e diretor conta sua historia em x minutos. O Scorcese escolheu contar essa historia longa, séria e complexa em 3:30. O primeiro roteiro tinha um foco maior no FBI que seria interpretado pelo Leonardo Dicaprio e sua se alrera pq o diretor nao queria que o FBI foi o salvador branco. E como o Scorcese não é indígena, tbem foi uma escolha não ter o ponto de vista dos indígenas. Acredito que talvez voce devesse ter feito o inverso. Assistido o filme e depois lido o livro pq com o conhecimento de cada detalhe, isso pode ter feito criar expectativas no filme que não eram o propósito. Enfim, quero ler o livro pq gostei muito do filme.

Tem um motivo pro Scorsese ter feito a adaptação, ou melhor, sua versão da história. O que vc fala não procede, sua análise do livro não se aplica ao filme, mas somente ao livro. São experiências muito diferentes e seu comentário sobre o filme foi equivocado, no sentido de qualifica-lo da forma como você qualifica. Você pode ver o vídeo da Isabela Boscovi (sugestão) para compreender a cinematografia e as escolhas críticas, artísticas e muito lúcidas do cineasta. O quanto e como, com o filme, ele captura nossa época e aponta questões. O livro não é o filme, pq são de fato produtos culturais distintos com estruturas semiótica distintas e, no caso, do Scorsese, um filme é sempre um atravessamento politico-poético, para dizer somente o minino do mínimo.

Raras exceções um filme chegar bem próximo do livro. Fugindo um pouco do tema...quem são esses dois bonequinhos no canto inferior do seu lado direito? Não conseguia tirar o olho tentando descobrir quem são kkkkk.

É um tipo de livro que eu não teria interesse em ler..... Quase tudo que a Isabella recomenda eu fico com vontade de ler..... Mas este aí eu não consideraria uma possível leitura para mim......

Acho importante esclarecer que nos Estados Unidos o dono da terra é dono do subaolo

"Petrolíficas"???

O filme mesmo sendo do Scorsese, meu diretor favorito, da metade para o final é uma bagunça absurda, achei fraco por ser um fim e do Scorsese.

❤❤

Desculpa, mas você Isabella não é uma sumidade para falar em adaptaçōes para o cinema, pois aqueles pavorosos e horrendos filmes baseados nos livros da Agatha Christie que fez merchandising aquilo sim, é cansativo e entediante. Todos os filmes do Scorsese são longos, não é exclusividade desse filme em questão.

Ontologicamente falando parece que você atingiu o ápice da crítica literária. Talvez seja interessante tornar-se produtor de conteúdos para que surja uma nova ramificação de críticos centrados em sua incrível inteligência.

Sei que são mídias diferentes, mas o livro é infinitamente superior ao filme. Nao gostei da forma que decidiram contar a história e dava pra ter focado mais no povo osage sem mudar essa questão

O filme foi ótimo!!

Até achei um filme bom, mas cansativo. E pra mim um filme com 3h30 não pode ser so bom.

Fala-se ScorcEse, não Scorcise

Custei acabar de ver esse filme

ATENÇÃO!!! O filme não é de oeste, é de Oklahoma!!

Eu não consegui dar continuidade nesse filme. Muito parado.

Nossa, o filme não é muito bom, comentário pretensioso para quem não é especialista em crítica cinematográfica. Ela deveria ficar na resenha do livro.

Scorsese é com S, só uma ajuda. Mas o vídeo foi legal

"O filme falha..." Putz, ela corrigindo o Scorsese rsrs

Através do cinema do Scorsese muitos poderão ter contato com o livro, só por esse fato o filme já é um grande sucessooooo. Scorsese não deixa vácuo jamais.

Índico o canal Dalenogare Críticas , ele é um crítico de cinema e leitor do livro Assassinos da lua das flores. A partir daí poderão fazer uma reflexão mais séria em relação ao filme do Martin Scorsese. A Isabella precisa amadurecer e apurar melhor essa gosto pelo cinema.

(i) Escrever "Scorsese" com C; (ii) Comparar qualitativamente duas obras que, apesar de dialogarem, são essencialmente (ONTOLOGICAMENTE) diferentes entre si - e que, portanto, só podem ser analisadas artisticamente em termos próprios e a partir das singularidades de cada meio expressivo (no caso, literatura vs. cinema) QUE DECEPÇÃO!!!

É tudo real mesmo, a cenografia e etc... É esse o diferencial da produção e direção dos filmes do Scorsese

Eu li o livro primeiro e assisti ao filme. E acho que o filme tem mais "alma" e sentimentos na narrativa do que no livro, através do relacionamento ambíguo de Ernest e Molly