CABELO: A NOVA COLONIZAÇÃO DAS CABEÇAS E DOS CORPOS NEGROS?

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5 ай бұрын

Na esteira da informação da luta negra antirracismo global pró-rompimento ético-estético com os padrões branco-hegemônicos de beleza, o empoderamento crespo das décadas de 1960-70 (Movimento Black Power) inflexionaram as articulações político-intelectuais das Renascenças do Harlem e jamaicana (Movimento Rastafári) dos anos 1920-30 pela revalorização ontológica da negritude em diáspora por seus sentidos africanos e, nesta medida, antiocidentais. Central, portanto, às identidades de homens e de mulheres negros e negras, o cabelo segue fonte de reelaboração e de síntese sobre o ser e o tornar-se negro(a) (Souza, 1983), pois sede Ori-entada à representação da ancestralidade negro-africana enquanto continuum histórico. Dados ou não o assédio à racimisoginia das novas tecnologias digitais e a transgeracionalidade da agenda dos movimentos sociais negros, o uso atualizado de penteados e de técnicas então abandonados interpõe dilemas e o temor de uma nova colonização estético-capilar.
No Canal Preto da semana, o status contemporâneo das reflexões a respeito da autoestima e da autoafirmação negras via estética e o refôlego ou não de colonialismos à beleza negra.
Fontes de pesquisa: Geledés e Revista Marie Claire.

AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas e ao convidado a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo o conteúdo publicado ao longo da semana.
Larisse Louise Pontes Gomes - Cientista social e especialista em Antropologia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Vivian Girassol - Cabeleireira especialista em cabelos crespos e cacheados. Sócia do salão Quilombo Hair.
Jef Samambaia - Cabeleireiro especialista em cabelos crespos e cacheados. Sócio do Quilombo Hair.

#ParaTodoMundoVer: no vídeo (plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes pessoas convidadas: Larisse Louise Pontes Gomes, uma mulher negra de pele clara e cabelos crespos curtos pretos, veste uma blusa branca estampada por listras em preto e usa, além de óculos com uma armação hexagonal de cor chá, brincos de argolas médias prateadas; Vivian Girassol, uma mulher negra de pele clara e cabelos crespos castanhos levemente tingidos em loiro nas pontas, veste uma blusa de cor pêssego, um blazer branco e uma calça de cor areia e usa, além de brincos de argolas pequenas prateadas, um relógio de pulseira rosé (mão esquerda) e duas pulseiras de contas marrons (mão direita); e Jef Samambaia, um homem negro de pele clara e cabelos crespos curtos levemente grisalhos, veste uma camiseta marrom e uma calça branca e usa, além de óculos com uma armação arredondada transparente, brincos de argolas médias e um relógio (mão esquerda) prateados.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?
#Cabelos #LiberdadeCapilar #CanalPreto

Пікірлер: 14

@amandlax1604 Ай бұрын

❤

@carlosestevaoavelar4271 5 ай бұрын

Boa noite, parabenizo as gerações que as antecederam e que fizeram uma transformação na vida de vocês e vocês uma transformação na arrogante cabeça dos fios finos e lisos, como se na cabeça delas uma pessoa fosse melhor, superior, mais bonita, mais desejável, mais atraente... Tudo isso vocês conseguiram fazer ruir por terra, mostrando não apenas que a beleza do cabelo de vocês também é uma peculiaridade e uma diversidade bonita, mas que vocês não tem cabeça apenas para ter cabelos, mas para raciocinar, para mostrar seus valores intelectuais, morais, suas qualidades artísticas, para raciocinar, criar, para serem originais nos diversos segmentos da vida produtiva, afetiva, vencedoras nas suas atividades do sistema econômico. Sei que ainda tem um longo caminho pela frente para que exista uma paridade, um equilíbrio nas oportunidades e principalmente o respeito, a consideração, a cordialidade, a inclusão que vocês todas merecem. Mas as Leis estão ai, a facilidade para denunciar está mais acessível com as câmeras de celulares e de praticamente todas as lojas e ruas. As denúncias encontram respaldo na Justiça e contam com o apoio da grande maioria da população. Tenho fé em futuro mais digno e mais humano com todos e todas vocês. Um forte abraço e obrigada por compartilhar.

@marlucesantos54 5 ай бұрын

parabéns falar de cabelos de mulheres pretas amei.

@marlucesantos54 5 ай бұрын

BOA NOITE

@jorgevarella3637 5 ай бұрын

Acredito, em primeiro lugar, que urge uma mudança de paradigma terminológico capilar . É impossível aceitar que existam até cinco tipos de classificação de cabelo quando na verdade todos eles têm apenas dois pontos em comum, ou seja , a flexibilidade ao manusear e a impossibilidade de quebra ao se dobrar um fio de cabelo . Nunca vi ninguém comparar qualquer dos tipos de fios existentes com o material de que é feito por exemplo a madeira , o ferro, o aço, a pedra etc. Isso é fato ! Não pode ser contestado . Por que então diferentes nomes para tipos de cabelo que possuem apenas duas características em comum ? É necessário que se faça uma mudança de vocábulo em relação ao tipo de fio de cabelo com base apenas nas duas características mencionadas anteriormente, tipo : cabelo com fios retos( indígenas , asiáticos alguns africanos ) e cabelo com fios modelados( ondulados e cacheados - maioria das pessoas brancas , mestiças e pretas ) . Com essa nova forma de interpretar e nomear a verdadeira essência do cabelo as pessoas ( em sua maioria mestiças e pretas ) trarão um significado mais verdadeiro e digno para se orgulharem de seus cabelos . Sejamos resilientes. Sempre ! Um abraço.

@leuorocha82 5 ай бұрын

Show

@carlosestevaoavelar4271 5 ай бұрын

Estou aqui pensando nas milhares de pessoas que tiveram no passado uma pessoa preta da qual descenderam,, mas que ignoram suas árvores genealógicas e, que nelas ainda germinam preconceitos. Tive um bisavô, mas que olha para mim me acha branca e tenho a tez clara, embora o cabelo seja muito ondulado e grosso. Vejo muitos descendentes de pretos, como no caso por exemplo da família Gil, Brown.... e muitas outras. Mas a maioria não desconhece seus ancestrais e, ainda que não, querem esconder tal fato.

@marlucesantos54 5 ай бұрын

cabelo é ter liberdade❤❤❤❤

@mtmatheus_272 4 ай бұрын

1:00 na minha rua a rapaziada costuma não aceitar costumes negros que não sejam os limitados deles, como por exemplo: cabelo na régua (degradê), encaracolado, estilo soldado, americano; cortes que são muito maneiros, porém não fazem meu estilo. Em uma época, deixei o cabelo crescer, ficou um black, estilo Jimi Hendrix, a galera não curtiu, como se eu tivesse pedido alguma opinião, se fosse só brincadeira, só zoeira, tudo bem, mas eu percebi que havia um certo ódio, uma certa implicância, principalmente por parte dos próprios pretos. Descobri que alguns estavam falando mal de mim pelas costas, e foi aí que fiz uma das maiores descobertas da minha vida: descobri que o preto é tratado como cópia, todos devem ser iguais, todos devem babar o ovo do mesmo cara, todos devem ouvir a mesma música; a propósito, sempre implicaram comigo por conta do meu estilo musical (rock), mas isso eu já tô acostumado, nunca liguei muito. Ainda acreditam que rock é música branca kkkkkkk pros cara aqui no rj só existe funk, pagode, samba, trap e rap; desses, eu curto muito rap e trap, muito mesmo pra caralho, mas minha música predominante é rock kkkkk. Voltando ao assunto, eu nunca aceitei esse negócio de cópia, na adolescência seguir uma moda, até ia, mas nunca me deixei ser levado pelas opiniões deles, eles se aceitam até certo ponto, depois ficam por aí dizendo com orgulho "sou negão" isso e aquilo. Não, eu sou negão, eu me aceito, eu aceito minha cor, meu cabelo, minha cultura, esses cara daqui e de muitos lugares por aí aceitaram a opressão. Os irmãos tentam derrubar um ao outro, ao invés de se juntar pra lutar contra a desigualdade (no geral). Contemplam racismo, escravidão, misoginia, est., ped., e pra eles tá tudo certo, acolhem o jack, abraçam o jack, trazem o jack pra suas ruas, suas casas, aceitam um jack como se fosse alguém da família, mas um preto, um gay, uma mulher, um nerd, uma pessoa diferente é tratada como lixo pelo próprio "nego branco" kk. Mal sabe o "nego branco", que o branco não suporta a pele dele.

@mtmatheus_272 4 ай бұрын

Por fim, eu só cortei depois que eles pararam de se importar, aí eu não tava mais incomodando então não tinha mais graça 😅

@paulamiranda949 3 ай бұрын

@@mtmatheus_272 no RJ o que mais tem é pret0 r4cista, pret0 da comunidade mesmo, tudo bajulador de branco e se aceitam até certo ponto mesmo. Também são extremamente misógin0s e r4cistas com mulheres, gostam muito é de mulher branca , loira e do olho claro.