A Casa de Vidro se converteu de residência particular a uma das atrações artísticas mais importantes - e menos conhecidas - de São Paulo
Quando, em 1951, a casa se ergueu iluminada e no alto de uma colina do bairro do Morumbi, a população de São Paulo logo a batizou. O prédio envidraçado de um andar, apoiado em pilotis, parecia a muitos uma construção de ficção científica, de tal modo ela contrastava com o aspecto convencional da cidade.
A Casa de Vidro foi uma das primeiras residências de arquitetura contemporânea a ter surgido no Brasil. Foi projetada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi (1924-1992), chegada ao país no final da década de 1940 ao lado do marido, o colecionador, jornalista e historiador de arte Pietro Maria Bardi (1900-1999). Lina e Pietro construíram o imóvel para servir de moradia do casal. Como se tratava de uma dupla de prestígio - Bardi havia fundado em 1947 o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e Lina atuado na divulgação da arquitetura de vanguarda como editora de revistas especializadas em Roma e no Brasil, o casal mantinha uma vida social agitada e logo se tornaram personagens da vida cultural do Brasil.
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