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No Rio Grande do Sul, a produção citrícola é predominantemente desenvolvida por agricultores familiares, havendo uma heterogeneidade de sistemas de cultivo ajustados à rea lidade econômica, social e ambiental de cada propriedade (PETRY, 2012).
O Vale do Caí é a principal região produtora de citros do estado, havendo predominância de cultivo de tangerineiras, principalmente da cultivar Montenegrina (PANZENHAGEN et al., 2008).
Desde os anos 1990, em função de dificuldades no manejo de pragas e de doenças pelos métodos convencionais, da preocupação com a viabilidade econômica da propriedade familiar e com a preservação do meio ambiente, os citricultores do Vale do Caí têm buscado sistemas de produção alternativos aos convencionais.
Em consequência, foram criadas a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) e a Associação de Produtores Ecologistas Companheiros da Natureza (OLIVEIRA et al., 2010).
Atualmente, a região destaca-se pela citricultura agroecológica, havendo, inclusive, produtores adotando o sistema de cultivo biodinâmico regenerativos, agroecológicos e outros que atendam aos princípios estabelecidos pela Lei nº 10.831 são considerados sistemas orgânicos, tendo por objetivo a sustentabilidade ecológica e econômica, entre outras características (BRASIL, 2003).
A adubação em sistemas orgânicos de produção tem a finalidade de reposição dos nutrientes exportados pelos cultivos, pois as reservas do solo são esgotáveis. Visa, também, aumentar a fertilidade deste a fim de que as colheitas aumentem progressivamente. A nutrição de plantas em sistemas ecológicos é fundamentada no recurso solo e busca minimizar perdas, priorizando a adição de adubos orgânicos obtidos na própria propriedade ou região (PENTEADO, 2010).
Em princípio, nas adubações orgânicas não é necessário aplicar as doses de nutrientes que são requeridas em adubações minerais, porque a liberação de nutrientes, como no caso do nitrogênio (N), é mais lenta e gradual, favorecendo sua absorção pelas plantas e minimizando as perdas. Além disso, a disponibilização de nutrientes é maior, relativamente às de adubações minerais, porque os adubos orgânicos ativam a microflora e a fauna, melhorando as propriedades físicas do solo (KOLLER, 2005).
O sistema biodinâmico apresenta especificidades bastante distintas quanto à adubação em relação aos outros sistemas orgânicos de produção, as quais são pouco conhecidas e praticadas, embora sejam eficientes e de baixo custo, devendo ser conhecidas pelos agricultores.
Desta forma, o objetivo desta publicação consiste em divulgar os princípios da agricultura biodinâmica, com foco na obtenção e na aplicação de seus insumos, os preparados biodinâmicos, constituindo indicações para nutrição de plantas de citros. Os resultados apresentados são decorrentes de pesquisas participativas conduzidas em pomares de citricultores biodinâmicos da Ecocitrus com apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Embrapa ClimaTemperado.
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