Isso que vc falou do cinema ter reproduzido o imaginário do holocausto me lembra muito de algo que a minha bisa (que é sobrevivente do holocausto) disse pra minha mãe sobre A Lista de Schindler. Ela costumava assistir o filme vez ou outra e a minha mãe uma vez perguntou pra ela porque ela gostava de assistir esse tipo de filme se ela passou pelos campos de concentração, a resposta que a minha bisa deu é que a realidade era bem pior que o filme (Editando pq fiz o comentário antes da parte que vc fala do filme) acho que tem casos e casos que fazer essa espetacularização funciona. Tenho a consciência que o simples fato da minha bisa gostar de A Lista de Schindler não faz isso uma representação boa para toda a comunidade de sobreviventes e o livre de críticas, mas creio que justamente pelo Spielberg ser judeu existe uma nuance muito maior ali do que em A Vida é Bela e O Menino do Pijama Listrado (não gosto desses dois justamente pelos motivos que vc citou). Às vezes é necessário fazer algo que choca e que leva o espectador até a câmara de gás justamente por não termos essas imagens, o respeito às vítimas não vem só dessa delicadeza mas também de expor de forma crua o horror que elas sofreram

Que análise. Eu tinha um incômodo com esses filmes q relatam o holocausto mas não sabia o q era. Vc pautou exatamente

Caraca que doideeera. As representações do cinema fazem a gente pensar que haviam muitos registros em imagem. Eu não tinha essa informação.

Obrigado por essa aula Gratuita mestre!!! Venceremos!

"no Holocausto não houveram imagens em movimento... há 4 fotografias" Dos campos de extermínio e trabalho forçado propriamente, sim. Mas há filmes do gueto de Varsóvia, por exemplo, do pogrom de Lviv, do embarque de judeus em trens para os campos, além de muitas fotos, mais de 4, da chegada e triagem dos prisioneiros, com a separação dos que seriam executados de imediato. O confinamento nos guetos era um prelúdio do Holocausto. Algumas dessas cenas são mostradas no trecho a seguir, que destaco do documentário Fascismo Ordinário, de Mikhail Romm, que sugiro para o seu comentário. Já assistiu? => kzfaq.info/get/bejne/bb2XdZWk2tK3paM.html

Excelente

Eu adoro A Lista de Schindler mas a sua análise sobre o filme e sobre o retrato do holocausto é fascinante, parabéns pelo vídeo

a Lista de Schindler também vai bem nessa coisa da individualização

Mostrar é especutalarizar?

Prof, tudo bem? Você teria mais exemplos de longas-metragens que teriam feito essa representação de maneira “certa”? Além dos dois documentários citados e de “A Última Etapa”. Já vimos tantos filmes sobre isso e quase nenhum funciona, visando dessa maneira!

Qdo vc fala de sensacao, nada impede que o revisionismo historico seja feito antes do proprio aparecimento da forma. O que se aplica ao holocausto se aplica a qq outro fato historico que nao haja imagem, a maioria de nós não tem a menor ideia de quando o primeiro filme foi visto.

“ vc judeu que quer representar um momento histórico específicamente ligado aos judeus, vc só pode representar dessa forma.” Manda um zap por Spielberg pô