RELEASE: "Corpus em Vidas - Memória Decolonial “Espetáculo com Patrocínio da Lei Rubem Braga de Vítória.Es.Faltou o nome da Atriz performer Rosi Andrade no vídeo.
Memória corporal preta-Suely Bispo
A memória corporal preta está essencialmente ligada à ancestralidade. A ideia de ancestralidade como um fio condutor a ligar passado e futuro. Uma memória que não é só cerebral, não está só na cabeça, mas no corpo todo. Corpus em vidas é a reconstituição cênica da memória de povos diaspóricos, de povos africanos, que precisaram retorritorializar a sua cultura de origem em outro lugar. Ao entrar nesse campo do território tenho como referência o grande pensador, antropólogo, filósofo e jornalista, Muniz Sodré em seu livro O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Um livro que trata da perpetuação dessa memória preta que se dá pela manutenção do axé no interior dos terreiros das religiões de matriz africana. Resumidamente, ele afirma ser o terreiro esse espaço fundamental para que os povos negros escravizados conseguissem reconstituir de forma condensada a África no Brasil, das suas formas de vida e de pensar. O terreiro como uma metáfora espacial da África no Brasil.
Corpus em vidas: memoria decolonial traz esses elementos para cena, e por isso causa uma identificação, toca fundo na emoção do espectador, porque está falando de uma memória coletiva ancestral, que está ligada à história do povo brasileiro. O espetáculo, de forma fragmentada, conta a história da dominação escravagista, mas também a resistência negra e afirmação da vida. A força das mulheres pretas é retratada com as Rainhas matriarcas africanas.
Apesar da opressão e das tentativas de apagamentos da nossa memória, não conseguiram. Nós afirmamos no espetáculo: Nossa memória não morreu, ela renasceu aqui no Brasil. Axé! #grupodeteatroexperimentalcapixaba #gruposdeteatro #teatroantropologico #artesperformativas
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Corpus em Vidas: Um espetáculo que transcende fronteiras culturais e temporais O Grupo de Teatro Experimental Capixaba (GTEC) orgulhosamente apresenta "Corpus em Vidas", um espetáculo inovador que combina teatro-instalação,música, dança e práticas performativas. As apresentações serão nos dias 24 e 25 de abril, às 20 horas no subsolo do Teatro Sônia Cabral.Esta obra é muito mais do que uma peça teatral; é uma experiência antropológica da performance, abrindo as portas para um diálogo necessário e impactante. "Corpus em Vidas" mergulha nas questões mais urgentes do século XXI: por que continuamos a criar corpos sem vida, torturados, vendidos, prostituídos, explorados e escravizados? Este espetáculo busca não apenas questionar, mas também oferecer propostas de um "corpus com vidas" de forma decolonial.
Temas Centrais:
A performance se propõe a debater as complexidades da memória e dos traumas causados pela escravidão no Brasil. Além disso, busca resgatar a memória perdida, esquecida pelo sistema capitalista, que muitas vezes destroem as possibilidades de afirmação de nossa memória corporal familiar e nossa “facialidade” afro-brasileira.
Origens e Projeto:
Parte integrante da pesquisa "Corpo sem Órgãos" (1997) e do projeto Zomayi, iniciado em 2010, esta colaboração envolve o Brasil, Togo e França. O espetáculo traz à tona imagens poderosas dos personagens encenados nas performances do GTEC, resumindo os incríveis 46 anos de trabalho do grupo, que foi fundado em 1977, em plena ditadura militar.
Serviço:
● Data: 24 e 25/04
● Local: Teatro Sônia Cabral
● Horário:19h
● Ingressos gratuito disponíveis na bilheteria do teatro
"Corpus em Vidas" é mais do que uma performance; é uma celebração da resiliência e da afirmação da vida .
FICHA TÉCNICA
Performers
Amanda Chabudé
Amélia Barretto
Billh Bantu (Manuel Benvindo Soluelo)
Carlos Roberto Claudino
Danilo dos Anjos
Eliezer de Almeida
Elídio Netto
Rosi Andrade
Suely Bispo
Xis Makeda
Participação Especial:Rosi Andrade
Performers do Candomblé
Ariens Nascimento:Ogâ do Candomblé
Edineia Cabral:Máe Néia do Candomblé Nzó Musambu riá Kukuetu Soraia Batista Costa- Mãe Pequena
Músicos
Paulo Sodré: Diretor musical, arranjos e baixo
Fabio Calazans:Violão
Jean -Louis Julien: Flauta
Equipe Técnica
Marluce Ventura:Costureira
Regina Schimitt: Figurino
Elídio Netto: Coreografia
Cesar Huapaya:Direção Geral, texto e encenação
Priscilla Schimitt :Direção de arte e Produção
Jacqueline Câmara: Desing e pesquisa de imagens :
Ágatha Benevides Huapaya: Assistente de direção de Arte
Maristela Perim- Contrarregra
Still:Bernardo Firme
Vídeo:Alexandre Barcelos
Equipe do Teatro: Luiz Cláudio (Beré)/ Luiza Mollulo e Alcides - iluminação. Luciana Rodrigues - bilheteria. Direção:Renan e Dayse Marciel .Patrocínio Lei Rubem Braga
REALIZAÇÃO:GRUPO DE TEATRO EXPERIMENTAL CAPIXABA E NÚCLEO DE PERFORMANCE E ANTROPOLOGIA TEATRAL (CNPQ-UFES). PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS DA UFES DO GRUPO DE TEATRO DO CENTRO