Mistérios Dolorosos
1º A Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras
«Jesus disse a Pedro, Tiago e João: “A minha alma está numa tristeza de morte. Ficai aqui e vigiai comigo”» (Mt 26,38).
Nos momentos de angústia, a nossa melhor atitude é a de Jesus: buscar a fortaleza na oração confiante em Deus, que está ao nosso lado.
2º A Flagelação de Jesus
«Jesus respondeu: “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso, vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade, escuta a minha voz”» (Jo18,37).
Jesus é a verdade. Escutemos a sua voz, que nos revela o Rosto de Deus e também o sentido da nossa vida neste mundo.
3º A Coroação de Espinhos de Jesus
«Os soldados do governador, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e uma cana na mão direita». (Mt27,29).
Jesus foi coroado de espinhos e sofreu. Ainda hoje sofre nas pessoas que são espinhos para os outros, ferindo-os com os seus egoísmos.
4º Jesus a caminho do Calvário
«Para lhe levar a cruz, requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene» (Mc 15,21).
São necessários, hoje, muitos Cirineus que ajudem as pessoas a carregar a sua cruz. Por meio deles, é Jesus que os ajuda.
5º A Crucificação e Morte de Jesus
«Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe… Então Jesus, ao ver ali de pé a sua mãe e o discípulo que ele amava disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho”. E ao discípulo: “Eis a tua mãe”» (Jo 19,25-27).
Jesus, não tendo mais nada para nos dar, deu a sua mãe. Ela é a mãe de cada um de nós, é a Mãe da Igreja.
Pedir a Fé
Quando ao longo do Evangelho, nos são relatados vários milagres, podemos constatar qe muitos deles são resultado da oração feita com fé. Não basta pedir, é necessário pedir com fé, com a certeza de alcançar, ou como diz Jesus Cristo (tudo quanto pedirdes, orando, vede que o recebereis e o obtereis). Desafio magnânimo à nossa fé. Loucura quase divina daqueles que marcados com o Espírito, são filhos do Pai do Céu.
«Senhor, aumenta a minha fé», é a súplica que deve ser rezada, repetida com o coração, muitas e muitas vezes. Rezada sobretudo quando nos invade a dúvida, o desalento, a tristeza, o temor. Suplicar a fé, quando estamos áridos, quando há secura de alma, desolação interior, quando tudo parece cair à nossa volta, quando a dor é grande e o coração sofre. Rezar esta prece quando os ouvidos começam a preferir as fábulas e a Palavra se nos torna longínqua e ineficaz. Dizer com alma, muitas e muitas vezes: «Senhor, aumenta a minha fé», Senhor, dá-me a certeza de quem pede!
São Mateus transcreve-nos outra prece que, por ser mais completa, nos pode ainda ajudar mais, enriquecendo a nossa oração: «Senhor, eu creio, mas vem em auxílio da minha incredulidade». A nossa fé, por mais adulta que seja, ou que pareça ser, é mistura de incredulidade, é trigo com joio. Mesmo os que recitamos piedosa e fervorosamente o Credo, temos, pelo menos em certos momentos da vida, provas de fé, em que a incredulidade vem à superfície.
«Senhor, vem em auxílio da minha incredulidade», abre-me os olhos da alma, faz-me ver-te, faz-me ver as coisas as pessoas os acontecimentos, com a tua luz à medida evangélica.
Por vezes as situações são de tal modo difíceis, dolorosas, que pouco mais podemos dizer e rezar. Mas já é preciosa oração suplicar: Senhor, eu creio, mas vem em auxílio da minha incredulidade», Senhor, eu acredito, mas aumenta a minha certeza em ti!