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Leia o livro: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens:
amzn.to/3qNCl7l
Nesta obra o autor, ao realizar um estudo crítico sobre a desigualdade, procura sustentar sua argumentação em dois grandes pilares - a instituição da propriedade privada - que seria o fator de grande ruptura na organização social da humanidade, desencadeador de guerras e crimes - e a ambiguidade da própria civilização, fruto do conflito entre o homem e a natureza, ao mesmo tempo perversa e impulsionadora do progresso. Neste ensaio, Rousseau não aponta soluções para a desigualdade, mas pretende identificar a natureza deste problema.
Feita a aquisição da propriedade, esta foi repassada aos sucessores, geralmente seus familiares, sob forma de heranças, donde partiram as primeiras idéias de dominação, servidão e, consequentemente, violência. E assim, deu-se o estado de guerra, que só poderia ser suprimido em se voltando a um estado primitivo que não o estado de natureza sua realização seria inviável. Seria preciso recomeçar a evolução da sociedade baseada em regras e princípios a serem respeitados, a fim de obter-se uma saciedade mais justa e suportável.
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Rousseau apresentou nestas duas partes da obra a passagem do estado natural para o estado civil, ou seja, o estado social que então conhecemos, mostrando desta forma como surgiu a desigualdade entre os homens. Importante não esquecer que a ideia de perfectibilidade está na base de toda esta transformação. Como homem de seu tempo (século XVIII), Rousseau procura realizar uma análise científica da sociedade, e, a exemplo dos físicos que criaram a teoria dos gases perfeitos, que em natureza não existem, mas servem para o estudo de todos os outros gases pelo método de comparação, ele utiliza a "noção de estado de natureza", que nunca existiu efetivamente, mas serve de patamar de comparação para verificarmos o quão distante uma sociedade está do estado natural.
Também vale ressaltar que em alguns pontos Rousseau lembra que o homem natural é uma ficção criada por ele para explicar sua teoria, que tal homem não existiu em época alguma da história, portanto seu texto não estaria desta forma contrariando as escrituras sagradas.