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O Jorge perdeu a esposa no parto da segunda filha do casal. As coisas aconteceram muito rápidas e quando ele viu, estava sozinho com dois filhos para criar.
Jorge e Gleice se conheceram de férias na Bahia e anos depois voltaram para lá porque a Gleice recebeu uma proposta de trabalho muito boa. Ali eles começaram a construir sua família, tiveram o primeiro filho, o Otto.
Dois anos depois, Gleice engravida pela segunda vez, agora de uma menina, a Lia. A família estava crescendo! Mas a Gleice tem um parto taquitócito e, em 12 minutos, depois de duas contrações a Lia nasceu na cama do casal.
O Jorge correu para o hospital com a esposa e a filha recém-nascida, mas lá outras complicações se seguiram e, infelizmente, a Gleice partiu. A partir daquele momento, como o Jorge mesmo diz, ele também morre. Pelo menos o Jorge que ele conhecia.
Luto, cuidar de dois bebês, trabalho, estar longe da família... após a partida da Gleice muitas outras mudanças foram acontecendo na vida dele. Ele decide sair de Itabuna, na Bahia, e vai morar em Varginha, em Minas, próximo aos familiares da Gleice.
Junto aos filhos, o Jorge vai tentando reerguer a vida. Vivenciar o luto é inevitável, explicar para os filhos que "mamãe virou uma estrelinha" também, mas a memória boa de uma Gleice parceira, alegre, mãezona sempre vão existir enquanto eles estiverem juntos. "Os dias ruins vão continuar existindo, mas a gente preenche essas lacunas com os dias bons".
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