“Compre o que você não precisa, com um dinheiro que você não tem, para agradar a quem você não gosta”.

Ótimo vídeo. Quem nunca ouviu a expressão “lá só tem gente bonita”, que é um jeito “educado”da pessoa dizer “lá não tem pobre”?

Vivo isso na pele hj em dia. Fui do" luxo aí lixo", como escutei da boca de um cara certa vez. Dos meus 23 aos 27 fui casado com um cara, ele já tinha uma vida estável e financeiramente boa, ele tinha 38 quando o conheci. Vivi anos sob as vontades e regras dele, não pude estudar, não pude trabalhar pois o ciúmes dele não dava paz. E eu sem muita estrutura, vindo de um roça, não tinha vivência nenhuma. Vivi uma vida de luxo com ele. Porém quando acabou, eu me vi no mundo, sofrendo pra conseguir um emprego com um bom salário e aos poucos me vi sendo excluído por todos gays q conhecia. E nem os gays q são pobres querem estar ao seu lado. Hj com 33, ainda passo por isso, estou estudando, trabalho, moro de aluguel, não uso marcas, não tenho tempo pra dedicar a estética, e estou solteiro faz 3 anos e meio, pois aqui na cidade que vivo, se vc não tem dinheiro ou pelo menos não aparenta ter, ninguém, absolutamente ninguém quer saber de você. Nós Gays pobres ou que não estão seguindo padrões de beleza e estética, somos invisíveis dentro da comunidade. 😔😔😔. Sofro muito com a solidão, mais pelo menos sei que no dia que eu melhorar de vida, tudo que eu tiver vai ser meu, e conquistado na base de muito esforço.

La p meus 19 20 anos frequentava mt baladas em sp, inventei de ir sozinho em uma balada de “rico”, pensei “vou fazer amigos la”, e eu do interior, com uma vida financeira n mt boa e n era considerado padrao. Senti mal a partir do momento q cheguei na fila, ouvi gnt falando p mim “que cheiro de perfume de pobre da avon”, os hostess da casa debocharem do meu sotaque, depois as pessoas la dentro da casa olhando com despreso ou fechados a contato, fiquei em um canto ate amanhecer, a hr q eu sentei no onibus p votar p minha cidade eu fui o caminho todo chorando de soluçar, senti mt dor por sem quem eu era. Hj ainda carrego essas lembranças, tanto q mudei qm eu era p tentar ser aceito, sempre tive o q n podia ter, roupas de marca, perfumes importados, academia, status e td mais, mas na minha cabeca eu tenho q ter Como uma forma de prencher td esse sentimento ruim q ainda tenho.

Eu sempre fiquei muito frustrado no facebook ou nos apps de namoro, porque parece que não existe gay pobre, todo mundo é estudado, viajado, sarado, chique, e mesmo quando estão trabalhando na mesma birosca suja que eu, ainda agem como se trabalhassem na Tiffany. Nunca pensei que ia ver alguém falando sobre isso um dia. Preconceito contra pobre é muito pouco citado, a gente continua sofrendo abusos absurdos no trabalho porque precisa comer, é como se fosse justificável

É por essas e por outras que faço questão de não me expor nas redes sociais, preciso viver minha vida e minha essência.

Já fui em balada de rico no Brasil e não gostei justamente pelo fato do classismo. Não sou rico, venho de uma família classe média baixa, sempre estudei em escola pública, nunca passamos necessidades, mas também nunca tivemos luxos. Meus pais pagam aluguel até hj. Hoje em dia moro na Europa, então tenho vantagem qdo troco euro por real. Qdo fui a essa festa, pelo fato de eu ser branco de olho claro, o pessoal já achava que eu tb era rico. Um cara que veio conversar comigo, me disse que o local já foi bom, mas que tinha gente pobre indo lá e que já não era mais como antes e, que muitos amigos dele já nem frequentavam mais aquele local. Fiquei abismado com o que eu ouvi, fingi que ia ao banheiro e sai de perto desse cara. Ele tinha um discurso meio “gays com Bolsonaro”

O engraçado é quando quem tem mais dinheiro, subestima a sua inteligencia e a cultura de quem não tem. Conheci um cara que era Diretor de comercio exterior de um Banco, rsrsrrs e Eu um mero atendente de recepção hospitalar... Não ganhava nem dois salários rsrsr, Saímos por cerca de 3 semanas e até durou muito. Ele só falava em inglês e Frances com os amigos pelo telefone, achando que eu um mero morador da zona Sul de SP, não entenderia o que ele dizia. Essa pobreza cultural, nem sempre nos atinge, até porque, mesmo sem dinheiro, nós gays costumamos estudar mais para sobreviver. Achava aquilo um saco, até porque, eu estudo línguas desde pequeno e entendia bem o que eles diziam. Quando ele soube que eu entendia tudo e tinha nível superior como qualquer um hoje em dia, ele quase infartou. E sinceramente... a caminha nem foi tão boa assim. rsrsrs Esse padrão de idiota, deve ser filtrado das nossas vidas, ninguém quer ao seu lado um imbecil que se acha melhor do que os outros, temos que nos valorizar, com ou sem dinheiro, E GENTE...que coisa mais cafona esse clichê de bicha fina...

Existem pesquisas que mostram que o brasileiro só fica feliz em ganhar bem se seu vizinho e colega de trabalho ganharem menos.🤦🏻‍♀️🤷🏻‍♀️

Uma aluna minha fez uma pesquisa sobre o público LGBTIQA+ no posto 9 da praia de Ipanema/Rio. Pelos resultados da pesquisa, só se é bem aceito neste local se o indivíduo for branco e rico (ou que aparenta ser rico). Negro - rico ou pobre - só se for sarado. Se for branco, rico e sarado é mais que bem-vindo ao local. Lésbicas não são bem-vindas. Não importa o quão bonitas, ricas e brancas sejam.

E isso acaba afetando e atrapalhando, a meu ver, muitos relacionamentos dentro de nossa comunidade-bolha. Quando o parceiro descobre que o outro é pobre ou tem uma profissão sem muitas chances de ascensão social ou que esteja fora dos padrões de consumo, é descartado. E essa rejeição - pelo aspecto financeiro - é muito difícil de encarar. A conclusão é que, na verdade nunca houve amor verdadeiro. Apenas interesse em juntar fortunas.

Eu vivi muito essa fase esnobe. Tive muitos privilégios na vida, mas ostentar era quase uma regra, pq meu pai era acessor particular de um ricaço americano que morava aqui no Rio e minha mãe era secretária de outro. Eu cresci estudando nos mesmos colégios que eles e na adolescência essas pessoas, eram meu círculo social. Eu sentia que precisava me igualar. Isso foi minando meu psicológico por anos, até cair a ficha de que nenhuma grife que eu usasse ou qualquer carro que comparasse, nao me faria de fato um deles. Eles são mega ricos e eu seria apenas o "individado" da american express. Nao foi fácil descer do pedestal de arrogância em que subi, mas desci e hoje tenho pena de quem ainda age como eu agia.

Certa vez ouvi uma yag dizer que foi cantada pelo entregador de pizza e ela o expulsou falando: "sai pra lá, assalariado!". Quis perguntar: não és assalariada, bee?

A famosa síndrome da dona Florinda. mora num cortiço, passa os mesmos /parecidos perrengues dos seus vizinhos, mas se acha a rica do pedaço.

"Engenheiro formado, muito melhor do que você". Boa leitura/análise. E esse ódio ao pobre vai de ponta a ponta na nossa sociedade. Triste.

Esse vídeo caiu como uma luva para mim. Certa vez, um aluno me chamou de "professor pobre", quando soube que eu utilizava transporte público para ir ao trabalho. Detalhe: A escola era pública e na periferia. Isso me machucou tremendamente.

Classismo é algo complicado que nossa sociedade precisa combater. É um grande caroço no angu do mundo gay. Adoro as reflexões do canal, arrasou 👏👏👏🌈🌈🌈

Nossa esse vídeo me lembrou de um ex. Ele acreditava que quando ele tivesse dinheiro os pais iriam aceitá-lo. Então ele conseguiu uma boa quantidade de uma vez, pagou o todas as prestações que faltavam da casa dos pais (eram mais de 10 anos de prestações que ele adiantou) e no final... a aceitação não veio.

Acredito que tenha a ver com baixa autoestima, o que faz nos sentirmos na obrigação de ser o melhor em tudo - e que acaba afetando bastante a cultura gay como um todo, através dessa supervslorização de roupas de marca, viagens incríveis, jantares maravilhosos; e ainda há o fato de não termos filhos - o que já traz uma economia enorme em nossos orçamentos, nos permitindo gastarmos esse dinheiro que sobra com outras coisas. Fora as nossas referências, geralmente as divas ricaças da música e do cinema, que influenciam muito nossos gostos. Em tempo: odeio essa parte da cultura gay, tão ostentativa, por isso prefiro nao ter Instagram.

Eu tive que pensar muito antes de postar essa mensagem, porque eu não sigo nenhum outro canal , Eu moro fora do Brasil e sempre vejo os seus vídeos , mas eu preciso dizer o quanto o seu canal é essencial , com inteligência , perspicácia, conhecimento , cuidado e carinho você aborda assuntos muito importantes e primordiais para a comunidade , Eu acho você fantástico e único e talvez nem mesmo você se de conta do quanto você é essencial , importante e necessário , você faz a toda diferença nesse Mundo cheio de egoísmo e hipocrisia; continue orientando , mostrando a verdade , educando e levando informação e inspiração . Nota ( ganhou a minha inscrição e você deveria ter milhões de inscritos pelo seu conteúdo )

Vídeo excelente :) perfeito! Lembro de ter ido numa balada aqui em SP cujo público é mais classe C/D. Primeiro cara veio dar em cima de mim, falou: “nossa só tem gente feia aqui, né?”, tudo isso depois dele explicar que tinha uma empresa e veio do sul do país. Infelizmente é uma característica de nosso país. Eu me comprometi a ensinar em meu curso como viajar mais com milhas aéreas, e recebi críticas porque eu não ensinava a baratear viagens de “gente rica”… APENAS (note, APENAS) tornava acessível viajar pra qualquer lugar, mas sem as experiências premium. Infelizmente há essa obsessão das pessoas em quererem parecer ricas.

Morro de preguiça de ostentações materiais. E mais ainda de quem quer ter algo com a única finalidade de se sentir melho que o outro. Mas essa é uma perspectiva pessoal.

O mais triste é saber que essa busca pela aprovação alheia, ostentando um estilo de vida que não temos, tem como objetivo validar o que não somos, mas o que fingimos ser. Consequentemente, quando a conseguimos, passamos a ser admirados pelo personagem que interpretamos, e não por quem somos em nossa essência. E machuca ter que se anular pra se sentir pertencente ou relevante. Acabamos pagando um preço muito maior do que o que foi pago tentando impressionar os outros.

embora more em uma comunidade aqui no Rj, já me relacionei com um cara c poder aquisitivo um pouco maior que o meu. Não curti mt! Divergíamos mt e eu n poderia viver uma vida q n era minha. Hj em dia a simplicidade e a humildade de um cara são essenciais para que eu me envolva de certa forma com ele. Quer mexer com meu coração é um boy NORMALZÃO, carinhosão, sorriso lindo e que role tomar uma cerveja de 7 conto na esquina kkkkkkkkk.

Amigo, esse tema só é incomodo de ser discutido por quem tá no "topo" da cadeia alimentar dos gays. Só e difícil pro gay branco e rico pq quem é pobre e marginalizado convive com essa segregação todos os dias, que vai de um simples block no grinder, a uma olhada torta na balada e até em humilhações públicas de gays ricos que acham que são superiores e podem destratar outros ser humanos.

3 minutos de vídeo e eu já tô aqui aplaudindo de pé!

Esse vídeo me deu um "vale a pena ver de novo" dos anos 90 quando começou efetivamente essa coisa do "pink money" que nada mais era que as agências de publicidade capitalizando a homofobia de sempre. Certos grupos de gays passaram a ser valorizados pelo seu poder aquisitivo e outros se tornaram ainda mais indesejados, excluídos. Os mais pobres, é óbvio. O assustador é que 25 anos depois ESSE vício da comunidade ainda não passou. A caminhada é longa e sinuosa...

Eu conheço um cara que fala que tem tesão em pobre, não porque ele se sente superior e sim porque existe um fetiche em que o pobre, rústico, que tem pouco estudo é um cara "grosseiro" e em tese seria um ativo mais agressivo. Acho que esse fetiche é parecido com o de algumas pessoas quererem um cara com "aparência de marginal". Também na procura de um cara agressivo na cama.

Quando era mais novo eu sentia este aspecto de duas formas bem distintas. Quando ia nas baladas “de rico”, tinha meus amigos porém sentia preconceito por ser asiatico quando buscava um namorado. Por outro lado quando ia em baladas “de pobres” o preconceito racial era bem menor porém sentia que por ser asiatico havia a ideia que eu era rico… Na época eu não entendia isto direito, fui perceber só depois, mais velho é mais maduro. Alguns anos atrás lembro que um amigo meu falou que “não ia apelar pra atendente de telemarketing” . Isto junto com algumas vivências me fez entender …

Muito incrível as pontes que você faz entre o mundo gay e a realidade/história brasileira!

Pelos meus 19 anos quando recém estava começando a me relacionar com outros rapazes, eu percebia que praticamente todos os caras tinham uma renda familiar mais baixa que a minha. Na época eu brincava falando que eu tinha "tesão em pobre", mas depois de muitas experiências de todos os âmbitos eu fui capaz de perceber que não era que eu tinha uma preferência em caras com condição pior que a minha, e sim que por mais que eu seja um simples classe média, a minha renda é maior que a grande maioria da população, logo era muito mais provável eu encontrar um cara com renda inferior do que maior. Porém mesmo gostando de me vestir bem e não me importar de pagar as coisas um pouco mais caras, nunca me senti a vontade em lugares chiques, sempre preferi lugares mais populares. Me sinto mais a vontade e vejo mais honestidade nas pessoas. Não consigo olhar pro pessoal da classe alta e achar que são boas pessoas pra me relacionar.

Quanta coisa foi esclarecida nesse vídeo... minha terapeuta sempre perguntava o que eu estava tentando limpar na minha vida através das faxinas compulsivas, até o dia que eu respondi "a pobreza"

Se existe uma lei nesse mundo, principalmente na nossa "maravilhosa" comunidade gay, é essa proferida por um gênio (Nelson Rodrigues): "Dinheiro compra até amor verdadeiro".

Tema complicado e delicado, mas preciso. Tive vivências muito conflitantes sobre isso, pq, de certa forma, andei pelos dois mundos. Cresci numa família de classe média baixa e em uma região metropolitana periférica. Na infância e adolescência tive contato com pessoas muito carentes e que realmente passavam dificuldades. Apesar da minha família não ter passado por dificuldades, meu mundo eram essas pessoas e não conhecia bem essa noção de dinheiro e glamour. Quando fui fazer faculdade (sou o primeiro da família com curso superior), tive o baque. Pra mim era uma oportunidade de crescer profissionalmente, para grande parte dos meus colegas era só um itinerário de curtição mesmo. Alguns nem precisavam mesmo trabalhar pela condição financeira dos pais, outros fingiam estar no mesmo balaio mas davam calote até no aluguel. No início achei que era até bem aceito nisso, principalmente por ter perfil físico parecido com dos fingidores, mas com o tempo vi que aquele não era meu mundo. Com o tempo comecei a perceber esse nojo por "gente inferior". O ápice foi quando fiz uma audiência junto com um até aquele momento amigo e tive que ouvir: "não sei porque essa gente tenta se meter nesses cargos. Só dá merda". Na hora não entendi bem o que ele queria dizer. Só depois, em casa, que saquei: o juiz era negro. Infelizmente, o preconceito social, as vezes com o combo do preconceito racial, é uma chaga da nossa sociedade. Espero que algum dia o Brasil supere isso, mas tenho poucas esperanças.

Acredito que em relação ao consumo tem muito da competição entre os gays e entre ter / ser o melhor possível na maior quantidade de coisas , talvez de modo compensatório . O vestuário entrou forte na minha vida por não ter poder de escolha na infância e era o que arrancava elogios na fase de jovem adulto , como tinha auto estima baixa e me achava feio , era no modo de se vestir que eu compensava e arrancava alguns elogios de amigos e familiares . Hoje , isso faz parte da minha vida porém de modo mais consciente e sustentável . Sendo mais seletivo nas peças pensando a longo prazo e se a mesma faz sentido nas minhas atividades do dia a dia . Outro fator a ser considerado são as redes sociais , o Instagram acaba sendo minha menos preferida pois a toda hora alguém quer fazer você comprar algo .

Eu parei de seguir as gays nas redes sociais. Tava ficando triste vendo tanta viajem internacional e eu aqui q mal consigo pagar meu aluguel. hehehe

Eu fico chocado com a pertinencia e relevancia desses videos aqui ❤

A discriminação dentro do meio gay, principalmente relacionada a uma estética corporal e nível econômico é algo grotesco, principalmente ao se pensar em uma classe que constantemente é colocada à margem. Muitas vezes empatia é apenas uma palavra no discurso politicamente correto de quem perpetua segregação dentro do próprio meio

Eu já saí com um cara da alta sociedade, ele foi super educado mas dava pra ver o nível de insegurança dele. Eu esperava encontrar um cara simples, afinal, tbm sou simples. No final conclui que não adianta ter muito dinheiro se vc não está bem consigo msm. Ele pediu pra não contar nada a ninguém e foi aí que eu percebi o armário que ele vivia.

Reparei nisso em alguns amigos gays, que mesmo ganhando menos que eu, têm gostos caros. Só usam roupa de marca, comem em restaurantes caros - e nem cresceram com esses luxos. Sempre achei que era uma forma de serem mais aceites pelo resto da sociedade, porque serem gays (e pretos) já é um factor que os exclui de vários círculos, então não julgo. Mas não deixa de ser triste ter de evidenciar a aparência em detrimento da essência.

Quando eu tinha uns 20 e poucos anos comprei uma revista chamada DOM (De Outro Modo) e conforme eu lia a revista percebi que grande parte do conteúdo não pertencia e nem fazia parte da minha realidade na época: dicas de viagens para Argentina, melhores vinhos, dicas de roupas, dicas de dietas e fitness... fora os anúncios de relógios, perfumes caros etc... só pensei: "tô longe dessa vida lifestyle gay, essa revista é para bicha fina" Em resumo: apenas status e consumo imposta pela mídia, nada de novo sob o sol. Ótimo tema!

Parabéns Canal Gay Nerd, realmente uma aula de sociologia, antropologia, história, psicologia e muito senso comum. Eu tenho a percepção parecida sobre essa obsessão do consumo de algumas pessoas conhecidas. Aprendi muito com a sua fala, obrigado.

Eu tive uma relação com um cara de classe social superior. Ele acatou a decisão do chefe dele(que o tratava como filho incluindo na ajuda financeira pra ele comprar um apê) em não me convidar nenhuma vez pra entrar em um dos três apartamentos desse chefe porque, segundo o chefe determinou, eu ficaria impressionado com a decoração. Não é só o namorado gay de outra classe, é todo entorno de amigos, família, colegas de trabalho, é outro universo. Te tratam bem, mas marcando uma linha divisória bem definida: eu sou bem-vindo, mas só até "aqui".

Já peguei a pipoca 🍿🍿🍿 Vou deixar aqui o que eu penso: A sociedade já é assim, como um colega pontuou em um comentário aqui, e acredito que uma parcela da responsabilidade que só faz ser mais forte entre os gays e reponde por muitos de nós sermos assim, é porque somos tratados como inferiores na sociedade, como errados, estamos sempre provando que somos merecedores também, além dos traumas e estresse que passamos na infância sobre a nossa sexualidade e identidade, também a falta de representações na sociedade de gays pensadores que nos fazem refletir mais, se na minha época já tivesse um Marcel ou uma drag como a Rita Von Hunty, teria ajudado muito. Naturalmente isso faz com que muitos busquem ser a melhor versão de si mesmo, não de uma maneira saudável, mas de uma forma para mostrar a todo tempo isso para os outros. Quando não consegue ser a melhor versão, simulam mais ainda isso no Instagram, é um efeito bola de neve, as pessoas percebem que isso dá status e muitos começam a seguir o mesmo padrão, mas o interior da pessoa muitas vezes está em cacos. Isso não é tudo, mais acredito que faz parte. Também tem a explicação de um amigo aqui nos comentários sobre as representações das cantoras que gostamos que faz super sentido. No final são várias coisas. Nosso interior grita por representações gays que nos fazem refletir e sair desse padrão tão tóxico da sociedade em que vivemos, e que recai sobre nós ainda mais forte. No final de tudo dá para ligar isso aos principais responsáveis: a ignorância e o egoísmo.

Fui muito pobre e ascendi um pouco socialmente. Nessa pequena ascenção eu vi muito e sofri na pele esse medo de pobre da nossa sociedade. Experimente vir de um extrato social mais baixo e frequentar um ambiente de elite, para ver o que é esse medo

Uma aula de inteligência, discernimento, lucidez e sanidade. Muito obrigado!

Oi Marcel!! Tudo bem lindão!? Concordo com você que refletimos a sociedade consumista na qual nascemos, e talvez isso seja um pouco mais acentuado entre os gays ,não sei se por uma forma de compensar outras coisas que tiram de nós, como a própria liberdade de sermos nós mesmos, ou por outros motivos. Algo que ao menos para mim é notório, é que essa importância ao status, ao consumo é na verdade direcionada para o outro e não simplesmente ao próprio prazer, satisfação, ou seja o importante é o outro me ver bem, mesmo que por dentro eu esteja uma merd@. Pra isto basta ver a "instagranização" que a vida tem se tornado. Já tive meus momentos ilusórios na adolescência início da vida adulta , hoje em dia felizmente caminho na direção contrária!!!

Marcel, excelente vídeo e análise. Desde sempre me incomodou as piadas infames na TV, teatro e também entre os próprios LGBTs sobre “bicha pobre versus bicha rica” Não é engraçado oprimir. Enfim, aqui nos EUA semana passada foi lançado o excelente filme “Fire Island” que trata justamente sobre racismo e classicismo entre outros temas, dentro do mundo gay. Espero que você tenha oportunidade de assistir logo. 🦑

Convenhamos... Hoje em dia se você for um gay fora do padrão é como se você não existisse pra algumas pessoas. Eu particularmente morro de preguiça de caras que querem o tempo todo mostrar ser o que não são, além disso acho super broxante. Parece que pra muitos gays existir significa: frequentar academia e postar 9999 fotos pra ganhar biscoito, vestir roupas de uma marca X, frequentar balada Y, postar foto da garrafa da bebida Z e etc. Uma vez morei em uma república com um cara que pra manter o status de rico ele tinha a necessidade de trocar de Iphone todo ano! Pra variar ele nem trabalhava e eram os pais que bancanvam. Uma vez ele me perguntou se eu conhecia uma amiguinha "rica" dele... O tempo fechou, quando ele citou quem era. A amiga "rica", não passava de uma pobretona do meu bairro pobre que mora em um porão e é filha de uma manicure e um balconista. Em outra ocasião um outro cara disse que era impossível relacionar comigo pois não gosto de frequentar balada, e que meus papos de nerd são muito desinteressantes. Resumindo, pra relacionar caras como esses é necessário pensar como eles e eu jamais faria isso pra agradar alguém.

A maioria dentre os LGBTs reproduz esse comportamento com mais intensidade. Meus amigos héteros são muito mais pés no chão, enquanto amigos gays refletem exatamente esse "padrão fútil" de ser. Fútil pq mesmo os gays pobres reproduzem o "estilo rico de ser". Mais uma vez não concordo que apenas a sociedade tem culpa sobre o comportamento gay, sendo que a maioria dos LBGTs diz que é descontruído, e ainda, cada um é responsável por seus atos e também pq o dia a dia tem sempre algo que nos limita.

Excelente reflexão! Me fez lembrar de quando fui a The Week em 2010, eu um jovem gay que morava em uma situação periférica no alto Tietê de São Paulo, numa cidade bem distante e esquecida, chamada Itaquaquecetuba. Me senti péssimo, o mesmo ocorreu quando fui a Bubu em Pinheiros, me senti muito estranho! Percebi que aqueles ambientes não me eram destinados, eu era muito diferente daqueles gays com roupas de marca. Nunca mais voltei, por não me identificar e por grana mesmo.

Uma vez fiquei com um rapaz que falou gostar mais de certa balada pelo público ser mais "exclusivo".

Adorei o tema. Penso que o racismo cria a classe social no Brasil. A aporofobia tem um destinatário, que são pessoas não brancas. A colonização cria raça e os pobres são oriundos do processo de escravização colonial. A forma como nós, gays cis (brancos, em sua maioria), tentamos nos comportar é colonial. O modelo nova iorquino, de São Francisco, pautado no consumo, assim como tantas outras formas de ser. Há outras formas de sexualidades dissidentes que são próprias dos nossos chãos, que não cabem nesse catálogo e precisamos estar abertos a elas e se permitir a aprender, tbm.

Já vi muito gay rico usar seu poder financeiro sobre garotos pobres da periferia. Os gays ricos, ou supostamente ricos, compram ou alugam os corpos pobres, e deixam claro quem é que domina a situação. Sem sombra de dúvidas reproduzem o que seu status quo lhes permite, sem qualquer pudor.

Eu sou gay e eu penso que todos independente do gênero ou orientação sexual gostam de status e dinheiro!

Eu escuto muito de amigos da comunidade, e alguns que não são mas estão próximos, falando que me visto muito simples ou zoando que meu celular é antigo. Cara, eu quero gastar comendo bem quando da. hhahahaah

Cara, que vídeo necessário!!! Vejo tanta futilidade e preconceito de classe no mundo gay, tanto jogo de aparência... Obrigado, Marcel, que pessoas com sua cabeça se multipliquem por mil vezes mil no mundo gay!

Ainda que a vida me ensinou a não querer impressionar ninguém e também , que não preciso ter amizades de pessoas que se acham melhor do que as outras ... E isso é libertador ...

Parabéns pelo vídeo e pela sinceridade ao tema. É uma análise que envolve Psicologia, Sociologia e História do Brasil que não é restrita somente ao público gay, mas que serviu como pontapé inicial para uma questão que envolve todo brasileiro. É um vídeo de utilidade pública!

Que análise precisa. Esse preconceito é tão "normalizado" que não nos damos conta dele na maioria do tempo. Se incomoda é pq é real.

Tudo isso que vc falou eu consigo perceber como inscrita em canais de KZfaqrs notoriamente gays que começaram na plataforma humildemente (e eu os seguia desde o início) e foram se tornando canais grandes (e eu deixei de os seguir)! Incrível como o crescimento (e a consequente visibilidade que trouxe inúmeras publis e muito dinheiro) na plataforma os transformou em gays que são exatamente esse retrato que vc pintou….

Gostei bastante desse vídeo! Falar sobre preconceito de classe no universo gay é muito necessário. Já passei por situação de preconceito social com um ex namorado

Sou gay e sinceramente tenho orgulho de não pertencer a comunidade LGBT. Para além, vou explicar tudo isso. Excelente vídeo! Os homossexuais são mais preconceituosos do que os heterossexuais…

Não precisa ir na balada pra sentir essa aversão ao pobre. Em universidades isso rola toda hora e em certos supermercados tbm.

Apesar de ser um cara de classe média. Por não me preocupar tanto com os padrões de Roupa, já passei por algumas situações muito interessante no mundo gay, a última que me marcou muito era, que eu estava a São Paulo de férias, marque com um rapaz na porta do meu hotel na Oscar Freire, eu e o cara chegamos juntos, e a primeira pergunta que ele me fez foi. Uai e este carro? ( Sem o uai ) que legal o projeto deu pra você usar. E pior ele não disfarçou aí ouvir que o carro era o meu carro e ainda disse. Nunca ia imaginar que você tinha carro.

Quando era mais novo na adolescência eu tinha isso na cabeça de que eu precisava me vestir com a melhor roupa ir nas melhores festas agradar a todos E no final quebrei a cara na primeira queda finaceira que tive Hj só quero viver a vida como qualquer um acorda todos os dias e agradecer a Deus Estou bem assim ok obrigado Vc gay que acha que o mundo só gira em torno de vc cuidado essa fase passa rápido viu.....

Que vídeo necessário! Ganhou mais um inscrito. Minha experiência: uma vez saí com um cara e em certo momento ele começou a falar da vida profissional dele, que promovia eventos etc. Daqui a pouco, ele começou a falar de alguns amigos dele que diziam ter x apartamentos, produtos de marca etc. Percebi que na verdade ele queria ver minha reação. Minha sensação foi de que ele criticava os amigos, mas ao mesmo tempo queria ser como eles. Senti que ele era inseguro e por isso tinha uma necessidade de se reafirmar. Enfim, lamentável…

Sua introdução foi perfeita. Nossa sociedade gosta da segregação financeira. Hétero ou LGBT se importam muito em aparentar ter mais grana do que na realidade.

conheci um sujeito otimo, trabalhador, assumido, que nao conseguia namorado porque era porteiro de uma faculdade. sempre fiquei triste com isso. uma pena que os gays vivem procurando principes encantados.

Fui bolsista de comunicação em um núcleo de diversidade sexual e de gênero na UF. Foi a coisa mais incrível que puder vivenciar!

Esse vídeo saindo na semana em que metade dos gays tá em festival na Europa hahaha Eu tenho muita curiosidade de saber o nível de endividamento de LGBTs em comparação com o resto da população, porque não é possível que essa conta feche

Cara , sua visão nos ajuda a clarear os cantos escuros da nossa alma ! Algumas coisas que não gostamos de ver e colocamos pra baixo do tapete , mas é muito importante pelo bem das gerações futuras trazer pro meio da sala, melhor pro meio da rua !

Adorei o tema desse vídeo. Nós, gays, conseguimos a "aceitabilidade social" via consumo: pelas baladas caras e elitizadas, pelas academias e suplementos, pelos procedimentos estéticos, pelas vitrines da Colcci, Aramis, Calvin Klein... Mesmo que a pessoa esteja alinhada a um tipo de grupo marginalizado socialmente (negro, indígena, gordo, deficiente), ela enxerga a possibilidade de se sentir superior e de ser aceita através do consumo daquilo que identifica o que se chama de elite. E é um ilusão... uma marca do racismo e classismo brasileiros...Por exemplo: nessa concepção, o negro só será aceito se usar aramis, ser sarado, cabelo baixinho (pra esconder o crespo), não ser afeminado e ser pauzudo (de preferência). No entanto, será que os brancos namorariam com ele? Será que ele é visto da mesma forma? O embranquecimento é a chave para potencializar a exclusão.

Em Recife e Natal isso é muito forte na comunidade LGBTQIA+ , pois aqui nas capitais do Nordeste se vc morar num bairro periférico baixo poder aquisitivo vc é bloqueado . O Grindr em Recife e em Natal faz vc sentir mal de tanto gordofobia , aporofobia, racismo e etc ….

isso e muito claro pra mim isso do status do gay rico toda vez que abro o tinder so aparece cara formado ou funcionário público concursado ou empresários e com varias fotos em viagens pelo Brasil e o mundo. Eu vejo um cara desse nem like eu dou pq já penso logo que não tenho a menor chance com um cara desses eu jovem começando a vida ainda batalhando todo dia trabalhando e estudando um cara desse vei me achar um bostinha vai nem perder tempo me dando atenção.

Cara, que vídeo NECESSÁRIO!! Parabéns pelo canal e pelos vídeos! 👏👏👏

Vejo essa questão muito ligada também ao etarismo, onde quanto mais velho você, mais $tatu$ social você precisa pra conseguir se relacionar. Não no todo, claro, mas em sua grande maioria.

Excelente vídeo e abordagem do assunto.

Muito interessante e pertinente esse tema e a sua reflexão.

Gostei do Video. Acho que Aporofobia é o pior problema do Brasil realmente.

Caráter ñ é dinheiro nem profissão é caráter msm mercadoria rarissima por aí...adorei teu canal!

Esse vídeo é muito importante. Mds que orgulho desse canal. Obrigado Marcel por trazer a luz esse tema tão importante pra refletir dentro da comunidade 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Muito bem explicado, como sempre!

A sugestão do vídeo apareceu aleatoriamente pra mim e resolvi assistir. C@r@lho que conteúdo fod@!!!! Ganhou uma inscrita!!!!!

Já ouvi de um colega de trabalho que tinha parado de sair com um rapaz do qual ele tinha acho bem interessante porém, o cara andava de ônibus então não valeria a pena manter contato.

Parabéns pelo conteúdo, Marcel! Temática super relevante e necessária. Abraços!

Muito bem fundamentado, parabéns 🎉🎉🎉🎉

Obrigado por essa reflexão! Aos poucos vamos estourando as bolhas e os paradigmas.

Conteúdo rico e de fácil assimilação. Obg meu lindo!

Que vídeo maravilhoso! Reflexão inteligente e bem fundamentada.

Que vídeo necessário , muitoooo legal

Já fui em duas baladas, de duas classes diferentes. A considerada rica é totalmente diferente da mais acessível, o padrão é outro nível, as pessoas te julgam na sua roupa, se você é padrão ou não e se você tá consumindo ou algo do tipo. Geralmente na mais acessível as pessoas são mais de boa e não ligam muito pra você, então geralmente a diferença é clara e nítida.

Nossa, que vídeo necessário!!!!

Tema extremamente relevante! Muito bom! Vamos refletir

Esse canal é necessário! Seus vídeos são cada vez mais esclarecedores e nos levam à reflexão. Gratidão por existir!

Eu já fui em balada de gay rico padrão, eu me senti fora do ninho, me arrependi amargamente em ter ido, pois eu tinha vergonha em falar até sobre a minha profissão, os assuntos não se encaixavam.

Tenho um amigo que sofre com isso, luta para aparentar algo que não é, mas ele usa como meta de ascenção social, tentando "fisgar" um gay com $$$... Comprou, com uma grande ajuda dos tios, um carro que não consegue manter, se endividou comprando aditivos de treino, coloca nas redes sociais que é empresário... Mas mora no subúrbio, numa casa de telha, a instrução é fraca, foi uma luta Eu convencer ele em terminar o 2° grau 🤦🏻🤦🏻🤦🏻

Que vídeo maravilhoso! Parabéns 👏🏾 👏🏾 👏🏾

Obrigado que video necessário .Parabens ,super me representa

Adorei essa VISÃO! Nunca havia imaginado esse contexto histórico. Sensacional! Parabéns!