A tragédia que ocorreu em Israel, com a morte de centenas de pessoas, civis, mulheres e crianças, é um efeito terrível de uma guerra que dura muito tempo. Lamentar de verdade essa tragédia significa não usá-la para defender a continuidade e a intensificação de uma guerra que tem sido um verdadeiro massacre. No caso palestino, temos muitos exemplos de momentos em que morreram crianças, mulheres, civis, infelizmente sem a devida atenção da comunidade internacional. A forma de resolver os efeitos da guerra é terminar com a razão pela qual essa região atravessa uma situação de tragédia sem fim. E essa razão é a ocupação do Exército israelense, que faz com que a Palestina, e os palestinos nos territórios ocupados, não tenham sequer direito a ter acesso a alimentação, água, mobilidade. Têm seus portos controlados e sua dignidade atacada de modo sistemático. Essa humilhação não pode continuar. A guerra tem que ter um fim, mas este fim não ocorrerá enquanto os Palestinos seguirem vivendo nestas condições.
Não compartilho a ideologia do grupo Hamas, nem do grupo Hezbollah, muito menos do governo do Irã, que é uma teocracia religiosa. Eu apoio a causa palestina e não posso aceitar que as ações destes grupos sirvam de pretexto para abandonar os palestinos e deixá-los à sua própria sorte.
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