HISTÓRIA DOS NDENGUES DO KOTA DURO - 1ª PARTE
Na necessidade de defender a nossa identidade cultural, no longínquo ano de
1978, precisamente no dia 19 de Setembro, José João Caetano, vulgo Kota Duro, atendendo o conselho de seu amigo, funda o grupo musical MBILA JYO KANDE, o que significa, sepultura cavadas...
A composição inicial do grupo era de 32 elementos entre músicos e bailarinos.
Em face da persistência do seu mentor, em 1991, o grupo passou a ser chamado por NDENGUES DO KOTA DURO.
Rígido na disciplina do grupo, de forma precoce, Kota Duro identificava as habilidades de cada membro, sem esquecer a visão empresarial que tinha e, pedagogicamente procurava convencer a cada um para a grande missão.
Numa altura em que a música folclórica estava condenada a tocar em ambientes fúnebres, a sua presença na mídia era residual e na busca de vias alternativas para partilhar a sonoridade inspirada nas tradições Orais, surge Sebastião José, jornalista da Rádio Nacional de Angola que apresentou os Ndengues do Kota Duro aos órgãos de comunicação social.
Finalmente, com o selo da EMDIPU, em 1997, chega às bancas o primeiro álbum de originais dos NDENGUES DO KOTA intitulado BUKULA com 10 faixas musicais. Faixas como: Missosso, Kukula, Massoxi anami e o maior sucesso, Manazinha, ganharam destaque entre os apreciadores da música folclórica.
Na sequência do lançamento do 1° álbum, em 1998, Kota Duro e Ideal, na altura, director artístico do agrupamento, durante um encontro com jornalistas ligados a cultura, Kota Duro manifestou-se preocupado em face da pirataria que designou industrial que reproduzia grandes quantidades de cassetes.
No dia 6 de Outubro de 1998, Kota Duro tinha perdido a batalha contra a tripanosomia, vulgo, doença de sono.
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