Nasci na Ilha Grande dos Marinheiros, meu pai nasceu, cresceu e viveu praticamente a vida toda. Meu pai tinha um armazém muito conhecido que era do meu avô e depois foi do meu pai e depois por último do meu irmão. E a Ilha passou por diversidade fases. Sim sempre fomos muitos pobres, mas o filme retratou algo que não existia. Não daquela forma, e isso sim discriminou e nos excluiu sim. A Ilha é do lado da cidade e não tínhamos água, não tínhamos luz e tampouco esgoto. Ruas de chão batido, ônibus não entrava e naquela época nenhum taxista queria entrar lá ! Pasmem, mas na oitava série da Escola Alvarenga Peixoto eu era a única aluna. Lembro com carinho da Nazaré que aparece nessa reportagem🥰! Nunca ninguém nos enxergou. Vivíamos conforme dava. Ali tinham pessoas de bem, trabalhadoras, honestas e é claro diante da pobreza e da falta de condições a marginalidade também cresceu. Vejo muitas pessoas criticando aqui mas só quem viveu sabe do que estou falando. Como é difícil ser ouvido, ter algum apoio. Enfim, apesar dos pesares tive uma infância linda ali mesmo diante de tanta pobreza e insegurança. Não esqueçam que somos todos PESSOAS, seres humanos que sonham e buscam por um mundo melhor mas com realidades muito, mas muito diferentes ! Não foi fácil mas posso dizer com orgulho que sobrevivi, hoje sou formada em Direito, tenho uma vida completamente diferente da de muitos da minha época, mas são poucos os que como eu conseguiram mudar de vida. Por isso eu agradeço a Deus todos os dias e não tenho vergonha nenhuma de onde nasci e vivi, guardo a Ilha com muito amor no meu coração! ❤️

Eu estou horrorizada com o fato das pessoas serem demitidas por conta de morar na ilha. A atitudes deveriam ser opostas. Se vc ve uma pessoa nessa situação vc a ajuda e n demite ela.

A pessoa (com toda razão) fica revoltada de ser chamada de comedor de lixo. Questão de perspectiva: ela tem vontade de dignidade portanto pensa que ao escolher a melhor fruta ao invés da podre ela já tá numa situação diferenciada e os miseráveis são os outros. O problema que essa fragmentação extermina a consciência de classe. Ela já nem vê o absurdo de que ela é vítima.

Eu acho engraçado que muitos focam no fato de defender ou não o documentário ou qualquer coisa que desejem nomear esta película, mas não focam no principal que é o impacto causado às pessoas que fizeram e fazem parte desse cotidiano. Pouco importa a pretensão do diretor, se ele quis trazer isso como uma metáfora da realidade global, o fato é que ele foi desonesto com os participantes, que não são meros atores, são sujeitos, que não desaparecem quando sobem os créditos. Eles sofreram todas as consequências sociais de uma realidade que foi deturpada, e isso é muito sério. Quem não enxerga isso não tem o mínimo de consciência e empatia, sequer conhecimento sobre qualquer ciência social, ignorando o contexto particular sob a justificativa de passar uma "mensagem" mundial sobre às desigualdades, de maneira forjada, com o objetivo de chocar o público que vê, lucrando nas costas de gente humilde.

Sim, eles se alimentam de restos de comida que são considerados lixos por muitos. Infelizmente eles estão mais chocados com o preconceito que sofreram do que com a situação em que vivem, pq da situação já estão acostumados.

A realidade deles é tão dura, que o fato deles terem acesso ao que é considerado impróprio pra venda e consumo das demais pessoas e que seria apenas descartado e viraria lixo, numa sequência diferente da mostrada no documentário, ou seja, antes dos porcos, faz com que acreditem que não estão tendo acesso a comida que dentro da rede de consumo é considerada lixo. Pra eles lixo é apenas o que eles consideram impróprio e então é consumido pelos porcos.

Ao Felipe Diniz (do vídeo), que não entendeu a frase: "O resto é verdade.". Nos créditos, o J. Furtado diz que são atores, que na verdade Fulano é Ciclano, que foi filmada a 2 km da ilha das flores, ou seja, dizendo que tudo aquilo é ficção, mas após isso tudo aparece a frase: "O resto é verdade". Qual resto? Ele não estava dizendo sobre o resto do documentário, mas sim sobre o lixo, produzido por nós, consumidores. Esse resto é verdade. Há uma dualidade nesta frase que, pelo visto, ninguém compreendeu.

não é um documentário. É um curta-metragem, um FILME, ficção, que tem como objetivo nos fazer refletir sobre certos assuntos (consumismo, desigualdade social e econômica...) através de uma realidade EXISTENTE. O problema é que tal realidade não existe da maneira mostrada no filme... nesse lugar.

Independente de ser ou não a realidade daquela ilha específica, quantas pessoas passaram a ter consciência através deste documentário de que existem de fato, seres humanos posicionados muito abaixo do mínimo necessário para a manutenção da dignidade humana e muito distantes das prioridades e dos benefícios que o capitalismo diz oferecer? Seres humanos deixados à própria sorte, sem o devido amparo social e que a maioria das pessoas fazia de conta que não existiam. O documentário Ilha das Flores foi produzido com o intuito de "esfregar na nossa cara" essa realidade, por mais que nós não a apreciemos.

Acredito que ele deveria ter mostrado o filme antes para a população já que era eles que estavam sendo exposto s . Mas o maior erro é da sociedade que ao invés de acolher, descrimiram, mostrando que a podridão real está na sociedade, e do estado que não fez poha nenhuma, apesar de o curta ter tomado escala global isso é o verdadeiro absurdo que é tão comum mas ainda nos espantamos . Além disso é triste ver como estão focando no cara que fez o filme ao invés de enchergar todo o sistema que tem por traz da realidade deles , era para fazerem uma revolução já que tomaram grande espaço na mídia. Mas não dá para culpalos por não verem isso.

Isso me lembra" o meu sábado Aqui comendo arroz com.legumes, não comprei carne pois estou comprando material para sair do aluguel Escuto a vizinha pedir o marido para preparar o bife do cachorro dela.

Bom só gostaria de fazer uma observação.. acho uma inversão de valores criticar quem fez o "documentário"(visto que ele próprio não visa ser, e se alguns o entendem como tal o problema então é de interpretação) , mas passar batido as pessoas PRECONCEITUOSAS que não deram emprego por terem ""visto"" que os moradores da Ilha das flores comiam lixo (como se isso fosse uma escolha!!). Acordem por favor!!

Se não fosse o filme a denúncia do Furtado, até hoje não haveria divisão entre ATERRO e LIXÃO. O Ilha das Flores foi ESSENCIAL. O episódio aconteceu de verdade, foi noticiado e só depois o Furtado fez o filme. Mas a obra É REAL.

Cara, eu assisti o documentário Ilha das Flores há mais ou menos uns 3 anos , e só agora tive acesso ao outro lado da moeda. E fiquei muito mais chocada !!

O documentário Ilha das Flores é um símbolo tomado por Jorge Furtado para poder denunciar a realidade humana. As pessoas devem entender que o filme não trata sobre a Ilha das Flores em si. Ele sempre pega um exemplo para falar do todo. É uma pena que as pessoas tenham interpretado errado. Ele não fala da ilha, mas do mundo. Os exemplos: Tomate, ele representa a produção humana (não só alimentícia, mas tecnológica, educacional, etc). O japonês ele toma como referencia aos produtores. Tudo no filme são metáforas. Uma pena que tenham interpretado de maneira diferente, e que a exploração do tema tenha trazido efeitos negativos (advindos da ignorância humana, pois jamais a condição de "comedor de lixo" poderia ser usada como pretexto de zombaria). Acredito que a repercussão do filme tenha jogado holofotes às condições do conjunto de ilhas, melhorando a sua urbanização. Toda produção audiovisual é uma ficção, pois ela não é capaz de transmitir o efeito de realidade: ao passar por uma edição, uma escolha de narrativa, uma seleção de trilhas sonoras, um documentário já passa a retratar um ângulo. Cada produção audiovisual tem um objetivo, e às vezes, como é o caso dessa, e a do J Furtado, os ângulos são bem focados no seu objetivo, não deixando espaço para várias visões. Cada visão tem sua importância, mas nunca é bom assumir uma só visão como verdade absoluta.

Gente... é um absurdo o fato dos moradores de "ilha das flores" terem sido prejudicados com o filme. E ninguém parece refletir a respeito. Essas pessoas, na verdade, foram vítimas de preconceito, as pessoas os rejeitaram por serem necessitados. Isso é um absurdo! Não entendo como, mesmo após verem o filme, os patrões tiveram a coragem de demitir seus funcionários, mesmo sabendo da condição de vida deles e sua dependência do emprego. Fico ainda mais puto, pelos moradores ignorarem este fato e só se revoltarem por dizerem que eles comem com os porcos. Eu sei eles não disputavam comida com os animais, entretanto é nítido que eles possuem grandes dificuldades.

Eu percebi que a diferença entre um filme e outro, é mínima.. quase impercebível. E é "chocante " o que fazem com o povo brasileiro! Triste e chocante, pessoal! É real e existe em todo o cantos do nosso país! Não sejamos "hipócritas", por favor!

O que deu pra perceber pelos relatos dos moradores: o pessoal do local está tão blindado, cômodo e fadado com a própria realidade que sentiu a auto vergonha só pela repercussão do curta (desconsiderando que eles foram atingidos pelo preconceito depois, mas isso é outra história). Um exemplo bem enfático do que eu disse começa aos 9:00: "não é lixo, é uma comida boa".

Aqui em São Paulo, capital, 2020 ao contrario da ilha, as pessoas pegam a chepa das feiras. Na infancia de minha esposa era regra todo sabado tinha que ir no final da feira pra pegar a chepa (descarte das barracas) que, sim é jogada no chão como que para porcos... Isso é normal até hoje... é só vim em uma feira da z/s e z/l pra ver.

quase nao existe diferença, pois a comida era destinada no mesmo frete aos porcos e as pessoas. a única diferença é que ao contrario do primeiro documentario, os humanos pegavam a primeira fatia antes dos porcos. e ainda bem que o governo lançou o bolsa família.

Parabéns pessoal! Não acho que esta percepção invalide ou diminua a importância do documentário, pois teve seu papel social e isso é indiscutível. Mas acho também importantíssima a intervenção de vocês em possibilitar que os moradores se posicionem, divulgando as diferentes perspectivas! Muito bom :)

Houve uma série de problemas de interpretação de ambos os documentários e a população. Mas é inegável que isso trouxe problemas a sociedade da Ilha das Flores.

Acredito que na frase "o resto é verdade" esse resto seria todo o processo demonstrado no filme de como esse lixo foi produzido até chegar na Ilha das Flores. O diretor criou uma situação fictícia para mostrar a realidade do desperdício. A situação das pessoas daquele lugar não é exatamente aquela demonstrada no curta, porém, mesmo que não dos animais, essas pessoas vivem de restos e tal fato não é somente real nessa comunidade, mas em muitas outras. Acredito que o diretor criou essa ficção para chocar e mostrar ao telespectador que tal situação não existe, mas não esta longe de acontecer.

Após assistir por várias vezes o Documentário produzido em 1989, pelo cineasta Jorge Furtado, intitulado "ILHA DAS FLORES", que utilizou como parâmetro a vida medíocre e humilhante das pessoas que retiram seus alimentos do dia-a-dia do "LIXÃO" conhecido por ILHA DAS FLORES, localizada precisamente no Bairro Arquipélago, na cidade de Porto Alegre - Estado do Rio Grande do Sul (dividindo espaços com porcos que ali são alimentados, para depois serem comercializados), acredito que a interpretação da sua essência depende muito de uma visão impessoal e imparcial do povo brasileiro e, como cidadão brasileiro que sou (conhecedor dos direitos que tenho), entendo que a intenção e/ou objetivo do Autor ao torná-lo público, em momento algum foi o de se autopromover ou denegrir a imagem de qualquer comunidade ou bairro da cidade de Porto Alegre-RS, muito pelo contrário, vejo nesse Documentário a intenção de sensibilizar e forçar o Poder Público (Federal, Estadual e Municipal) a assumir sua verdadeira função Constitucional para com o povo brasileiro, refletindo sobre algumas discrepâncias sociais que sempre fortaleceram a "classe mais alta", afundou e fez sofrer a "classe mais baixa" da sociedade brasileira contemporânea, tais como: sede de poder; capitalismo selvagem; educação; saúde; saneamento; poder de consumo; má distribuição de renda; dentre outras, que aliadas a corrupção política e empresarial que sempre existiu em nosso País, mantiveram o Brasil como um País de 3º Mundo no cenário mundial, quando pelas riquezas que sempre tivemos, poderíamos figurar hoje como um País desenvolvido/de 1º Mundo (e não, em desenvolvimento). Entendo ainda, que a contribuição dada por Jorge Furtado, com esse Documentário, foi e sempre será considerada apenas "uma gota d'água no oceano", para forçar a criação e execução de "políticas públicas" que visassem pelo menos minimizar tais distorções sociais e humanas e com isso, acabar definitivamente com o sofrimento e humilhação que enfrentam até hoje as pessoas mais carentes de nosso País, o que é contrassenso, já que de acordo com a Constituição Federal brasileira, de 05 de outubro de 1988 (Lei maior de nosso País).........."somos todos iguais perante a lei", portanto, deveríamos ter "direitos" iguais", principalmente, o de viver com dignidade.

É compreensível que as pessoas da ilha tenham visto e se ofendido principalmente porque todo ser humano preza pela auto imagem. Imaginar que foram vistos por milhares de pessoas pegando lixo para comer um pouquinho fora da ordem real (primeiro os porcos, depois as pessoas) as deixou completamente ofendidas. Porém quem assiste não está vendo o cidadão em si e sim a retratação de uma situação real. Vivemos em um mundo onde porcos tem mais prioridade do que muitos seres humanos. No fundo esse filme trouxe mais ajuda para pessoas pobres do que malefícios. Estes malefícios que eles alegam são pontuais e diretamente relacionamentos a uma burguesia ignorante que não consegue e nem quer acreditar que existam pessoas tão pobres. O que considero benefício é que outras pessoas inteligentes e dotadas de bons corações assistiram, se conscientizaram e fizeram algo para ajudar. O intuito era impactar e alertar sobre o desamparo de milhares de bairros em situações críticas por todo o mundo e não atingir e prejudicar a população filmada nessa região. O que vejo como grande parte da reclamação nesse vídeo está relacionado ao ego. “Sou pobre mas sou limpinho”. Completamente compreensível, porém de forma alguma deve anular o impacto profundo e positivo que ilha das das flores trás a quem nunca imaginou o que é viver dependendo de doações. Impactou com sucesso sobre os temas do desperdício e o desamparo de uma forma sensacional e com muito êxito. Por mais que tivesse explicado 10 vezes do que se tratava o filme antes de filmar , os “atores” não entenderiam pois a realidade deles é muito, mas muito diferente da nossa.

Década de 80 no Brasil o tratamento com pobre era muito diferente de hj. Até começo dos anos 2000 era, vide exemplo fútil,como novelas da época. Como empregados são tratados. Se esse filme fosse feito nos dias de hj haveria uma mobilização pra ajudar essa gente e seriam tratados com prioridade. Mas nos anos 80 é totalmente compreensível alguém ser prejudicado por já ser uma pessoa prejudicada. Vocês não tem ideia da mudança social que esse país teve nos últimos 15 anos e nem vou falar graças a quem.

Mais uma vez um homem que não vive a realidade dessas pessoas que se aproveita da situação e não faz nada pra mudar de fato, pq uma quadra não enche o bucho de NGM

Jorge Furtado não é o governo. Ele não tem obrigação de mudar o mundo, mas como artista, tem o dever de denunciar os abusos e isso ele fez com maestria.

Muito bom vocês terem disponibilizado este curta. É sempre importante ouvir as versões dos outros que também estava inclusos na história da ilha. Interessante saber que para os moradores, que são pessoas carentes, o curta da Ilha das Flores teve uma consequência mais negativa do que positiva.

"Nunca afirmei - nem o filme - que todos os moradores (de qualquer ilha) dividiam comida com os porcos" Jorge Furtado (rico explorador da miséria alheia). Mas no filme diz que os moradores comiam o que era REJEITADO pelos porcos. Foi muito pior o quê o filme disse.

É patético quando "querem enxergar" apenas um lado da história. E como se não bastasse, o ego ferido, se põe a acreditar que tudo não passa de uma mentira. Gente, independente de terem "usado" as pessoas e que elas não dividiam diretamente a comida com os porcos, algo não pode deixar de ser concordado: as pessoas vivem em situações deploráveis, se submetiam a escolher o material orgânico descartado pelos restaurantes ( e isso se configura como lixo), os insumos "menos reaproveitáveis" deixavam para os porcos (se era feito seleção, então o destino final não era às pessoas, mas ao lixão). Então... me poupem, mas o vídeo mostrou uma realidade, sim: a desumanização do homem.

Para mim, desmitificar não é uma boa palavras. A proposta do filme abre um mundo de discussão. E é aí que está a genialidade do Furtado. Mais um ponto para o cineasta!

Quem se compromete com ideologia raramente está comprometido com a verdade.

O objetivo do filme é ser universal e não particularizado à Ilha das Flores, este documentário é falacioso e parece que ficaram tristes pq não receberam pela "atuação". Não importa o nome do lugar,importa que este fato era e é ainda existente. Ele deu o nome fictício de Ilha das Flores já que não foi lá filmado.

Nossa vivia aí na minha madrinha ao atrás do hotel da ilha..saudade dos pases do bezerra do sopao. Mas dá Onde vinha as verduras sei que era bom e forte kkk gratidão

O filme mostrou a realidade brasileira do final da década de 80 e que, no caso daquela comunidade, mudou muito pouco. Continua sendo um lugar miserável. Trinta anos depois as pessoas que participaram do filme continuam trabalhando no lixão. Há críticas a serem feitas, ao estado e ao mercado brasileiros, principalmente.

Só fez expor a vida das pessoas, pra ganhar financeiramente em cima da pobreza alheia. Mas não os ajudou nem mudou a situação dessa ilha, lamentavelmente!

O art. 6º da Constituição Federal de 1988 passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O vídeo" A Ilha das Flores" é um exemplo de como falhamos. O Estado, a garantia de direitos dos que vivem em situação de miséria, não tem sido alcançados.

A mim parece que as pessoas que se sentiram ofendidas pelo filme, esqueceram de se absolutamente ofendidas pela brutal situação social a que estavam submetidas à época, mitigada hoje pela retirada dos chiqueiros a céu aberto, mas ainda alijadas socialmente, pelo descaso do poder público para com as populações pobres e periféricas. O documentário, que usa do exagero (a disputa de comida entre seres humanos e porcos) e da ironia (dar ao documentário o nome de "Ilha das Flores"), descreve a realidade de uma comunidade que buscava, sim, no lixo (ou a forma de tratamento, o despejo no chão, dos restos de alimentos permite outra percepção?) sua "segurança alimentar". O não entendimento da expressão nos créditos "O resto é verdade.", que foge a compreensão de Felipe Diniz, demonstra, em alguma medida, o porquê de os ilhéus não se acharem "ofendidos" pelo formato construído para o documentário. Me parece claro que quando Jorge Furtado assim coloca ele apenas diz que, ainda que os personagens tem sido retratados por atores, a história, a realidade é verdadeira, como de fato é: OS ILHÉUS NO "ARQUIPÉLAGO', EM PORTO ALEGRE SOBREVIVIAM DO LIXO QUE ERA DESPEJADO NAS ILHAS, QUE APÓS SELECIONADOS POR ELES ERAM DADOS COMO ALIMENTO AOS PORCOS. Qualquer pessoa medianamente inteligente saberia que os seres humanos se antecipariam aos porcos para separar o alimento de seu interesse, salvo se, e esta seria a maldade para além da maldade (perversidade), a algum canalha interessasse o jugo ainda mais cruel do ilhéus.

Mas o filme não tem culpa se as ilhas foram excluídas depois disso, o filme nunca incentivou isso, as pessoas que fizeram isso quando na verdade deveriam ter feito o contrário, não é culpa do filme que o ser humano pode ser ruim, o filme inclusive retrata isso.

entendi perfeitamente a mensagem do vídeo. somos humanos, temos o tencéfalo altamente desenvolvido mas somos estúpidos!

Assisti esse documentário no ensino médio, na década de 90, estou chocada com o outro lado, o lado da verdade. Sinto muito que as pessoas foram usadas, e de brinde ganharam uma quadra. E a nota ficou pior que "o soneto", lembro muito bem da repercussão do documentário na época. Ele podia ao menos ter se desculpado, voltado a ilha e conversado com as pessoas.

assistindo em 2019 quem tbm?

Já pararam para pensar que se isso fosse hoje, o filme teria tido uma repercussão completamente diferente? Esse filme seria visto como uma verdadeira "denúncia" da situação de extrema pobreza em que essas pessoas viviam e, assim, a empatia e a solidariedade tomariam conta de toda a sociedade atual. Com a força das redes sociais, movimentos de ajuda a esses moradores seriam formados em todas as partes do Brasil. E o filme que, naquele tempo, causou uma repercussão negativa para eles, agora, em pleno 2021, serviria de instrumento de ajuda a essas pessoas. Portanto, a culpa não é do filme, mas, sim, da sociedade medíocre e ignorante daquela época. Não importa se o filme era ficção ou não, se o filme manipulou ou não a realidade dos moradores, o que realmente importa nesse episódio triste é o julgamento desumano daquela sociedade para com aqueles moradores... Parece que foi necessário que se passassem décadas para que as pessoas (sociedade) pudessem se tornar um pouco mais humanas e justas umas com as outras. Ainda falta muito, mas, aos poucos, estamos evoluindo!

em muitos lugares a realidade foi e é esta, e ainda poderá vir a ser. Mas antes de dar qualquer opinião EU GOSTARIA DE SABER qual o envolvimento político das pessoas q 22 anos depois reclamaram do filme e da quadra de esportes.

Nossa... Nunca pensei nesse impacto. O filme ajudou a pequena July a ter empatia pelas pessoas que, como ela, não tinha fartura à mesa. Nunca encarei os seres humanos retratados no filme como pessoas menos valorozas pela situação em si. Muito pelo contrário. Eu me coloquei no lugar daquelas crianças, e isso me fez entender o mundo de outra forma. Eu jamais discriminaria alguém por uma circunstância... E fico triste em saber que um filme que teve esse impacto - que considero positivo - na cabecinha de uma criança da classe média de São Paulo, não tenha tido o efeito adequado nas vidas de quem necessitava dessa mudança positiva.

Sensacional! Parabéns pelo trabalho.

Adorei 👏🤩 Temos que respeitar a pobres e ricos Samos iguais ♥️👨‍👩‍👧‍👦👨‍👩‍👧‍👦 Ok ok

Vi "Ilha das flores"(1989) na escola nos anos 90, nunca esqueci! Fiquei muito triste na época, ainda estou pelas consequências negativas geradas. E mais ainda com a mentira, mas o que esperar de seres vivos com polegares opositores e cérebro desenvolvido? Agora eu sei que é o pior!

parece muito difícil encontrar a verdade até no q está documentado... Achei interessante o Ilha das Flores, vídeo bem feito, e depois encontrei esse, em contraposição... Chocada por entender q a verdade está sendo sempre manipulado a nossa frente...

Sabe o que é ridículo ? é esse documentário, querendo negar a condição precária em que realmente essas pessoas e outras milhares vivem. O ILHA DAS FLORES, critica todo o processo de pobreza, exclusão e desigualdade social em que vivemos. Sinceramente querer negar isso, ficou muito feio !

Mas ainda sim comem coisas descartadas por donos de vendas, não é uma vergonha para eles e sim para o Brasil! Jorge Furtado denúncia a realidade de muitas pessoas espalhadas pelo mundo todo.

Eu já assisti este vídeo (Ilha das Flores) uma dezena de vezes e já indique outras dezenas, agora ele foi recomendado pra um trabalho de faculdade. O fato é que sendo ficção ou não, existe uma realidade nele. Existe uma desigualdade social, existe a fome, existe o desemprego, existem os especuladores, existem os "lixões" e existem os porcos. O vídeo chama para uma reflexão e é evidente que as pessoas que participaram do filme não tinham dimensão do resultado do filme, e creio que nem o diretor. Agora, a questão da verba e do calabouca já é tema para outro documentário. Só acho.

Acabei de assistir ao vídeo 'Ilha das Flores' e na sequência resolvi conferir este aqui também. Mesmo antes da constatação de que o primeiro vídeo não passava de uma "obra" ficcional, não pude deixar de pensar no tremendo desserviço prestado as pessoas carentes da região retratada e a visão que se tem do Brasil mundo afora. Não penso que devemos varrer nossas mazelas pra debaixo do tapete da ignorância e apatia, mas me pergunto: por quê custa tanto criar uma obra, ficcional ou não, que realmente valorize o que temos de positivo, nem que seja pra variar?

O curta metragem realmente mostrou o que acontecia lá no final

Enfim, retratou a realidade no nosso país!

Uma tragédia, criando outra, assim como na física duas forças se anulam, vivemos o mesmo "lixo" as mesmas "mentiras" os mesmos "mimos", porem em tempos diferentes.

PaPato, é preciso saber quem foi que pagou mais dinheiro para os moradores da Ilha das Flores que participaram do documentário a mais de 20 anos atrás, ou se o pessoal que produziu o vídeo acima. quanto a mim, prefiro acreditar no documentário do que no vídeo acima, visto que não é preciso nenhum produtor de cinema para mostrar a realidade dos lixões brasileiros, basta qualquer cidadão com um celular com câmera de vídeo para documentar esta triste realidade!

Esse documentário do Editorial J, Só serviu para nos mostrar mais um problema social gravíssimo, onde as pessoas são chamadas de comedores de lixo e são privadas de trabalhar como mostra em entrevistas, o Sul precisa rever seus conceitos, o filme apenas nos mostra uma realidade ainda existente muito forte no Brasil e vocês faz parte desse país mesmo que não gostem, ainda se alimentam da terra que até hoje os acolhe.

Esse vídeo só reforça a importância do filme "Ilha das Flores".

Parabéns ao editorial J por ter feito esse curta.

Interessante, na minha faculdade de Ciências Contábeis eles apresentam como um documentário: "O tema da desigualdade social, principalmente a extrema pobreza de pessoas que subsistem com aquilo que é descartado pela sociedade, é tema do documentário Ilha das Flores (FURTADO, 1989). Ele busca mostrar os traços da desigualdade social desde a produção até o descarte dos produtos, mostrando uma cadeia social que exprime bem as contradições do sistema capitalista." O gênero da produção muda de acordo com a conveniência. Não que em havendo boa intenção seria bom, mas nem isso teve. Aqui no nordeste também haviam produções parecidas onde se colocavam as crianças filhos dos trabalhadores na colheita de sisal para trabalharem diante das câmeras como se fossem essas crianças que trabalhassem e não fossem a escola, sabe-se lá onde essas filmagens foram passadas.

Hoje 2021 as pessoas disputam a ossos de caminhões de lixo...

as pessoas não entenderam o que o filme queria passa ! gerou um preconceito errado das pessoas ..

Que pena que os próprios moradores e vitimas da situação não souberam reivindicar seus direitos, mas ficaram revoltados contra aquele que fez a denúncia, e ainda sofreram preconceito, o que é mais inaceitável ainda .. Meus Deus tamanha falta de consciência, justificando a sua miséria, tentando explicar...a culpa não é deles, é como se o governo não existisse e não fosse responsável por nada. Falta de consciência política, de tudo.. não sei nem o que dizer..

Que triste tudo Isso....e continua essa humilhação por todos os lugares do País com a população!🤔💔

Quando ele fala que não é uma ficção, pronto, isso acaba fazendo virar uma mentira, por que é ficção sim, o prejuízo das pessoas tem sim que ser considerado

segundo o diretor do filme, nada disso teria acontecido se esses pobres tivessem dono

vi esse documentario quando estudava, fazia o curso tec, de meio ambiente, e toods nos ficamos chocados com isso. isso em 2010, hoje sapiando pela net resolvi ver se a sisuação daquelas pessoas como estariam, e descobri que era tudo uma enganação, pessoas tiram proveito dos mais humildes com promessas e mentiras. absurdo.

Q descontrução de pensamentos!! Q bom ter corajosos pra contar a vdd! Pena q demorei a saber...

As pessoas procuram confusão onde nem existe O curta Ilha das Flores é um curta de denúncia aos comportamentos humanos e não expecificamente a ilha. Quem nos dera só existisse essa situação naquele local. Jorge queria ajudar , se as providências tomadas e as atitudes das pessoas burras e preconceituosas , que ao verem algum dos figurantes na rua são erradas a culpa n é dele.

quando mostrei esse documentario pra minha mae, a primeira critica que ela fez foi exatamente essa, de que o final é exagerado pq ninguem compartilha comida com porcos.

Serio q dps daquele documentario as pessoas soh se preucuparam com "ah, mas eles dividem comida com animais"?

Impressionante como Jorge Furtado inicia o filme com o aviso: "Este não é um filme de ficção"(fazendo você acreditar que tudo que está ali é verdadeiro) E logo iniciam com o agricultor, feliz no inicio colhendo os tomates e o narrador fala. "Vemos um ser humano, no caso um japonês. No entanto o SR. suziki não planta o tomate com a intenção de come-los, e sim troca-lo por dinheiro" E ai inicia a trajetória do tomate em um mundo capitalista, e tudo que as pessoas tem que fazer para consumir o tomate do agricultor que quis trocar por dinheiro em vez de consumi-lo. Então o tomate que não era bom para a trabalhadora foi para o lixo, que chegou até o porco. Mostra o porco sendo alimentado pelo seu DONO. E ai o narrador conclui. "O que coloca os seres humanos da ilha das folores depois dos porcos na prioridade da escolha de alimentos, é o fato de não terem dinheiro nem DONO" Momento de reflexão sobre o que é ser livre. Mostrando o porco com dono e prioridade pela comida, Foca as pessoas desesperadas colhendo o lixo. E mostra o agricultor com um belo sorriso. Ou seja... Ele te induz a pensar que o agricultor foi o causador de tudo isso, por ter "trocado seu tomate por dinheiro" em vez de consumi-lo. Fazendo com que os seres humanos da ilha das flores, tenham que catar do lixo dos porcos. Como se tudo isso já não fosse um absurdo. Descobrimos que o "cineasta" Jorge Furtado, usou da fragilidade de uma comunidade, para produzir um filme que destruiu todos os moradores da mesma, usando de afirmação falsas e desonrosas. E o que ele fez com o vídeo? "Trocou" por dinheiro, indo contra tudo que tentou passar no filme. Mas a diferença do agricultor suzuki para o cineasta Jorge. É que o agricultor alimentou centenas de pessoas cuidando do tomate por 12 horas, e que com seu pequeno lucro, conseguiu plantar mais tomates para alimentar mais pessoas e sustentar sua família. Já o cineasta que ganhou com um único vídeo, provavelmente mais do que o agricultor vai ganhar em toda sua vida. Fez o que com o dinheiro? O mal da humanidade está nas mãos dos aproveitadores. E não nas mãos calejadas dos trabalhadores.

concordo vídeo excelente!

¿¿¿Puede alguien por favor subtitular esto en castellano????? Por favor!!!!! GRACIAS

Mesmo se for forjado, ainda é válido como denúncia.

Chocada que a cena dos porcos era fake! 😮 Assisti esse documentário na escola a uns 7 anos atrás, era passado como algo real.

Ótima cítica!

Eu fico horrorizada como as pessoas destorcem a verdade, não interessa se a história foi inventada, o q REALMENTE INTERESSA é a condição de vida q essas pessoas tinham, o governo nem aí p eles, tendo q viver com doações pq são ESQUECIDAS PELO GOVERNO, que desviam o dinheiro dos nossos impostos p o enriquecimento pessoal, destruindo a dignidade do povo. Eu fiquei totalmente impactada com documentário e MUITO TRISTE em saber QUE ESSAS PESSOAS sofreram preconceito, quando na verdade deveriam ser acolhidas, com empregos. Se comiam lixo, era p as pessoas ajudarem a sair dessa realidade e não serem ignoradas e perderem seus empregos. CHOCADA!

Eu considero os autores desse vídeo criticando o documentário muito mais tendenciosos, mentirosos e sensacionalistas do que os criadores do documentário. Não vejo nenhum interesse em ajudar ou fazer refletir. Vejo apenas uma polêmica que da audiência estilo as apelações do domingo legal onde pegavam um pobre e o faziam chorar e lamentar sua própria existência.

Antônio Gramsci deve se orgulhar desse episódio.

Na verdade a situação é ainda precária o problema é que Jorge Furtado aumento e distorceu boa parte

Totalmente sensacionalista. Respeito a ideia de vocês. Mas o que foi mostrado, foi apenas meia dúzia de pessoas que, provavelmente não lucraram com o filme e agora decidem desmoralizá-lo. O simples fato dos moradores da ilha sofrerem preconceito, já revela a grande problemática da coisa...

O POVO DESTE LUGAR NAO TEM HUMILDADE PRA RECONHECER AS DIFICULDADES Q PASSAM;AGENTE SÓ RECEBE SOCORRO SE PEDOR AJUDA: ELE DEVIA TER DITO Q TODOS NA ILHA ERAM MILIONARIOS,NIGUEM ENTENDE O POVO.

E como tá esse lugar hoje? Queria saber se o "pai do Brasil" fez alguma coisa pelas pessoas dessa região?

Bah! Ouvindo aqueles estavam e vivem lá a retorica muda!

oioi, posso fazer um react? assisti ao filme em 1999 na quinta série e gostaria muito de salar sobre

Ao invés de processar o empregador de demitiu eles por morarem na Ilha das Flores, eles querem processar o cineasta por mostrar a realidade que eles e muitas outras comunidades vivem. Eu moro nunca comunidade que tem um córrego a céu aberto a prefeitura queria canalizar mas desistiram da ideia por que os moradores queriam construir em cima e fechar a única passagem de pessoas que nós temos, ou seja se o córrego fosse canalizado e a passagem fosse mantida, a área iria se valorizar, mas quanto mais sem cultura e educação é um povo, mais ele se auto sabota e caem no papo de um "Mesias" qualquer.

Ele fala que não é um documentário mas não vejo nenhuma característica de filme nele mas sim de um documentário

3:04 🥺 desumano

Pera aí vamos por partes: entao faz-se um documentario sobre o desperdicio de comida e lixo, desperdicio o qual è aproveitado por pessoas e porcos. Mas o que indigna as pessoas è a situacao dos porcos em espaços verdes, e as pessoas que comiam do lixo (por assim dizer) foi dada um campo de desporto, nao uma coletiva de casas, ou errigacao de agua e condicoes sanitarias, nada.... Que viagem meus amigos... Isto è o que acontece quando se quer contar uma istória (sobre uma realidade) mas nao se sabe contar. Quando isso acontece o termo correto è: lacrar.

Os governantes que esquecem a ilha das flores é que são os culpados e permitem que a comunidade use o filme, que é uma denúncia, como espantalho. Tampouco é justo que a equipe tenha usado da ingenuidade e da carência da comunidade. O representante da equipe do filme escorrega mais que sabonete nas respostas e essa falta de senso de responsabilidade deixa qualquer pessoa indignada

Filme foi bem feito, blz faz a gente pensar mas eai? Será que mudou alguma coisa? Porque pelo que da pra ver a unica coisa que esse filme fez foi piorar a vida dos moradores e fazer os telespectadores ficarem tristes... Ou será que algum pensador sobre a vida humana foi até a ilha doar dinheiro e ajuda-los?

Isso não é culpa do filme, é culpa da própria sociedade, que discrimina o povo pobre.

Há várias formas de interpretação,vejo como uma denúncia às desigualdades sociais.

Na verdade ele usou a mentira para mostrar a realidade da humanidade e não é só na ilha das flores e em todo mundo !!!

A idéia pegou todos vimos a realidade do documentário...

O documentário faz uma DENUNCIA mano como essas pessoas são ignorante .É por isso que certos politicos se aproveita delas não conseguiram entender o filme .

Alguém sabe de que música é esse solo de guitarra no começo do documentário?