Falta mais sensibilidade para entender o livro.

pra época ela era moderna sim no sentido dela ter descoberto uma paixão aos 30 o livro foi considerado um grande escândalo na época. assim como foi um escândalo a sensualidade de Marilyn Monroe nos anos 1950. trazendo pros dias atuais uma mulher que trabalha e não tem vontade de ter filhos hoje é um "choque" pra algumas pessoas e daqui alguns anos não será mais. o espaço da mulher tem crescido e a muito o que evoluir. olhar com olhos totalmente contemporâneos acaba por não entender o livro.

ela casou por amor? me pareceu mais um deslumbre. O fato, de sofrer em ir dormir com um homem que ela escolheu casar, por não ama-lo ou deseja-lo, sendo que naquela época muitas nem possuía esse arbítrio não simboliza alguma modernidade? não é passível se sentir prostituída ter que ir para a cama com alguém por convencionalismos sociais e jurídicos? ela é mimada por se sentir sufocada de não puder seguir seus desejos, intuições , viver confinada numa escolha que fez tão jovem? Helena talvez tenha se permitido a loucura de ir embora com um assassino por ser jovem, e com medo de qual seria o homem que ela estaria confinada no futuro como viu a própria mãe está... Eu acho a Júlia uma heroína, se ela se esconde é por conta da liberdade individual que ela concebe nos devaneios, mas que é reprimida pela sociedade, é torturante ver uma pessoa pagar tão caro por uma escolha que fez tão jovem, como se a vida não fosse transitória, como se ela não pudesse amadurecer, se transformar; td isso teve que se manter contido dentro dela só aparente na velhice física.

É bom receber uma opinião contrária d uma obra q a gente gostou e teve um encantamento, isso vem amortecer e firmar pés no chão, então, ouvi vc com atenção e vi fundamentos. Mas essencialmente parece q nós lemos livros diferentes, a narrativa é maravilhosa msm, achei fluida e deliciosa, apesar d picotada não me perdi nela. Já sobre esse adjetivo "moderna", na minha opinião se dá pq ela é uma mulher q realmente por conta dos dissabores do casamento q não atenderam as fantasias d menina, percebe como funciona a sociedade e suas instituições (casamento, maternidade e até igreja num momento), tudo fachadas rebuscadas q escondem muitas vezes, profundas prisões d insatisfação, e exigem sacrifícios constantes p manter as pesadas aparências, essa visão d fora q ela desenvolve, essa constante crítica social e do seu papel nesse teatro, eram bastante inesperados p época ou pelo eram sempre muito bem guardado. Há até um momento q reforça isso, logo no começo, q ao verem a expressão pensativa dela, alguém se pergunta sobre o q poderia haver d tão grave q ocupasse a mente d uma mulher daquela maneira, e q certamente a questão não deveria ser mais q alguma trivialidade da vida do lar.

Essa tradução não favorece à leitura... Para quem não lê em francês, indico a versão da editora L & pm pocket. A leitura é maravilhosa, super bem alinhavada e coesa, do começo ao fim... Vale a pena! 😉

Eu não conhecia Balzac, achei um livro extremamente poético, psicológico e sensível. Achei que seria difícil, mas me identifiquei em vários momentos da narrativa. A modernidade da protagonista está justamente no sentido desse não aceitar a condição da mulher na sociedade que era imposta naquela época de submissão e inferioridade. Imagino que ela se sentia daquela forma pela falta de sensibilidade do marido para com ela e o julgamento social caso ela desistisse do matrimônio, coisa que não existia naquele tempo. O ponto mais interessante que achei do livro foi a relação mãe e filha. A Júlia não consegue bem administrar o sentimento de angústia e conforme Helena vai crescendo, ela projeta a própria imagem na filha e paira aquela disputa entre as duas, talvez uma síndrome de Édipo camuflada. No final, a mãe com remorso e sentimento de culpa, não consegue se libertar dela mesma e morre repleta de melancolia perante uma sociedade que julgava a mulher como um ser inferior, fraco e não merecedor da liberdade.

acho que o segredo de entender a protagonista é entender sobre depressão e ñ sobre mulheres e critica, vc se refere a outras personagens femininas a frente do tempo delas pq sao atrevidas, sem medo. mas neste caso o segredo dela estar a frente do seu tempo é não estar infeliz no casamento simplesmente pq o marido é bruto ou brigão, justamente ele nao ser um mal maridoé oq faz dela tao infeliz, pois muitas daquela epoca e de hoje gostariam de ter um marido como esse, por isso nao estar feliz com ele é algo ruim, no caso sobre o casamento ser prostituição nao deve se refere ao foto de casar sem amor mas ao fato de ter que manter esse casamento mesmo infeliz por ser uma instituição que a sociedade impõe continuidade especialmente naquela epoca...

Não achei difícil a leitura não, pelo contrario me deliciei do começo ao fim. A Julie é uma heroína. O livro é na realidade uma poesia. Acho que você deveria ler novamente. E como tem uma frase no livro que diz... "Se, a mesa, um prato não nos parece bom, não é preciso tirar o apetite dos outros."

Dri, estou no terceiro volume da Comédia Humana e ainda não consegui entender a visão que ele tem da mulher, acho que essa fama que ele tem de grande entendedor da alma feminina é pura lenda. Ele me parece bem ingênuo e muitas das opiniões dele até me fazem rir. Tem coisa que ele escreve que não dá pra levar muito a sério, mesmo assim adoro seus livros. E admiro o que ele quis fazer e a forma como ele se dedicou a escrever a CH, quase um suicídio pois ele se acabou. Victor Hugo foi a última visita que Balzac recebeu durante sua agonia de morte., eram grandes amigos.

Essa análise poderia ter sido feita pela Damaris. Para ela, mesmo que a mulher se case por escolha própria, ela tem obrigação de ser feliz e se sentir realizada.

Tive as mesmas impressões que vc deste livro. Tb não conhecia nenhuma obra de Balzac. Iniciei por esta. A leitura não é simples e a protagonista também não me despertou admiração.

É fantástico a mulher de trinta e toda obra balzaquiana

Julie está a frente do seu tempo pq ela vê que a sociedade é falsa, as pessoas não são o que aparenta. E isso traz sofrimento pra ela, além de ter que ficar preso a um casamento, por isso que ela fala dos deveres. E vc fala que ela deve enfrentar seus sofrimentos em pleno século xix, como se fosse uma coisa simples.

Também não vejo que ela via que os filhos deveriam ser infelizes por ela ser infeliz. Quem convive com depressivos acaba entrando na espiral da depressão também. É como se depressão fosse contagioso. Quem convive com familiares depressivos, sabe o peso que é e não é incomum querer fugir ou se distanciar por um tempo.

Ler um clássico é sempre desafio. É preciso ser ousado, pois o contexto de época e lugar, nos leva a interpretar o espírito do autor, nacional ou estrangeiro, coisa que, eu acredito, seja impossível, pelo menos para nós leitores comuns. Quando leio um clássico, me considero ousado, pois é uma tarefa muuuito difícil, mas é ousando que crescemos como leitores. Entender o espirito da obra, a mensagem dela, eis os grandes desafios. De Balzac, já li "O pai Goriot". Tenho em mãos "A mulher de trinta anos", que vou iniciar a Leitura. Já li Dickens, Garcia Marques, e vale muito a pena, apesar do esforço despendido na compreensão da obra.

concordo plenamente com você sobre a personagem.

quem foge com o assassino é a filha de Júlia, Helena.

Você não entendeu muito. Você é casada? Você precisa reler quando você tiver 40 anos.

entre todas as pessoas que eu vi descrever o livro você foi a única que descreveu correto o livro na minha opinião eu tive essa mesmo impressão da personagem.

Parei de ver nos 8 min. Desculpe, mas parece que você não entende a época do livro.

eu não vi o vídeo todo, pra não pegar spoilers, comprei o Livro ontem, pretendo ler esse ano. pelo que você falou, a protagonista me lembrou a madame Bovary. você já leu?

voce marcou todo o livro com esses marcadores ? voce não se perde no meio dessas marcações

Adriana, tive o mesmo pensamento que você. sem tirar e nem por. Concordo com tudo que disse no seu vídeo,ganhou uma seguidora. bjus RayaraMarques.

Nossa concordo com vc. Comecei a ler e tá difícil. Achei esquisito tb ele passar duas páginas detalhando minusiosamente uma paisagem e pular semanas um acontecimento importante que depois só se ouvi falar. Vou continuar, claro pk sempre espero que o final salve o livro

Na verdade o Balzac era um conservador que estava fazendo uma crítica as mulheres que correm atrás de paixões e acabam sofrendo as consequências dos seus atos. Ele tentou criticar esse tipo de pensamento feminino. Só que a obra acabou o traindo. Acho que o problema da interpretação está na tradução e em quem escreveu a introdução.

Ouvir falar desde autor através do olavo de Carvalho que definiu suas obras como de difícil entendimento para quem não adquiriu a cultura necessária para entender o mesmo, e fiquei muito curiosa!! Pois eu concerteza não atingi esse nivel e nem a grande maioria das pessoas da terra...imagina deve ser o máximo vc poder compreender de maneira nua e crua as verdades que o autor impõe na obra sem muitos vezes se chocar com seu próprio ego,isso pra mim significa entender tudo.

cara eu terminei esses dias de ler esse livro , eu tava achando a mesma coisa e achando que eu tinha lido alguma coisa errado

A mulher aos 30 sofre de crise existencial.

Eu acho que a modernidade, os pensamentos e desejos dela eram de uma mulher moderna, mas ela não tem coragem de lutar por isso por medo da pressão da sociedade e também por depressão. E acho que a frustração dela com o casamento é totalmente ligado à insatisfação sexual com o marido.

Gostei de sua sinceridade quando critica a ideia de Julie ser uma mulher moderna. Mas Balzac nunca quis retratar o estereótipo de mulher moderna: desbravadora, audaz e transgressora. Balzac quis antecipar os dramas reais que uma mulher moderna viria a ter. A maior liberdade que a mulher tem hoje não representou ganho de felicidade, daí a depressão e a ansiedade, conflitos permanentes da mulher atual. Isso é afirmado pelo fato de que Julie, diferentemente da mulher da época, daí o moderno, pôde escolher o marido livremente; pôde escolher os amantes que quis, mas toda essa liberdade inusitada acarretou um permanente estado de insatisfação. Isso é moderno, mas não representou progresso. Com mais liberdade, a mulher foi levada a ter que decidir mais, sem jamais encontrar o porto seguro da tranquilidade. Esse é, em essência, o drama da mulher contemporânea, antecipado em 200 anos por Balzac.

Eu não estava esperando 4 estrelas depois de toda essa crítica! Hahah...

Parabéns pelo bom gosto de escolher esse livro do Balzac eu recomendo As Afinidades Eletivas porque essas escritas tem um valor literário de ótimo nível mas essa tal de Laranja Mecânica não pode nos ensinar nada porque é uma obra literária que não tem o principal da literatura: a arte, a beleza literária, aquilo que define a literatura: A "ARTE" de escrever

Oi eu concordo plenamente com vc , acabei de ler este livro . não gostei muito da personagem principal . ela trata mau a filha mas velha por ser filha do homem que ela diz amar e não ama , não gostei também achei a escrita bonita mas eu não tenho esta edição com esta introdução então li sem nada kkk. ela é totalmente depressiva , mas não tive nem um momento de pena dela e sim do filhos . bj parabéns pelo vídeo

Entrelinhamento - entre linha que chega na data 30.... Valeu vc....

Por isso que é uma ficção. Ficção n é realidade. Nem todas as histórias devem seguir o mesmo padrão, mocinha x bandido x herói .

ola querida, indico a senhorita o estudo das ondas feministas..e a leitura do livro "problema sem nome" a sua dificuldade de leitura esta em uma visão superficial do feminismo.

achei falha do autor por não colocar mas Vitor seu marido na história por ele ser seu marido. e essa prisão que ela vive com amor pelo amante também que não vi nada demais . Não mostra amor entre nem o marido e nem o amante . sei lá achei interessante a escrita mas não o melhor .

eu passei a odiar a personagem quando ela passar a desprezar a filha mais velha, ja adolescente

Leia Ulisses do james joyce e os livros de Faulkner voce não sairá da primeira página prque esse do Balzac para mim é agua com açucar

Para mim foi o livro mais difícil de ler, a narrativa e a linguagem é muito complexa, eu gosto de livros clássicos mas esse se superou. Eu desisti de ler pois não vi quem chegava a lugar nenhum.

A protagonista, Julia, me pareceu muito depressiva, arrogante e egoísta. O marquês e Helena foram, para mim, os personagens que salvaram a trama.

Julie infelizmente confundiu paixão com amor.

minha querida estou lendo esse livro espetacular mas preciso te dizer que esse livro é muito fácil de ler esse livro não é dificil de ler. Acho que voce tem muitos livros que não foram escritos com genialidade, romances agua com açucar que não te faz subir a um nivel mental e espiritual alto, voces que fazem video de livros a maioria de seus livros são medianos voces deixam de ler o que é forte para ler o que é mediocre ou mediano e ficam os livros dos sabio relegados. Se voce acha esse livro dificil então nunca leia Willian Faulkner, James Joyce e outros autores de genio e talento fiquem aí lendo laranja mecanica, fareheint 456 essas besteiradas e Stephen king "enganador", voce me impressionou muito ao dizer que esse livro é dificil, esse livros é muito bom de ler e é de facil compreensão, como pode voce ter dito isso ?

Esse é o pior livro dele