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Pra quem achou que fui super forte antes de raspar a cabeça, aqui está a verdade. Precisou da psicologia infantil de Renata Vitoratto e muita insistência da mulherada. A palavra "máquina zero" pra mim soava como: "ficar completamente pelada", ali na frente de todos. Mais ainda, era olhar pra mim de um jeito que eu nunca tinha visto... O medo de não me reconhecer era enorme. Eu sabia que o cabelo iria cair mesmo e estava ali para raspar e colocar a "prótese", a famosa PERUCA acreditando que isso iria me ajudar a superar a careca... Porém, para a minha surpresa, o desconhecido me encantou...me ver "nua" foi libertador; assumir essa "nudez" diante dos outros foi como me livrar de todas as máscaras da vaidade e da estética e poder ser quem eu sou... permitir me verem como eu sou.
Esse vídeo faz parte de uma sequência que pretendo compartilhar para mostrar a minha jornada na batalha contra um câncer de mama que descobri aos 33 anos ainda na fase incial. Por ser jovem, esse tipo de câncer é muito agressivo, e mesmo tendo feito a cirurgia e removido o tumor por completo, estou tendo que passar por 16 sessões de quimio, vou enfrentar a radiorterapia, a aplicação do Herceptin e 5 anos de anti-hormônio. Costumo brincar que esse é o processo do nascimento de uma Fênix. As asas que ganhei de presente nesse dia são um símbolo da Fênix que está nascendo de mim.