Obrigado, agora entendir

Excelente questão! Acho que o primeiro passo para buscar uma resposta para a sua questão é compreender que, para Marx, VALOR e PREÇO não são a mesma coisa. O valor é criado no processo de produção, por meio do trabalho humano (trabalho vivo) utilizado na produção. Já o preço do produto no mercado depende de outros fatores, como você mesmo colocou: interesse, demanda, concorrência. O preço tem a ver com o valor, mas não são a mesma coisa. Além disso, a análise marxiana sobre o Capital deve ser pensada de forma ampla, e não considerando individualmente o preço de um ou outro produto. Minha sugestão, para entender melhor esse assunto, é interessante dar uma olhada nesse vídeo aqui kzfaq.info/get/bejne/atN2mbWEzqfTe5s.html , e em outros vídeos do canal da Juliane Furno (kzfaq.info/love/QNp5qrzckO45QFyaVPh9Lg).

@@professorricardonormanha339 Agradeço o retorno, vou dar uma olhada nas suas sugestões.

@@gabrielgalvao3846 Acho que depende de vários fatores. Por exemplo, se no caso do livro houvesse uma demanda realmente fora da curva, tipo milhares de vezes mais em relação ao menos vendido. O empresário a fim de acompanhar a demanda resolveu pedir empréstimo pra adquirir mais maquinário, contratar novos funcionários e investir em propaganda pra que seu público saiba que pode fazer o pedido que será atendido devido ao aumento de produção. Com esse novo cenário haverá diferentes custos para dois produtos iguais, acarretando preços diferentes. Se não for assim, a saúde financeira da empresa ficará ameaçada junto com todos os empregos atrelados a ela. Essa é minha visão.

@@gabrielgalvao3846 Discordo, um empréstimo não é feito pra não aumentar o preço do produto, o empréstimo é uma situação onde o empresário vislumbrou que sua condição atual para acompanhar a demanda do produto é deficitária, ele então calcula que usando dinheiro de terceiros (que está no banco) poderá comprar mais máquinas e contratar pessoal. Dizer que depois desse processo os preços do montante de produtos ( com pessoal e maquinário, antigo e novo, fora o pagamento das parcelas pega emprestada, que no fim das contas também é custo) vai ser o mesmo é apostar no escuro.

@@gabrielgalvao3846 Não entendi bem essa explicação. Empréstimo, maquinário novo, novas contratações e propaganda pra tentar suprir uma demanda aumentada e de lingo prazo, pra mim, na ponta do lápis é custo. Como é custo, será comparado com o que existia antes em termos de produção e demanda, independente de quantas horas trabalhada naquele produto. A partir do momento da decisão de expandir a atividade produtiva e suas eventuais consequências, não há garantias de que os produtos terão o mesmo preço. Outra, numa situação em que não existe monopólio, e que vc citou, pode ser que um concorrente coloque o preço mais baixo, mas também pode ser que vc e seus concorrentes, mesmo tendo competição, coloquem o preço mais alto, aumentando os lucros até mais do que seria necessário para pagar endividamento, maquinário e pessoal e mesmo assim os consumidores compram. Por que acontece isso??? Porque os consumidores identificam que aquele é o preço que eles pagariam pelo produto. Onde acontece isso??? Na produção e venda dos carros no Brasil. Então a questão se torna que o valor de um produto é decisão pura e exclusiva (desde que não haja monopólio) do consumidor

Sim

Mas veja: Durkheim não nega a divisão sexual do trabalho na sociedade contemporânea. Apenas aponta que o nível de complexidade da divisão social do trabalho aumenta e não se baseia APENAS na divisão sexual.