Probably she is using a 4 keys flute based in a Grenser model and that type of flute is not considered a baroque flute, but a classical flute.

@@ricardoayala2023 oh wow. thanks for the info. 😊

​@@Oaktreealleyfor me the big diference starts after simple system flutes and bigining of the modern flute. Everything from 392 to 430 is medicine for me and I use it instead of going to doc ❤

@@zeljkogajic1840 i can totally understand what you mean. For me it's the french baroque, richer flute sounds that vibrate my brain just perfectly. Haha😅 Cheers!

Yo creo lo mismo!

Sim, por isso que acho terrivelmente errado interpretar música barroca, galante e clássica com aquelas orquestras de proporções mahlerianas. É horrível, todas as linhas musicais ficam emboladas, o contraponto fica inaudível. Sem contar que os instrumentos musicais do século XX e XXI são feitos para "gritar", no sentido de ter um som "sinfônico" que projete bem no ar e consiga atingir o ouvinte da última poltrona da sala de concertos. Mas, a música feita antes do século XIX era tocada a maior em salas privadas, em quartos da realeza (como o caso dos recitais no quarto do Luís XIV que tinham uma pequena orquestra somente para isso). Todos os instrumentos barrocos das madeiras, por exemplo, tinham uma ou duas chaves: o traverso em ré (ancestral da flauta moderna) tinha uma chave para o ré sustenido grave, o oboé duas chaves, o fagote tinha quatro ou cinco chaves, a flauta doce contralto não tinha qualquer chave. Isso tem um impacto significativo na característica individual de cada nota nesses instrumentos. Sem falar que o dedilhado de forquilha nos instrumentos de madeira do período barroco faz com que uma dada escala soe mais "escura" que outra que não utiliza tantos dedilhados de forquilha.

@@millennial8441 Bela observação, sobretudo quanto ao uso de orquestra de câmara, o que sem dúvida torna o resultado mais apropriado. Mas nesta gravação a flautista toca um modelo de 4 ou 5 chaves (de longe me parece uma cópia de H. Grenser), não de 1 ou 2 chaves (barroco); portanto as forquilhas e o som mais "escuro" tão característicos não são proeminentes. Contudo, como este concerto foi composto no final da década de 1770, não me espantaria se tivesse sido estreado num traverso de uma chave, o que é tecnicamente possível. Afinal, flautas com mais chaves ainda eram uma novidade na Áustria. Muito provavelmente os ingleses foram os primeiros a adotar mais chaves, depois os germânicos e por último os franceses.

@millennial8441 @claudiofrydman2492 obrigado por contemplarem essa sessão de comentários com tanta riqueza de informação. Certamente, esses detalhes auxiliam na criação de um quadro mais elaborado do cenário em que esses concertos vieram ao mundo.

@@millennial8441 os comentários nos animam para a escuta mais sensível. De fato, os diversos componentes e materiais de um instrumento alteram a dinâmica dos harmônicos que em conjunto geram o timbre; o resto fica por conta de nossas sensações ante nuances de timbre e outros elementos da música.

@claudiofrydman2492 Na verdade, o meu comentário foi para deixar claro que não fica lá muito adequado tocar Mozart num piano Yamaha de 88 teclas com pedais, a não ser que você seja a Mitsuko Uchida. Mozart tem que se tocado no fortepiano que tem aquela qualidade de "fogos de artifícios" que o Mozart tem na escrita pra teclas. A ação e resposta mecânica dos martelos do fortepiano são mais "brutas" e isso gera aquele som estalado e saltitante que o Mozart adorava. Mas como poucos pianistas podem comprar um fortepiano para investir numa performance historicamente orientada (HIP), pouquíssimos são aqueles que estudam o estilo de época e tenta reproduzir o mais fiel possível. Muitos nem querem se dar a esse trabalho, o que é muito compreensível. O único pianista que sabe tocar Bach no piano moderno é o Glenn Gould. O único flautista moderno que tem a competência pra tocar música barroca na flauta Boehm é o Emil Pahud. São exemplos de músicos que estudaram a fundo os estilos antigos e tocam tentando aproximar ao máximo às sonoridades do fortepiano e do traverso. Mas infelizmente nem todos podem comprar instrumentos cópias dos originais de época. São caros e o estudo e performance são muito nichados.

Lieber Michael, vielleicht hören wir auch einmal deine Flöte in Südtirol