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Ao longo de séculos fomos ensinados a ler o mundo como algo total, fomos orientados por um modelo de conhecimento que se diz universal e nos narra sobre os seres, as experiências e as formas de praticar a vida. Porém, pouco questionamos a possibilidade desse modelo ser somente parte dos conhecimentos e formas possíveis. Nessa perspectiva, é emergencial a tarefa da educação enquanto uma ação de responsabilidade com os seres que foram gerados pelos efeitos desse acontecimento. Dessa maneira, diríamos que a tarefa da educação é transgredir esse modo totalitário, ou seja, confrontar a dominação do ser e saber potencializando outras rotas. O objetivo deste curso é desenvolver reflexão teórica e crítica sobre o colonialismo como sendo um efeito que opera até os dias de hoje na formação dos seres, mentalidades e linguagens. Nesse sentido, apresentaremos como o projeto de dominação colonial se impôs ao longo do tempo através da violência sistemática na subalternização de gramáticas e conhecimentos. Em contrapartida, salientaremos a emergência das presenças e linguagens subalternas como possibilidades de invenção e transgressão a esse modelo. Em outras palavras, é através do reconhecimento de experiências e conhecimentos outros que iremos lançar questões sobre a educação como uma forma de descolonização do ser e do saber.
Sobre os professores:
Luiz Antonio Simas
Historiador, escritor e professor, é autor de livros como O vidente míope (2007), sobre J. Carlos e o Rio de Janeiro da década de 1920, em parceria com Cássio Loredano; Samba de enredo: história e arte (2010), com Alberto Mussa; Pedrinhas miudinhas: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros (2013) e Dicionário da história social do samba (2016), com Nei Lopes, vencedor do Jabuti como melhor livro de não ficção. Almanaque brasilidades (2017), é um pequeno inventário da história cultural do Brasil. Autor do livro Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas(2018), com Luiz Rufino. Assina no jornal O Dia coluna semanal sobre a cultura das ruas cariocas. Desenvolve o projeto Ágoras Cariocas, ligando educação, música popular e história dos bairros da zona norte do Rio de Janeiro, em parceria com o coletivo Norte Comum.
Luiz Rufino
Doutor em educação pelo PROPED/UERJ (2017), mestre em educação (2013) e graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Atua principalmente nos seguintes temas: conhecimentos, educações e linguagens outras. Crítica Decolonial, antirracismo, processos de formação em diferentes contextos educativos, processos identitários, outras pedagogias e educações nas culturas populares. Autor do livro Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas (2018), com Luiz Antonio Simas.
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/ museudeartedorio
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