Qual é a diferença entre Niilismo vs. Existencialismo vs. Absurdismo? O ponto comum que partilham é que são todas respostas à intemporal questão cliché da filosofia “qual é o sentido da vida?”
O niilismo floresceu plenamente no século XIX, à medida que todas as implicações do modernismo se concretizaram.
O Existencialismo e o Absurdismo são duas formas de responder à crise do Niilismo.
Então, o que é Niilismo? É a crença de que não existe um significado objetivo, nenhum propósito fora das ilusões que a humanidade criou para si mesma.
À medida que a ciência se desenvolveu e as narrativas religiosas foram consideradas ineficazes e vazias, o relato religioso da realidade foi remetido para o lixo da história, mas com ele foi-se a base da nossa moralidade e significado.
Isto é o que o louco de Nietzsche condena em The Gay Science quando proclama que Deus está morto.
Entre as formas de enfrentar esta crise, Existencialismo vs Absurdismo são duas alternativas promissoras.
O existencialismo diz que não existe valor objetivo/inerente, mas existe um potencial para um valor criado.
Para Jean-Paul Sartre, o existencialismo é a compreensão de que a existência precede a essência, o que significa que os humanos têm uma liberdade radical para criar o seu próprio significado através da forma como vivemos as nossas vidas, através dos atos da nossa vontade.
O Absurdo foi mencionado pela primeira vez por Kierkegaard, mas foi totalmente desenvolvido por Albert Camus na filosofia do Absurdismo em seu livro O Mito de Sísifo.
O Absurdo é a colisão entre a inerente fome humana por significado e a impossibilidade de satisfazer esse impulso num mundo sem sentido. Camus diz que temos três opções para enfrentar o Absurdo: suicidar-se, dar um salto de fé e acreditar em algum significado (como o cristianismo, o budismo, o marxismo, o existencialismo), algo que Camus chama de suicídio filosófico.
A terceira opção é o Absurdismo. O absurdismo é a rebelião contra o absurdo. É recusar ceder e criar um sentido.
Para Camus, o Absurdismo significa manter o espaço do absurdo, olhar para a sua face e rebelar-se contra ele e desta rebelião flui a nossa liberdade e paixão.
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