Amar e trabalhar.
Para amar é preciso trabalhar. Amar dá trabalho. Amar exige entrega e confiança. Sem o trabalho de análise de atravessar o fantasma, não se alcança o amor, não há amor. Há demanda de amor e posição de objeto, de fazer-se objeto do Outro e de tomar o outro como objeto. O verdadeiro amor é esvaziado de demanda e só é alcançável além do Édipo, além da neurose; no final de análise. O novo amor do fim de análise não é mais reencontro, é invenção. Somente no final de uma análise pode-se aceder à significação de um amor sem limites, amor que só pode viver mais além do pai e da lei. Amor de prescindir do pai com a condição de se servir dele.
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