A Sandra perdeu tudo quando começou a usar crack, mas o que ela mais perdeu durante esse período foi a empatia das pessoas, que não conseguem ver dependentes químicos como pessoas que precisam de ajuda médica.
Ela acabou no crack depois de uma depressão profunda pós separação. Ela sabia onde estava se metendo, mas a busca por algo que amenizasse sua dor era maior.
Ela viveu anos vendendo tudo o que tinha para comprar drogas, chegou no fundo do poço e perdeu até a confiança dos filhos. Graças à ajuda da sua mãe, que a internou inúmeras vezes, ela foi se sentindo mais acolhida e procurou ajuda no N.A - Narcóticos Anônimos.
O N.A é uma irmandade mundial ativa em 144 países e com mais de 70.000 reuniões semanais no mundo. Qualquer um, independente de raça, crença, orientação sexual, cultura, idade ou situação financeira pode participar das reuniões que são gratuitas. Saiba mais em: www.na.org.br/
No Narcóticos Anônimos a Sandra foi recebida de braços abertos e conseguiu a ajuda necessária para entender a adicção é um problema de saúde pública, não moral.
Com esse pensamento, de que as pessoas só vêm um lado da vida de um dependente químico, ela conseguiu forças para superar esse difícil período da vida, parou de usar crack, voltou a estudar, se formou na faculdade, conseguiu recuperar o amor dos filhos e hoje sonha em terminar o curso de direção para dirigir seu carrinho.
Que possamos ter mentes e braços abertos para quem passa por situações parecidas como a da Sandra. Que sejamos mais humanos e possamos cobrar o Estado de dar o tratamento correto para pessoas que lidam com a dependência química: com acolhimento, não julgamento!
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