É muito bom ver o ed reconhecendo sua própria ignorancia e só aceitando ser oq ele sempre desprezou. Um conceito mt legal tbm é que ele inicia tudo com alquimia e ele volta pra consertar tudo com alquimia tbm. oq trouxe ele ali pela primeira vez se torna oq ele se livra, voltando aonde começou todo o mal da sua vida. e quais são as suas discordancias?

@@bumerangkk A jornada de Edward é prenunciada através de Rosé: uma religiosa que, com toda a presunção, afirmava ser possível a ressureição dos mortos! E, logo depois da confissão de farsa do seu profeta, Rosé abandona a esperança na ressureição pela fé, confiando na capacidade da alquimia (da pedra filosofal). Terminando, ao fim, por ficar sem esperanças, não há fé e nem alquimia que possa resolver a sua condição... Rosé fica a mercê daquilo que foi a única coisa que ela sempre teve: suas virtudes! Com essas qualidades humanas ela muda sua condição e a condição de sua cidade. Ela está andando com as próprias pernas! Edward só vai abraçar por completo sua humanidade no final, dado a necessidade de postergar isso devido a sua condição, mas o anime deixa bem claro como Edward já almejava aquilo que Rosé estava preste a ter (a narração do episódio posterior ao de Lior alega: "as palavras dele [de Edward] não eram somente para Rosé, mas também para si mesmo). No fim, em muitos aspectos, FMA termina como começa. Fiz inserções demais. Acho que lidar com tais inserções é melhor do que lidar com minhas discordâncias ao que você apresentou que em geral são correções quase que professorais... deixemos essas.

jorradas de ironia?

@@bumerangkk bem eu disse numa boa, agora se você bahiano que mora em Xique -Xique, quer dizer que foi ironia não poderei fazer nada

Sim, mas é isso mesmo. Soq o ed e todos os alquimistas não. O anime flerta muito com isso, e como quebrar as leis de Deus e tentar chegar a ele é um grande erro.

Embora seja uma interpretação comum, a "Verdade" nunca afirmou categoricamente ser Deus ou o próprio Universo em FMA. As únicas menções que ela faz a isso é em alusão ao que "os humanos costumam chamá-la". Chamá-la de Deus é uma definição ordinária a princípio. A única declaração categórica que a Verdade faz é "Eu sou você!" Sempre enfatizando essa definição. Dos personagens na obra, os únicos que acreditam em Deus explicitamente são: Rosé (que depois abandona a fé), os Ishivalianos, o Scar (que morre na fé, não sendo claro a sua condição religiosa no final) e o vilão principal (que no final nem vai ter certeza do que a Verdade realmente é). Outros explicitamente são descrentes. Como todos os alquimistas, um membro da gang do Yoki e o King Bradley.

@@martasilva8036 Acho q ai ja segue mais pela sua interpretação, ele é algo mais enigmatico mas no fim concerteza é uma entidade. outra coisa que ele só aparece quando se invoca a porta, e realmente se chega "perto" de deus. Acredito que possa ser algo mais como por exemplo... O Scar acredita no seu deus, e a verdade é um deus, ou o deus. Mas não o ideal do Scar. Tanto que é até uma ideia de platão, q deus está em um lugar antes mesmo da ideia de tempo existir, e a verdade tbm. Mas tbm tem aquilo, é só oq os humanos entendem como deus.

@@bumerangkk A própria Arakawa define a verdade como sendo uma "consciência interna". Então definir como uma entidade é se render às aparências e não realmente postular isso conforme a obra realmente enfatiza. Até porque considerar a Verdade de FMA como um Deus leva a uma série de problemas, assim como considerá-lo como sendo o Uno de Platão, ou o Universo panenteísta. A única interpretação nesse sentido livre de erro seria a de um Deus espinozano. Penso que nem seria necessário a ilustração da "Verdade" como um personagem na obra para que tudo fizesse sentido. O FMA03, por exemplo, supervisionado pela Arakawa, não utilizou dessa entidade que, até então, nem no mangá existia. Me parece que a escolha de representar uma entidade ali foi tão somente lúdica, para se comunicar mais facilmente com o telespectador. Em FMA03 há uma dinâmica análoga com o reino da verdade, mas não há a entidade, daí muita gente não abstraiu o significado das coisas... e por isso talvez a escolha de apresentar uma entidade foi considerada. Nesse sentido, a Verdade é uma entidade enquanto um aspecto do alquimista. Agora, não é claro se é uma entidade enquanto um aspecto desassociado aos alquimistas, uma vez que, como você mesmo observa, ela só aparece quando os alquimistas realizam transmutações humanas. Em geral, o universo que Arakawa criou é bastante distante da ideia de postular um cenário com um Deus, tanto que ela expõem isso pelas próprias crenças dos personagens (Edward, Rosé, Mustang, Von Hohenheim, Izumi, etc) quanto pelo funcionamento do sistema alquímico. Geralmente quem diz outras coisas o faz por interpretações externas a obra, sem lidar com as questões expostas nela. Para a reflexão: por que você acha que o ser que mais enfatizou a Verdade como Deus em FMA é justamente o vilão da história? Por que você acha que a Verdade diz que um dos erros do vilão foi "se agarrar a Deus o tempo todo"? Há uma razão pela qual a história fundadora de FMA (o evento de Lior) apresenta a preferência pela virtude humana em vez das ações e propósitos motivados religiosamente e/ou divinamente. Quanto ao Scar: não é claro a condição de sua fé ao final. O que sabemos é que ele "morre" duas vezes. Em uma das mortes ele sai de um monge religioso para um herege. A outra morte não é clara o que significa. Pode ser um retorno à fé ou uma aceitação da lição geral da obra.

@@bumerangkk Por tudo que há na obra, defendo a ideia de que não, a Verdade não é uma entidade com pessoalidade e distinta dos alquimistas associados (ou do homúnculo no penúltimo caso de sua aparição).