Dá pra ver que a maioria de vocês discorda de mim hoje. E tô curtindo muito ver as opiniões de vocês! Aliás, o melhor de tudo é ver tanta gente discordando de mim de maneira tão madura e civilizada. Na internet hoje é fácil demais o pessoal achar que só pode discordar de alguém xingando a pessoa e sendo desrespeitoso. Então obrigado por manterem um diálogo tão civilizado, isso é algo que deve sempre ser valorizado aqui no KZfaq. Vocês são fodas!

Eu discordo de ti. A estrela nasce na última cena Primeiro, ela estava na sombra do marido, depois, ela estava na sombra do produtor. Só na última cena que ela vira uma estrela. Então, não é que ele não mostrou a estrela. Ela não era estrela ainda. Estava em construção

Não assisti as outras versões, mas gostei exatamente do que te incomodou . Achei válida a crítica de que alguns artistas se artificializam em busca da fama ou quando a consegue

Então, eu posso estar viajando, mas vcs já pararam para pensar que a estrela não seja a Ally mas sim o Jackson. Sim ele já era famoso e tal, mas pense nos casos do Kurt Cobain, Jim Morrison... depois que eles morreram eles se tornaram verdadeiras lendas. Na verdade no filme teríamos dois nascimentos de uma estrela, mas cada uma da sua forma.

A Lady Gaga transbordou o roteiro do filme. A história da Ally e de muitas outras chamadas "divas pop" são muito parecidas. Há uma catarse. Shallow é a principal música do filme porque ela narra a angústia que te incomodou e que os personagens foram incapazes de falar. E por isso precisavam cantar. O meio termo entre a ascensão da Ally solo e a descrença pelo pop robótico artificial é a cena de Always remember us this way. Transitória, esgotante, uma performance visceral. O teu canal merecia um vídeo com alguém entendido de música pop para falar sobre as cenas musicais do filme e, em especial, a letra de Shallow, que é o argumento do filme porém numa versão poética. A música é simples nas palavras mas com uma declaração poderosa. Capta bem a mensagem principal de que precisamos ir "além da superfície". O raso não fez Jackson e o público se apaixonarem por ela. Nem nós. E sim o profundo da sua arte, do que ela tinha a dizer. Depois de já termos conhecido o ouro, toda prata fica simplória e por isso nos distanciamos de Ally junto com Jack: o filme aborda a fase apelativa dela com frieza porque que nós, que já vimos ela queimar em labaredas com talento e conteúdo, não seremos hipnotizados por aquela pasteurização. Você fala sobre sucesso solo dela, mas esquece de frisar que quer dizer que é como intérprete. Ela compôs a letra de Shallow, um tributo às mulheres compositoras que nunca são lembradas por essa função. A indústria e a mídia "esquecem" que a própria Lady Gaga, a Mariah Carey, a Alicia Keys, a Norah Jones e tantas outras escrevem o que cantam. Verso a verso. "Esquecem" porque a imagem feminina vale mais que tudo, hiperssexualizada e dominada. A primeira apresentação de Shallow é crua, sem produção e sem coreografia. Como se vender discos não importasse. A diferença entre sucesso e notoriedade cai ainda sobre a neutralidade da apresentação final, longe dos vermelhos e azulados de quando ela estava com o Jack e naquela cena branca apática. Um belo shout out ao momento em que Celine Dion se despede do marido após a morte do mesmo, no palco diante de milhares. Sinto que o filme não pode ser analisado separadamente da indústria musical. Você pode usar Shallow como o fio condutor. É a minha sugestão. Abração.

Eu fiquei muito mais sensibilizado pelo protagonista masculino. Chorei no final do filme por causa dele!!

Discordo. É justamente na última cena que a estrela nasce. E não precisamos ver ela brilhar, pois, se formos levar o título do filme a ferro e fogo, o plot todo é sobre o "nascimento", não sobre a "vida" (por assim dizer). Fora que eu acho meio descabido falar que o filme acrescentou tantas outras coisas boas em relação aos seus antecessores, e mesmo assim ser "pior" por causa de um único ponto.

Discordo... Não acho que o filme busca puramente vilanizar esse comportamento da Ally, acho que ele mostra a visão do Jack da artificialidade dela. Uma das coisas que mais me intrigou no filme foi isso: ele nos faz entender o lado dele de temer que a essência dela se perca, mas não mostra apenas o lado dele. Da mesma forma que concordamos com Jack nessas horas, também concordamos com Ally nos momentos em que o Jack se comporta de maneiras que beiram o abusivo. O filme nos faz ver duas perspectivas em diversos momentos e nos faz nos compadecer e sentir raiva dos dois em vários momentos... Para ser sincera, achei até que pegaram mais leve com a “artificialidade” da Ally que com outros diversos aspectos do Jack. Essa esfericidade dos personagens é um dos elementos que fez da nova versão tão rica.

Mais uma avaliação brilhante sua. Mas achei mto preciosismo achar problema aí.. Não acho q a vilanização do artificial atrapalha em nada a experiência do filme. Vc mesmo disse q essa versão apresentou mais sobre o personagem de cooper e mostrou uma relação mais envolvente do casal. Achei um filme com mtas camadas e mto bem desenvolvidas. FILMAÇO! Parabéns pelo trabalho!

Grande Max, eu concordo com sua visão, claro. Mas gostei muito da crítica ao artificialismo da indústria do modo como foi colocado. Para reforçar, colocaram a Lady Gaga como protagonista que praticamente teve que esconder o rosto e até o nome durante mais da metade da carreira, criando um personagem. Por vezes, senti que o filme e a atriz se uniam numa crítica pessoal. Ainda assim, achei que o foco não era o talento de Ally que todo mundo já sabia ser incontestável e que levou de quebra uma turbinagem também ao reconhecimento de Lady Gaga que se consolidou ainda mais como cantora e se revelou como atriz. O filme focou como o vício e a autosabotagem destroem carreiras, relacionamentos e vidas. O grande vilão do filme talvez seja a autosabotagem do personagem. Embora aí, eu veja um escorregão da direção/roteiro ao mostrar o único personagem que tem a coragem de dizer verdades ao Jack tenha sido justamente o produtor babaca. Ficou parecendo que o amor dos dois superaria tudo se não fosse o produtor babaca. E isso achei fraco, embora reforce o lado romântico/brega/sofrência que tem tudo a ver com o estilo musical do filme e que, realmente me conquistou.

Discordo veementemente, Max. Quando eu assisti o filme, eu realmente senti que a estrela da Ally tinha nascido a partir do suicídio do Jack, que foi a maneira que ele encontrou de se sacrificar por ela. Isso porque esse não foi só um ato de "libertação" da Ally de um relacionamento com um alcoólatra, mas também serviu de estopim pra ela se afastar da artificialidade da indústria. No fim das contas, ela sempre foi uma cantora talentosíssima, como mostrado do começo do filme. A estrela nasce quando ela, depois de famosa, recupera seu brilho original

Acredito que a critica ao "artificial" é um ponto forte no filme, também podemos assimilar que , a mensagem do filme sobre o que é ser uma estrela, surge de fato na cena final. A Ally sempre teve talento.. passou por aquele processo de "Poprização" da imagem e da música dela, mas no final, o filme mostra que a estrela Nasce de verdade quando se desprende de toda a artificialidade e se entrega com emoção a sua arte. A cena final mostra além de tudo que a Ally nunca precisou pintar o cabelo e aprender coreografias pra ser UMA ESTRELA.

O filme é muito sobre o Jackson, o foco na baixo auto-estima da Ally é mostrado mas não mostra ela lidando com isso, ela encontrou no amor dele aceitação e depois perdeu isso.

Fui com má vontade pra ver esse filme, achando que ia ser um romance meloso e arrastado. Fui surpreendido pela ótima atuação dos atores e pelo roteiro cativante.

Eu gostei muito da análise em geral, mas discordo na questão da necessidade de mostrar a Ally como uma verdadeira estrela de talento no final. Na verdade, nós já sabemos disso no começo do filme e no final temos uma última apresentação que retorna a esse "talento verdadeiro". Essa cena final, inclusive, lembrou um pouco o último corte de Whiplash, visto que o filme termina deixando o público a entender praticamente tudo que se seguirá na carreira do protagonista.

nao percebeu que o protagonista é o bradley? a historia é a dele, por isso essa verssao é diferente das outras

Lady gaga no discurso do Critics'Choice: "A Verdadeira estrela não sou eu, a verdadeira estrela é a Bravura e Perseverança"!!! Isso já diz tudo sobre o real significado dessa nova versão, não?! Por mais que o Jack se suicidou, ele lutou muito pra se manter vivo, no filme ele diz que já tinha tentado se matar, mas não obteve sucesso. A Depressão não é sinal de fraqueza e sim, de luta contra seu lado sombrio. O Jack é a Estrela do filme e diferencia das outras versões.

Outro elogio que este filme merece, a homossexualidade não foi retratada vulgar, debochada, militante e caricata. Ela estava ali, apenas estava ali, como na realidade, não é o centro da vida das pessoas, é parte da vida delas, mas não são apenas isso. Estava ali, crua, real, crível, legítima. Não foi endeusada, não foi criticada, foi retratada!! (PS: sou conservador, sou hetero, não sou somente estas coisas)

Discordo acho que o filme só seguiu linhas narrativas e abordagens diferentes achei muito valida é necessária a crítica ao artificial,comercial, baixa qualidade com o objetivo de só gerar cifras e mais cifras. Além de move muito mais a trama não acho que iria acreditar em uma personagem inconruptivel que vence o que mercado fonográfico que até porque não é uma realidade que a gente vê por aí atualmente.

Ótima análise. Eu honestamente acho A Star is Born muito injusto com a Ally, porque é quase como se o filme quisesse que o público a "odiasse" por se tornar independente do Jackson. Anyways. Eu amei o filme e nem preciso dizer que a trilha é linda de doer (Shallow e Is that alright cortam o coração)

Nossa, hoje eu vou ter q discordar de você Max 😅 gostei dessa crítica ao artificial, e eu nem digo artificial, mas à padronização que alguns artistas passam para "se adequar" ao público. A própria Lady Gaga se destacou com essa desconstrução, já q o padrão para artistas pop eram mulheres fortes, de bela aparência, com figurinos deslumbrantes e coreografias sincronizadas (justamente da Ally se tornou), a Gaga surgiu excêntrica, com figurinos bizarros, escondendo o rosto (pode-se dizer um ponto fora da curva). Essa padronização fica evidente aqui no Brasil principalmente com mulheres que iniciam a carreira no funk e migram parcialmente para o pop (a primeira coisa q fazem é tirar o MC do nome para se tornarem mais comerciais), como Anitta, Ludmilla, Lexa. Voltando ao filme, como o Jack já é um artista consagrado, ele tem uma segurança e experiência para fazer o q acha conveniente (provavelmente no seu início de carreira seguiu o mesmo caminho q a Ally e tentou se adequar à uma fórmula pré-concebida pelo mercado), enquanto que a Ally está no início da sua carreira, disposta a abrir mão de quase tudo para ver seu sonho realizado (reconhecimento). A PARTE Q ACHO MAIS IMPORTANTE: eu enxergo a Ally e o Jack como duas curvas em um gráfico, a curva do Jack já alcançou seu ápice e agora começa a decair (isso é comum no ramo da música); em oposição à isso vemos a Ally que ao perceber q tem valor quer "chegar lá" e então está disposta sim á de adequar. O que acontece é que um artista pode sim "chegar lá", mas se ele for artificial e padronizado o seu tempo de fama torna-se só um ponto, e não uma constante. O evento final com o Jack (ponto mais baixo de sua curva) revela para Ally como alcançar o ponto mais alto da curva dela, é o "retorne à sua essência", "seja você mesma" (até o cabelo volta a cor natural), nesse ponto ela sai da "superfície" e se consagra, a partir desse ponto nasce uma estrela e não apenas uma artista de momento ou de um só álbum.

Muito interessante a análise. Eu percebi isso quando baixei a trilha sonora e me senti "obrigado" a não gostar das músicas que são da fase cabelo laranja da Ally. Internalizei que essa era a parte que a gente tinha que se "envergonhar" - porque foi vendida no filme como pop produzido (sem entrar no mérito se são músicas pop boas, achei medianas). Mas a analogia à própria carreira da Lady Gaga também se apresenta, com esse percurso dela entre o pop plástico produzido e focado em estética e as produções mais "puras" atuais ou o jazz - que, sinceramente, são tão produzidas quanto. Curiosamente, no caso da Gaga, pelo menos para os fãs, a fase "menos produzida" não tem o mesmo impacto que a fase "drag" do início da carreira. E aí entendo o que o Max diz, por que o filme não nos deixou ver o valor de estrelato que a Ally teve como cantora pop? Ficou claro que ela mesmo não sofreu em se adaptar à indústria, e quem se incomodou foi o Jack (com pitadas de machismo).

eu amo esse canal, amo a sensibilidade do olhar que vc lança sobre as obras.

Entendo o ponto apresentado e também senti muito isso de que a crítica ao artificial atrapalhou, de certo modo, o desenvolvimento da Ally. Mas acho que a cena final, em que ela canta a música do marido dela para o marido, é tipo uma redenção porque, nessa cena, o cabelo de “Ally Maine” está com a cor natural, o tipo de música, a emoção que ela passa e afins são autênticos.

Uma coisa que me incomodou demais (que inclusive me tirou do filme) foi o pacing horrível que ele tem. Ele tem qse 3h, mas parece q tudo acontecia de repente, parecia apressado. Nao dava pra sentir naturalidade na história progredindo, oq pra mim mostrou q ele eh muito mal dirigido. Exemplos disso eh quando ela canta shallow a primeira vez sem nem ter a letra completa, ensaiado, nada (aquela sensação de "uai, q pulo foi esse). Outro exemplo eh quando o irmão larga do Jack, sendo q teve uma ou duas cenas antes mostrando a relação deles, e logo depois já acontece algo "dramático" nesse plot (problma de estrutura).

Acho que é exatamente isso que o torna a melhor versão. Ótimo vídeo

É a lei né galera, devemos apoiar a lady gaga até mesmo se ela começar a cantar um axé devemos apoiá-la, ela é icônica

Acabou que você ficou tão ligado nas versões anteriores que não conseguiu entender o filme. A estrela nasceu na última cena onde ela conseguiu finalmente cantar o que vinha da alma e do coração dela, agora sem estar na sombra do marido ou do produtor. E na minha visão também acredito que isso de nascer uma estrela também é sobre o Jack, ele já era famoso em vida mas após sua morte todos vão conhecer seu trabalho e ele vai se tornar uma lenda da música igual ao que aconteceu após as mortes de Michael Jackson, Kurt Cobain e Jim Morrison...

Faz muito sentido a Gaga ser a Ally, é muito parecida com a história dela na música.

Valeu, Max, vídeos sempre consistentes. Obrigado.

e só queria dizer que amo seus videos, criticas e analises, são todos sensatos e bem trabalhadas, parabéns pelo canal e sucesso!

Excelente reflexão. Mas, a crítica ao artificialismo é exatamente o ponto forte do filme. Difere das outras versões pois, dialoga mais com os nossos tempos, onde o artificialismo é predominante.

Interessante também que na cena em que ele procura um bar para comprar a bebida, há ao fundo um outdoor cheio de imagens de uma corda com nós, daquelas usadas em suicídio. Pelo que entendi foi assim que Jack se matou...

Eu gosto muito do modo como você usa sua voz nas narrações. Você é o melhor.

Max se você puder, faça um vídeo ressaltando os aspectos técnicos de ROMA. Abraço.

Eu entendi que ela se tornou uma estrela apenas após o show de homenagem ao marido. Ate ali ela era uma famosa superficial, com talento mas seguindo o caminho fácil, igual a tantas outras que fazem um certo sucesso mas não chegam a consolidar a carreira. Eu gostei dessa visão que eles deram.

Eu gosto de como o filme mostra a ambiguidade de aceitar o artificial, ainda que enfatize o lado negativo. Eu só acho que teria sido interessante mostrar melhor como ela percebia isso. Ela aceita o artificial, mas com certa resistência e o filme não explora muito como ela se sente sobre isso.

Max, acabei de assistir o seu vídeo, e não diria que discordo da sua análise negativa do filme, rsrs. Acho que é mais uma questão de interpretação. Nessa versão eu entendi que o Bradley quis dar uma ênfase maior ao quão a parte comercial do artista (na maioria das vezes fruto da ganância dos agentes) pode influenciar negativamente na essência do que levou o artista a buscar seu reconhecimento: expressar a sua verdade através da sua música, do que compõe (isso quando falamos de artistas como o Jackson e a Ally). Foi essa qualidade, "a verdade e a intensidade das palavras", que o fizeram se apaixonar por ela desde o início. Sendo assim, nada mais natural do que mostrar distanciamento, ou até mesmo um certo descaso, quando ela opta por seguir o que seu agente determinou ser feito e não por seguir o que a motivava desde o início: ser aceita pelo o que queria falar e não pela aparência que queriam que ela tivesse. Como você disse, o filme volta a dar ênfase a ela apenas em sua última apresentação, porque nessa cena ela volta a ser quem ela era no início. Eu entendi que a partir desse momento é que realmente nasceu uma estrela. Afinal, o Jackson escolheu fazer o que ele fez, para deixá-la livre para brilhar, sem os constrangimentos causados pelos problemas pessoais dele. Enfim, amei o trabalho do Bradley Cooper em todos os aspectos. O talento dele como escritor e diretor ficou muito claro pra mim, rsrs. Principalmente levando-se em consideração que esse foi seu "debut" em ambas as funções, certo? Já o show de interpretação (mantendo aquela voz, cantando, tocando e compondo as canções do Jackson), só ratificou o quão competente e profissional o Bradley Cooper é. Desculpe por ter me estendido em um comentário tão longo. Parabéns pelo seu canal.

Fez todo o sentido pra mim agora. Também senti que faltava algo e o vídeo me mostrou que a "virada" da personagem não me conquistou, me fazendo ter raiva da "nova Ally". :/ haha

Cara, esplêndido. Me incomodou muito o desenvolvimento da Ally e agora sei o motivo.

tava ansioso pro vídeo de hj

Recebi as duas notificações quase simultaneamente rs

Você é tão sensato. Concordo com tudo. O seu canal é sensacional.

Meu amigo, que visão do filme foi essa sua? Assistiria 500x e não chegaria nessa conclusão. Nao concordo em algumas partes porém sua visão do filme é incrível.

Isso também me incomodou no filme. Inclusive de ser mais sobre a estrela que morre do que daquela que nasceu ou mesmo das duas equilibradamente. E senti um desrespeito assim com as apresentações pop da Ally, meio caracatas sabe? Acho que poderiam ter mostrado uma mudança e ainda sim parecer real.

Um recurso técnico que considerei desnecessário foi o uso dos Flashbacks na sequência final, em que Ally transborda toda sua emoção cantando durante o evento em homenagem póstuma ao Jack. Mostrá-los no passado compondo a mesma canção que ela está cantando na apresentação foi bom, mas depois a montagem cai no clichê de rememorá-los também em cenas felizes e românticas. Parece um excesso de ego e explicação por parte do diretor, já que o público pode compreender muito bem, sem o desgaste dos flashbacks, que tudo aquilo estava acontecendo devido à falta dele.

Muito obrigado pela sua perspectiva do filme!

Vc é muito informado, "e" inteligente, mano. Obrigado por refinar o nosso olhar.

Na minha humilde opinião e que a Gaga deixe tudo o que mais a incomoda para trás, a essência do filme vc vê na letra de shalow , o raso, ela deixa isso e vai pro lugar onde Jackson queria q ela estivesse, o filme foca bastante isso, a insatisfação do Jackson ao ver a sua esposa no filme indo por um caminho diferente, e pra " agradar" ele , no final ela faz uma homenagem ao meu ver q era inesperado , e é aí q a estrela nasce, da dor e do desejo de agradar o superior , (pop e muito raso por ser genérico, clássico então se torna superior), vc percebe isso com a instrumentação da música final, usa instrumentos clássicos e não computadores q fazem mixagem, e esse é o ponto q Bradley queria expôr, sair do raso do genérico q é o pop e ir para o clássico "superior" ao qual o talento da Gaga se remete, ela é muito maior q o pop! Gosto muito só seu canal, sei q não vai ler mas é um desabafo kkkk

Já tô sentindo o cheiro da treta !!

Cara, esse filme é de uma delicadeza enorme. Me tocou tanto e a angústia que eu senti em algumas ocasiões no filme é o que justamente encanta. Trilha sonora do caralho e o Cooper e Gaga lindos, química forte. É a vida de muitas estrelas da música, do cinema

Ah eu amo tanto esse canal....

Seu canal e incrível, vc destrincha o filme. Vc leva o cinema serio em cada detalhes da explanação. Sobre os 4 filmes, tem um distanciamento de época e técnica. A maioria não viu os três , e se ver vai estranhar, pois era um outro tipo de cinema, principalmente o primeiro de 1937. Ainda contra as outras versões está o fato que a GAGA é uma estrela, e desconstruir a sua aparência ajudou muito. Abraço.

*Essas notificações me fazem mais feliz*

Ótimo vídeo! Eu gostei do que te incomodou pq eu gosto de quando eles falam que importa mais o que você quer dizer. E quando a Ally virou uma estrela, ela não "dizia" mais nada com suas músicas

Não vejo que o tema central seja a artificialidade (presente nas demais versões). Pra mim é sobre o amor em sua várias facetas. Muito bonito, os diálogos são o que tem de melhor. Cada afeto no olhar nos atores. MARAVILHOSO!

Max, excelente e muito pertinente esse seu ponto de vista. Parabéns pelo video e pela análise.

Muito maneira a crítica! Mas sei kam eu acho que isso ocorreu pq estamos em outros tempos. Na época da Garland, ser uma estrela com todas as suas partes ruins era bom, hoje em dia, existe essa crítica ao artificial e a cobrança começa exatamente pelos artistas.

Eu acho que a tal da vilanização do artificial também teve relação com a construção do Jack, principalmente contando com o que o irmão dele comenta com a Ally no final sobre as coisas que ele (jack) dizia sobre ela e a forma de "ver" a música e lidar com isso, mas eu também terminei o filme sentindo que pularam uma parte, talvez se tivessem nos deixado ver um pouco mais da Ally aproveitando a carreira dela sem omitir tanto daria uma sensação mais completa. Só que considerando que é um filme pra contar uma história de amor e não se aprofundar tanto na indústria, pode ter sido uma forma de mostar um pouquinho disso no meio da relação deles, acima de tudo dando os artifícios necessários pro conflito e tudo mais, além de ser uma crítica bastante interessante e dependendo do ponto de vista, pertinente. Não conhecia o canal, adorei o vídeo e sua forma de expor seus pontos de vista ^^ inscrita nos dois primeiros minutos haha

O irmão mais velho de Jackson é o equivalente a Oliver Niles, o diretor do estúdio onde Norman Maine e Esther trabalham nas duas primeiras versões. Já o primeiro empresário de Ally é uma nova versão de Matt Libby, o publicista do estúdio que não gostava de Norman, enquanto o amigo gay dela é uma nova versão de Danny, o amigo de Esther - aspirante a diretor na versão de 1937 e músico na versão de 1954.

Cara, quando eu vi esse filme foi como um soco na boca do estômago da minha alma. Eu ñ tava preparado, não sabia nada sobre, ñ sabia nem que existiam outras versões. Então ele me pegou em cheio. Eu gostei muito do filme, e odeio ter que concordar com você nesse momento, mas, tenho que admitir que concordo com teu ponto de vista. E eu fico imaginando o quão poderoso ele poderia ter sido... Acho que quando tentamos críticar demais o superficial corremos o risco de ser mais bobos ainda, saca? Somos pequenos demais, nossas vidas passam rápido demais... Enfim. Adorei o vídeo!

Analise perfeita ! Alias como sempre.

Gostei muito do seu vídeo, me apontou várias coisas, e concordo em partes nessa vilanização, e a questão da música pop eu si, que despertou muito forte em mim. Mas ainda assim, a estrela nasce no fim do filme, ela nasce após todas as tragédias e coisas pelas quais ela passa, eu acho que o filme mostra esse processo dela, tendo que ultrapassar as barreiras do pessoal, do relacionamento, e da indústria em si. Ainda que tenha muita coisa errada, eu não acho que ele (o filme) atrapalhe em si, de a gente aproveitar o brilho dela, até porque justamente esse não me parece ser o foco, e sim mais a relação dos dois e o problema do Jackson (e daí já entramos em outra discussão). Eu também vi as outras versões, mas o que sempre dá a entender pra mim, é que a estrela sempre nasce no fim, kkk enfim, arrasou no vídeo!

Concordo com vc, gostei do filme mas senti que faltava algo, agora percebi o que era. Obrigado Max, ótimo vídeo

Incrível sua análise, Max !

Hummm... Agora entendi o motivo do filme perder o "fôlego" no terço final. Obrigado Max.

Eu gostaria de ver um crossover do EntrePlanos com o Super 8. Otávio Ugá aparecendo por aqui e Max lá no Super 8. Seria demais ver os dois interagindo, pq são formas bem diferentes de se analisar os filmes

Eu também não tava conseguindo dizer o que não tinha gostado do filme, mas concordo com tudo o que vc disse. É o mesmo que eu pensei.

Esse filme é igual aqueles filmes que a gente vai atender o celular e deixa o filme rolando... Max, excelente análise como sempre.

A mensagem essencial do filme na figura da estrela que nasce não é necessariamente a pessoa da Ally - ou das outras personagens, das outras versões - enquanto uma artista. A ideia é que a estrela é a perseverança em meio ao caos da vida, do sofrimento e da dor, representados no personagem do Bradley e da própria Ally, que vive em um mundo totalmente sufocante. Seja pelo pai ou pelo trabalho exaustivo com um chefe "abusivo". Ou seja, não é sobre o sucesso artístico, mas sobre a virtude de lutar e ser uma estrela em meio a escuridão do mundo em que vivemos.

Exatamente. Não sabia explicar pq esse filme parece que ficou faltando alguma coisa. E vc explicou. Nem precisava comparar com a versão da Judy Garland.

Concordo com você, foi isso tbm que me incomodou. De todo modo, foi uma experiência incrível assisti esse filme! Quero muito assistir a versão de 1954 tbm!

Me apaixonei pelo filme, o melhor que já vi até hoje, a tinha então... Me emocionei várias vezes, mas concordo que a estrela brilhou enquanto se apresentava com jeck, pois ele mesmo comentou que não reconhecia mais suas músicas acabou fugindo de sua ecencia. Acho que por isso nos presentearam com a belíssima performance na noite do Oscar, gostaria muito de te la visto no filme, mas ainda é o melhor filme de todos.

Aí Max, me desculpa mais esse é o primeiro vídeo que eu vou discordar de você!! Mais mesmo assim ainda sou seu fã tá 😘

incrível...n tinha percebido

Cara, tú é sensacional. Discordo de você (acho que o nascimento da estrela é na cena final), mas não deixo de admirar o jeito que você construiu o raciocínio. Ninguém fala de cinema como você na internet, parabéns!

Nossa, super concordo com oq vc disse. Assisti todas as versões anteriores antes de ir assistir a versão do Cooper, e quando finalmente pude conferir terminei por não gostar. Apesar do personagem do Cooper ser mais desenvolvido acabei por não simpatizar com a figura dele, achei o relacionamento dele com a Ally abusivo de uma forma q fez com q eu nao me importasse com o desfecho dele na trama, oq foi o inverso do q aconteceu nas duas primeiras versões, onde achei a cena em q ele percebe q está "atrapalhando" a carreira da mulher mto impactante (desconsidero aqui a versão com a Barbra pq é de longe a pior de todas). Versão com a Judy Garland tbm é minha favorita e fiquei com vontade de rever o filme assistindo às cenas q vc colocou no vídeo. Judy é mto amorzinho

Eu gostei do filme, mas convenhamos, hoje em dia tá muito fácil conseguir 8 indicações no Oscar

Bom... sua crítica é ótima, como sempre e muito bem embasada. Como vc salientou, isso foi uma coisa bem pessoal que te incomodou... massss... achei um pouco de preciosismo isso ter um impacto tão grande na sua avaliação. Lógico que o filme não é perfeito, só que ele supera de longe o que você julgou ser a melhor adaptação. Justamente pelos pontos positivos que citou no vídeo. Essa parte final foi um rumo que o diretor escolheu, ele quis fazer diferente, trazer mais empatia que contemplação. Enfim: gosto é gosto. parabéns pelo ótimo trabalho!

INCRÍVEL. Foi a sensação que tive quando assisti ao filme. Me irritou muito a forma como a personagem da Ally foi desenvolvida, não deu sequer pra entender a personalidade dela. Ela acabou sendo apagada pelo personagem do Cooper, que -propositalmente, creio- carregou toda a carga dramática do filme. E essa abordagem do artificial me irritou muito muito. Até porque a própria Gaga vem da música pop, o sucesso dela veio daí, e o filme retrata como se fosse algo negativo, como um gênero musical menos digno. Não gostei nem um pouco.

Ja vi todos, e de longe a ultima versão é a melhor, ponto final.

Acredito que isso aconteça pra não deixar o filme se tornar um musical massante. Outra possibilidade deste breve distanciamento dos shows no foco do filme é a criação de uma tensão escalar pelo próximo momento onde tal sentimento seja explorado, criando um clímax.

Gostei muito da sua visão, Max! Embora no final ela rejeite o artificial, seria maravilhoso ver números dela arrasando famosa no filme.

Eu só tinha assistido o de 54 antes da nova versão e ela segue sendo minha favorita. Eu n sabia explicar direito o que me incomodava nesta versão atual e vc conseguiu colocar em palavras, amei

Foi como ver o "anteriormente em" numa série. Pareceu um clipe enorme e resumido de uma série de 5 temporadas

Uma das coisas que eu mais gostei no filme foi justamente essa "vilanização" do artificial. Acho um filme bacana e bem construído. E, claro, "Shallow" é a melhor música original do ano passado.

EXATAMENTE!!! Falou TUDO!!! Parabéns!!!

Max, por favor, fale sobre a polêmica em torno de "Roma", sobre a estreia da Yalitza Aparicio, a indicação para o Oscar e se a atuação dela é merecedora mesmo do prêmio, do teu ponto de vista. Um vídeo rapidão. Obrigado.

Oi Max Discordo da crítica. Acho o tema central "vilanizar o artificial" bem válido. Acho até mais valido do que fazer um filme no estilo "jornada do heroi"

Na versão de 54 o estilo musical era completamente diferente de hoje, não tem como comparar, a versão de Bradley foi seguido pela contemporaneidade, por isso, ele optou pelo estilo mais pop porque hoje em dia é o que faz sucesso

Adorei a análise! Algo no filme não me deixava gostar dele por completo e agora entendi kk achei que pesaram a mao na critica a esse tipo de musica, é obvio que rolaria atrito pela diferenca de escolha de caminho musical entre eles, mas nao vejo pra que pesar tanto na ideia do pop ser artificial. Acho que o maior problema dessa area é o perigo de você não ter voz pra escolher onde cantar, o que cantar, como etc. mas a gaga mesmo pelo o que vejo , hoje conseguiu muito bem se posicionar nesse meio ,como tantas outras cantoras maravilhosas! poderiam ter mostrado isso talvez, dela fazendo sim musica bacana dentro do pop mas com mais controle, pra mim pareceu muito que POP É RUIM.

max, faz um vídeo com seus filmes favoritos de todos os tempos!

Eu entendo o que c flw de verdade, mas sinceramente​ Max, isso não me incomodou nem um pouco e todas as outras qualidades do filme elevem tanto ele pra mim que acho difícil as outras versões competirem.

É meu amigo, eu acho que vou ficar com o pessoal dos comentários pela primeira vez. Não tenho o conteúdo técnico suficiente para evoluir meus argumentos mas fico com o que toca o coração e soa bem aos ouvidos. E entendo que isso que é a magia do cinema. Abração!

Muito boa a análise.

Gostei do vídeo, gostei da opinião da galera! Abraços

A câmera representa os sentimentos de Jack... por isso, a medida que Ally se afasta de quem ela é de verdade o filme vai se distanciando dela também. Aquele brilho era falso, então não vemos nem sentimos ele porque Jack não queria vê-lo, nem senti-lo. O final trás o brilho de verdade e, por isso, não só vimos o brilho como também sentimos a presença dessa estrela que acabava de nascer.

Interessante a sua abordagem. Confesso que não tinha percebido quando assisti no cinema, mas tbm não é algo que tenha me incomodado. Vou assistir às outras versões mais pra frente .

Para mim essa foi a melhor versão e deveria ter ganhado Melhor Filme no Oscar.

Parabéns!!!! Sua melhor crítica do canal até hoje!!! Achei preciso e direto no ponto mais frágil do filme. Mesmo que eu tenha achado esse filme apenas uma bobagem que tenta manipular as emoções do público de forma descarada, entendo o que vc quer dizer.