Realmente, na faculdade fala-se muito pouco de Jung. Obrigado pelo conteúdo. Abraços.
4 жыл бұрын
😉
@mementomori87853 жыл бұрын
(...) Jung contribuiu muito para edificar algo útil para esta época, sempre inspirado nos fenômenos criativos. Ele conseguiu reunir alguns resultados científicos de alguma forma ‘agradáveis’ à situação geral. Ele se preocupou com a alma, não fazendo uso de uma frieza científica necessária, mas tomando aconselhamento no que fazer e como agir com ideias estranhas, sonhos excitantes e afetos ininteligíveis. Ele ensina como esquecer o medo de si próprio. Algumas coisas devem estar corretas. Temos sem dúvida uma novidade no que tange à descrição de um curso dialético do processo vital. Ele fica restrito à parte das vivências, do reflexo do mundo no meu interior, do mundo como fenômeno cerebral de um indivíduo (o que ocorre entre outras coisas), esquece, por outro lado, do ser humano, que é o homem entre outros homens, ou seja, as leis da Sociologia (esquece também do mundo da Química, da Física etc., os quais realmente podemos esquecer por alguns momentos). Mas Jung não fala o tempo inteiro do coletivo? Sim, mas só até o ponto em que ele percebe até onde vai o Individualismo de Freud. Jung apenas observa e menciona a parte subjetiva do coletivo, ou seja, fragmentos de fantasia e experiência, vivências colecionadas por outros grupos do presente ou por meus antepassados. O homem permanece retraído apesar deste interior grandioso e multicolorido. Ele terá vivências de sonhos e fantasias surpreendentes e imponentes, que o colocarão em contato com o lado místico e extasiante de todos os povos e tempos, para que ele possa se aliviar deste mundo sufocante das grandes cidades, das fábricas, da organização desalmada, dessa pressa e infatigabilidade racional americanas a qual tudo tende sucumbir: aqui finalmente encontram-se prados verdes, o sol que eternamente percorre seu caminho soberbo sem nunca errar, o nascer e o perceber do mundo, a minha vida, a minha morte retratada instantaneamente. Mas, espere um momento, será que vemos o verdadeiro sol, as verdadeiras pradarias, nas quais nos enlevamos para fugir da solidão e da frieza dos escritórios e das fábricas? Não se trata do sol interior, da luz eterna, da paz interior, mesmo que sejam muito impressionantes, rico de imagens internas convincentes e fluentes. Ele não guarda nenhuma relação com as verdadeiras mudanças do mundo, com as leis destes anos malditos em que vivemos. Não diz nada sobre a fome de milhões de pessoas, nada sobre a ameada da guerra, (...) nada sobre a luta e a saúde dos irmãos em nosso redor. Será que posso considerar como importante a minha pessoa e buscar salvação em uma ilha de tranquilidade aparente, mantendo escondido de mim mesmo o ruído e as lutas desta época, os possíveis privilégios materiais de minha classe, que gozo, apesar dos conflitos psíquicos? Posso eu xingar as massas nunca satisfeitas enquanto faço uso o tempo inteiro dos produtos da técnica destas massas? Será que posso considerar tranquilamente a ordem do dia: guerras sempre houve e sempre haverá, não tenho nada com isso pois não quero a guerra - e, ao mesmo tempo, possuo ações cujos rendimentos são a base da minha sobrevivência? (...). (...) De que nos adianta conhecimentos refinados de uma visão global do mundo, se toda esta exposição de sonhos, imagens e arquétipos só serve para inflar e endurecer minha alma, ajudando a afastá-la ainda mais da realidade? É trágico, mas verdadeiro, que mesmo o mais sublime e teórico idealismo leve sempre ao sofismo, ao endeusamento do ego de uma elite, de uma raça, e termina finalmente no mais sangrento imperialismo. Vamos nos unir a Dostoievski quando diz que “o homem é ridículo”, pois após todas as quedas em aventuras destrutivas, descobre o “outro”, a existência do não-ele e assim consegue efetuar sua viagem dos sonhos: “A descoberta da vida é superior à vida, a descoberta das leis é superior à sorte...” Isto é o que se deve combater, e eu o farei. Se todos quisessem, ao mesmo tempo, imediatamente tudo mudaria sobre a Terra. - “Hipótese e consequências da Teoria dos Arquétipos de Jung”. - John F. Rittmeister (1898-1943). Tradução: Angela B. C. Wittich. In: Psicanálise e Nazismo”, Chaim S. Katz (org.), p. 146-148.
@joaolimacosta11363 жыл бұрын
Verdade os sonhos é uma espécie de expressão do inconsciente.
@GilMarinho3 жыл бұрын
Hello!!! Ahhh que ótimo, sou professor de arte e estou no segundo semestre de Psi e já escolhi minha abordagem que é a Psicologia Analítica Junguiana. Seu video é muito esclarecedor! Obrigado!!!
@thaissenna50082 жыл бұрын
explicação perfeita❤️🔥
@ssgolding642 жыл бұрын
Oi Camila, parabéns ótimo vídeo.
@mariliabritoo75095 жыл бұрын
O vídeo foi muito esclarecedor! Obrigada
5 жыл бұрын
😉💕
@chiaraguimaraes2 жыл бұрын
❣️
@beatrizmarinho49395 жыл бұрын
Camila acabei de conhecer o seu canal e já estou amando, quero muito esse material, eu sou estudante de psicologia, porém a minha faculdade foca muito na psicanálise e tcc, eu não achei o seu material no insta, ainda esta disponível la ?
5 жыл бұрын
Oi Beatriz, tudo bem? Sei como é, tive bem pouco Jung na faculdade TB. Eu tenho um Instagram que é @camipsicologa , mas não entendi de que conteúdo você está falando. É sobre os ebooks? Se sim, o link é esse www.camilasouzapsicologa.com/e-books . Beijinho e seja bem-vinda! 🤗
@beatrizmarinho49395 жыл бұрын
@ era exatamente sobre os ebooks ❤😗
5 жыл бұрын
@@beatrizmarinho4939 😉
@glauciabritobrito6102 Жыл бұрын
Excelente explicação 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻me surgiu uma duvida, por exemplo; eu que 90% das vezes não lembro nada do que sonhei, jamais poderei procurar um profissional que trabalhe utilizando a abordagem Junguiana?
@jackssanderdsouza14203 жыл бұрын
Jung mistura muita questão psicanálise com religião , por isso Freud descartou as ideias de Jung
@analiga01023 жыл бұрын
Não é sobre religião, mas sobre a dimensão espiritual do ser humano... não dá pra negar os aspectos biopsicoespirituais.
@mementomori87853 жыл бұрын
...parece que os junguianos não se interessam por ideias. Muitos junguianos tem a sensação de ter todas ideias de que precisam; Jung deu-lhes as ideias, tudo o que eles precisam e aplica-las e trabalhar com elas. Estão satisfeitos. (...) Eles apenas vivem das ideias de Jung (ou Freud, tanto faz), sem acrescentar nem mesmo uma vírgula por si mesmos. Isto é uma traição gigantesca, uma desonestidade. Você deve pagar por aquilo que ganha de uma escola levando suas ideias adiante. Mas tudo com o que se preocupam é com as qualificações de treinamento - mantendo os outros afastados de sua “tribo”. E é tudo calcado num pseudomisticismo da individuação e da totalidade. - James Hillman, ex-diretor de estudos do C.G.Jung Institut, de Zurique. “Entre Vistas”. Summus Editorial, 1989.