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Marisa de Abreu
Psicóloga CRP 06/29493
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Onde exatamente dói a dor emocional
Pode ser difícil de explicar até mesmo uma dor física. Os hospitais costumam ter uma tabela que vai de 0 a 10 para que as pessoas classifiquem a dor, pois apenas observar o tamanho, a extensão e profundidade do ferimento não permite que o outro perceba a intensidade da dor que o paciente está sentindo.
Um pouco mais subjetivo é a dor sem ferimento, a dor de cabeça, de pedra nos rins, etc.
Imagine então a dor emocional.
Quando a dor emocional se torna física?
Às vezes nem dor física é mas pode doer tanto na alma que às vezes até sentimos no corpo, às vezes até o corpo adoece de verdade e pode parecer que a dor se refere apenas aquela parte do corpo doente quando na verdade foi a dor da alma que adoeceu o corpo.
Quando não trabalhamos a superação, uma dor emocional pode se tornar dor física real, chama-se somatização.
Costuma ser descrita como uma dor no peito, na cabeça, que passa pela pele e pelos olhos e irradia por toda pessoa.
Alguns a sentem como um aperto mental, um sufocamento. Alguns a sentem em ausências, ausência de paz, ausência de sono, ausência de fome, de vontade de falar, de andar, de tomar banho, de fazer qualquer coisa.
É um cansaço sem fazer “nada”, uma exaustão de quem carregou sacos e sacos de pedra, uma falta de energia.
É culpa. Arrependimento.
Um incomodo que, muitas vezes, não se sabe nem como nem quando começou.
É muita coisa, mas tem uma coisa que temos certeza que não é: Frescura.
Mas é fácil desmerecer quem sofre emocionalmente. Parece que o que está acontecendo com o outro seria facilmente superado, mas cada um tem a sua sensibilidade e os olhos que quem está fora do problema não enxerga toda a história de vida desta pessoa, sua vivencias, suas feridas mal curadas.
Qual é a pior dor emocional?
Rejeição dói, traição, difamação, ser vítima de violência física ou psicológica, etc. Me parece que as perdas são as mais doloridas, mas só posso falar de forma geral, pois cada um terá em sua vida valores diferentes e assim sensibilidade diferente, sem falar que a cada momento da vida pode mudar o que fará a pessoa sentir mais. Por exemplo, a perda financeira pode debilitar muito uma pessoa em dado momento de vida, mas se ocorresse em outro onde adquiriu outros valores pode ser que perder dinheiro não o abalaria tanto.
Há quem diga que entre as perdas, perder pessoas é mais significativo, quando de trata de parentes mais ainda culminando na perda de um filho.
O que fazer para aliviar a dor emocional?
Trabalhar a superação. Terapia pode ser um caminho.