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Para as sociedades africanas, o cabelo, além de historicamente tomado enquanto elemento de identificação étnico-cultural e mesmo de pertença espiritual, é/foi e faz-se instrumento de comunicação das humanidades e das corporalidades negras, porque antes expressão máxima da unicidade de indivíduos (mulheres, homens e crianças) negros. O movimento pelo poder negro estadunidense (Movimento Black Power, anos 1960) tornou-se, diga-se, destaque do braço que, político, iniciaria uma ampla campanha exaltadora da beleza e da estética negras, em especial, em resgate à ancestralidade africana. Ainda sob este levante, "Black is beautiful!" ("Negro é lindo!") segue ponto de partida e de retorno à luta por representatividade e por autoaceitação em toda a diáspora, já que sinônimo nunca despotencializável da rebeldia e da resistência (política) pelo orgulho.
Por isso, em meio ao novembro negro de 2023, o Canal Preto reafirma o poder do cabelo na revalorização das belezas e das subjetividades negras, pois símbolo da herança e da ancestralidade africanas nas experiências unimúltiplas do ser e do devir negros em todo o globo.
Fontes de pesquisa: Geledés, Revista Marie Claire, Vogue, O Globo e Eu Sem Fronteiras.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo conteúdo publicado ao longo da semana.
Gabriela Isaias - Fotógrafa documental, escritora e pesquisadora. Doutora e mestra em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora das identidades culturais e estéticas da diáspora africana.
Carolina Pinto - Empresária e cofundadora do RAS.
Taynara Alves - Gestora de negócios e cofundadora do RAS.
#ParaTodoMundoVer: no vídeo (em plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes convidadas: Gabriela Isaias, mulher negra de pele clara e cabelos cacheados volumosos, que veste uma camiseta branca encimada por um blazer rosa claro e usa uma gargantilha prateada; Carolina Pinto, mulher negra de pele retinta e cabelos trançados em estilo tipo Chanel, que veste uma camisa de mangas curtas levemente bufantes preta; e Taynara Alves, mulher negra de pele retinta e cabelo com tranças longas coloridas em castanho médio, que veste uma camiseta encimada por um moletom preto.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?
#Cabelo #Ori #IdentidadeAfricana #CanalPreto