Depressão. Um tema difícil e que parece não ter relação com a jardinagem - mas, cultivar plantas, pode curar, sim. Neste vídeo, nossa jardineira Carol Costa conta como esses seres clorofilados a ajudaram a passar por dois quadros de depressão, mesmo num momento da sua vida onde tudo parecia bem. Em uma época tão complicada que vivemos este relato sincero é uma forma de compartilhar a generosidade das plantas.
O momento é incomum: uma pandemia trazendo incertezas, solidão, afastamento do convívio social e, tornado o mundo um pouco mais cinza. A depressão acaba encontrando lugar pra tomar o espaço onde deveria existir alegria, esperança e calor humano. E essa sombra pode chegar em qualquer pessoa, sem escolher dia ou motivo. Foi assim com Carol Costa: jornalista, com 5 prêmios e uma carreira invejável, um dia se encontrou deprimida, sem estímulos pra se levantar da cama. E foram as plantas que a resgataram dessa depressão. A cura não veio foi de chás, óleos essenciais ou aromas. Claro que plantas podem produzir remédios e tratamentos, mas, seu poder curativo vão além disso.
Depois de encontrar seu caminho no jornalismo, batalhar por sua carreira e chegar onde gostaria de estar, Carol teve depressão. O amparo de pessoas próximas foi importante nesse momento mas, ainda foi preciso resgatar aquele brilho interior. Foi aí que entrou a cura pelas plantas. Tímidas no início, quase que como um carinho em doses homeopáticas, esses serezinhos verdes foram mostrando que existe força e vontade de viver até mesmo numa semente.
"Qual é a coisa que me deixa mais feliz?"
Essa foi a pergunta que Carol Costa se fez, quase que inconscientemente, na fase da depressão. E a resposta que recebeu dela mesmo, quase que inaudível no início, foi: "mexer com planta". Mexer na terra de vasos, regar e adubar o solo, verificar folhas, ver um botão de flor se formando. Diariamente, esses afazeres traziam um presente: um bem estar crescente.
A Carol Costa que conhecemos hoje, a jardineira, superou isso e hoje pode contar sua história e nos ensinar a cultivar plantas. E quem sabe, fazer brotar aquela sementinha do verde que está dentro do seu peito, só esperando um pouco de luz pra germinar? As verdinhas nos pedem um "quase nada" - um pouco de dedicação, água, adubo e sol. E, generosas que são, as plantas nos devolvem beleza e, principalmente, nos conectam à um mundo vivo, coletivo e de doação.
Deixe o verde entrar na sua vida. Devagarinho, esses seres clorofilados irão retribuir sua atenção , preenchendo com o verde cada espaço da sua casa, sua mente e seu espírito. Uma gratidão verdadeira e em forma de vida, que se forma ao alcance dos olhos. Que as plantas possam nos trazer a promessa de uma vida e um mundo melhor. Com o mesmo verde que transforma a luz do sol em vida e simboliza tão bem a cor da esperança. Como nossa jardineira disse, ‘as plantas são mágicas sempre”.