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História
Com a descoberta de ouro pelos bandeirantes, no final do século XVII, criou-se um cinho que se iniciava em Parati-RJ, passando por Guaratinguetá e Taubaté-SP, e avançava a então província de Minas Gerais, conhecido como Caminho Novo. Com o aumento da exploração das minas de ouro e as dificuldades para se percorrer esse trajeto, se fez necessário encurtar as distâncias entre o Rio de Janeiro e o interior, o que facilitaria o transporte e conseqüentemente a fiscalização. Por volta de 1700-1701, o sertanista Garcia Rodrigues Paes, partiu do Rio de Janeiro para desbravar o território mineiro e abrir o Caminho Novo, que mais tarde passaria a ser chamado “Estrada Real da Corte”, ligando a Corte à Província de Minas Gerais. Antigamente, a cidade chamava-se Palmyra, mas recebeu o nome de Santos Dumont porque o inventor Alberto Santos Dumont nasceu na Fazenda Cabangu, localizada a 16 quilômetros da então vila de João Gomes, o que deu muito prestígio ao município, na época. Por este fato, para homenageá-lo, mudou-se o nome.
Desenvolvimento industrial
Em 1888, antes mesmo de Palmyra ser reconhecida como município, foi instalada ali a primeira fábrica de laticínios da América do Sul. para fabricação de manteiga e de queijos tipo Petit Suisse e Holandês, chamado Reino por ser, em outros tempos, importado via Portugal. O proprietário era o médico Carlos Pereira de Sá Fortes, importador de gado Holandês na região. A sua fazenda da Mantiqueira, situada à margem da Estrada de Ferro Central do Brasil, tinha área 1.600 hectares e nela existiam 600 cabeças de gado. Ali funcionava uma moderna fábrica denominada Empresa Laticínios de Monte Bello, que produzia também leite condensado esterilizado. A maior parte da manteiga e do leite era exportada para o Rio de Janeiro. O Dr. Sá Fortes foi um dos primeiros industriais, no mundo, que exportou o leite em blocos congelados. A manteiga era acondicionada em latas feitas na própria fábrica e era extremamente apreciada no Rio de Janeiro.
Os primeiros queijeiros holandeses que trabalharam na Companhia de Laticínios da Mantiqueira, erguida às margens do Rio Pinho, foram Frederich Kingma, J. Etienne, Gaspar Jong, além de Alberto Boecke, técnico holandês trazido pelo Dr. Sá Fortes para a montagem dos equipamentos. Alguns deles desenvolveram na região a indústria de laticínios e as marcas Palmyra, Borboleta e Avenida tornaram-se nacionalmente conhecidas, conquistando o mercado às manteigas francesas, até então importadas. Em 1913, a incorporação com a Companhia Brasileira de Laticínios, criada em 1907, tornou-a a maior produtora e exportadora de leite, manteiga e queijos do mercado nacional.
Economia
Na agricultura, a cidade produz milho, morango, goiaba, nectarina, mandioca, feijão, havendo cultivo permanente da laranja, café, pêssego e banana.
Na indústria, Santos Dumont possui a Companhia Brasileira de Carbureto de Cálcio - CBCC, que produz ferro, silício e silício metálico, exportando para vários países. A cidade ainda possui um Distrito Industrial, com uma área de 40 mil m², onde concentra-se algumas empresas.
Turismo
A cidade possui um turismo bastante rico. Pela região passa o Caminho Novo da Estrada Real, um convite à pratica do turismo ecológico. São 10 quilômetros de estrada até a divisa com o município de Antônio Carlos. Durante o percurso pode-se observar bela paisagem natural, antigas fazendas e dois chafarizes da época de sua construção, além de algumas inscrições em pedras. Estes chafarizes serviam para a parada de tropeiros que vinham do interior de Minas Gerais levando ouro para o Rio de Janeiro na época do Brasil Colônia.
Além disso, na cidade destacam-se o Museu de Cabangu, casa natal de Alberto Santos Dumont, no distrito de Mantiqueira, a 16 km do centro da cidade.