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Quem nunca ouviu esse golpe do "não tô pronto pra relação" ou "estamos indo rápido demais"? Esse clichê da escorregada tem explicações na psicanálise. Pois é… voltamos com o maravilhoso Christian Dunker, esse psicanalista mais do que amado, para entender a personalidade evitativa. Que é aquela pessoa que diante de um dilema ou algo que o incomoda, ela simplesmente foge, bloqueia ou dá um unfollow.
Esse é um perfil que tem crescido nos últimos tempos (sabemos bem né soltos?) muito por conta de estarmos cada vez mais avessos ao conflito. Parece que ao primeiro sinal de trabalho, quebra de expectativas ou necessidade de conversar as pessoas acabam preferindo pular fora e buscar novos casinhos do que ajustar os ponteiros de uma relação que está só começando.
Christian nos relembra que conflitos (e com isso ele não quer dizer brigas, mas coisas que incomodam) fazem parte da vida e que não vai dar pra gente fugir deles pra sempre. E sabe como a gente faz pra resolver conflitos? Conversando! Não deixar acumular e virar D.R., mas se colocar de forma clara e sem medo de pressionar, Mas pelo que a gente tem visto na solteirice, conversa parece que tá em extinção né?
Ele explica aqui que existem 3 tipos de evitativos (já abre sua agenda de contatinhos pra ver em qual perfil seus crushes se enquadram): 1. o evitativo raiz, que aprendeu a amar assim muito provavelmente por conta de traumas amorosos na relação com os pais ou os primeiros amores (manda esse pra análise já!!); 2. o evitativo instrumental, que é aquele rei das desculpinhas pra deixar várias relações no banho-maria e levar alguns contatinhos ao mesmo tempo sem ter que se comprometer muito com ninguém; 3. o evitativo sequelado, que ainda tá com o coração machucado por conta de um pé na bunda recente e acaba fugindo das relações por medo de se machucar de novo.
Nesse mundo de evitativos parece que estamos desconfiando cada vez mais dos crushes e esperando sempre que o outro faça o primeiro movimento. Rola aquela lógica de "o outro tem que confiar muito em mim e demonstrar muito interesse para que eu me abra pra ele". Bom… alguém vai ter que começar, não acham? Christian nos lembra que na lógica dos sentimentos se você quer uma coisa, ofereça aquilo. Se você quer intimidade, ofereça intimidade. Se você quer respeito, ofereça respeito.
Se você quer confiança, ofereça confiança. Ou seja, tá na hora da gente sabonetar menos, fazer menos malabarismo de contatinhos e ficar menos com o pé atrás. Um pouco de vulnerabilidade e conflito não vão matar ninguém. Pelo contrário, vão criar relações mais interessantes, que nos farão crescer. E se não der certo, bora viver o luto e a sofrência sem medo! Evitar se envolver também é evitar viver, não acham?
Confere essa entrevista maravilhosa e comenta aqui se você tem cruzado com muitos crushes evitativos na sua vida amorosa. O que eles tem feito?
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