O caminhão, é e uma espécie de veículo destinado ao transporte de cargas, cujo PBT ultrapassa os 3500kg, isso inclui desde os caminhões pequenos, chamados ¾, alguns furgões que ultrapassam esse peso, sendo os cavalos mecânicos também uma espécie de veículo de tração, o caminhão trator. Os mais comuns, são os chamados caminhões rígidos, cujo implemento é afixado diretamente sobre seus chassis, de acordo com o tipo de mercadoria ou serviço a ser realizado, e com a evolução dos veículos terrestres, também veio as leis e demais regulamentos de trânsito, trazendo as mais diversas limitações e permissões, como comprimento, PBT, CMT, PBTC, quantidade e configuração de eixos, etc.
A Tara é o peso do veículo sem estar carregado, somando-se todos os componentes mecânicos e implementos, a carga útil, todo o peso que o veículo pode carregar, é chamado de lotação, somando se a Tara e a Lotação tem-se o PBT do veículo, essas informações obrigatoriamente devem constam em um decalque nos veículos de carga.
O PBTC, é a peso máximo que o veículo ou conjunto de veículos pode transmitir para o solo, estabelecido pelo Inmetro e Contran, de acordo com as características mecânicas, de tração, comprimento e quantidade de eixos, no caso dos articulados soma-se o PBT do cavalo mecânico mais semi reboques, ou caminhão mais reboque.
O CMT (Capacidade Máxima de Tração) é a indicação feita pela própria fabricante do veículo, calculado de acordo as limitações e especificações mecânicas e dos componentes, como motor, suspensão e transmissão, a CMT compreende o PBT do caminhão mais alguns reboque ou semi reboque tracionado.
O comprimento máximo permitido para os caminhões rígidos, independente da configuração eixos, é 14 metros.
O PBT é dividido em peso máximo por eixo, e em ambos os tipos de pesagem podem gerar multas e até necessidade de remanejamento ou transbordo de carga.
Outra divisão que temos com relação aos caminhões, e que influencia diretamente da capacidade de carga, é a configuração dos eixos, os primeiros caminhões tinham dois eixos, o dianteiro e o traseiro, cada uma com um ponto de apoio de cada lado, sendo 4 pontos, e os dois traseiros exercendo tração, logo, 4 pontos e apoio sendo dois de tração, o dito 4x2, sendo os dois dianteiro apenas direcionais, comumente chamado de caminhão toco.
Para se aumentar a capacidade de carga, surgiram as outras configurações, ou seja, por exemplo a 6x2, sendo seis pontos de apoios, e dois de tração, chamado de caminhão truck, ou trucado, seguido pelo 6x4, com quadro pontos de tração, chamado de traçado, assim como o 4x4, com 4 pontos de apoio todos exercendo tração, e assim por diante, incluindo algumas raras verões 6x2/4, que são 6 pontos de apoio, dois de tração e quadro direcionais, e um não muito novo, más que ganhou grande destaque e utilidade ultimamente, o 8x2, ou famoso bitruck, ou bidirecional, já quem tem um eixo de tração, um truck e dois direcionais da dianteira, há também o 8x4, geralmente utilizado para transporte fora de estrada, guindaste ou betoneiras, por exemplo.
Seguindo esse mesmo raciocínio, existem outras configurações especiais, fora de estrada ou militares, como 6x6, 8x8 ou até maiores.
As cabines dos caminhões, incialmente tinha como única função alojar o condutor com acesso aos controles do caminhão, más ao longo do tempo evoluiu para as necessidades logísticas. Na primeira metade do século passado, quando o transporte em caminhões começava a ganhar notoriedade, era mais utilizada a cabine recuada, havia um local específico para o motor e um ambiente para o motorista, que foi utilizada por todas as marcas da época. Enquanto os caminhões de origem americana evoluíam, essa configuração permaneceu sendo a preferida pelo mercado, já os de origem europeia, rapidamente, na década de 50, começaram com uma nova tendência de reduzir o tamanho dos veículos, mantendo a capacidade e volume de carga, com melhor manobrabidade, a técnica consistia em avançar a cabine para cima no motor, aproveitando melhor o espaço. Surgiu a cabine leito, que trata-se de uma cabine comum com comprimento aumentado o suficiente para se alojar uma pequena cama na parte de trás, sem precisar rebater as poltronas dianteiras, no Brasil o primeiro foi o FNM, que inclusive trazia a opção de beliche, posteriormente seria um item de certa forma obrigatório, pelo menos de forma opcional em todas as marcas.
A cabine avançada, incialmente tinha um dificultador, do acesso ao motor e outros componentes mecânicos para manutenção, com o tempo então, surgiu a cabine avançada tipo basculante, facilitando o acesso aos componentes mecânicos, no Brasil a pioneira foi a VW em 1981, seguida por Ford com os modelos cargos em 1985, seguido pelas demais marcas, e hoje é quase um unanimidade, desde os leves até os extrapesados.
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