Sempre nos contaram que somos metade nossa mãe e metade pai. O que eu não sabia era que na verdade nossa herança genética não funciona dessa forma.
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O imprinting genético é um fenômeno epigenético que envolve a marcação de genes específicos, o que pode alterar a expressão desses genes sem alterar a sequência de DNA subjacente. Isso adiciona uma camada de complexidade à genética mendeliana, pois significa que a herança não é apenas uma questão de receber 46 cromossomos de cada pai.
Os cientistas identificaram cerca de 90 genes que são sujeitos a imprinting. Este equilíbrio delicado entre a expressão e o silenciamento de genes é crucial para o desenvolvimento saudável de um indivíduo.
Estudos em camundongos sugerem que pode haver um desequilíbrio na expressão de genes impressos, com uma maior proporção de genes paternos sendo expressos. Isso foi observado em experimentos onde os camundongos foram criados com genes expressos principalmente de um dos pais.
Os camundongos com maior influência paterna tinham cérebros menores e corpos maiores, com um crescimento celular abundante em áreas do cérebro associadas ao equilíbrio energético e comportamentos instintivos. Em contraste, os camundongos com maior influência materna tinham corpos menores e cérebros maiores, especialmente em regiões associadas à inteligência, respostas emocionais complexas, planejamento e resolução de problemas.
Se essas descobertas forem aplicáveis aos humanos, isso poderia sugerir que uma maior proporção dos genes de seu pai foi expressa durante o seu desenvolvimento. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar essas descobertas e entender completamente o papel do imprinting genético no desenvolvimento humano.