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Declarada Patrimônio Cultural de Salvador (BA), as celebrações anuais a Iemanjá (2/2) consolidam as identidades político-culturais negro-brasileiras entre a diáspora africana e o continuum histórico da resistência e da intelectualidade do povo preto além-história oficial. Imensamente popularizado a partir da década de 1960, hoje, o fevereiro baiano vê parte de suas tradições ser brancalizada, em meio às tentativas de desconexão das festividades do sentido e da lógica africanos por que assim foram estabelecidas. Os pedidos de fartura e de mar calmo antes saúdam Yemọjá (Iemanjá) em reconhecimento à guarda zelosa dos oceanos para a sobrevivência desta gente, sede perene de trauma transgeracional. O legado da Festa no Rio Vermelho fala, portanto, à memória ancestral, apesar das ainda motivadas, e rançosas, colonizações contemporâneas.
No Canal Preto da semana, os significados do 2/2 e a importância da manutenção do capital ético-simbólico-religioso da Festa de Iemanjá à ontologia das subjetividades negras do país.
Fontes de pesquisa: Portal Salvador da Bahia e Brasil de Fato.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo conteúdo publicado ao longo da semana.
Carla Antelante - Pedagoga e terapeuta sistêmica, sacerdotisa e orientadora de cuidados espirituais e ancestrais. Pesquisadora, coordenadora-geral e guardiã no Quilombo Di Maria, coletivo itinerante de saúde comunitária e de resgate do cuidado em práticas ancestrais.
Ìyálorisa Omilade (Yemọjazz) - Sacerdotisa de candomblé e ativista pelos direitos dos povos de Terreiro. Pedagoga e estudante de Direito. Compositora, mãe e poeta.
#ParaTodoMundoVer: no vídeo (em plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes convidadas: Carla Antelante, uma mulher negra de pele retinta e cabelo com dreads em um penteado preso, veste uma blusa branca e usa, além de colares de contas, brincos com pingentes de búzios, um turbante de tecido africano colorido em azul, branco e vermelho e um anel também de búzios prateado; e Ìyálorisa Omilade (Yemọjazz), mulher negra de pele escura e cabelos com tranças longas loiras, veste uma blusa de tricô bege e usa óculos com armação quadrada colorida em um verde de tipo transparente, maxicolares e anéis dourados e uma pulseira de miçangas (mão direita) em tons de marrom.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você? #Ancestralidade #Yemojá #Bahia #CanalPreto