EU ESCREVI UM LIVRO!
6:09
Жыл бұрын
AS TOP 10 MELHORES LEITURAS DE 2021!
13:53
POR QUE EU FICO TRISTE? | #04
6:17
2 жыл бұрын
Пікірлер
@IsabelaMaximianoMelo
@IsabelaMaximianoMelo 2 күн бұрын
Amei esse vídeo pq eu não queria ler e agora eu sei o que acontece. Que livro complicado... Obrigada por trazer esse vídeo!!
@alexandremelo7693
@alexandremelo7693 4 күн бұрын
Adorei a profundidade do conteúdo, salvo aqui! E que gatinho haha
@Renana0g
@Renana0g 9 күн бұрын
Encontrei uma página sua na internet sobre o Emplasto Brás Cubas e fiquei muito interessada nas suas análises. Meu foco atual não são em vídeos, mas cá estou eu assistindo e fico feliz que o tenha. Só gostaria de deixar aqui meu apoio, não deixe de escrever, vou ficar muito feliz em acompanhar. 🩷
@williamviscardi1803
@williamviscardi1803 11 күн бұрын
Engraçado que, qd li Dom Casmurro, eu senti uma tensão romântica muito grande entre Bentinho e Escobar, especialmente da parte de Escobar. Faz mt sentido que o Bentinho tenha sentido ciúmes não só da Capitu, mas também do Escobar. Talvez houvesse um desejo reprimido pelo amigo que se projetou nas "ações" da Capitu. Ótimo vídeo 😊
@gesantos907
@gesantos907 14 күн бұрын
Estou há alguns anos tentando ler esse livro, acredito que agora vou conseguir concluir.
@naqueadoresbrasil2535
@naqueadoresbrasil2535 22 күн бұрын
Agora o cara falar que não precisa de psicólogo e crime, as vezes o cara está em um momento ruim e está tudo bem, isto é normal do ser humano.
@MilenaSilva-yq8bk
@MilenaSilva-yq8bk Ай бұрын
Inclusive, libera o artigo? Agradeço
@MilenaSilva-yq8bk
@MilenaSilva-yq8bk Ай бұрын
Achei incrível sua análise sobre o meu livro favorito juntamente com minha abordagem favorita hahah❤
@reidomundo7904
@reidomundo7904 Ай бұрын
1. Atração por Sancha foi carnal 2. Homens não gostam de mulher, homens gostam do que a mulher tem... 3. Homens se o seu melhor amigo tivesse vagina você não estaria casado com sua mulher mas sim com ele =)
@crismota
@crismota Ай бұрын
(Spoiler) O que me fez desconfiar dele foi a insistência para que o Roger lesse a carta da morta na frente dele. É um detalhe Importante porque eles são ingleses, essas pessoas bem sérias e educadas que respeitam muito a privacidade alheia. Ele não iria insistir pro outro ler uma carta intima na frente dele se não tivesse motivo pra isso. Acabei não sendo surpreendida com o final e eu adoro ser surpreendida rs
@gisellyhoracio6138
@gisellyhoracio6138 Ай бұрын
Filme perfeito, retrata a verdade em praticamente tudo, a pessoa não tem vida...ela melhora e piora, melhora e piora e assim vive num ciclo sem fim. Os profissionais da área nem todos são preparados, nem todos tem empatia. A pessoa que vive assim vegeta mais do que vive, perde amigos, amores, sorrisos,oportunidades, chances, as vezes até a fé e por ai vai...
@Mellolizie20_
@Mellolizie20_ Ай бұрын
Terminei a leitura ontem, achei muito fluida e gostosinha a forma que a Lori relata e torna bem confortável a leitura, achei um pouco repetitivo algumas coisas mas entendo a proposta de dar ênfase para alguns temas, eu como estudante de psicologia achei maravilhoso a forma que a Lori trouxe esse olhar mais simplista do que é de fato a a vida de uma psicóloga que também faz terapia, como vc mesmo falou ( e a propósito, amei a resenha) ela destrincha tópicos super importantes e tira o psicólogo daquela posição de "super humano" e trás pra um papel de "pessoa". Chorei com a parte da Julie, acho que de fato me fez olhar o mundo de outra maneira. Dei nota 10, não teve jeito ❤
@alexejudy
@alexejudy Ай бұрын
Nunca me interessei por essa biografia, se for cômico como essa parte irei ler
@laisscurty
@laisscurty Ай бұрын
Eu ja assisti duas vezes TED LASSO e eu sou APAIXONADA pela serie. Umas das melhores series de drama e comedia que ja vi e que nos ensina muito.
@vagneralvesarteecultura9298
@vagneralvesarteecultura9298 2 ай бұрын
Boa sua iniciativa, mas fico com a sensação de que ouvi mais sobre o desejo que sobre a liberdade.
@sabrinacasseres1103
@sabrinacasseres1103 2 ай бұрын
Genial, eu adorei! 👏🏼👏🏼👏🏼
@Minnie.bigodefininho
@Minnie.bigodefininho 2 ай бұрын
Oque vc acha do capítulo 58 aonde ele fala que olhou para roupas íntimas de uma mulher que tropeçou ?
@H3nns_
@H3nns_ Ай бұрын
Acho q isso era só o Machado mostrando a mente de um adolescente crescendo e lidando com sua própria sexualidade
@Minnie.bigodefininho
@Minnie.bigodefininho Ай бұрын
@@H3nns_ mas nesse capítulo ele não era mais adolescente e já estava com a Capitu
@Minnie.bigodefininho
@Minnie.bigodefininho 2 ай бұрын
Oque vc acha do capítulo 58 aonde ele fala que olhou para roupas íntimas de uma mulher que tropeçou ?
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 2 ай бұрын
Dê-me seu e-mail que lhe mandarei um texto (real) do que pode uma mulher do mal
@jowjow10
@jowjow10 2 ай бұрын
Claramente o Kevin é um psicopata, não é possivel que vc assistiu o filme e não deduziu isso. Falar que ele tinha afwto c9m 9 pai, que no final do filme deu abraço de carinho na mãe, para né. Como evitar que uma pessoa que nasceu com grau de psicopatia grave se torne o que se tornou? Ninguém tem essa resposta, a não see que transplantem para o cérebro aa parte que mudaria isso.
@luagillum
@luagillum 2 ай бұрын
suspeitei somente de Flora e sim, do próprio Sheppard! a esperteza dele com coisas tecnológicas não me passou despercebida. Observações: 1. já existiam ditafones menores, e como um médico, o James sempre carregava sua grande maleta em cada consulta, e com Ackroyd não foi diferente. 2. O James seria condenado à morte de qualquer forma, a sujestão de Poirot faz alusão à pobre Caroline, Sheppard jamais admitiria que sua irmã soubesse da verdade. Ele recorreu ao Veronal não para preservar sua honra mas para preservar a de sua irmã. 3. (na minha opinião) Poirot ter sugerido isso não me surpreende, já que o Sheppard é um ser desprezível, o que fez a Madame Ferrars e ao próprio amigo Ackroyd são atos imperdoáveis. faltou grifar esses detalhes para um vídeo de análise.
@invd2047
@invd2047 Ай бұрын
Ele falou pro sheppard tomar veronal que cuidaria do resto pela irmã dele. Mas como ele seguiu com o caso? Precisava inocentar paton e disse que não tinha uma assassino?
@gisellebarbosa2586
@gisellebarbosa2586 2 ай бұрын
Nao sou psicóloga mas pensei essas duas coisas qdo li. Morro de pena da Capitu mas ela foi recompensada, tendo aposentadoria do mala do Bentinho na Europa.
@guilhermejurinic
@guilhermejurinic 2 ай бұрын
A verdade é que Machado de Assis escreveu tudo planejado. Colocou situações não conclusivas para que o leitor fizesse sua própria conclusão da história, podendo ter inclusive esta terceira interpretação (da bissexualidade). Não acredito que Machado de assis escreveu o livro com uma dessas hipóteses como preferencial na sua cabeça. Bem pelo contrário, tomou um cuidado linguistico absurdo para deixar margens iguais para interpretações.
@hugodepaula3331
@hugodepaula3331 2 ай бұрын
minha teoria é: Capitu não traiu, mas deveria!
@aldrinspeck2724
@aldrinspeck2724 2 ай бұрын
nao ha como saber, pois se trata de narracao em primeira pessoa e o narrador nao eh confiavel. Essa eh a questao central do romance: a impossibilidade de sabermos a VERDADE (maiuscula). temos de nos conformar com as versoes parciais enviesadas de cada um.....
@invd2047
@invd2047 2 ай бұрын
Terminei agora, to em choque. Mas queria saber como o poirot seguiu com o caso. Ele falou pra todo mundo que sabia quem era o assassino, ai chega depois e fala que nao tem? Acabaria com a reputacao dele, mesmo aposentado. Acho que foi um errinho..
@luagillum
@luagillum 2 ай бұрын
ele nunca disse que não tinha, ele já sabia que era o Sheppard.
@invd2047
@invd2047 Ай бұрын
​@@luagillum já sabia, mas ele não revelaria ao inspetor que o sheppard era o assassino. Então oq ele fez? Disse que não conseguiu descobrir? Mas na noite anterior ele disse a todos que já sabia, não poderia simplesmente falar que não existe
@dalcifurtado5915
@dalcifurtado5915 2 ай бұрын
Não traiu , Bentinho q traiu sua mente
@danielenere2690
@danielenere2690 3 ай бұрын
podia avisar que o vídeo tem spoiler né
@chicalola429
@chicalola429 3 ай бұрын
Olá Felipe, adorei a sua análise ❤ não sei vc mas eu de alguma forma sou um pouco envolvida por ele, ele é envolvente, e realmente como vc diz ele é muito envolvente e faz a gente ficar um pouco curioso a respeito dele.
@Fernando-nz3rb
@Fernando-nz3rb 3 ай бұрын
"A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”. - eu pela simples suspeita a mandava embora.
@elainecorrea194
@elainecorrea194 3 ай бұрын
Discordo totalmente da segunda hipotese .Bentinho venerava Capitu muito antes de Escobar e sofreu por ela muito depois da morte do Escobar , e deixa muito claro no final que nenhuma mulher foi capaz de fazer ela esquecer a amada da sua infância.
@elainecorrea194
@elainecorrea194 3 ай бұрын
Traiu !!!
@sabrinacamargo9937
@sabrinacamargo9937 3 ай бұрын
Nunca me identifiquei tanto com uma resenha, tive as mesmas opiniões e emoções
@danielasebastiao8877
@danielasebastiao8877 3 ай бұрын
Meu professor da faculdade de psicologia, Análise do Comportamento, indicou esse filme. Ótimo filme.
@caio_s
@caio_s 3 ай бұрын
Rapaz, acabei de conhecer o teu canal enquanto procurava um vídeo sobre o Realismo Capitalista, acabei adorando tua resenha e confesso que tive uma pontinha de tristeza quando reparei que a maioria das tuas publicações já tinham pelo menos 1 ano. Aí, reparei que este vídeo saiu quase agora e fiquei muito feliz, não só por ver que você ainda tem interesse no canal, mas também porque tua análise sobre essa série foi muito pontual e cirúrgica. Principalmente, pelo aceno a Sex Education. Eu adorei Baby Reindeer, especialmente pelo trato humanizado sobre questões bastante complicadas, sem grandes juízos de valor, nada. É raro encontrar algo com essa delicadeza e sinceridade. Aí, cria-se um monstro. Porque, se já são assuntos dolorosos por si só, a abertura com que a série trata deles, a ausência de rodeios ou de tabus para falar de tabus, torna tudo ainda mais brutal. É um soco no coração. Obrigado pelas análises!
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 3 ай бұрын
DESDE QUE O MUNDO É MUNDO HOMEM GOSTA DE MULHER E VICE-VERSA. Mulher quando quer enganar diz estar incomodada, com dor de cabeça, que vai ao cabelereiro ou visitar alguém... e o marido dança
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 3 ай бұрын
Fogo de morro acima, água de morro abaixo, e mulher quando quer... PENSEM NISSO!
@DanielNevesBL
@DanielNevesBL 4 ай бұрын
Muito bom o vídeo. É um livro doentio e muito ruim. Desisti da leitura. É desgraça por desgraça. Quem gostou desse livro, por favor.. repense a vida de vocês.😊
@evertonribeiro3571
@evertonribeiro3571 4 ай бұрын
O livro é em primeira pessoa, tudo nele é opinião. Então se a Sancha olhou com desejo ou não, não tem outros personagens que corroborem, pode ser coisa da cabeça do Bentinho. Assim como o filho deles se parecer com Escobar. Só quem diz que se parece, é o Bentinho, nenhum outro personagem corrobora. Então pra mim, é tudo coisa da cabeça dele.
@Tankochan
@Tankochan 2 ай бұрын
simmm, no final quando o Ezequiel volta da Europa, eu fiquei esperando o parecer de outros personagens sobre a suposta (ou não) semelhança com Escobar e acaba que ninguém vê o rapaz para dizer nada, que ódio, kkkkkk
@Offttrap
@Offttrap 4 ай бұрын
Tem o SPOILER no fim do primeiro filme cronológico. Ele matou os soldados não só por vingança, mas porque também ele próprio se alimentou da carne da irmã enquanto estava semi-inconsciente, com a ajuda de um dos homens. Hannibal decidiu matar todos que sabiam disso.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
NAEMA, PARTE VI: Naema concordou comigo e autorizou- -me o uso da garagem. Basta! Deus resolveu intervir. O dia da minha provação final chegara. A hora da verdade. Como teimava em manter os olhos fechados, alguém os abriu. O clarão do conhecimento me esmagaria, mas era preciso. No dia fatídico que decidi pelo retorno ao “lar” diabólico, resolvi almoçar num dos mais famosos restaurantes da cidade, em regozijo não sei a quê. Assim que cheguei procurei um canto isolado para ficar à vontade. Avistei uma velha conhecida, minha ex-cunhada, aquela que vigiava a janela enquanto eu era traído, a que me devia a vida e cujo filho vivia graças a mim; a que viajava com Naema para, em conjunto, me enganar e ao próprio irmão. Que baixaria e libertinagem daquela dupla. O maldito círculo do qual não conseguia escapar. A mulher adúltera não mais vivia com o irmão de Naema; adotara outro amante. Não pude evitar o confronto, cumprimentei-os educadamente, chamaram--me para sua mesa. Sempre fui cordial até com os detratores. Em face da minha fala arrastada, do olhar sem brilho, viram que estava me acabando, me martirizando. Disse- -lhes que resolvera voltar para Naema. Porém o atual amante de minha ex-cunhada, não se conteve. “Não volte! Ela não te merece! Hoje estava aos beijos e abraços com um peão, ex-empregado meu. Ela é uma desqualificada. Você não merece passar por isto”. Cutucando a mulher (a irmã dela): “Vamos! Conte tudo, desembuche, fale sobre sua irmã, não omita nada. O doutor salvou tua vida, é um homem bom!” Naquele momento, instigada pelo novo amor e quiçá pelo remorso, a irmã de Naema desfiou o rosário de mazelas conforme relatei. Gostaria que, naquele momento, a terra se abrisse e um imenso buraco me tragasse para sempre. Em estado de estupor, ouvi o que aprontaram comigo, todas as peças se encaixavam como num quebra-cabeça. Não havia porque duvidar. Preso num redemoinho de águas putrefatas, torpeza e indignidade, saí correndo do restaurante. Zonzo, estacionei o carro na praça da cidade. Meditei horas... Revolta, nojo, entojo, aversão, dor, amargura. Maus sentimentos me envolveram como numa camisa de força. Seria fácil acabar comigo. Um tiro... O fim. Não estava suficientemente preparado para tal ação. À noitinha, só e arrasado chamei meu irmão Ele sentiu que algo muito grave acontecera. Dia negro, do mais puro horror para meus pais. Horas depois o mano chegou. Nos abraçamos longamente e choramos juntos. Contei-lhe minha tragédia pessoal; ouviu silenciosamente, também sabia o bastante. Depois de longo e completo monólogo, abordamos os pontos principais, vilania por vilania. Aquela mulher fizera do meu lar um lupanar. Minha desonra, traduzida em soluços sacudia meu corpo. Disse-lhe que se topasse com um dos amantes dela não responderia por mim, principalmente o canalha que utilizara meu próprio leito em total desrespeito. Víbora! Estava horrorizado. Fiquei imaginando, nestes tempos de doença incurável, sexualmente transmissível, o perigo mortal que corria. Quem sabe estaria infectado? Voltei para casa; o mano me aguardava-me ansioso, conversamos. Ameacei retaliar os traidores. Meu irmão tentou convencer-me que eles não eram os verdadeiros culpados. “Se algo te acontecer, eu sei quem é a verdadeira culpada, vou procurá-la”. Perdi-lhe que não fizesse isso. No dia seguinte, contratei um bom advogado para cuidar da papelada da separação. Só restava esse caminho. Estava seguro de que eu corria grande perigo. Na entrevista com o advogado alertei-o sobre meus receios. Fui espionar minha mulher, bem próximo de onde morávamos. Eis que passou por mim, de carro, o amante o “crocante”. Arranquei violentamente, acelerei, e em segundos emparelhamos, dei-lhe uma fechada, obrigando-o a parar. Descemos, tivemos uma conversa difícil, tempestuosa. Acabou admitindo a verdade, não era possível negar. Confessou autodenominando-se um crápula, por trair um amigo. Sorte minha e dele porque naquele momento não estava armado. Fui a ela, exortei-a falar a verdade. Inquirida por mim tentou mentir, tergiversar, não “colou”. Diante da enxurrada de evidências, confessou. Pior, relatou minúcias o que só ela e os amantes sabiam. Parecia satisfeita de ter vomitado a sujeira. Por segundos obliterou minha razão, dei-lhe safanões, chamei-a puta, rameira. Não a feri, se bem que merecesse uma surra, ser lapidada como nos tempos bíblicos. Ela se rebelou. Adotou nova tática, ficou agressiva, correu à cozinha muniu-se de uma faca e tentou apunhalar-me. A cadela era brava, porém, não lhe dei oportunidade, safei-me do golpe e segurei-lhe o pulso torcendo-o violentamente. Novamente, Naema trocou a máscara, sentindo ser mais fraca pôs-se de joelhos, pedindo perdão. Impressionante como aquela mulher mudava de personalidade. Dizia estar arrependida, não sabia o porquê fizera aquilo comigo, cometera barbaridades, que eu era bondoso, não me merecia, que era uma louca e assim por diante. O coração me falou mais alto, minha raiva desapareceu como por encanto, um vazio abissal se apossou da minha mente. Trôpego, parti para nunca mais entrar naquele lugar. Logo que virei as costas ela aprontou mais um episódio na longa série de diabruras. Na discussão deixei escapar o nome do homem que expusera sua nudez moral. Em poucos minutos ela se preparou e saiu. Foi procurá-lo no escritório. Que atrevimento! Não o encontrando, depredou as instalações e danificou o carro. Aí ele chegou. Ela sentiu o perigo correu para um supermercado onde se escondeu, andando de quatro, entre prateleiras. Um vexame total. O homem foi esperto, contratou imediatamente um advogado, processou-lhe por perdas e danos. Ela também agiu rápido, levou o irmão ao delegado, mas a queixa contra ela já estava registrada. Deu para perceber o maquiavelismo? Destruiu o escritório do comerciante e ainda quis se passar por vítima. Omitirei as deprimentes sessões de conciliação e detalhes da imensa ganância da mulher. Penso que se a matasse três vezes ainda seria muito pouco, não! Não é assim que deve ser... O caso dela é com o demo que deve recebê-la no inferno como grande embaixatriz. Onze anos ela me pôs lá, no Averno, para lá, ela irá de ir, por eternidade. Estou livre agora. Endurecido por cruéis provas estou administrando bem o lado emocional. Sobrevivi à tempestade. Dinheiro... ganharei outra vez. Voltarei a ser feliz?... Só Deus sabe! Sou benquisto e amado!? Não sei. Concedo o perdão àquela mulher... Esta é minha vitória. E nestas páginas fiz minha catarse.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
NAEMA, PARTE V: Tentei em vão recomeçar nova vida com Naema. Se pudesse adivinhar que isso era impossível, muito sofrimento evitaria a mim e aos meus. Disseram-me que cada um no seu canto sofre o seu tanto, eu era o exemplo vivo desse lema. Nas minhas faces uma tranqüilidade patética, no íntimo uma pungente ferida me corrompia. Impávido perante os outros, às escondidas, deixava-me abater, muitas vezes solucei sem fim. Como é duro parecer forte e ser fraco! Como me foi difícil sanar dores alheias enquanto a minha era mil vezes maior! Naema, a audaciosa, passou a receber o amante na minha casa, na minha cama, cúmulo da desfaçatez e da ofensa. Fazia comidinha gostosa para ele, enquanto para mim fazia pouco mais do que lavagem para porcos. Deitavam-se em meu leito e... Surgiu um problema inesperado, possuíamos um papagaio muito ativo. A avezinha ouviu a palavra “fofura” (apelido de um dos amantes dela) começou a repeti-la. “fofura... fofura... currr-pac, papac!... fofura! Escutei, era inevitável, perguntei o quê dizia. Pareceu-me que ela empalideceu por instantes. Foi um relâmpago, logo estava sorrindo enviesada. Disse não saber o porquê. Talvez imitasse o vizinho que chamava a mulher de doçura. No dia seguinte o papagaio desapareceu. O que acontecera? Ela pegou o pássaro, alisou-o, beijou-o e... “Então o louro está dedurando a mamãe hein! Você é muito mau”. Fez um biquinho e com destreza e impiedade, torceu-lhe o pescoço (isto a famigerada cunhada contou-me mais tarde). Quando cheguei a casa ela desmanchou-se em prantos, disse-me que o papagaio voara para as árvores da vizinhança. Procurei-o pelo matagal, à beira rio, rasguei-me nos espinhos, enquanto ela e a cunhada farisaica riam a bandeiras despregadas. Prometi recompensa a crianças e adultos. O papagaio não foi encontrado. Pudera! Como ela lamentou-se. Foi tão competente que, penalizado, comprei-lhe outra ave. Felizmente era um filhote, pelo sim e pelo não, ela lhe furou os olhos. Um dos seus amantes, vizinho traidor, a quem eu tratava com a maior consideração, era frequentador assíduo de minha casa, e chamado por ela ‘crocante’. Mal saía, ele entrava. Ao lado morava minha cunhada (a qual salvei da morte, no parto) com o marido, trapalhão. Um ninho de traíras e escorpiões lado a lado. Quando chegava ao lar, minha cunhada me recebia com um sorriso indecifrável; minha mulher já recomposta gritava: “Veio cedo demais!” Aí, convidei-a a viajar. Começamos os preparativos, nada foi diferente. Um simples extravio da chave de um cadeado foi o bastante para ela fechar a cara e me deixar sozinho, arranjando tudo, enquanto ela no apartamento do irmão, se divertia. Como sempre saía enfunada da nossa casa e sorria na outra. Desta vez, a cunhada, (cúmplice), perguntou-lhe: “Vocês brigam demais, por que não se separam?” Ela respondeu: “E quem vai me levar para passear todos os anos?” Eu ia ao exterior, principalmente à Dysney. Este ano fomos à Foz, ela exagerou nas compras, estava insaciável. Gastamos a rodo, para ela e para as “amigas”, isto é para os amantes. Evidentemente com meu dinheiro. Ela exigiu trazer um equipamento de mudança automática para a bicicleta da “Lúcia” (para os que não sabem era o nome de guerra de um dos amantes). Deu-me a maior canseira para realizar esta encomenda, debaixo de chuva e vento. Por duas horas pesquisamos tal geringonça, "Lúcia" não podia ficar sem o presente. Parece-me que ela sentia um gozo superior em me fazer de tolo. Na volta ela furtou quinze mil dólares de meu pai. Vale notar que para meus parentes nada podia comprar sem que ela se irritasse por estar jogando dinheiro fora. Na viagem de volta, por vinte e quatro horas ela não trocou palavras comigo, contudo era só gentileza para 'gregos e troianos', colegas de excursão. Tantos desacordos nos levaram a procurar ajuda espiritual. Fizeram uma corrente de orações. Foi válido, porém, ela não era sincera, não queria mudar. Durou pouco nossa paz. Fragilizado procurei outras fontes espirituais sem sucesso. Mas isto não é o fim. Ela sabia que uma das poucas coisas que me deixava furioso era danificar meu carro. Ela riscou meu carro muitas vezes, com rara maestria, jogando a culpa nos outros vizinhos: seja me jogando contra uns e outros Meu amor-próprio era zero Eu definhava. Isto era incrivelmente claro a um simples olhar nas minhas faces encaveiradas. Com a cara delambida parecia chorar a noite inteira e muitas vezes era verdade. Saí de casa porque ela tentou me envenenar. Descobri porque desmaiei no hospital e os exames indicaram traços de arsênico. Pensaram que eu queria suicidar. Dias depois telefonei para ela, implorando que deixasse meu veículo na sua garagem. Eu e ela sabíamos que era um subterfúgio, nada mais nada menos do que humilhante rendição minha. No duro o que me faltava no momento era simplesmente senso de ridículo, autoestima, vergonha na cara.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
NAEMA PARTE IV: Em várias situações, saí como vilão, ela enganava a todos. Relembro que fomos a uma festa de aniversário. Sem querer pisei, ou melhor, rocei meu sapato pela sua meia. Foi um escarcéu, um mundo a acabar. Só faltava me socar, com o dedo em riste me desafiou verbalmente. Pedi desculpas, não aceitou, chamou-me desastrado, sem jeito, cafona, desengonçado e o que mais lhe veio à boca. Aliás, não tinha freios na língua, uma vez desembestada, só parava quando perdia o fôlego. Esquizofrênica, principalmente quando lhe convinha. Ah! Maldita mulher! Certa feita ela sorrateiramente colocou emenagogo no recheio do bolo de minha mãe, ela teve cólicas, náuseas e vômitos durante a viagem. Sádica, pérfida, eis o que minha mulher era. Gostava de viver perigosamente. Explico: equilibrava-se sobre o fio da navalha. Traía-me com vários estranhos, com a ralé, com gente sem classe. Prevaricadora profissional; Messalina e Lucrécia Bórgia não lhe faria sombras. Aí quando me via triste, ela só alegria... Aquele riso fino, zombeteiro. Estranha mulher. Um dia vim a saber que longe de mim era, extrovertida, brincalhona; mimética, comigo por perto, mudava. O sol desaparecia e logo vinham chuvas e trovoadas. No casamento, como Jesus, também recebi o beijo de Judas, da noiva. Que deletéria convivência. Posso dizer que nem lua de mel tivemos, ela tinha horrível comportamento. Psicologicamente ela se sentia muito suja, pois tinha mania de limpeza. Em casa estava constantemente varrendo, limpando, secando. Diriam que era mania. Pode ser... Mas a ponto de arrancar o verniz dos móveis e a tinta do fogão?! Fui torpemente, enganado. Casados ela poderia mostrar as unhas, expandir sua verdadeira paranóia. Não mais perdeu tempo em demonstrar desprezo por mim, gritava comigo perto de quem fosse. No local onde se deu a recepção do casamento, não gostei da desenvoltura que ela mostrava com certos indivíduos. Quem seriam? Soube que eram "amigos" que foram convidados a conhecerem o noivo, “o trouxa”. Uma insuperável vagabunda o que ela era. Canalha! Falsa! Perjura! Jamais desconfiei da inocência daquele “anjo”. Ela podia ser tudo, mas prostituta não! Eu não admitia. Poria a mão no fogo por sua honestidade. No entanto, em casa de tolerância encontraríamos mulher de melhor comportamento. Dirão que minhas palavras são duras, injustas. Aqui vou usar meus direitos de arrancar-lhe a máscara de por nu seu verdadeiro caráter, usando os termos que julgar apropriado. Quando o amante dela telefonava e eu atendia, por segundos, o telefone ficava mudo, então o tratante desligava. A mulher infame, esposa infiel, simulava grande irritação “Isto é um trote, vamos comprar um Bina!" Muito viva! Esperta! Indigna! Eis bons qualificativos para ela. Na periferia de nossa cidade pululam motéis. Um colega veio brincar comigo. “Aí malandro! Pulando a cerca, né!” Diante do meu espanto acrescentou: “Não finja de inocente, vi seu carro no motel” e deu o número da placa/chapa. Fiquei boquiaberto, neguei veementemente tal aleivosia. Minha extrema boa-fé continuava firme, com toda ingenuidade contei o episódio à minha mulher. Ela ficou uma fera. “Dois carros com a mesma placa? É o fim! Comunique ao DETRAN! É clone”. E o assunto ficou nisso. Uma palavrinha sobre minha cunhada (casada com o irmão debiloide, de minha mulher). Salvei-a da morte, no parto, salvei seu bebê que nascera com anoxia; ela pagou-me da seguinte maneira: Ficava de sentinela para avisar à traidora sobre minha chegada, para ela interromper o colóquio amoroso com meu vizinho. Eu tinha colegas, mas com eles não tinha liberdade de abrir o coração, contar minhas dúvidas fazer confidências íntimas e vexatórias, isto não. ... Em casa, sentado, pensativo com os indicadores na fronte, como se quisesse perfurar a cabeça, algo estranho aconteceu: um clique e apagaram-se as luzes. Escutei o tlizz, tlizz, de uma taça fazendo-se aos pedaços. A luz reacendeu. Atônito vejo milhares de cacos de vidro no carpete. Olho o vídeo, o relógio movimenta, loucamente as horas. Sem dúvida foi a descarga violenta de energia negativa polarizada na minha casa, provocou o fenômeno poltergeist. Ouvi um tiro, corri, minha mulher fingira disparar a arma contra ela, atingira o travesseiro. Era uma piada de mau gosto.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
Naema, a bruxa, parte IV Fui uma caça muito fácil. Ela não me largava pra nada, submetendo-me a todos os desejos. Não reagi, bem feito! Deu no que deu. Ela era muito estouvada, agressiva, atirada, turrona ao extremo. O sorriso era um esgar. Apertava duramente os lábios finos, cortantes como o aço. Revolta-me o ser quando me lembro que me deixei guiar qual um cego: “Vamos embora, aqui não está bom, o pessoal é chato... Estas conversas me aborrecem, são uns palhaços... Gosto de barzinho”. Quase sempre os palhaços eram os meus familiares. Enquanto ela não fazia mistério do gênio irascível e mau eu, pelo contrário, procurava contornar os problemas na maior diplomacia. É verdade que meu sorriso era forçado, meu desconforto evidente. O pessoal fingia não notar em atenção a mim, não a ela, que há muito gostariam de ver pelas costas. Meu tio chegou a dizer-me que ela um dia me mataria. Pois bem, como era meu jeito de ser? Retraído, calmo, bom, contemplativo, tolerante e, principalmente, solidário. Creio que fui fisgado por ela segundo a lei da física: pólos contrários se atraem. Nós éramos tão iguais como óleo e água. Nada tínhamos em comum, nem mesmo a inteligência. Nossos gostos diametralmente opostos; eu a amava, ou pelo menos pensava que sim, ela me detestava, odiava mesmo; astuta e falsa. Dizem que o que se faz aqui, aqui se paga. Não vale para mim. Não fiz por merecer isto. Pensamentos perpassam-me aos borbotões, como uma torrente em meu cérebro... Agora, estamos na antessala do Juiz. Oficiais de justiça, funcionários, passam daqui para ali, atarefados; sussurram, sorriem, fazem trejeitos, é um zum-zum-zum. Ouço o meu nome e o dela. O advogado fala cuidadosamente ouço-o com fervor religioso, sem pedir mais detalhes. Ela, lá noutro canto, me atravessa com um olhar profundo de desprezo. Sinto-o, é como se fosse uma punhalada na alma. Ela gostaria de me matar é de sua natureza me fazer mal. Mantenho-me firme não lhe dou o gosto de ver o desconforto que me envolve. A minha dignidade me proíbe de descer ao nível dela. O juiz, imponente, entrou na sala de audiências, todos se levantaram reverenciosos, o homem acima do bem e do mal, chegou... Nem sequer leu o processo, estivera ocupado com seus negócios. Juiz majestoso à cabeceira da mesa abre a audiência, lendo a petição do divórcio. De repente, ela (minha mulher) dá um grito... Histérica. Não concorda com os termos. Me saqueou, mas é insaciável quer mais: o apartamento, ações, telefone, motocicleta etc. O juiz irritado por ter sido interrompido nos expulsa da sala; do local onde falsamente impera a justiça: “Saiam daqui, quando realmente chegarem a um acordo voltem, tenho mais que fazer!” Olho desesperado para a parede, atrás do eminente julgador, o que vejo? O crucificado, tão só, abandonado como eu. Tal sofrimento na cruz era muito maior que o meu. Olhei para o Cristo, veio-me paz e alento. “Ele me dará forças”. Porém, Ele disse: “Não julgueis para não serdes julgados.” Aqui, na Terra, nos defrontamos com juizes frios, distantes, egoístas, injustos e corruptos. Suportei tudo firme, explodindo no meu interior. Até parecia tranquilo, externamente. Só quem me conhecia sabia a dimensão do meu malogro. Por um momento examinei a mulher que eu amara. Ela, com lábios cerrados, punhos crispados, a socar a mesa, como fazia sempre que estávamos em casa. Desviei-me daquele olhar. Saímos da sala de audiências com se eu fora o grande criminoso. Cuidado! Cuidado com as histéricas!
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@assedepaiva7604 4 ай бұрын
NAEMA , AQ BRUXA, PARTE III Não faço por menos. Agora é a minha vez Tive bela criação, boa educação, dentro das possibilidades financeiras dos meus genitores. Eles me protegiam muito, isto pode não ter sido muito bom, pois fiquei ingênuo, despreparado para enfrentar situações difíceis pela vida: "A luta de todos contra todos", diz Hobbes. Fui bom filho, bom menino, bom colega, rapaz direito, isto é, dentro dos padrões. No mundo em que vivemos impera o contrário: os bons sofrem mais! Vou pular alguns anos para chegar logo ao drama íntimo: o casamento. Que coisa horrível me aconteceu! Deus! Nesta vida, tenho certeza de que nada fiz por merecer esta provação. Que catástrofe! Será que existe as tais dívidas pretéritas? Não tenho intenção de me vingar, não é minha índole. Minha mulher, grande mal me causou, não lhe quero o mesmo. Pedi a meus entes queridos que a perdoassem, não sei se serei atendido. Eles estão por demais machucados. Compreendam, me concedam o beneplácito. Ainda que muito controlado, sou um sofredor. Tenho que mascarar minhas emoções considerem esta narrativa friamente. Deixem para mim o ônus da dor. Como foi o começo? Foi num baile. Nada excepcional aconteceu naquela noite digna de registro, exceto que uma moça me observou atentamente com olhos aventureiros. Ela com aproximadamente dezessete anos, morena, alta, corpo bem feito e cabelos esticados, ou melhor, alisados. Ela dardejou suas garras, na mesa onde estava minha família e amigos. Fixou-se em mim como se não quisesse esquecer. Naquela data eu estava com dezoito anos, em plena mocidade correspondi àquele maldito olhar. A víbora entreabriu os lábios num sorriso maroto, os dentes cerrados e se foi. Ah! O sorriso do diabo, o esgar da danação. Esta também foi a noite da minha perdição. A “tal” se interessou por mim, procurou mais detalhes com colegas. Sabedora do meu nome saiu em campo para me conquistar, o que foi fácil. Mas cometeu um erro de avaliação; o único da sua vida infame: ela julgou que nós fôssemos chegados a passeios, festas, noitadas e que éramos ricos. Ledo engano, gosto mesmo é do recesso do lar. Ela se decidiu: “É nesta família que quero entrar”. Estava selada minha sorte. A moça fria, calculista, artista capaz de cair em prantos e, logo a seguir, em risos hediondos, decidiu que eu era sua presa. A primeira ação que executou foi contra a própria irmã que, na verdade, é a que eu estava querendo namorar. Minha conquistadora não titubeou, montou uma armação contra a mana e tirou-a do páreo. Como tudo poderia ter sido diferente? Se há destino, o meu foi mal escrito. Ela, a diabólica, descobriu onde eu estudava, matriculou-se no mesmo colégio. Passou a flertar comigo a rodear-me acintosamente. Não pude escapar, nem queria. Logo passamos a namorar seriamente e dar amassos mútuos e quentes. E, assim fui envolvido, preso na teia daquela tarântula. Que fiz para merecer tal castigo? E a bondade do Pai Eterno como fica? Quem me conhece sabe que não fui merecedor desta provação. Não penso que estou num vale de lágrimas ou de expiação, a vida é bela e eu queria viver. A prostituta havia deitado com muitos, a rameira era vidrada em soldado. Assim, no exército era chamada de maria-maçaneta.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
NAEMA, A BRUXA, PARTE II Paciência pode ser sua salvação. Deus o queira! Redigirei este lastimável manifesto sem uma pausa, sem vírgula, sem ponto... continuamente. Peço-lhe desculpas antecipadas pelo estilo desorientado de meu devaneio, pois os acontecimentos se deram assim: como numa corrida sem descanso. Neste momento, sou envolvido pela onda do desânimo. Não sei por onde começar, eu acho que estou envergonhado de expor ao público o lodaçal que me envolveu. Meu raciocínio é confuso, minhas idéias torrenciais. Supunham-me um felizardo, meu jeito tranquilo enganou a todos. Era tão infeliz! Mas não queria dividir minha infelicidade com os outros. Quero chorar; não posso. Meus olhos estão secos, arenosos. Não consigo ordenar meu pensamento. Jesus ajude-me! É chegada a ocasião! O que vou dizer? Como? Qual a maneira de suavizar tanta sujeira? Ninguém vai acreditar! Sigo em frente. Luto para formar uma frase. Como pô-la no papel? Quero fazer um depoimento definitivo. Dane-se o amor-próprio. Vivi uma odisséia, uma aventura ordinária. Você pensa que falar de mim é egoísmo? Pode ser que sim; mas neste momento meu maior desígnio é avisá-lo. Não espere nada sensacional: crimes de morte, doenças terríveis, riquezas ou misérias. Contudo, conhecerá a mais profunda mágoa, o fundo do poço que um homem pode chegar, a desgraça de quem dedicou a vida a uma traidora. Ela me vampirizou o corpo e a alma. O que passei, muitos sofreram o mesmo! Sei! Mas os sentimentos de cada um fazem a diferença. Uns saem tranqüilamente, outros e é meu caso, sentem-se violentados no âmago do ser e prefeririam a morte. Desde que o mundo é mundo, homem gosta de mulher e mulher gosta de homem, mas por que uma gosta de muitos homens? São atraídas por indivíduos tão repelentes, degradados, abjetos, sem classe. (Dos amantes de minha mulher, entre outros, um era traficante; outro viciado em maconha; um servente de pedreiro e outro meu vizinho de porta). Vão pensar que sou sós “lamentações”. Quero desde já lançar um ensinamento: não há limites para a falsidade humana. Cretinismo, cinismo, maldade e a crueldade em mais alto grau podem coexistir em uma só pessoa. Tenho provas, eu sofri, não morri, porque Deus me protegeu. Estejam de sobreaviso, atrás de um sorriso, de um choro convulsivo, de uma irritação falsa, pode estar uma grande transformista do mal, uma chantagista. Vou ser transparente sobre minha pessoa. Não me considero um paradigma a ser seguido, não sou anjo, mas seguramente não sou mau. Tenho defeitos sim. Quem não os têm? Fria análise de minhas boas qualidades em confronto com as más mostra que tenho créditos favoráveis. É a mais cristalina verdade. Dezenas de pessoas me darão razão. A minha estória é unilateral, sei disso, pois é narrada sob meu ponto de vista e com o máximo de cores fortes sobre os tortuosos caminhos que transitei. Aqui estão com crueza os atos e fatos que, por muito pouco não me enlouqueceram.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
TRAIU, SIM. LEIA O QUE UMA MULHER SONSA PODE FAZER: NAEMA, a bruxa Parte I Que fria, meu! O diabo, diz a lenda, possui cinco concubinas: Lilith, Naema, Aglarieth, Moclat e Prosérpina; esta última, a rainha do inferno. Não é fácil lidar com elas. É justo que, de vez em quando, o demo queira descansar um pouco. Desta vez, ele mandou Naema de volta a Terra, para atormentar os homens. Ela, mulher de satã, tomou o corpo de uma bela morena; procurou-me, procurou-me, caçou-me, encontrou-me, casou-se comigo, me traiu, me pôs no inferno, em vida. Oh! Deus! Enlouqueço... E eu sabia, sempre soube que isto aconteceria. Como sabia? Certa feita viajava para o interior do estado, em dia ensolarado e estava feliz com a vida. Porém, de repente nuvens negras vindas de algum lugar, tamparam o sol, que era belo. O tempo tornou-se de um negror diabólico; do céu, chuva desabou torrencial. Pensei se devia ou não acostar o carro, mas antes de decidir, me vi à beira da estrada, amassando capim-colônia e embicava numa cerca de arame farpado. Arrebentei-a, caí no buraco após várias capotagens. Quando acordei, estava sob um teto de lona, uma tenda, talvez e uma pobre mulher, em farrapos me olhava com curiosidade. E a velha roufenha. “Tu quase morreu, tua sorte foi ter sido jogado para fora do carro”. Deu-me uma bebida revigorante, com gosto de conhaque. Em pouco tempo eu estava pronto para sair dali. Fui ver o carro, estava todo amassado, não havia como recuperá-lo. Desisti. Antes de partir dei generosa gratificação à velha que ficou muito comovida e propôs ler a minha sorte. “É um pagamento pela tua bondade” disse-me ela, sorrindo com apenas dois dentes na arcada superior. “Ah! meu filho eu vejo a sombra do mal sobre tua cabeça, há uma mulher que tem o olho do mal e te dará muita tristeza e sofrimento, mas não desesperes, vencerás o mal, vai superar, a má sorte com fé em Deus. Cuidado com uma morena!” A velha sabia, tentou me avisar o que vinha pela frente, mas... não posso acreditar em tudo que ouço. Deixei a mulher meio que falando sozinha: “Vou rezar por ti!” E em sua língua: Bibaxt prejéal the nani yov avel. Mais tarde soube que era um ensalmo e significava: Azares e má sorte afastem-se e não voltem mais! Fui para o asfalto onde pedi carona e voltei para minha casa, na cidade. Evidente, não levei a sério as palavras da pitonisa e toquei a vida... Devia ter levado em conta, sim... E agora, onde estou? Meu Deus! Que lugar insano! “Bom-dia, doutor!” “Como tem passado, doutor?” “Saúde, amigo!” Excelência... Autos conclusos, liminares... Ação monitória etc. O doutor Juiz veio?... Protocolos, processos... Xerox, oficiais de justiça. É o fórum. Entra e sai de advogados, sobraçando volumes imensos, toneladas de papel, burocratas, burocracia, insensibilidade. Estou sonhando? Não, isto é pesadelo. É meu inferno pessoal. É o fim da minha estória sórdida, maléfica, impressionante e... real. E minha confissão. Este é meu grito de angústia, desespero, alerta. Eis meu conselho: Nunca se deixe levar pelas aparências não se engane com uma paixão imediata. Desconfie das caras de anjo, suspeite sempre dos amores absurdamente quentes. Você pode estar sendo ludibriado pela mais sonsa das mulheres. Direi tudo, explanarei minha humilhação, o desastre que foi minha vida. Contarei sobre a estúpida armadilha que caí, sem omitir qualquer detalhe ainda que asqueroso, desairoso para mim.
@assedepaiva7604
@assedepaiva7604 4 ай бұрын
Traiu, claro! Ela era sonsa. Lembro o axioma: Fogo de morro acima; água, de morro abaixo... e mulher quando quer
@rodrigosantosdeoliveira6036
@rodrigosantosdeoliveira6036 5 ай бұрын
.... é um perfil psicológico ou spoiler pra quem não conhece o filme!kk
@kellyheloiza8500
@kellyheloiza8500 5 ай бұрын
Ele jogou o livro 😭😭
@FelippeBorges
@FelippeBorges 3 ай бұрын
😂😂😂