Em mitigação às injustiças socioclimáticas (Abranches, 2024) decorrentes de desproporcionais impactos provocados por crimes ambientais e/ou por eventos extremos a populações étnica e racialmente vulnerabilizadas, as hortas urbano-agroecológicas interpõem-se ativo estratégico de combate ao racismo ambiental, por exemplo, nas periferias. Baseada na sustentabilidade dos sistemas de produção, a abordagem agrícola de tipo ecológica - vide a praticada por pequenos produtores - aposta na valorização da natureza e de todos os seres viventes de um ecossistema alimentar para a resiliência produtiva e o equilíbrio das relações homem-meio ambiente já no aqui e no agora. Neste sentido, considerar o aumento da área plantada e a expansão de canteiros entre as paisagens urbanas do país deverá necessariamente envolver a inscrição em políticas públicas de tal medida. Dado o avanço da degradação florestal e de violências sócio- político-econômicas antidireitos, premente faz-se desenlace distinto à plena garantia da vida e da dignidade coletivas frente ao capitalismo neoliberal predatório na realidade à brasileira.
No Canal Preto da semana, considerações a respeito da agroecologia e da coletivização de estratégias adaptativas e de resiliência climáticas para a manutenção da vida no planeta e o combate às opressões estruturais.
Fontes de pesquisa: Hope Global Forums, Share America, National Geographic, O Joio e O Trigo e Iberdrola.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas e ao convidado a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo o conteúdo publicado ao longo da semana.
Wagner Ramalho - Gestor e ativista ambiental. Fundador e CEO do Projeto Verde Sustentável. Geógrafo, ator e professor.
Bruna de Oliveira (Bruna Crioula) - Nutricionista ecológica, comunicadora popular e fundadora da Crioula Curadoria Alimentar.
Maíra Rodrigues da Silva - Bióloga e geocientista. Mulher quilombola, mãe e umbandista. Mestre e doutoranda em Política e Gestão de Recursos Naturais no Programa de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (IG/UNICAMP). Coordenadora do Instituto de Referência Negra Peregum e assessora da Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira (EAACONE). Membra da comunidade Jongo Dito Ribeiro (Campinas/SP).
#ParaTodoMundoVer: no vídeo (plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes pessoas convidadas: Wagner Ramalho, um homem negro de pele retinta barbado e de cabelos com dreads médios presos, veste uma camiseta azul marinho encimada por um casaco de moletom marrom e uma calça jeans; Bruna de Oliveira (Bruna Crioula), uma mulher negra de pele retinta e com os cabelos crespos presos, veste uma blusa de mangas longas tipo moletom verde claro encimada por um cachecol colorido em tons de marrom e usa óculos com uma armação arrendondada prateada; e Maíra Rodrigues da Silva, uma mulher negra de pele clara e com os cabelos crespos acoplados, veste uma camisa de mangas longas branca com estampa de poá e usa óculos com uma armação amendoada preta.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você? #Agroecologia #SoberaniaAlimentar #Reparação #CanalPreto