Parte da cadeia ancestral de transmissão do conhecimento e de seminais saberes desde África, a palavra, ou o "ofò" (iorubá), carrega ao seu encantamento a memória histórica do continente-mãe. Uma vez reapropriada aos sentidos africanos, a narração de histórias alimenta entre a própria pedagogia o refazimento ontológico das negras subjetividades sob a ancestralidade africana e a rearticulação de uma identidade cultural negro-africana resiliente em diáspora. Considerando-se as obrigatoriedades previstas nas Leis 10.639/03 e 11.645/08, a partir da informação de discentes e de docentes, o ato de narrar e de ouvir histórias poderá igualmente contribuir com a síntese do pensamento crítico no ensino-aprendizagem.
No Canal Preto da semana, a importância da contação de histórias ao refazimento da autoestima das infâncias negras e a uma educação antirracista.
Fontes de pesquisa: Casa África, Ufjf Notícias, IMAP e Amazônia Real.

AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece às convidadas a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo o conteúdo publicado ao longo da semana.
Verônica Bonfim - Artista brincante. Cantora, compositora, atriz e escritora de livros infantis.
Kemla Baptista - Apresentadora, contadora de histórias, mãe e atriz.
Mariane Diaz - Aprendente das infâncias, contadora de histórias negras e escutadora de causos. Pedagoga e mestra em Educação pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeirio (UFRRJ). Professora da rede municipal da cidade do Rio de Janeiro. Idealizadora da Olubayo, negócio de impacto social que atua desde 2018 na (re)construção de narrativas negras com contação de histórias e oficinas (Zona Oeste).
Samara Rosa - Mestranda em Educação na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Contadora de história, professora alfabetizadora na rede pública de Curitiba (PR) e bonequeira (confecciona bonecas negras de pano com sua família). Integrante do Grupo de Pesquisa ErêYá, com foco em infâncias e mulheres negras.

#ParaTodoMundoVer: no vídeo (plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes convidadas: Verônica Bonfim, uma mulher negra de pele clara com seus cabelos crespos presos, veste uma camisa estampada com motivos de temas diversos coloridos em verde, rosa, laranja, branco e azul e usa brincos com pingentes de cor laranja; Kemla Baptista, uma mulher negra de pele retinta e cabelos pretos longos cacheados, veste um conjunto (blusa e calça) branco e usa pulseiras de contas (em ambas as mãos), colares e anéis (em ambas as mãos) prateados; Mariane Diaz, uma mulher negra de pele clara e cabelos cacheados curtos, veste uma blusa branca e usa brincos com pingentes de búzios; e Samara Rosa, uma mulher negra de pele escura com seus cabelos cacheados presos, veste uma blusa laranja encimada por uma camisa de mangas ¾ estampada com motivos africanos coloridos em azul, laranja, roxo, vermelho e branco e usa, além de um batom laranja sobre os lábios, brincos prateados.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você?
#ContaçãoDeHistórias #Oralidade #CanalPreto