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Como tinha explicado no primeiro episódio, não fazer a divulgação do lugar, apenas dizer o distrito e o nome do antigo dono, deixando de fora o sobrenome, pelo qual ele mais era conhecido (Titulo).
Nome: Conde José Rodrigues, distrito: Aveiro, pelo simples facto de tentar proteger e preservar este património, vitima de alguns atos de vandalismo.
Não quero dizer com isso, que a partir de agora não divulgue mais os lugares dos meus videos, apenas raras exceções, quando ver que determinado património corre perigo, por causa de pessoas menos conscientes, que são dados a atos de barbaridades por vezes verdadeiros masoquistas, com um desejo mórbido em destruir tudo por onde deambulam.
Quando cheguei aqui, apesar da antiga quinta do Conde José Rodrigues estar toda cercada por muros, não foi muito difícil adentrar nela, parece até que algo me queria indicar o ponto onde seria mais fácil entrar, e fui logo lá direto. o ponto levou-me diretamente ao lugar da caverna artificial, lugar que muito me surpreendeu, apesar de estar quase completamente coberta pela vegetação e pelas silvas, apercebi-me imediatamente que se tratava de um lugar verdadeiramente mágico quase único, através das silvas e da vegetação ainda dava para perceber onde outrora tinha havido ali um lago com uma pequena ilha no meio, e uma espécie de bangalô no centro, onde se podia atravessar através de uma pequena ponte já muito deteriorada. Quando entrei na gruta fiquei impressionado com a beleza e o detalhe, como se se trata-se de uma gruta verdadeira. Numa saliência encontrava-se uma Gárgula com a cabeça decepada, alvo de vandalismo, ainda no chão se encontrava um pedaço da cabeça, o meu instinto imediato, foi rogar uma verdadeira praga a tais pessoas com tremenda falta de massa encefálica !! Espero muito sinceramente que essa praga lhe assente direto !! (Vejam o Primeiro episódio)
• Explorando a caverna a... .
Subindo através de vários degraus da gruta, saí bem por cima desta, deparando-me com um espaço aberto, mas completamente coberto de silvas, donde se avistavam as ruínas do que fora o antigo palácio do Conde José Rodrigues, decidi-me então começar com certo cuidado que é devido, começar a explorar esta parte relativa ao palácio, com algum entusiasmo, por estar a visitar um lugar carregado de história, mas daquelas coisas que só quem gosta verdadeiramente destes tesouros de outras eras sentem e apreciam, ao mesmo tempo com uma verdadeira comoção e revolta, pelo estado deplorável deste património.
O Conde José Rodrigues, contrariando a vontade do seu pai, que queria que seguisse um futuro eclesiástico, seguiu rumo ao Brasil, á procura de um futuro melhor que aquele de uma vida modesta que levava na aldeia.
Persistente e determinado, trabalhou num negócio de artigos religiosos e mais tarde foi sócio numa conceituada empresa ligada ao vestuário.
No centro do Rio de Janeiro, mandou construir um enorme edifício de vários pisos e uma capela artisticamente decorada, onde procedeu ao desenvolvimento dos seus negócios. Deslocava-se com frequência à Europa, onde era recebido pelo Papa e abriu negócios em Paris. Tornou-se um homem rico. Foi agraciado com o título de Cavaleiro de S. Gregório Magno, foi Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, foi Visconde e em 1904 foi agraciado com o titulo de Conde. Grande benemérito, prestou inúmeros auxílios às populações e mandou construir um hospital, que ainda existe. Faleceu a 15 de abril de 1925. Depois disso, a quinta deve ter tido bastantes donos, mas por uma razão que não consegui apurar, acabou no estado que podemos ver no video
O Palácio do Conde José Rodrigues é um lugar que merece ser preservado.
É um testemunho da vida e da obra de um homem que saiu da pobreza e alcançou a riqueza e a nobreza. É também uma obra de arte que combina a arquitetura, a natureza e a fantasia.
Infelizmente, o palácio está em ruínas e corre o risco de desaparecer. É uma pena que um património tão valioso esteja abandonado e esquecido. Seria desejável que houvesse uma intervenção para recuperar e valorizar este lugar único...oxalá estas minhas preces sejam ouvidas.