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Aqui no Brasil, o touro bandido era o boi mais temido das arenas de rodeio, seu primeiro dono era um cigano que deu esse apelido ao animal, anos depois ele se transformou na maior estrela de qualquer competição das arenas de rodeio, por ser a mais difícil montaria entre todos os competidores. Somente um peão conseguiu permanecer por 8 segundos na lomba do touro mais cruel das arenas. Bandido Viveu de 1994 à 2009 e atualmente tem uma estátua em sua homenagem na cidade de Barretos, no interior de São Paulo.
Na história do ônibus, a referência ao boi bandido se dá ao encontro do modelo ser comercializado e operado na mesma época de sucesso do touro.
A Gontijo, assim como a Tamboré e assim como outras empresas também tiveram o chassi Scania boi bandido em suas frotas o que não tornava o modelo como uma exclusividade de um ou outro, mas sim um produto Scania que foi produzido em linha de produção durante alguns anos.
A principal característica desse ônibus, era a relação de marchas muito curtas já que o veículo possuía câmbio de 8 velocidades com 2 caixas, sendo que a segunda caixa de marchas, era acionada através de um botão que quando levantado na alavanca no câmbio, fazia com que a 5ª marcha entrasse no lugar da 1ª, a 6ª no lugar da segunda, a 7ª no lugar da terceira e a oitava marcha, no lugar da quarta. Sistema muito semelhante ao utilizado em caminhões que carregam grandes quantidades de carga.
O conjunto de engrenagens com configuração de 9 velocidades, 8 à frente + a Ré, era separada na alavanca em 4 + 4, sendo as primeiras 4 muito reduzidas, ou seja muito curtas para facilitar a arrancada do veículo, e as restantes mais longas, para manter uma boa faixa de "RPM"(Rotações Por Minuto do Motor) e assim uma boa velocidade de cruzeiro em baixas rotações, tornando o carro muito mais econômico e com muito menos desgastes nas partes internas do motor.
Há relatos do pessoal do trecho onde dizem que alguns motoristas que não sabiam ou que não tinham paciência de operar com o câmbio desse ônibus simplesmente já tinham o hábito de sair de terceira marcha, pulando para a quinta e desse ponto em diante continuando com as trocas normais até a oitava, mas pouco utilizavam as marchas da caixa baixa, que demandava um certo conhecimento e que acabava sendo motivo de orgulho para os motoristas mais qualificados que conseguiam operar todas as marchas desse chassi.