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Cara. Eu morro todo domingo e renasço toda sexta feira. Sou separado e só vejo minha filha fim de semana. Eu estou morto a semana inteira, dói todo dia ficar sem ela, mas é aquela dor que você tem que encarar do momento em que você acorda até o momento em que deitas. Ambos ficam ansiosos pelo fim de semana e eu nem posso me dar ao luxo de me aborrecer e levar qualquer desaforo pra minha casa porque eu quero que ela tenha o melhor do pai dela nas poucas horas que temos juntos. Tem fins de semana que não dá, é difícil, tenho depressão e ansiedade. Mas é na minha filha que eu vejo sentido na minha vida. É pra ela que eu me esforço tanto pra ser alguém minimamente decente, ela merece o melhor pai que eu posso ser pra ela e ela vai ter.

Vou repetir aqui meu comentário que fiz em outro lugar. Pra mim, a viagem é a carta de suicídio de Calum para Sophie, sua filha. Ao fim do filme, com ela adulta, ela não liga pra ele, não fala dele, nem nada. O que ela tem ao redor são só objetos que representam o pai, o que significa que ela o mantém próximo. Mas suponho que, se ele estivesse vivo, ela entraria em contato ao fim do filme, e não recorreria aos vídeos da infância. A questão do suicídio é um tabu, e a sociedade diante dessa questão tenta reprimi-la pelo silêncio ou pelo discurso motivador, que cala uma discussão que precisa tomar outros caminhos para ser abordada, dada a sua densidade. Tão comumente relegado aos psicólogos e psiquiatras discutir ou medicar, o suicídio é abordado nesse filme por uma perspectiva diferente do que se costuma ter em obras que tratam da questão: Calum está se divertindo com sua filha, e ela, seja pela idade, não tem dimensão da angústia que ele está enfrentando. Alguma coisa, entretanto, se coloca: ela tenta alcançá-lo, e sabe que não é entrando em embate, mas simplesmente acompanhando o pai numa parceria que é vista através das férias que eles tiram juntos. Quando o vocalista do Linkin Park, Chester Bennington cometeu suicídio, poucos dias depois circulou na internet um vídeo de horas antes dele cometer o ato: ele estava sorrindo, parecia se divertir genuinamente entre os seus. O que pode isso nos dizer? Provavelmente muita coisa, mas uma delas é que o sujeito, diante da angústia de se ver dentro de uma cena onde conclui não valer a pena o viver, ainda assim precisa preceder de uma cena, de um lugar no Outro do qual decide resolver saindo literalmente através da morte. Há alguns sinais que o filme dá sobre o destino de Calum: ele não tem uma relação com sua mãe, já não encontra um lugar nas raízes da cidade onde cresceu, gasta um dinheiro que não tem porque sabe que a dívida, após a consumação do ano, não importará; e principalmente: ele não se vê aos 40 anos. Essa fala dele, de achar que não chegaria nem aos 30, representa muito bem a questão do suicídio: quando alguém se mata, é a imagem de si diante do Outro que ela está tirando de cena, e com isso ela o faz levando-se junto. É repetido que Freud já apontava que o sujeito não deseja a morte, pois a morte não é representável: o que é representável é o sofrimento que um sujeito sente, e que é livrar-se desse sofrimento que ele deseja quando toma por saída o suicídio. Não há, tamanha a angústia, espaço para que uma dialética seja possível para se costurar a uma outra possibilidade de vida, para uma outra cena para a imagem de si. Isso nos fala também acerta do quanto a fantasia é a tela de nossa realidade, e o quão robusta ela é para poder nos sustentar dentro do viver. O filme é muito delicado. E uma coisa magistral nele é a representação da memória com o "erro de continuação" que lhe é próprio: em uma cena onde Calum diz "uma vez que você deixa o lugar onde cresceu, você não pertence inteiramente lá novamente", ele começa falando essa frase com Sophie nos braços, em pé, e termina a mesmíssima frase com ela deitada e os dois na cama. Um analista técnico poderia dizer que houve ali um erro de continuação: como assim alguém começa uma frase de uma forma e termina a mesma frase depois de um corte para outra cena? Pois é: mas nossa memória funciona assim. A fantasia a distorce. Não sabemos mesmo muito bem se aquilo que alguém nos falou em tal tempo aconteceu enquanto estávamos desse ou daquele modo. A nossa memória tem, por si mesma, erros de continuação. Nossa tentativa de resgatá-la através das lembranças é sempre uma costura precária. E é uma tentativa de resgatar seu pai que Sophie faz quando recorda aquelas férias através das imagens filmadas e das imagens que constrói em sua lembrança. É seu aniversário, e parece que ela ali está completando a idade que seu pai tinha quando ele faleceu. É de uma potência imensa o ápice do filme, o lugar onde ele chega em sua crescente: Sophie buscando seu pai no escuro entre tantas pessoas enquanto toca Under Pressure. Mas é também estranho porque há um avesso no tempo: é sua imagem adulta que busca o pai jovem. A vida, com sua maturação, se mostra diferente depois das transformações da infância e da adolescência. Abraçar seu pai na cena final é um encontro de finalmente compreensão da face dura do viver. O mistério da morte, para ela se atualiza através do suicídio do pai. Se o que ele deixa é uma filmagem de suas férias, é esse o registro mais verídico, material que ela pode ter dele.

Eu tentei ser o melhor pai para as minhas filhas. Mas o meu melhor não foi o suficiente. Depois da separação a mãe delas lutou muito para afastá-las de mim e conseguiu. Minha mãe morreu de covid na pandemia e com saudades das netas q não via mais. Este filme me socou o estômago de uma forma q não consigo mais reassistir. E sua análise me fez chorar novamente

​Costumo dizer que ser pai é viver um PhD sem entender o manual da TV. É o tanto que esperam de nós, sem nos dizer como - por favor, entendam pai como responsável, independe de gênero.

Desculpe Linck. Mas ele suicidou -se . Depois da cena do choro, ele deixou um cartão postal no quarto, onde dizia: "Sophie, eu te amo muito, nunca se esqueça disso. Pai". Olha, achei o filme muito bom. Tem coisas nele que dá pra pensar.

13:12 Ele não morreu, acredito, mas uma relação paterna acabou ali, eles podem se reencontrar, mas a garota não vai ser a mesma, e ele pode não ser o mesmo. Quando temos essas relações entre familiares distantes, nós temos que conhecer novamente aquela(s) pessoa(s), mesmo não sendo desconhecidos; isso acontece quando a filha vai passar as férias com o pai, é um período de uma vivência. E essa leitura cabe ao que disse no vídeo, enfim, muito bom esse filme e também mexeu muito comigo, acredito que com qualquer um é possível que isso ocorra.

Refletindo sobre o filme (e observando a sua thumbnail), só consegui pensar naquele trecho de Pais e Filhos “você diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais”. E, de fato, por mais próximo que você seja, por mais troca que exista, há uma parte daquele/daqueles ser/seres humano(s) que nunca conheceremos. Acho que nunca realmente saberemos por completo quem são nossos pais para além da parentalidade…

Eu não vejo meu filho vai fazer 1 ano, só me sinto a vontade de falar disso por conta do caráter quase anônimo desses comentários. Fiz todas as tentativas de estar perto (todas que estavam ao meu alcance), estive na mira da desconfiança de todos que me julgaram ou quiseram me julgar... Nada disso importa, ele continua longe e eu já não posso dar nenhum passo sem repetir as mesmas coisas que fizeram ficar distante.

Não tenho filho, nem tenho vontade de ser pai e ainda assim esse filme me destruiu. Ao chegar naquele final acachapante eu me levantei pra preparar o lanche da madruga, mudo, em choque eis que enquanto comia comecei a chorar copiosamente. Parecia que tinha segurado uma represa dentro de mim por uns 1000 anos e tava liberando ali naquela hora. Eu n consigo dizer o porq especificamente esse filme mexeu comigo, mas com certeza vou lembrar pra sempre sa sensação ao ver e das lagrimas derramadas naquela madrugada. Mesmo sem nuca mais rever (não tenho coragem kkk).

Esse filme me pegou muito, também assisti de madrugada, e acordei de manha com a cara inchada de tanto que chorei hahahaha. Eu tive muita sensação de leveza e angustia ao decorrer dele, realmente, é um filme que não afirma muita coisa, porém, da vários indícios. Eu acredito que o Calum realmente tinha depressão e estava na corda bamba entre a ideação/tentativa de suicídio. A cena dele falando da infância, os problemas financeiros, os relacionamentos que ele não consegue manter, a cena que ele fala que n sabe como chegou nos 30 e nem sabe se vai chegar aos 40, também tem uma cena que a garota ta conversando com a mãe no telefone, e ela fica perguntando como o calum está, como ele está agindo, eu interpretei como uma forma da mãe sondar a condição mental dele, pois aparentemente ela também se importa muito com ele apesar de n estarem juntos.

Eu n sou pai, mas me iderifiquei muito com a dor do calum. Sei lá. Os momentos mais soturnos e introspectivos dele me causaram uma empatia enorme com ele. Ja tive um quadro depressivo assim, queria de alguma forma me auto sabotar, me ferir mesmo sabe. E vejo que as atitudes dele beiram o irracional: indo pra praia de noite e com roupa, fumando e dançando, dormindo pelado na cama da filha. Parece que ele quer se auto destruir. A imagem que ficou na minha cabeca tbm foi ele cuspindo no espelho (na cara dele, para ser mais preciso). Assim, o cara se odiava e parecia se ancorar unicamente na filha. O maior resiudio que ficou deste filme pra mim é o quanto a vida acontece sem nos dar resposta. Sophie cresceu ainda tentando descifrar o pai, e os videos disfarçam as emoções por tras dele. O pai alegre das filmagens nao representam o pai da memoria que fica cada vez nais incompreensível com o tempo. E a vida é assim mesmo. Ela nos atropela sem respostas. E a sophie, como criança, so consegue perceeber que o pais estava esquisito. Algumas cenas mexeram muito comigo. A dor que o mescal passou em sua interpretação é algo surrel. Tao real que é quase impossível de simular, e ele o fez com perfeição.

Aftersun é daqueles que eu choro só de lembrar do filme, e com um vídeo bom e tão sincero desses, claro que me emocionei novamente. Parabéns pela ótima análise, como sempre, Linck, e também pela coragem e honestidade pra abordar os tópicos tão íntimos os quais esse filme toca

Não fui muito afetado pelo filme, talvez por eu ainda não ser pai e por ter um pai presente que sempre foi bom pra mim, só achei bonito o pai no filme mesmo passando por problemas psíquicos sempre tenta agradar a filha, e a filha é sempre boa e gentil com o papai dela, isso eu gostei mesmo, é gostoso de ver.

Este não é só um vídeo sobre um filme... é também uma das maiores lições de vida que se pode ter. Obrigado por seu trabalho meu querido!

Aftersun, loção pós Sol que traz alívio e conforto. Muito auto explicativo. Acho preocupante quem não entendeu como suicídio pois isso mostra uma falta de sensibilidade. As pessoas atualmente estão sofrendo caladas e as pessoas ao redor são incapazes de perceber. Depois se questionam o por quê alguém cometer suicídi0. A cena dele na praia é devastadora, visto que ali é ele mergulhado na escuridão de seus sentimentos. A roupa preta muito simbólica também fazendo jus à psicologia das cores. Preto neste contexto entra como necessidade de esconder sentimentos. Ele aguentou até o fim das férias pra dar a filha a melhor lembrança possível. Uma pessoa só vai entender um pai ou uma mãe verdadeiramente ao se tornar pai e mãe. As fitas da viagem e último contato com o pai são uma tentativa de reparação, de tentar enxergar agora com olhos de adulta e mãe o que ela deixou passar quando criança. A música do fim fecha perfeitamente o filme, assim como a música que ela canta no Karaokê.

Meu pai falava para os amigos que o momento de voce curti a infância do seu filho é ate os 12 depois disso eles querem estar com os amigos esse filme me lembrou muito ele.

Tenho uma filha de 11 anos e me identifiquei muito com a sua análise e seus sentimentos. Profundo, como sempre! Obrigado.

Faz um tempão que ando pensando sobre esse filme. As vezes paro de trabalhar, ou paro de ler e fico pensando...ontem pensei que talvez seja a visão dela, através dela mesma com 11 anos, sobre o que é ser homem/pai de uma mulher. Sabe os sentimentos que a gente tem como homem e não consegue arrumar um jeito de conversar com a filha (pequena) ou com a esposa, mas a gente precisa...? Uma menina muda o mundo eba gente. Filmão e uma Análise fodástica, Linck. Foi DUCA!! 👍🏿

Sou pai de uma menina de 7 anos. Ela mora com a mãe no Sul, eu moro no interior de São Paulo. Já destampei a chorar apenas com esse video. Esse filme vai me derrubar, mas está na lista. Contudo, só nesse video já senti varios pontos de contemplação. Nao sei se estou preparado, sinceramente. rs.

Aftersun mexeu muito comigo. Minha filha tem 15 anos. Escrevi uma poesia (que virou canção na sequência) e fiz um desenho. É um filme poderoso, comovente, cortante, cheio de poesia e cru ao mesmo tempo. Uma obra que ficará.

Meu pai se matou quando eu tinha a mesma idade que a protagonista, ele morreu em abril de 2009 e eu passei qs férias dr Janeiro com ele, mas uma semana antes dele se matar me chamou pra dormir na casa dele e eu n fui

O filme me destruiu. Esse vídeo me destruiu dnv. Tenho muita simpatia pelo Alexandre, quase uma figura paterna, e vey não dá... Inclusive belíssima música q o editor escolheu pro vídeo!

Eu sou homem, sem filhos e tive pai ausente por toda a minha vida e te confessar, assisti esse filme no cinema e eu passei uns 3 dias só pensando nesse filme, tive que revisitar esses dias e ainda assim é um filme muito tocante

Cara, que análise incrível deste filme incrível

eu pretendo rever o filme em algum momento, mas não me conectei muito com ele... acho que por não ser pai (e nem pretendo) e nem ter conexões parentais próximas, eu meio que não me vi muito, mas acho muito interessante que é uma experiência praticamente oposta com a maioria das outras pessoas

Definitivamente, este vídeo está no top 10 melhores vídeos desse canal... Me prendeu do inicio ao fim. Linck tornando minha semana suportável com cada vídeo postado. Agradeço demais. Seu trabalho faz a diferença! Fez diferença na minha vida.

14:00 + quando eu estava em quadro depressivo eu constantemente falava coisas sobre o futuro pra tranquilizar as pessoas proximas mas nao tinha nenhuma intenção de realmente estar la futuramente. Nao sei se é um traços comum em pessoas depressivas mas eu fazia muito isso. Eu vejo esse discurso dele como uma tentativa desesperada de tranquilizar ela, e tambem de se pressionar Algo como " se eu fizer merda nao vou estar la pra cumprir o que prometi "

Esse filme é muito bonito. Me lembra as narrativas da Virgínia Woolf. A sutileza aliada ao lirismo e um significado profundo. Essa resenha me ajudou a pensar melhor o filme

Não consigo explicar o tanto que eu amo esse filme

Eu não vi esse filme ainda, mas seu vídeo conseguiu de certa forma trazer tanta sensibilidade, q nem sei mais se eu sentia ou conseguia lembrar q sentia. A morte em vida da anestesia de simplesmente não se conseguir sentir mais nada dificilmente é quebrada com momentos de vida como este, entregues muitas vezes com uma boa dose de melancolía e dor. De verdade não consigo chorar, mas obrigado, pq pra mim, mesmo não importando quem sou, isso foi o mais próximo q consegui em muito tempo. Simplesmente obrigado por conseguir me fazer sentir algo, mesmo com uma experiência tão distinta da minha, obrigado.

Olá, tudo bem? Esse é o primeiro vídeo que assisto do canal, acho que meio que caí de paraquedas aqui. :) Sua análise foi muito sensível, pausei diversas vezes para refletir sobre. Agradeço pelo conteúdo enriquecedor.

Que conteúdo incrível Alexandreee, um comentário aleatório, neste domingo adquiri a hq Megalomania feita pelo artista Bräo, essa hq tem a cara do seu canal. Adoraria ver você falando sobre ela.

Você diz que seus pais não o entendem, mas você não entende seus pais. Você culpa seus pais por tudo, isso é um absurdo. São crianças como você, o que você vai ser como você crescer.

Adorei seu canal, a forma de se expressar me identifico

Baita vídeo emocionante.. nem assisti ao filme mas por tudo que foi dito já senti um enorme impacto

No finalzinho dessa análise algumas lágrimas rolaram, contemplo um pouco anestesiada toda essa análise e gosto de como você desenvolve os temas. Sempre entregando qualidade, só tenho a agradecer a todos que estão envolvidos nesse canal.

Eu não vi o filme ainda, mas conforme tu comoentou sobre o trocadilho do nome "Aftersun" parecer com algo tipo "Depois do filho", pensei também numa segunda possibilidade de trocadilho como sendo algo tipo "O filho depois", como quem fala que o filho antes era um e agora adulto tem uma nova visão, é um filho diferente. Muito interessante!

Bom vídeo 🎉🎉🎉🎉🎉🎉 Continue assim que logo chegará aos um milhão.❤❤❤😘😎👍

incrivel o quanto de coisa interessante a gente consegue tirar da morte

Que analise fantastica, que video fantastico.

Adorei conhecer teu canal. Ganhaste minha inscrição! Assisti este filme domingo passado e Amei! Tanto os atores quanto a direção, quanto tudo. Certo que vou rever

O vídeo mais aguardado do canal (por mim)

Que análise interessante, não tinha ouvido falar desse filme antes.

Não assisti ao filme, mas a última férias com 11 anos e o pai, realmente diz muito sobre nossa vida e a partida (morte) da infância. Ainda hoje, no café da manhã comentei com minha esposa; a vida, num determinado momento, deixa de ser um copo de leite (proteção do.s cuidador.res) e passa a ser um copo de água com vinagre. Alguém sabe o que é tomar água com vinagre todos os dias? No começo é legal, depois se acostuma e dá até um certo prazer, mas depois de tantos anos você se pergunta "para que estou tomando isso?". O problema é que a vida, depois dos 11 anos (é claro que alguns mais cedo, outros mais tarde) passa a ser um eterno copo de vinagre. Ou seja, você se acostuma com os azedos, algumas vezes fazem até bem, mas tem uma hora que não aguenta mais, mas o que temos pra beber é outro copo de água com vinagre... Muita gente decide, pra aliviar, tomar mais prazer em cima, mas não tem jeito, mesmo com todo dinheiro, vai ter que tomar a porr@ da água com vinagre. Mesmo com a Ferrari mais cara, a casa mais cara, vc vai ter que tomar a porr@ da água com vinagre todo santo dia... A última férias, é onde ainda somos aquela criança ingênua e que ainda temos um certo referencial, tanto de nossa infância quanto do nossos cuidadores, é aos 11 anos. Depois tudo vira de ponta cabeça, igual ao Shiki anti-gravidade em Edens Zero. Parece até que ele é um garoto de 11 anos, mesmo! Aquelas garotas exuberantes e gostosas semi nuas e ele pensando em fazer amigos! Put@ que par¡u, mano!

Eu tô com medo de ver esse filme e nunca mais conseguir desver....😂😅

nossa, você explicou tão bem que essa explicação me tocou , parabéns pelo vídeo

Baita vídeo! A ideia de que existe uma morte do eu no amar, numa sociedade marcada cada vez mais pelo apego ao individualismo, ao eu, amar fica esquecido também nos seios familiares, infelizmente.

Me identifico muito com essa história. Tenho uma filha de outro casamento e luto contra uma depressão. A gente faz de tudo para não transparecer perto do filho, mas é muito difícil... E conforme eles crescem, fica ainda mais difícil

Que vídeo dolorido, que filme dolorido! Assisti chorando pq só a sua analise me pegou muito. Eu costumo ser bem chorona. Mas, nesse sentido, falando de parternidade/maternidade, costumo sempre me emocionar mais. Não sou mãe, mas não tive meu pai presente. Porém, não pensei no meu pai, e sim na minha mãe. Esse sentimento de crescer e se tornar adulto, me tirou muito bruscamente dos braços da minha mãe. Talvez seja por isso que doeu tanto assistir! Crescer dói muito. Não sei se teve alguma coisa haver, o que eu disse com o que foi abordado do vídeo, mas o sentimento que tive foi esse! Lembrei da minha mãe, do quanto que crescer me "afastou" um pouco dela. Do quanto não a conheço e do quanto ela sofreu sozinha as tantas lutas que sofreu, sem eu sequer saber como se sentia, apenas para estar sempre de pé e forte para mim e meu irmão.

Ainda não assistir ao video mas já comento aqui o quanto esse filme mexeu comigo e me fez ficar revisitando ele na memória de tempos em tempos.

ow mano. isso aqui tá tão bom. obrigado pela conversa!

muito boa a sua análise do filme. obrigada por compartilhar.

Assisti duas vezes e quando os creditos sobiram fiquei paralisada olhando para o nada em ambas as ocasiões. Que filme maravilhoso, estarrecedor!

Linck, ele se matou. Não tem essa, aquilo é simbólico demais, a tal rave, pra não significar uma morte. Pelo amor de Deus

Tuas análises são arte pura

Esse filme me pareceu uma extensão,ou mesmo um contraponto muito apropriado de outro filme de temática similar:Paris,Texas(1984)de Win Wenders. O estado de espírito do pai guarda semelhança com Travis(Harry Dean Stanton) numa tentativa de se reconectar com seu filho, Hunter.uma busca contingencial por rememorar,lançar luzes novas sobre esse fato-parábola.

Ele não ficou vivo, até pq ela adulta dança com ele naquela idade fixa, ou seja, ele não envelheceu.

Um dos filmes mais bonitos que já vi!

Eu fui assistindo a Afetersun e foi me lembrando muito enquanto assistia de Paris, Texas, um filme que é um slice of life entre pai e filho que ironicamente foi um filme que meu padrasto me colocou pra assistir. Acho que a grande diferença entre os dois filme é que Aftersun trabalha com trabalha com mais intersecções na relações pais e filhos enquanto Paris, Texas é mais arquetipico. Excelentes filmes.

ansioso pra assistir

Amei o conceito da última dança, poderia ser enxergado como aquele momento em q a gente simplesmente cresce , e quando paramos pra pensar não lembramos quando foi, como foi, apenas que agora não fazemos mais as coisas que fazíamos antigamente.

Vi esse filme na virada do domingo pra segunda, terminei era 00h20 por aí, quando acabou simplesmente o vazio dominou fiquei olhando na janela e quando lembrei que teria que acordar cedo pra trabalhar vi que era 04h da manhã… não consegui durmi.

Aftersun e Close são duas pérolas de 2023 recomendo muito os dois.

Mano que filme triste pra diabo, é impressionante como o oscar não representa porra nenhuma, por que se representase, aftersun deveria ter ganhando todos, inclusive de melhor filme

Assisti a esse filme com um amigo como eu - ambos somos pessoas trans alinhadas ao masculino. Ele se identificou com a filha em vários aspectos, eu com o pai. Acredito que a universalidade desse filme está nos papéis que você desempenha na vida das pessoas, não necessariamente nesses papéis tão específicos. Apesar de não ter sido pai, sou filho, irmão e primo, alguém quem é muito próximo da família, cuida de crianças e de quem ama, e infelizmente vítima da depressão. Eu chorei tanto com esse filme, porque me vi no Calum tantas vezes na vida que perdi a conta. Sempre fui a figura acolhedora a quem era mais novo que eu (e até dos mais velhos), mas nem sempre pude exercer esse papel com maestria devido a dor que carrego da doença. É definitivamente um filme universal em mais de uma faceta.

Entendo bastante o que falou no finalzinho, talvez seja um filme que eu tente ver mas e complicado meu pai era legal quando me carregava de bicicleta, mas depois que entendi quem ele era ficou difícil e ao mesmo tempo minha mais velha tá nessa fase aí

Um dos melhores que vi nos últimos anos.

Cara eu estou no meu segundo casamento, tenho 2 filhas, minha filha mais velha é do primeiro casamento e após a separação veio morar comigo com tinha por volta de 7 meses, e por conta disso sofro antecipadamente pela chegada desse momento onde iremos se desligar, coisas bobas tipo quando ela passou a usar o banheiro sozinha, quando não quer um abraço é foda ver que ela está crescendo, e isso se reflete na minha relação com o meu pai pois dos meu 13 anos até meus 25 anos não tivemos uma boa relação e quando resolvi me conectar com ele novamente nosso convivio foi prévio porém intenso, é foda, difícil aceitar que filho é pro mundo.

Essa parte da homoafetividade se fez presente no talvez o pai ser gay, porém não consegue assumir devido a fatores culturais (ele é da Escócia, pode ser que nessa época do filme a homoafetividade fosse um tabu) ou pra simplesmente não assumir para a filha (pode prestar atenção no tom afável que ele tem com a mãe da menina, talvez por um esclarecimento por parte da mãe ter tido filho com alguém que não era bem resolvido). Acredito que os flashes na boate carreguem esse sentido, de algo que é feito no escuro, escondido, onde pode dançar (ser) como ele é de fato. Acredito que o possível s***** tenha a ver com homofobia. O que, a meu ver, deságua um pouco na filha, que pode viver em um futuro onde ser homoafetiva é algo que é menos hostilizado socialmente e culturalmente, dai a parte dela ser uma mãe homoafetiva como uma forma de mostrar ao pai que ela consegue criar uma criança junto de uma companheira (talvez venha daí o "after son", algo que se realizou no depois), em um mundo com menos preconceito com pessoas lgbt. Ainda sobre as cenas da boate, apesar de se munir de um esteriotipo, esse tipo de festa está fortemente relacionado a cultura lgbt. Mas enfim, como dito por vocês, tanto faz esses pormenores, o que importa é o que a essência dele tem para mostrar: uma paulada no coração ao mesmo tempo que possui uma leveza ímpar.

eu tive dois pais e os dois conseguiram ser ausentes mas mesmo assim esse filme me destruiu, principalmente em ver o esforço dele em proporcionar a ela momentos legais juntos mesmo nao estando bem emocionalmente e nem financeiramente. e o jeito que ele conseguiu tambem nao passar pra ela nenhum dos traumas que ele sofreu na infancia, pelo menos ate o momento, quando ele conta pra ela do aniversario dele de onze anos ela nem entende direito o como deve ter sido ruim pq ela nunca passou por nada parecido e tambem no momento que ela diz que nao pretende beber e nem usar drogas quando ficar adulta tambem mostra a mesma coisa.

Irmão, iria amar se você falasse do mangá Blue Period.

Bah o vídeo foi mal, mas tá tão perfeito. Parabéns por ele, seu delicia!!!

nossa esse filme é maravilhoso, que bom que voce falou dele, nem vi o video mas ja to comentando kkkkkkkkkk

Esse filme me pegou, cara acabou comigo, impressionante, ótimo filme, peguei pra ver na mesma época esse e close dos dois meninos amigos, pqp, pra que eu faço essas coisas comigo? kkkk rindo pra não chorar.

moço eu sou mulher, não tenho pai nem filhos e sou mais nova que o personagem principal e ainda assim esse filme me tocou de uma maneira... Me identifiquei muito com as lutas internas do pai e o jeito dele de ser. Indiquei ele pra todo o mundo que conheço e lembro dele com muito carinho tendo reassistido algumas vezes

Vi 2 x no cinema quando lançado kkkk virou meu favorito da vida. P quem se interessou pela tema , vale muito ver tbm um filme iraniano Gosto de Cereja, do Abbas Kiarostami, ganhou até a palma de ouro.

Confrade Alexandre faz um vídeo sobre Memories 1995 de Katsuhiro Otomo (também ator de Akira) gostei da antologia, por favor se for possível.

Talvez o filme delicado mais destrutivo sobre a relação de pai e filha. Dá até pra complementar com O quarto de Jack, que é o filme mais destrutivo só que sobre a relação de mãe e filho. Os diretores dessas duas obras pregaram eles em meu cérebro vou carregar eles por toda ela.

Arrisco em dizer que é um dos melhores filmes que já assisti !

Acabaei de conhecer o canal e estou apaixonado por todos os vídeos, to maratonando tudo kkkk alguém poderia me dizer de onde é a frase de Nietzsche que ele cita no video? "oque fazer quando a musica acaba?"

Gosto de under pressure. Principalmente porque o Freddie Mercury se inspirou em Vanilla Ice

Preguiça para discorrer algo sobre, porém esse filme é avassalador, é uma obra prima máxima do cinema, foi o filme que mais me tocou. Eu perdi meu pai a quase 5 anos, particularmente pra mim, a história teve um peso ainda maior por isso

Um otimo filme muito proximo tematicamente é Estranho Caminho de Guto Parente. Ano que vem deve estrear nos cinemas e super recomendo, vi recentenmente em um festival e ele me destruiu, nunca tinha me emocionado tanto no cinema.

oi linck, faz um vídeo sobre barbarian, um dos piores filmes que já vi o filme poderia ter explorado tantos lados mas acabou não indo pra nenhum

Esse filme é mágico

Não tive pai e não tenho filhos. Vou assistir pra ver o que dá…

Eu saí machucado desse filme! Tanto na ascendência quanto na descendência…

Aquela cena em que o cara entra no mar de noite foi muito tensa.

Eu fui pai jovem, sou depressivo e minha filha tem 10 anos. Obrigado pela review, me fez ter certeza que eu NÃO quero ver esse filme

O filme deve ter mexido mesmo contigo, sua voz e a maneira de comentar o filme ta bem diferente. Ainda nao vi o filme: verei.

Esse filme é aberto para que todos possam se conectar com a história. Só vamos interpretar conforme com o que vivemos!

❤

As imagens me lembram meu pai e minha infância

Um final subjetivo ...um pouco monótono, porém toca em questões profundas

Cara! Mesma coisa que tú. Se não fosse minha pequena. Não sei onde estaria minha cabeça.

Esse filme me quebrou muito quando fui entendendo pouco a pouco

Xande, você conhece as HQs do The Maxx? Será q vale um vídeo sobre?

Pô, assisti agora o "os cinco diabos" da Léa Mysius. Acho que tu vai gostar bastante tb.

Eu gosto da sua perspectiva de que nao necessariamente ele tenha dado fim a propria vida, e a "ultima dança" seria mais no sentido de um amadurecimento da menina e o próximo encontro deles se houvesse, seria totalmente diferente, pois ela nao é mais a mesma.