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Uma coisa que acho que deve ser discutida também é o papel da rotina capitalista nessa brincadeira. Por exemplo, pra você fazer uma leitura de qualidade de um material de qualidade você precisa de tempo, algo praticamente escasso pro trabalhador médio brasileiro, ainda mais considerando pessoas constantemente cansadas após infindos subsequentes dias extenuantes de trabalho. É quase como se o consumidor fosse encurralado pelo consumo e pela mediocridade: é bem mais fácil consumir produtos enlatados e mesmo aqueles que tem algo a ser discutido não vão gerar as reflexões necessárias, pois a leitura e a interpretação são pobres, deixando o consumidor pronto pra já comprar mais um ingresso ou mais um livro. Infelizmente é algo que acho que todo mundo acaba sofrendo em algum grau

Cara, durante a minha infância eu consumi bem menos conteúdos do que consumo hoje, seja de video games, filmes ou quadrinhos. Mas naquela época eu tirava proveito de cada obra que eu assistia, tentando a aproveitar o máximo possível de cada coisa. Até de filmes ruins isso acontecia kk. Mas hoje em dia, tendo uma biblioteca imensa de coisas pra ver , ler e jogar, eu sinto que agora ser Nerd é como comer e que cada obra é um pacote de salgadinhos. E isso tá me fazendo perder o gosto pelas coisas que antes me animavam. Pra vocês terem uma ideia eu nem acompanho mais a Marvel direito. Antes cada filme era como um evento, agora parece que tá tudo sendo produzido em massa , como latas de sardinha( isso foi bem específico hehe).

Cara, pegou bem no meu calo, um dia desses passei a noite INTEIRA vendo aqueles "shorts" do yt. Não houve benefício, não havia conteúdo, havia apenas videos curtos de 15 segundos sendo consumidos como droga, das 10 da noite às 7 da manhã. Estou tentando parar de fumar e de consumir aquele tipo de conteúdo e vou dizer: não sei qual é mais difícil de se livrar. Excelente canal e conteúdo!

"É pegar essa experiência tão rica que a gente pode ter com cinema, literatura, quadrinhos, música, sei lá, e reduzir isso a... consumo." . Faltou aí notícia na lista. Canais de notícia se tornaram plataformas de vendas de quem pagar mais pelo espaço.

A metade final do vídeo fez eu me lembrar de muitas ocasiões onde eu fui ridicularizado por pessoas na internet, pelo "crime" de tentar analisar e discutir algum anime/filme/serie/etc, em vez de só assistir e partir pra próxima sem refletir nem por um segundo sobre o que eu acabei de ver. Vc é basicamente escrachado hoje em dia se não tiver uma mente vazia.

As redes sociais também aumentaram a necessidade de consumir sem parar, porque vejo que as pessoas querem ver o "filme do momento", a "série da hora", pra poder conversar sobre o assunto em voga nas redes sociais. E poucos parecem olhar para filmes, séries, livros, quadrinhos, que não estão na "agenda cultural" das redes. Tem também a questão da orientação dos "influencers", os formadores de opinião. Quando eu era criança e adolescente, escolhia livros na biblioteca ou no sebo lendo sinopses nas capas, ou tendo ouvido falar vagamente, ou por alguma adaptação cinematográfica. Hoje as pessoas fazem suas "listas de leitura" baseados no que os influencers estão indicando. Curadoria é algo interessante, mas como o objetivo da maioria dos influenciers é GANHAR PATROCÍNIO isso é tão "educativo" quanto o jabá do agronegócio pra promover música de sertanejo no spotify, nas rádios e no youtube.

Muito ansioso. Há uma entrevista de Alan Moore online onde ele faz várias críticas à cultura mainstream, especialmente ao quão mais pobre tem ficado ao longo do tempo. Muito curioso para ver a sua perspectiva e as críticas que irá fazer.

Gosto desse canal muito por conta disso, as reflexões vindas daquilo que se é consumido ou visto, tava precisando sair dessa "corrida de consumo" que não leva a lugar nenhum. Muito pertinente essa questão. Tenho pensado muito a respeito de como tudo que teroricamente é pra adicionar, está lá como uma espécie de "copo meio vazio" que precisa sempre ser consumido, existindo apenas para ser alcançado e nada mais. Uma era em que a cultura é relativamente facilitada, mas a ânsia por consumir tudo acaba com o prazer e com a edificação de presenciá-la. Como também é interessante perceber o quanto tentativas disruptivas acabam por ser/serem vistas como elitistas, inflamando o ego de quem realmente contempla aquilo que alcança e não partilhando a mesma vivência com outras pessoas. Enfim, tentando não viver a lógica do: "Ninguém lê tudo o que coleciona".

Ótima reflexão! O q vemos mto por este youtube de meudeus tbm são "críticos" que se limitam o tempo todo a contar um resumo da hq e chamar esse de "análise", seguida claro do link p aquisição da hq. Acho q é por isso q seu canal faz sucesso, não conheço nenhum outro q realmente analisa as obras. Parabéns!

Um aspecto da cultura pop que sempre me chamou a atenção, em termos analíticos, para além de sua pobreza, é seu aspecto de condicionamento. Adorno vituperava bastante contra o Jazz (em textos até hoje não muito bem compreendidos) pelo fato dele condicionar o ouvinte a uma certa escala de acordes que, estruturalmente, gerava composições semelhantes. Se pensarmos nas estruturas de muitos produtos da cultura pop (do cinema, por exemplo), veremos como as mesmas estruturas se repetem “ad infinitum”, naturalizando noções de construção como estrutura em atos e jornada do herói que são opções possíveis a um grau de única possibilidade disponível… Isso torna qualquer obra calcada em outros princípios tediosa ou, ainda pior, praticamente “invisível”. É só pensar em quantos filmes realmente diferentes estão disponíveis nas cartelas dos serviços de streaming.

A vida ''moderna'' virou uma não vida , onde na maioria das vezes as coisas se tornam rapidamente absoletas , somos levados a não ter mais nada com profundidade , as armadilhas do consumismo e dos lucros impedem.

Um exemplo muito interessante e recente de consumo sem crítica/cultura de massa é o que aconteceu com a música Running Up That Hill (A Deal With God) da Kate Bush por conta de Stranger Things. Kate Bush produz arte com consciência, tanto que influencia quase todo artista indie e algumas divas pops, ela nunca foi muito mainstream como alguns dos seus contemporâneos, no entanto sua relação única com a arte que produz influencia outros artistas. Engraçado e dicotômico uma série que é puro suco de nostalgia mainstream jogou a mulher lá pra cima e principalmente por uma geração que, até agora, não mostra sinais de consumo crítico.

Alexandre, sou professor de história e comecei a assistir seus vídeos a pouco mais de um mês. N consigo parar. A filosofia e os debates por trás desses temas q consideramos POP ( falar de heróis e quadrinhos) me ajudou muito a perceber o meu preconceito com essas obras, subestima-las. Resultado, me viciei no teu conteúdo. Como professor, assistir seus vídeos são como ter uma aula. Comprei Maus, Berlim e já estou garimpando outros títulos que você ainda n mostrou, mas vez ou outra paro o vídeo pra reparar nas suas estantes e completar minha biblioteca. Mais um vez a discussão do consumo e do alto indice de propaganda (até mesmo nos conteúdos mais educativos) se mostram MUITO evidentes. Cada vídeo, como vc mesmo falou, se torna "uma propaganda atrás da outra": análise de filmes, Reviews, reacts... É difícil fugir, mas é importante pensar. Enfim, muito obrigado, professor!

Vídeo excelente. Parabéns pela explicação tão bem desenvolvida. Algo que sinto ter sofrido por conta dessa "idiotificação" é a falta de uma capacidade interpretativa ou de uma criatividade que me permita extrair o máximo das produções culturais; muitas vezes, me sinto imcapaz de fazer uma leitura pessoal de um filme ou livro e acabo recorrendo a algum criador de conteúdo que vai me empurrar curiosidades ou segredos da obra, tapeando meu desejo por opinião.

Cara, eu tava estudando exatamente isso na faculdade, obrigado pelo roteiro do trabalho gratuito kk😊😊✨✨

Me lembrei agora do filme/ campanha publicitária do anime Odd Táxi. Ao invés de simplesmente anunciar a exibição da série em cinemas selecionados eles vão trazer uma espécie de documentário que conta indiretamente a história da perspectiva de vários personagens sendo entrevistados para falar dos eventos que ocorreram na série.

Vídeo sensacional, acho que vou precisar assistir mais algumas vezes para absorver todo o conteúdo, mas quero deixar um primeiro comentário porque a discussão que você levantou faz muito eco com um questionamento que eu me faço já há um tempo que é: o quanto do meu interesse em/ vontade de consumir cultura pop é genuíno? No caso, estou me referindo a produções culturais como: "filmes nerds", animes/mangas, quadrinhos, games, livros de fantasia/sci-fi e etc. E do quanto desse interesse é criado pelo consumo de mídia profissional, um omelete da vida, quanto por produtores de conteúdo independentes do youtube? Falando por experiência própria de quando era mais jovem e por observar algo parecido em amigos, eu acredito que o consumo desse conteúdo (reviews, reacts, discussões, teorias) nos induz não só a comprar mais, mas também cria um desejo de absorver cada vez mais do mesmo e nos fecha para obras diferentes. Como foi mencionado no vídeo, passamos muito tempo falando de um trailer e quase o mesmo tempo ou até menos do filme em si, ai aparece outro trailer, jogo, nova edição de luxo e o ciclo começa de novo, e porque nós "gostamos" de assistir esses vídeo nós achamos que gostamos de tudo até que pegamos um livro de sci-fi pra ler e descobrimos que não gostamos tanto aquele autor famoso ou daquela HQ clássica, novo filme hypado da marvel... Mas dai sai o trailer do novo filme lá vamos nós de novo.

Pra falar a verdade eu só gosto mesmo é da nostalgia, aquelas bugigangas dos anos 80 e 90 da um quentinho no coração e corre uma lágrima no rosto, lembra de quando a gente era tão feliz, ver e lembrar dessas coisas traz de volta essa felicidade por alguns minutos, de qualquer forma a sua análise foi brilhante, entendi tudo e já printei os livros pra mim procurar e lê, obrigado pelo seu esclarecimento.

Oq eu acho mais daora nesse canal é que o Alexandre é amigo dos pipoca e nanquim que na maioria das vezes se adequam às críticas que ele faz kkkkkkkkk

Tava estudando isso por conta própria, para trazer a minha faculdade, graças a deus você falou, sem dúvidas um professor para mim, faz eu sempre pesquisar mais, achar algo novo.

Além disso, música sertaneja está diretamente ligada ao agronegócio

Um texto que pra mim sintetiza bastante a indústria cultural e a obra de arte da era da reprodutibilidade técnica de Walter Benjamin (que inclusive foi encontrado no armário de adorno nos anos 70 bem depois da morte de Benjamin) onde ele fala que a obra de arte perde sua essência após ser reproduzida em massa e ao mesmo tempo o cinema por exemplo ganha importância uma vez que ocupa o tempo da pessoa enquanto ela não trabalha e cria referências estéticas e de produtos a serem adquiridos quase que gerando uma extensão do filme na realidade.

"Cada pequena vela ilumina um canto da escuridão"... Obrigado pelo conteúdo diferenciado que nos proporciona. Mais uma vez te parabenizo pelo canal. Baita abraço!

Eu aplicaria essa crítica a exposição que vi hoje do Tim Burton aqui em São Paulo. Uma exposição sensorial, para tirar selfies, que cobrava 10 reais para guardar bolsas, cujo conteúdo para falar a verdade era muito pouco.

Eu nem tava pondo muita fé nesse vídeo. Mas achei muito bom. Bem embasado, explicativo e traz uma opinião legal de se refletir sobre. Eu faço uns vídeos (que ninguém vê) sobre animes mais antigos, principalmente urusei yatsura. E acabei percebendo em mim um pouco do youtuber de cultura pop. É um anime muito rico, com referências culturais, críticas ao assédio e reflexões sobre identidade de gênero, e às vezes por preguiça de pensar talvez eu falhe em desenvolver isso nos meus vídeos. Agora com o reboot do anime esse ano, esse vídeo me inspirou a fazer uma coisa diferente e trazer mais riqueza. Obrigado!

Ainda não vi o vídeo, mas acho a questão pertinente. Eu acho que sim e não ao mesmo tempo, pois tudo (ou quase tudo) se torna produto capital de mídia. No fim, o importante é o lucro e a receita que dá certo ( claro que isso não se aplica a todo caso, mas sim em grande parte da indústria).

Vc citou uns 3 autores que eu tô estudando agora em teorias da comunicação, esse vídeo foi realmente uma aula! Kakakakakaka

Nossa isso de consumir as coisas tudo muito rápido e vc não para refletir, conversa e tals me pegou! Eu estava exatamente assim, parei pq eu percebi que consumia muita coisa pobre e podre e não aguentava mais. Ai fui conhecendo coisas diferentes e dando chances e vc, o seu canal são uma delas e adoro maneira que volta muitas anos no tempo para conta um ponto de origem que se conectar até hoje.

Então o que me parece mais lúcido é cada indivíduo criar sua própria cultura independente. Talvez seja uma preguiça de pensar por mim mesmo, mas gosto bastante de depois de assistir a algum filme, procurar no YT vídeos sobre ele, principalmente filosóficos. Não gosto de ler ou ouvir críticas... Também gosto de ler comentários no Filmow sobre eles, principalmente os que são contrários a meu gostar ou não do filme.

Eu acredito muito que o termo "cultura pop" entra em desuso apartir da criação dos smartphones. Gosto da tese do filoso sul coreano byung chul han que vai tratar do tema da "hiperculturalidade" onde se vê e ouve tudo,de todos os lugares do mundo,ao mesmo tempo. A cultura pop tá mais relacionada a um certo poder de monopolizar a cultura,o que faz todo sentido pra indústria cultural do século xx. Mas agora meio que não tem mais como "controlar" ou ditar uma cultura pop pois os algoritmos estão literalente cagando pro que o público vai consumir. Ele simplesmente dispara mais e mais ruído com a intenção de deixar o consumidor preso no app em questão. E isso se mostra real pra caraaaaaalho nas redes sociais,o tiktok por exemplo. Que vai de conteúdo nazi fascista, a grupos de adolescentes suicidas praticando shifting( é sério pesquisem sobre esse termo,é um mar de merda sem tamanho) a militantes comunistas fazendo um puta trabalho de base.

11:57 ...isso me lembrou um certo evento que já existiu há alguns anos, incrivelmente AQUI NO BR mesmo, chamado FILOSOFIA E QUADRINHOS!^^ Saudades dele, inclusive...

Esse vídeo foi um tapa na cara Eu tava muito pensativo com a maneira que eu consumia cultura pop e principalmente escolhia o que iria consumir e comprar de quadrinhos Cara,o seu conteúdo é show

Cara, foi uma grande coincidência vc postar esse vídeo logo hoje que eu estava assistindo Pantanal (a novela no caso) e fiquei refletindo depois que só nesse único episódio tiveram três propagandas gratuitas no meio da novela. Daí eu me perguntei se a própria novela já não era uma propaganda

Fiquei surpreso que você tenha comentado sobre a Pop Art, estou fazendo um roteiro (pq sou estudante de artes visuais) justamente sobre a relação entre a "arte" de massa, o consumismo e a Internet. É uma investigação meio óbvia, mas está sendo bem divertida. Seu vídeo contribuiu muito. Vlw

Eu não me aprofundava em conceitos assim, cultura pop pra mim é só realmente no que entra no conhecimento popular e fica como referência para qualquer pessoa. O canal QnS apareceu pra mim quando estava indo atrás de vídeos que me ajudassem a entender processos narrativos como o canal Narrativando, aquele canal e esse canal tem me ajudado muito a criar uma perspectiva além da obra, em procurar a "moral da história" daquilo que leio e como tem sido feito o trabalho estrutural em cima da obra, então o QnS tem sido de grande importância pra mim inclusive de desenvolvimento pessoal.

¹ Não sei por que mas lembrei de uma série que gosto muito: The Boys. Sempre achei esses filmes da Marvel uma bomba e adorei a ironia, o pastiche, a comédia da série. ² Fui ouvir as músicas do Adorno e é preferível ouvir 4'33 do John Cage ad eternum.

Alexandre, ótima reflexão! Será que a alta oferta de produtos e informações não contribuiu para explicitar a face comercial da cultura pop? Quero dizer (com o perigo do viés nostalgico)...em outros tempos, o acesso à produtos culturais, mesmo aqueles de cultura pop, era mais restrito. E isso fazia com nos dedicássemos àquele produto com mais atenção. Eu devorava, de cabo a rabo, aquelas revistinhas Herói. Meu pai conta que chegava a gastar os discos de vinil que comprava. Essa dedicação era uma necessidade...hoje, é um exercício.

Pra mim um grande fator pra isso tem um nome: Serviços. Filmes e Séries (Netflix por exemplo) e Games (Gamepass). São coisas que não geram lucro pra coisas de alto orçamento. Hoje tudo é quantidade. Os anos 2000 e a primeira metade dos 2010 foram muito legais, mas parece que lá pra 2015, tudo coneçou a ficar chato. Olha como eram os jogos do Xbox antes e depois do Gamepass

Ótimo vídeo. Para aqueles que se interessarem no assunto a se aprofundar poderia haver uma sugestão bibliográfica na descrição do vídeo. Você poderia fazer uma segunda parte focando mais nas redes sociais. A marvel percebeu que para muitos a experiência cinematográfica não se limita à duração do filme mas se prolonga nas redes sociais. Os marvelminions criaram uma bolha (como várias que existem por aí) em que perdem mais tempo discutindo easter eggs e cenas pós créditos do que o filme em si. Duas coisas que me irritam atualmente é a obsessão com fan service e a reclamação com a duração do filme. Acho que muitos tem lapso de atenção curto e são incapazes de se prestar atenção por 3 horas ou mais. Tem dois grandes filmes de 2013, O Lobo de Wall Street com 180 minutos e Gravidade com 90 minutos. Cada filme tem uma história para contar e pode ter uma duração mais longa ou curta de acordo com a necessidade. O mimimi com o fan service está enchendo o saco. Entendo que um filme tenha um pouco de fan service, mas estão exagerando. Os últimos Ghostbusters e Homem-Aranha são exemplos deste exagero. Muitas de minhas melhores experiências cinematográficas ocorreram quando os criadores me entregaram algo que não esperava. Faço minhas as palavras de Anton Ego no final de Rataouille: Surpreenda-me!

costumo focar na bagunça que resulta dos youtubers se perderem nos personagens. meu humorista favorito dessa era é o americano Bo Burnham, e um grande youtuber e streamer brasileiro se declarou grande fã dele uns anos atrás, quando Burnham lançou o primeiro grande show em seu canal, cheio de domínio da comédia e portando uma honestidade assustadora, sempre voltando á metalinguagem... e, eis que o tal brasileiro me surpreende num video sobre uma tentativa de cancelarem ele; onde ele abre o video em silêncio, respira fundo, há um hiper cut e ai o video segue na dinâmica já estabelecida... porém, no final ele altera o assunto, de falar de sí para falar da problematica do fanatismo pelo entertainer... e encerra o video dizendo "a edição estabelecida pro YT é a de cortar tudo que não for fala alta no arquivo bruto do video, e quando um youtuber SELECIONA um respiro, um 'respirar fundo', é apenas pra te cativar". enfim, eu sempre fico agoniado pelos reclames comerciais (posts, stories, deixas no video ou no podcast) para vender algo... mesmo quando é algo dentro do tema do video ou do genero que a pessoa produz video ou audio sobre.

OBRIGADO por sintetizar uma sensação que eu venho tendo ao assistir criadores de conteúdo na Internet. A imensa maioria q fala sobre filmes e séries, principalmente quando analisa aspectos técnicos como... CGI, trata uma obra como simples produto de consumo. Como um simples "vale o preço do ingresso?". Isso é triste e ao mesmo tempo viciante para quem consome. Pois como são conteúdos vazios, rápidos e temporariamente satisfatórios, criam uma necessidade por mais conteúdo do tipo. O que é insentivado pelo algoritmo.

Adorei seu vídeo, extremamente didático, sintético e fundamentado. Acho meio bobo imaginar que o contato constante com arte/entretenimento seja capaz de gerar uma experiência de elevação mental/espiritual que fuja a essa experiência de consumo irrefletido. Não acho que a indústria não deva se preocupar com isso, ou mesmo nós, mas acho que é uma discussão de foco equivocado... O que gera sentido e elevação espiritual/mental/cognitiva, mais do que 'o quê' consumimos, ou 'como' consumimos, é aquilo que fazemos quando NÃO estamos consumindo arte ou entretenimento. Minha avó viveu nessa época da massificação da cultura, mas não tinha uma vida empobrecida espiritualmente, porque tava realizando o sentido da vida em coisas que não estavam saindo de uma tela ou de um rádio... Ela tava criando os filhos, trabalhando, contribuindo com a comunidade local dela na igreja, servindo sua família... Ela tinha uma vida REAL tão preenchida de significado CONCRETO, que ela não esperava que qualquer indústria se preocupasse em produzir algo edificante pra ela. O erro das gerações mais modernas é viver tão descolado da própria realidade concreta que aquilo que marketeiros corporativistas pensam e fazem começa a se tornar importante, potente ou problemático para a nossa subjetividade... Como coloca Heidegger, Frankl e Ortega y Gasset: não precisamos nos massificar. Simples assim. Isso é uma escolha nossa, e é apenas nossa a responsabilidade de fazer a manutenção do nosso estilo de vida e da nossa subjetividade, ao invés de querer reformar o mundo para que nos embale pra um lugar menos pior, uma vez que já nos colocamos voluntariamente totalmente rendidos diante de sua influência.

Caraca perfeito reflexão, alguns momentos eu até antecipei pq são batata na nossa esfera, Vc foi perfeito na questão trailer e filme tem canais q postam vídeos de 30 min fazendo review de trailer e quando sai o filme é aquele video protocolar de 5 min só pra falar se gostou ou não Agr trazendo pros quadrinhos é a industria do hype da live/video da editora falando q vai lançar Editora vai lançar tal material, KZfaqrs falam uma coisa como se fosse a melhor do mundo e q quem perder vai ficar triste(de preferencia compra no meu link da amazon) publico consome msm reclamando dos preços e se frustra pq a obra n é isso tudo, repete-se o ciclo Aí a gente tá vivendo q toda semana tem 10 anuncios de cada editora e quando o quadrinho chega as mãos do publico poucos conversam sobre o material por esse lado a galera da scan fala mto mais de quadrinho do q esses youtubers e paginas q fazem trabalho de marketing pra editora q precisa lançar 5 titulos por mes pra vender esses 5 pro msm tipo de pessoa

Vc conseguiu sintetizar perfeitamente meus pensamentos caóticos e sem muita instrução de cinema e etc sobre a situação real da cultura pop. Sem contar o certo desconforto ao sair do cinema após consumir alguns filmes que todos pareceram adorar enquanto saía completamente vazio do cinema. Quando vejo esses filmes mais "mainstream", com raras excessões, sempre parece faltar algo, sempre faltam nutrientes...

Primeiro video que eu vejo (apesar do yt toda hora indicar) e sinto lhe informar: vc tem carisma.

Conheci o canal faz pouco tempo. Nem leio quadrinhos, mas adoro as reflexões que tu faz e mostra nos vídeos - traz articulação e conceitos para coisas que as vezes só tenho uma sensação. Gostaria de ver algum canal assim com foco em games, já que é um meio que acho que as leituras são ainda mais superficiais e com os produtos ainda mais massificados.

Oi. Eu estava pensando em aprender mais sobre a industrial cultural. Teria alguns outros livros pra recomendar?

Esse consumo desenfreado é algo que eu vejo muito no meio otaku. Tem gente que consome várias obras num impulso e sem refletir ou prestar muita atenção pra certas coisas.

Vc tem um nível de inteligência tão grande, que quando eu vejo os seus vídeos eu acabo pensando de mais no mundo na minha volta de uma maneira incrivelmente estranha e uau vc é inteligente pra caramba às vezes nem consigo te acompanhar

Meu irmão, esse vídeo tá me fazendo ter vários pensamentos, questionamentos, etc etc... tô tendo q voltar o vídeo toda hora!! Meu amigo, parabéns, seu conteúdo é fantástico!!! Vc é o único cara do KZfaq que assisto na velocidade "normal"

Isso me fez lembrar de um livro didático de sociologia que explicava cultura de massa e na capa do capítulo tinha quadrinhos e mangás

Aí eu venho no canal pra passa tempo ouvindo historias e acabo achando referencias para livros e entrando num mundo desconhecido... Aqui nesse canal parece que a ficha nunca cai.. Parabéns... continue...

Grande reflexão. Eu também me incomodo com algumas questões em relação a produção de conteúdo, como vídeos fim final explicando, por exemplo. Muitas vezes o que aconteceu é bem óbvio, mas logo a gente é infundado de vídeos de final explicado, trailer explicado, etc. Eu tendo fazer algo diferente no meu canal, mas muitas vezes caio em um buraco negro do algoritmo. Obrigado, Alexandre. Seus vídeos me inspiram a melhorar também.

Quando jovem, cultura pop era entendida como jovem, moderna, atualizada. Eu tb achava isso. Hoje, concretamente, não me diz nada conceitualmente, mas, na prática, me remete a discussões como as realizadas pelos personagens do Big Bang Theory e ao consumo que eles praticavam. Assim, refletindo, parece-me a cultura do escapismo infantil levado as últimas consequências, ou seja, não é uma diversão passageira, é um estilo de vida irrefletido, pois se propõe a ser vivenciado como se o sujeito é o personagem que ama na ficção.

Caray de vídeo bom! Faz a gente pensar um monte de questões e reler muita coisa que estava meio esquecida. Particularmente, acho que a primeira crítica à cultura pop (décadas antes do conceito ser criado) veio com o DaDa, que relacionou a alienação do consumismo à alienação da guerra: vai-se para a guerra como se vai ao shopping, como zumbis. Zumbis que andam com os braços estendidos, como se conferissem as mensagens do celular. A saída não é parar de consumir, nem ressignificar o que se consome, mas pensar melhor nossa relação com esses objetos: por que preciso disso?; será que preciso mesmo disso?...

Só comentei pq achei necessário. Obrigada, você abriu meus olhos. Derrepente a aula de sociologia deixou de ser só matéria escolar e entrou na minha vida :)

Esse vídeo me fez voltar a uns anos atrás. Eu era uma máquina de consumir conteúdo sobre o flash, ao ponto de, se me perguntassem qual era o flash do universo "sei lá o que" eu saberia a história, vilões e morte dele, mas só através dos vídeos de KZfaq.

13:43 ...me ocorreu assistindo e reassistindo este trecho, que deve ser POR ISSO que com cada vez mais frequência se gera um HYPE cada vez maior das coisas enquanto, em contrapartida, ultimamente AS PESSOAS NUNCA ESTÃO SATISFEITAS e nunca gostam daquilo que assistem, ouvem ou leem... Um coisa realmente para se refletir! Inclusive, eu realmente ODEIO A PALAVRA CONSUMIR!! Eu simplesmente NÃO CONSIGO dizer que sou "consumidora" de todos os filmes, músicas, HQ´s, livros ou animações das quais sou fã ou mesmo aquelas que vejo só uma vez! Sei lá, nem é uma questão de algum tipo de "militância ideológica", é algo beeem pessoal mesmo... Eu crio uma relação (mesmo que curta ou não) com quase toda ficção que paro pra olhar... Se não faço isso é como se eu só PERDI MEU TEMPO ali... Portanto "só consumir" me soa ESQUISITO, só me sinto mal! Ao ponto de fazer cara feia quase que inconscientemente quando alguém me diz em conversa "você consome sempre tal franquia" ou "a música que mais consumo é tal"... Sempre fui assim e as pessoas nunca entendem e acham besteira minha... E como tbm não sei bem como explicar isso, não ajuda muito! Mas agora com esse vídeo comecei a entender porque eu me sinto assim... Gratidão!^^

Concordo com vc (dessa vez) Mas preciso saber onde rola uns descontinhos pq tá osso, viu...

Cara, eu te amo. Que video excelente!!! Se eu ainda desse aula de arte pra nono ano (pq na apostila deles havia um conteudo sobre pop art), eu usaria esse video com todo o prazer! Seu trabalho é sensacional

Esse é um vídeo que eu faço questão de guardar pra reassistir. Preciso disso pra não me tornar um ignorante.

Bobagem , meio que... eu adoraria ver uma resenha de Em busca do tempo Perdido falando do cheirinho do papel, impressao luxuosa, capa estilosa, etc. Adoro cheirinho de papel. E isso não me impediria de ir lá e reler pela terceira vez as 2500 páginas, inclusive em francês.

Estou vendo este vídeo durante as pausas da leitura do livro "Indústria Cultural e Sociedade", justamente como uma extensão de reflexões, e este vídeo está ótimo, complementa tudo. A parte triste é que tudo o que criticaram no início do século passado somente se aprofundou, chegando ao ponto de ser muito difícil de entender até a crítica sobre esse sistema, profundamente estabelecido e enraizado como se fosse difícil colocar a cabeça de fora e tentar respirar imerso nesse oceano.

Essa questão da apropriação da pop art me fez lembrar do fenômeno dos samples em beats de música hip-hop/rap. Mais um vídeo maravilhoso do Sarjeta

gosto do quadrinhos na sarjeta , pporque ele e um filosofo que me faz me sentir burro , o que um excelente filoso tem que ser diferente do ponde do cortella

"Obeso anemico" foi perfeito. Minha visão de cultura pop e algo para as massas de baixa qualidade porque ela leva em conta a inteligência media da população . Exemplo seria aTV brasileira no geral, as novelas. Como um diretor de conteúdo falou uma vez " a coisa tem que ser clara e de facil compreensão porque do contrario o publico nao assiste.

Eu acho que o seu problema não é exatamente com a Cultura Pop, mas com a Cultura DO Pop. No sentido que embora a produção de produtos da Cultura Pop seja frenética e em linha de montagem, a perspectiva crítica embora desencorajada ainda é possível, porque mesmo que os produtos dessa cultura em si carreguem semanticamente uma inibição do pensamento, essa postura em si é passível de crítica conquanto houver sujeitos capazes de fazê-la, e mesmo quando isso não é o caso, há trabalhos individuais que encorajam o pensamento crítico. O problema é o ecossistema de perspectivas, de leituras acríticas que se formou para sustentar a indústria cultural, a Cultura DO Pop. A sustentação de pensamentos circulares que se deram em torno dos objetos e não SOBRE os objetos. Não há nada de intrinsecamente "mediocrizante" sobre os objetos de cultura Pop per se, porque a visão crítica parte do sujeito que a faz, entretanto, a Cultura Do Pop é arena infértil para a crítica em virtude da sua produção, não das características individuais de cada produto (e mesmo que cada produto o fosse, ainda é possível pensar COM eles no sentido de serem signos que apontam inadevertidamente para algo em algum lugar).

Caraca, tudo isso que você tá falando tava no livro didático do ensino médio, aquele laranja de sociologia! Aquele livro era muito bom.

Vc acaba de apontar com esse vídeo, um capítulo critico que faltou no meu TCC da pós. E que aponta caminho para a minha tese de mestrado.

Parabéns e obrigado pelo conteúdo!! Seria bom repensarmos também sobre o conceito da palavra “elite”. O que ela significa? O uso dessa palavra é bem representado ao nos direcionarmos a um grupo de pessoas que possuem mais dinheiro? Porque o que esses grupos possuem a mais do que os outros é apenas o dinheiro…

Temos que tomar cuidado para as críticas a cultura de massa não se tornarem elitismo hipster

@10:46 essa questão do Roy Lichtenstein me parece muito com a treta toda que ocorre hoje em dia entre as IA e os artistas.

Ótimo vídeo. Acrescento à lista de livros clássicos sobre cultura de massa o "Understanding Media" do Marshall McLuhan, porque citava os quadrinhos como exemplo de uma cultura global, que chamava de "aldeia global", mas hoje podemos chamar de "gibisfera" no que se restringe ao universo dos gibis.

Adorei a sua abordagem, queria até recomendação de bibliografia sobre o tema se puder oferecer

Vim pelo react do História Cabeluda. Gostei do canal e da proposta. ;-)

Seus vídeos abrem cada tema sensacional! A forma como vc desenvolve os temas e explica os passos ocorridos na história da literatura popular, e neste vídeo particularmente, descreve cada passo do desenvolvimento da cultura de massa. Por isso me pergunto: a massificação do ensino básico (escolas e colégios públicos até) é por q as elites tbm massificaram a produção dos livros?🤔

Eu sempre perguntei sobre a leitura ser algo popular ...por que nunca concordei com isso !!! E o bom desse vídeo é que realmente me convenceu algumas ideias !!! Obrigado pelo vídeo !!!

Essa coisa de “guia de consumo” me ficou muito evidente depois que eu comecei a acompanhar canais de hq / cultura pop ou nerd. Se você se voltar para outras canais que falam sobre outros aspectos culturais (música, literatura, cinema), às análises são bem mais “carnudas”.

Por favor começa a fazer trailers dos teus vídeos, aí agrada tanto apocalípticos quanto integrados.

percebo o quanto o algoritmo quer empurrar todo conteúdo que parece fácil de consumir, agitar e beber. Mas se isso te traz um retorno legal, queria dizer que gosto do carisma dessa dita "falta de carisma" que você tem, essa coisa de priorizar o tema e o debate ao invés da identidade e do personagem, direciona nossa visão para o que realmente importa

Esse vídeo foi tão bom q n só me fez refletir sobre mas tbm me fez querer ver dnv, n só pra consumir mas pra realmente entender, debater com alguém, pensar, queimar alguns neurônios, por fim, fazer o contrário do q a cultura pop diz de só consumir rapidamente e pronto e bora pro próximo, enfim, ótimo vídeo

Ótimo vídeo! Sempre fui muito apegado à cultura dita nerd. Jogos, filmes, desenhos... contudo com o tempo fui percebendo o quão pobre eu estava. Que não fazia sentido eu transformar o "ser nerd" na minha personalidade. Hoje vejo como é algo bizarro colocar quase na sua essência uma disposição de consumir o pop vendido pelas empresas. É como se as pessoas buscassem obejtos não por características deles mas simplesmente por serem "pop". A ponto de enfeitar o próprio quarto com esses símbolos hoje absurdamente comerciais, como um templo (já comprei e tenho figures também...) Como é bom poder refletir sobre isso, apesar de ser algo muitas vezes encarado como "cult" e "ser chato".

Faz um vídeo falando mais sobre essa treta com o Roy Liechestein ou recomende material sobre. Adoro o trabalho dele e tava por fora.

EXCELENTE VÍDEO!!!! Pra isso que eu pago a internet. Falo muito sobre isso com a minha namorada, hoje em dia a GRANDE crítica que canais de quadrinhos conseguem fazer e que as pessoas querem saber é o básico me diverti ou nao

Que vídeo foda! Parabéns! Assim fica difícil mesmo evitar o culto á personalidade hahaha

Sou obrigado a concordar com quase tudo. Acho que faz muito sentido essa análise, e para mim, vai de encontro com a opinião de Martin Scorsese sobre os filmes da Marvel. Só acho que Elvis não foi fabricado (ele tinha talento), porém, apareceu o cara certo no momento certo nos anos 1950.

Cara, gostei muito. Acho que dava pra ter abordado o Benjamin também. Mas muito bom o vídeo.

Rapaz que video bom, que conteudo foda. Vou atrás das bibliografias citadas. Esse conceito do Adorno está em tudo hoje em dia. Realmente é complicado, quando vc vê ja esta la consumindo algo que o mercado te impôs. Continue seu trabalho como esta! Abraços!

Eu acho importante o rosto ou identidade visual nas thumbs pois fica mais fácil saber de quem é o vídeo e, com isso, não deixar passar batido algo que quero acompanhar. O ego fica por conta de cada produtor.😂😂😂

Usualmente eu me refiro a cultura de massa como cultura industrial de massa, para enfatizar que a cultura originada desta indústria é resultado de uma linha de montagem, com um formato previamente definido e estidado para ser consumido em larga escala. E como todo resultado de linha de montagem industrial, não se produz nenhuma obra de arte, ou mesmo qualquer obra cultural de relevância ou profundidade signicativa. O que sai da cultura industrial de massa é o que se convencionou chamar de produto cultural, e como todo produto industrial os produtos culturais tem uma vida útil de prateleira, eles são produzidos para serem consumidos durante um período de tempo limitado, ao final do qual esses produtos serão substitudos por novos resultados da linha de montagem cultural que vão reiniciar o ciclo de prateleira

Acho que o valor artistico (se podemos chamar assim) de uma obra vem mais do espectador do que a obra em si. A cultura de consumo pode esvaziar um filme de seu sentido, mas nao é certo alguem apontar isso como um motivo para desqualificar a obra. Isso é um problema muito mais relacionado ao contexto no qual ela está inserida. Se assistirmos um filme da marvel sem termina-lo ja pensando no proximo, com certeza nossa reflexao sobre o filme seria mais produtiva

teve um dia desses de promoção da Amazon, eu tava meio farto já, resolvi apertar o botão "não recomendar o canal" para todo canal de gibi que fizesse vídeo sobre a tal promoção... meio que só sobrou o seu canal de recomendações na página no youtube desde então .... kkkkkkkk... eu sei que todo mundo é meio que mercadoria, mas falta sutileza, ser tratado como mercadoria tão expressamente insulta um pouco ... kkkkk

Eu tenho uma visão diferente sobre Cultura Pop, mas o vídeo foi maravilhoso.

"Agora só tem comercial" é uma sensação que venho sentido com muito da nossa dinâmica social atual e é cansativo e desnutrido demais. Ótimo vídeo. Mais gente precisa falar mais sobre isso.

Alguém lembra daquele filme do Silvester Stalone, com Sandra Bulock e Wesley Snipes? Os dois são congelados e depois sao acordados no ano dois mil e alguma coisa lá na frente. Há uma cena em que o personagem do Stalone quer ouvir a rádio pra saber o que está rolando o futuro e descobre que apenas só se ouve dingles, ou seja, musiquinhas de propagandas. Será que caminhamos mesmo pra isso? Bom, de qualquer maneira, espero que o lance das três conchinhas seja realmente simples como o filme dá a entender, mas não revela!

Também é bem triste que por essa época ainda dava para adquirir originais a óleo de Ed Emschviller. Hannes Bok e trabalhos de Virgil Finlay (para quem Lovecraft dedicou um poema), e ninguém estava nem aí.

Achei legal o conteúdo, eu sou fã de cultura pop e acho que tem muita coisa legal ali e nem sempre a gente quer aprofundar muito em algo complexo, só quer sentir mesmo e ter uma experiência. E na verdade eu consumo muitos canais de musicas, filmes, enfim cultura pop e a maioria tem muita análise sim, acho que é meio preconceituoso achar que não tem o que se tirar de cultura pop e nunca tem conteúdo por trás. Eu acho que a grande diferença é que geralmente coisas da cultura pop tem uma mensagem simples e o publico mais leigo que só quer se divertir vai conseguir consumir, mas quem é mais sensível pra essas mensagens consegue sair com uma boa reflexão, teorias e tudo mais.

Vídeo FODAAAA! Tô pesquisando isso na dissertação de mestrado. Muito bom ! Há várias questões que podem ser aprofundadas. Mas fico feliz desse vídeo existir e essa discussão acontecer nas redes

Seu canal é fenomenal cara, o quanto q eu me senti representado com as ideias apresentadas nesse vídeo tu não tem ideia. Continue assim, fella!