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Quando os elementos leves em uma estrela são consumidos, átomos de ferro (Fe) começam a ser produzidos no núcleo. Como consequência, o processo se torna endotérmico, consumindo energia. Esse processo torna-se pouco eficiente para a estrela, levando ao colapso do corpo celeste. Quando isso acontece, a estrela explode, liberando uma quantidade imensa de energia e matéria para seus arredores. Durante essa explosão, os átomos de ferro são bombardeados por nêutrons, iniciando o chamado processo-r. Nesse processo, os nêutrons penetram no núcleo e rapidamente um quark down é convertido em um quark up, gerando um novo próton. Entretanto, o processo não para por aí; novos nêutrons são absorvidos e novos prótons são gerados dentro do núcleo desses novos elementos, em um processo semelhante a uma reação em cadeia.
Esse material gerado pelas estrelas não fica flutuando pelo universo, mas sim se aglomera em torno de corpos mais densos, podendo ser a semente de novas estrelas menores, planetas e, principalmente, meteoros, cometas e asteroides. Normalmente, esse material tende a permanecer nas proximidades da estrela que explodiu, podendo eventualmente formar uma estrela de nêutrons. Nessa região, a gravidade é extremamente intensa devido ao colapso da matéria e à formação de um núcleo de nêutrons. No entanto, a matéria localizada nos limites da estrela que explodiu pode escapar dessa gravidade e se dispersar pelo universo com mais facilidade.
Esses corpos podem alcançar nosso planeta, vindo tanto de dentro de nossa galáxia quanto de fora dela, embora isso seja mais raro. Os corpos mais massivos, como planetas, geralmente são formados a partir do material da estrela que explodiu. Devido à sua maior massa, o efeito gravitacional do núcleo colapsado da estrela mantém esses corpos celestes gravitacionalmente ligados.
No entanto, os materiais menos massivos continuam a se afastar e são bombardeados por nêutrons, gerando materiais densos e ricos em elementos mais pesados. Esta é uma compensação natural: corpos mais massivos tendem a permanecer próximos às suas estrelas, explicando por que planetas rochosos estão geralmente próximos à estrela, enquanto planetas gasosos tendem a estar mais distantes.
Os corpos que não se fundem na formação de novos planetas acabam entrando em órbitas mais amplas no sistema. Como resultado, esses corpos são altamente densos. É importante notar que uma bolinha de 50 g de chumbo é mais densa do que 1 kg de isopor, embora não seja mais massiva.
O irídio é um elemento extremamente raro, com 77 prótons em seu núcleo, sendo que na superfície da Terra temos em torno de 0,001 partes por milhão. Ele é um excelente indicador de que algum material veio de fora do nosso planeta. Na década de 1980, dois geólogos perceberam em uma região rochosa do Canadá que, em meio aos sedimentos, era possível encontrar uma quantidade muito maior de irídio do que o normal na Terra, após análises de espectroscopia.
O mais interessante é que essa camada rica em irídio está localizada exatamente na chamada camada K-Pg, que corresponde ao Cretáceo-Paleogeno, um período há aproximadamente 66 milhões de anos. Esse período marca o fim dos dinossauros não avianos. Em outras palavras, é um indicativo de que um asteróide de grandes proporções colidiu com nosso planeta nessa época. Atualmente, sabemos que um enorme asteróide impactou a Terra na região de Chicxulub, no golfo do México.
Se um dia um novo asteróide se chocar com a Terra e nos levar à extinção, um dia, se outra espécie se desenvolver ao ponto de chegar ao mesmo nível de nossa tecnologia, eles poderão compreender o que promoveu nosso desaparecimento, devido ao aumento da quantidade de irídio na camada que corresponde ao que chamamos de antropoceno.
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