Boa noite Scan! Fico feliz que tenha gostado! Um grande abraço e muito obrigado pela sua participação aqui no canal!

Concordo!

Esse talvez foi um dos vídeos mais trabalhosos para se editar, então se você gostou já valeu muito a pena! Muito obrigado pelo comentário e apoio de sempre, um grande abraço!

Obrigado Hugo por ter indicado esse excelente canal, fico muito feliz por estar conhecendo mais sobre a minha amada Química no KZfaq graças a canais espetaculares como os de vocês. Muito obrigado e sigam em frente com esse trabalho.

@@jonathasdavid7766 Amigo! Fico feliz que esteja acompanhando aqui também. Quando vejo esse tipo de conteúdo, a profundidade, referências e afins percebo o quanto ainda tenho que aprender. Vamos em frente nessa jornada! ;)

Kkkkk. Pois é, o conteúdo que vcs apresentam me fazem refletir e pensar se consigo tbm chegar nesse nível

Amigo Hugo e Jonathas, muito obrigado por essa avaliação tão positiva, saber que o vídeo foi importante para vocês nos ajuda a ter forças para elaborar mais desses conteúdos. Uma ótima semana para vocês e um grande abraço!

@@jonathasdavid7766 Certamente conseguirá, e ficará melhor! Quando estudamos formalmente ou durante provas esse estudo é intenso, mas boa parte do que aprendi foi pela constância, e não pela intensidade. Ou seja, um pouquinho cada dia ou semana ajuda muito, principalmente assuntos de química que do nosso interesse pessoal. Um grande abraço!

Rafael fico feliz com seu comentário, muito do crescimento do canal se deve à suas dicas. Continue nos acompanhando porque ainda virá muito mais conteúdo. Um abração!

Olá Breno, fico feliz que não tenha achado cansativo pois talvez é um dos vídeos mais longos do nosso canal. Fico feliz que tenha gostado. Muito obrigado por seu comentário e um grande abraço!

Bom dia, Francisca! Muito obrigado, fico feliz que você tenha gostado do nosso conteúdo. Um grande abraço!

Bom dia Michael! Muito obrigado, fico feliz que tenha gostado do nosso material. Estamos à disposição! Um grande abraço!

Bom dia, Gabriel! Muito obrigado, fico feliz que as informações foram úteis para você! Um grande abraço e desejo um ótimo e feliz Natal!

Olá Edson! Muito obrigado pelas palavras de gentileza e apoio! Um grande abraço para você e desejo uma excelente semana!

Bom dia, Alex! Muito obrigado pelo seu comentário! Um grande abraço!

Obrigado Alissa! Fico feliz que você tenha gostado do nosso material. Um abraço!

Boa tarde, Thiago! Muito obrigado, fico feliz que você tenha gostado do nosso material. Um abraço e ótima semana!

Olá Hugo, o refratômetro mais conhecido no meio técnico e científico, é um de bacada, chamado refratômetro de Abbé. Olhando de longe esse refratômetro de bancada lembra um microscópio, e portanto nada se parece com esse apresentado no vídeo. No entanto, esse portátil tem se popularizado muito. Obrigado pelo comentário, um grande abraço e uma boa semana!

Boa noite, Wagner! Fico feliz que você gostou do vídeo! Um grande abraço!

Bom dia Matheus! Muito obrigado, fico feliz que você tenha gostado do nosso material. Daqui a pouco postaremos um novo vídeo aqui no canal. Um grande abraço e desejo uma ótima sexta feira!

Olá amigo! Fico feliz que tenha gostado do material. Esteja conosco. Um grande abraço!

Bom dia, Julio! Muito obrigado!!! Fico feliz que o material tenha sido instrutivo para você. Um grande abraço!

Boa tarde, Maria Barbosa! Eu fico muito feliz de você ter considerado nosso material útil. Espero que vocês usem bastante o refratômetro de vocês! Um abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

Bom dia Julio! Eu quem agradeço! Fiquei bastante feliz ao ler seu comentário. Nosso canal foi criado exatamente para isso. Te desejo muito sucesso e felicidade!

Sim amigo, até um tempo atrás ele não era tão difundido assim, acredito que principalmente pelo custo. Agora, principalmente em função dos equipamentos chineses, o preço dele se tornou muito atrativo. Fico feliz que tenha gostado. Um grande abraço!

Boa noite, Thiago! Muito obrigado! Se puder esteja sempre conosco. Um grande abraço!

Muito obrigado Lucas, é incrível como esse equipamento é muito mais conhecido no meio técnico do que no meio acadêmico. Nos cursos de graduação só se trabalha com o refratômetor de Abbé. Sabendo unir o melhor dos dois mundos você vai muito longe. Um grande abraço!

Bom dia, Rangel! Muito obrigado, fico feliz que tenha gostado. Um grande abraço e desejo uma ótima semana!

Boa tarde, Liz! Eu quem agradeço pelo excelente complemento e informação valiosa. Muito bom saber isso! Fico feliz em saber que você gostou do nosso material. Um abraço e ótima semana.

Que ótimo Mateus, então use mesmo! Adiante teremos outros vídeos sobre instrumentos portáteis aqui no canal. Um grande abraço!

Bom dia, Ingrid! Fico feliz que tenha gostado das nossas explicações. Achei uma ótima ideia a que você nos deu de aplicar essa técnica no café, tanto para Brix quanto TDS. Na verdade muitas vezes temos dúvidas de amostras e materiais que possam interessar o público e essas sugestões nos ajudam bastante, além disso existe muito interesse no controle de qualidade de cafés. Muito obrigado por sua sugestão e desejo um ótimo fim de semana!

Sim Everton, com certeza me empolguei aqui, testei em um monte de amostras que acabaram não sendo mostradas no vídeo (leite, suco de caixinha, alcool 70, etc). A sugestão de retirar com o erlenmeyer me pareceu muito boa, vou testar, é bem provável que elimine o CO2. Sempre que puder apareça aqui nos comentários, suas sugestões são muito boas. Um grande abraço!

Boa noite, Marcelo! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: Olha, no caso específico do licor tanto o açúcar quanto o etanol irão inteferir na medida, daí o valor lido não corresponde nem a quantidade de açúcar e nem à de etanol e sim a uma mistura desses dois. Dessa forma, calcular separadamente não é possível, mas é possível se estimar baseado na diferença do indice de refração de um produto fermentável fazendo-se a diferença do valor antes da fermentação e posteriormente à fermentação (os cervejeiros caseiros fazem muito isso, embora virtualmente seja possível se fazer isso para outras bebidas como hidroméis e licores). Já a técnica de microdestilação (destilação de pequenas quantidades) possibilitaria a obtenção com boa precisão do teor alcoólico. E nesse caso dá para se calcular a quantidade de açúcar pelo refratômetro se o teor de álcool for conhecido (nesse caso é feita uma subtração dos valores). A combinação de técnicas é muito poderosa para esse tipo de determinação. Enfim, não é algo extremamente simples, mas é possível de ser realizado! Um grande abraço e obrigado pela sua participação aqui no canal!

Existe algum instrumento que consiga ter uma resolução maior ?

Bom dia Matheus, obrigado pelo comentário, fico muito feliz que esse vídeo tenha sido útil para você! No caso do suco de laranja você poderia normalizar o Brix de toda produção adicionando açúcar (para elevar o Brix) ou água (para reduzir o Brix) no sentido de sempre ter um valor constante. As empresas de suco fazem isso, a indústria do leite, por exemplo, faz o mesmo adicionando água até a obter uma padronização no teor de gorduras. Porém se for um produto natural, muitas pessoas não gostam da adição de água ou açúcar, então realmente fica-se dependente da qualidade da safra. Existe sim alguns refratômetros com maior resolução. O tipo caneta que apresentamos no vídeo tem graduação com resolução de 0,2%. Existem modelos de refratômetro digital automático com resolução de 0,01% (Por exemplo, o disponível no link: www.cetec.com.br/produto/refratometro-digital-automatico-atago-rx-5000-alpha ) Esses refratômetros têm um custo quase 20 vezes maior que o tipo caneta, infelizmente. A maioria dos refratômetros digitais têm resolução 0,1%, e nesse caso o ganho é pequeno considerando que o tipo caneta é 0,2%. Um grande abraço e desejo uma ótima sexta feira!

Boa tarde Paulo! Esses com escala de 0-32° BRIX acabaram ficando mais conhecidos e tornaram-se mais disponíveis pois no caso de bebidas, frutas e outras aplicações mais simples dificilmente as amostras têm mais de 32°. Mas existem sim refratômetros com escala superior à 0-32° BRIX, como por exemplo o de 0-90° BRIX, esses foram desenvolvidos originalmente para produtos muito concentrados em açúcares como mel, geleias, etc. Como o tamanho daquela escala é sempre o mesmo, a de 0-90° BRIX tem uma escala com graduação menos precisa (de 1 em 1 brix), enquanto a graduação do com escala 0-32 BRIX varia (geralmente) a cada 0,2° BRIX. Fico feliz que você tenha gostado do nosso material, um abraço!

@ valeu, obrigado mesmo 😊👍😃

Boa tarde, Gabriel! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: Com certeza, se você precisa de um método rápido e de relativa precisão. Em situações em que se deseja isso, a determinação do índice de refração é uma técnica muito aconselhável. Olha, alguns refratômetros portáteis já possuem uma escala para salinidade (nas unidades índice de refração e em quantidade por mil ‰). Mas se precisar de uma referência bibliográfica para uma tabela, sugiro: CRC Handbook of Chemistry and Physics, 85th Edition, Volume 85. Front Cover. David R. Lide. CRC Press, Jun 29, 2004. Se precisar das tabelas pode me enviar um email que eu te encaminho. Basta olhar a tabela de índice de refração para soluções de cloreto de sódio, você vai ver que a escala desses refratômetros de salinidade é baseada nela. Vale lembrar que qualquer substância dissolvida na água do poço que não seja um sal inorgânico, será interferente nessa medida (como açucares, matéria orgânica dissolvida, etc). Geralmente essas substâncias estão presentes em quantidades muito pequenas, muitas vezes insignificantes, mas vale a ressalva de que possivelmente o refratômetro irá indicar uma quantidade sempre ligeiramente mais alta de sais (em relação à quantidade real), pois pequenas quantidades de matéria orgânica dissolvida na água do poço vão "elevar" o valor que vc irá ler no refratômetro. Um abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

Olá Severino, tudo bem? Essas tabelas eu tirei do CRC Handbook of Chemistry and Physics, particularmente consultei a 85ª Edição. Se quiser os dados todos dessa referência bibliográfica, são esses: CRC Handbook of Chemistry and Physics., 85th Edition, Volume 85. Front Cover. David R. Lide. CRC Press, Jun 29, 2004. Mas se você não se importar em eu lhe passar um endereço (link) da internet, sugiro consultar o site: www.refractometer.pl/refraction-datasheet-sucrose Nesse site você encontra tabelas para a sacarose (como a do link acima), que mostra a relação entre Brix e o índice de refração. E outras tabelas como as do álcool etílico (etanol), glicerina, etc. Quanto a questão da temperatura, eu fiz em uma temperatura próxima da ambiente, cerca de 27-28 graus. Não precisa ser 20° C certinho pois o equipamento tem um sistema de compensação automática da temperatura, que funciona de forma bem precisa. Mas certamente a temperatura de uma amostra interfere na leitura, soluções alcoólicas por exemplo variam muito o índice de refração em função da temperatura (os valores para 40°C não são os mesmos do que 20°C). Porém lembre-se que esse aparelho promete realizar essa correção, e isso não deveria ser um grande problema a se preocupar. Se eventualmente você tiver um equipamento que não for do tipo "ATC" Automatic Temperature Compensation, aí sim você deveria trabalhar sempre com amostras preferencialmente a 20°C. Em geral o manual delas tem essa informação ou as vezes está escrito ATC, bem próximo ao parafuso de calibração desses equipamentos. As versões mais baratinhas já vêm com a função ATC. Mesmo que tenha um refratômetro com ATC, minha sugestão é que você coloque amostras com temperaturas entre 15 a 30 graus, que possivelmente você não deverá experimentar problemas em função da temperatura das amostras. Se tiver mais dúvidas pode me perguntar. Um grande abraço!

Olá Matheus, fico feliz que tenha gostado do que temos feito, em breve lançaremos mais materiais aqui no canal. Bem, o mel tem uma concentração muito alta de açúcares. Isso porque a abelha tem o procedimento de bater as asas sobre o "mel" (me refiro à mistura que virá a ser o mel) e a velocidade da batida pode chegar até umas 200 vezes por segundo, isso em geral faz com que a água dessa mistura evapore bastante, concentrando-a, e se tornando efetivamente em mel. Em média, a quantidade de água no mel fica próxima a 20%, o que significa que ele deve ter um índice de refração próximo aos 80 Brix. Em relação a esses números, você pode conferir a autenticidade dessas informações que descrevo nesse artigo aqui, que relata a análise de uns 16 tipos de méis: Borges, J. G.; et al. Qualidade de mel comercializado em feiras livres de Salvador e Petrolina. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais. , v.19, n.3, p.231-240, 2017. Disponível no link: www.deag.ufcg.edu.br/rbpa/rev193/rev1931.pdf Em geral entenda o mel como: 80% açúcares, 0,5% cinzas, 19,5 % água. Essa determinação da quantidade de água é muito importante, para determinar se não houve adulteração por adição de água sobre ele. Infelizmente como o mel é um produto caro ele está sujeito a isso. Para você ter uma idéia de um procedimento de análise desses, aqui está um roteiro de análise do laboratório nacional agropecuário do Rio Grande do Sul: www.agricultura.gov.br/assuntos/laboratorios/legislacoes-e-metodos/arquivos-metodos-da-area-poa-iqa/met-poa-slav-1702-determinacao-de-umidade-a-20oc-em-mel.pdf/@@download/file/MET%20POA%20SLAV%201702%20Determina%C3%A7%C3%A3o%20de%20Umidade%20a%2020%C2%BAC%20em%20Mel.pdf Bom, eu vou dividir a sua resposta em três partes: 1. Veja bem, você não poderá colocar mel diretamente em um refratômetro 0-32 Brix, pois os 80 Brix dele (em média) estará fora da escala de trabalho, daí se você fizer isso (e eu fiz durante o período em que gravava esse vídeo, só por curiosidade mesmo) você verá apenas uma região azul clara sem definição. 2. Se você já tiver adquirido um refratômetro 0-32 Brix, é possível determinar o índice de refração do mel sim, mas primeiro você precisa fazer uma diluição dele para que a solução diluída esteja dentro da faixa de trabalho desse refratômetro (ou seja, esteja dentro dos 0 a 32 Brix). Por exemplo, você pode fazer uma solução colocando 25 g de mel e completar até obter 100 g de água. Lembre-se de diluir tudo bem direitinho, diluir mel demora um pouquinho. Quando fizer isso você vai reduzir a concentração em 1/4 do original, e portanto, um mel que apresentaria o teor de brix de 80% deverá apresentar nessa diluição um valor de aproximadamente 20 Brix. 3. Se você não tiver um refratômetro desses, e pretender analisar apenas mel, você pode comprar um refratômetro portátil com uma escala própria para isso, existe um que lê valores entre 58 - 90 Brix, que seria ideal para essa aplicação. Ele é um pouco mais caro que o 0 - 32, porém não muito, acredito que está em torno de uns R$ 150,00. Aí sim, nesse você pode apenas colocar o mel e pronto. A vantagem desse é que fica bem rápido quando não se precisa preparar a diluição, e você pode analisar também outros produtos que tenham concentração bem alta de açúcares, como geleias, por exemplo. No caso do equipamento usado no artigo e no procedimento de análise do laboratório que apresentei, eles usam um refratômetro de Abbé (que não é o portátil), esse é um equipamento de bancada, com uma faixa de trabalho muito maior, por isso quase não se menciona esses detalhes sobre a faixa de trabalho. Mas enfim, o portátil funcionaria muito bem para essa análise, levando em consideração essas observações acima. O erro da sua medida, considerando exclusivamente o erro proveniente do equipamento, será de +-0,2 Brix se usar o equipamento de 0-32 Brix. Se usar o refratômetro 59-90 Brix terá um erro de aproximadamente +-0,5 Brix, pois a escala dele é graduada de 0,5 em 0,5 Brix - não que isso seja uma grande diferença, mas é bom saber. Obrigado por deixar esse comentário, pois acredito que poderá esclarecer a dúvida de outros seguidores também. Um grande abraço!

@ Não tenho nem palavras para agradecer sua dedicação nessa resposta! Muito obrigado mesmo!

Bom dia, Ester! Você pode medir a densidade de uma solução utilizando um picnômetro, temos um vídeo aqui no canal apresentando esse método. Se for solução conhecida, as fichas de segurança (FISPQ) ou fichas técnicas mencionam também a densidade da solução. Para converter massa em volume, basta utilizar a equação da densidade, daí em posse do volume do soluto presente em 100 mL de solução, você tem a %v/v. Um abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

Boa tarde Marcelo! Gostei da ideia do seu canal, além de ser uma ideia muito boa, vai ser um material bem específico, criativo e que não é parecido com o conteúdo de outros canais: vale a pena pensar nisso mesmo. Só uma observação antes de falar do sal (cloreto de sódio): No que se refere a determinação de açúcares, e se o medidor de glicose for o refratômetro, em geral você não deve ter muitos problemas nessa medida. Um dos poucos interferentes na determinação de açúcares com o refratômetro em produtos alimentícios é se houver existência de grande excesso de sais dissolvidos. Mas mesmo assim, isso não interfere tão fortemente na determinação. Porém se o medidor de glicose que você estiver se referindo for aquele para testes rápidos de sangue (em geral para diabéticos), só tome cuidado pois ele funciona através da reação química entre a glicose e uma enzima chamada glicose-oxidase, que libera energia para ser detectável no equipamento. Nesse caso o problema é que as enzimas funcionam em reações químicas muito específicas, e ela vai reagir quase unicamente com a glicose, sendo que diversos outros açúcares (e são muitos existentes) não serão detectados, como a sacarose que é bem comum (que vem da cana de açúcar), frutose (mais abundante em frutas), oligosacarídeos, polisacarídeos, etc... De um modo geral, a indústria alimentícia usa bastante os outros açúcares fora a glicose. Então minha sugestão prática é: determine o teor de açúcares utilizando um refratômetro portátil mesmo, você obter um resultado em Brix (que é o mesmo que g de açúcares por 100 gramas de solução), e é bem confiável. Agora vamos falar sobre a determinação do sal: Em relação ao teor de sais você pode fazer uma análise muito simples, barata e confiável por condutometria. Nesse caso você vai precisar de um condutivímetro (o portátil é barato e adequado para isso, ele é bem barato). Esse equipamento mede a condutividade elétrica de uma solução, e, como os sais (cloreto de sódio principalmente) quando dissolvido em água eleva a condutividade da água proporcionalmente à sua quantidade dissolvida, essa seria uma boa forma de verificar a concentração de cloreto de sódio (sal de cozinha) nos alimentos. Nós preparamos inclusive um vídeo sobre o condutivímetro aqui no canal que poderá te esclarecer muitas coisas, ele está disponível nesse link: kzfaq.info/get/bejne/qdFhls98qre4p6M.html Se você usar um condutivímetro e fizer o procedimento que vou te descrever, vai ter resultados bastante confiáveis. Se você achar confuso ou muito complexo é só me dizer que posso detalhar alguma etapa: para isso você vai precisar de um condutivímetro, uma balança digital, sal de cozinha, e sua amostra. Você deverá fazer o seguinte: Coloque água (pode ser em copinho descartável, ou mesmo copos normal) e meça a condutividade com o equipamento (você vai obter um valor em "uS/cm" microsiemens por centímetro). Ok, anote esse valor, pois será a nossa amostra "sem sal" (embora nós sabemos que existe sim uma pequena quantidade de sais dissolvidos na água potável). Agora vamos fazer um procedimento para podermos converter o valor de "condutividade" para a concentração em "gramas por litro" de cloreto de sódio (sal de cozinha). Esse procedimento é chamado de curva de calibração, e para isso vamos preparar soluções de concentrações conhecidas. Prepare 5 soluções fazendo o seguinte: 1a Solução: coloque 0,5 g de sal de cozinha e dissolva em 100 g de água 2a Solução: coloque 1,0 g de sal de cozinha e dissolva em 100 g de água 3a Solução: coloque 1,5 g de sal de cozinha e dissolva em 100 g de água 4a Solução: coloque 2,0 g de sal de cozinha e dissolva em 100 g de água 5a Solução: coloque 2,5 g de sal de cozinha e dissolva em 100 g de água Meça a condutividade delas todas e anote em caderno o valor obtido para cada uma. O ideal seria fazer as medidas na mesma temperatura (basta fazer tudo na mesma hora que isso está praticamente resolvido). Agora meça a condutividade da sua amostra: E compare o valor de condutividade dela com o das soluções de concentração conhecida de sal em água! Fazendo isso você consegue inclusive estimar bem a quantidade de sal presente na amostra. O ensaio é basicamente esse. Vou apenas te falar alguns detalhes para você não ter problemas. Para fazer isso é necessário que essa amostra tenha água! Se for uma amostra que não tenha nada de água, adicione um poquinho, só para ela solubilizar os sais: isso é muito importante pois o que permitirá a condução elétrica são os sais dissolvidos na água, e não simplesmente os sais em óleo. Se for molho de pimenta que contenha apenas óleo e pimenta, é necessário colocar um pouquinho de água: Nesse caso, coloque 20 mL de molho e 20 mL de água, depois o resultado que você obter você precisa multiplicar por 2 (afinal de contas quando colocamos 20 mL de água a concentração de sais caiu pela metade pois a solução ficou diluída). Interferentes para essa medida: 1. Vinagre e outros produtos muito ácidos irão apresentar naturalmente uma condutividade maior em função dos ácidos elevarem a condutividade de soluções aquosas. 2. A análise de condutividade não é específica para o cloreto de sódio (sal de cozinha) e alguns outros sais como o cloreto de cálcio, cloreto de potássio, poderão elevar a condutividade sem que isso represente efetivamente um aumento na quantidade de cloreto de sódio. Embora a presença de sais que não sejam o cloreto de sódio em uma amostra alimentar, em geral, é mínima. Lembre-se também que no rótulo dos alimentos é indicado o teor de sódio (apenas) e por porção (a massa dessa porção varia em função do tipo de alimento). No caso desse ensaio que comentei acima você vai ter a concentração em gramas de cloreto de sódio para cada 100 mL. Se você quiser saber quanto você teria em 20 mL, por exemplo, basta fazer uma regrinha de 3. Se quiser saber a massa de sódio (apenas) basta pegar a massa de cloreto de sódio que você determinou e multiplicar por 0,4. Exemplo: se foi determinado 0,5 g de cloreto de sódio por 100 mL, isso é a mesma coisa de dizer 0,02 g de sódio por 100 mL). Espero que minha mensagem não tenha ficado clara - tentei abordar o maior número de possibilidades, mas fazer isso sempre torna a informação um pouco confusa. Um grande abraço e desejo muito sucesso no seu canal! PS: Marcelo, se eventualmente sua amostra tiver concentração de sal superior ou inferior à faixa que estipulamos para fazer a curva de calibração, basta fazer mais soluções (ou mais diluídas, ou mais concentradas).

Boa tarde, Silvas! Olha, no caso do álcool puro, muitas vezes ele é 92,8% e não 100%, outro detalhe é esse seria o máximo da escala e não o mínimo, isso porque o álcool mais concentrado, quase 100% tem um índice de refração bem maior do que as misturas contendo água. Mas eu entendi o seu propósito, o de criar uma escala. Mas fique tranquilo, pois caso você não queira recorrer à tabela e cálculos que apresentamos no vídeo, já existe um refratômetro com escala direta para a graduação alcoólica. Seria esse modelo aqui: www.instrutherm.com.br/refratometro-portatil-para-alcool-faixa-0-80-v-v-mod-rta-70 Esse link eu apresento apenas como ilustração, existem modelos chineses e outros com escala bipartida (tanto em brix quanto em % v/v para álcool, isto é, °GL (grau Gay Lussac). Esses refratômetros têm custo maior, mas podem ser uma opção mais direta para a medida. Acredito que eles medem no máximo até a graduação de 80°GL (80% v/v), pois acima disso há uma série de desvios relacionados à natureza físico-química da mistura água-álcool, que não permitem uma leitura muito simples no refratômetro. Um abraço e obrigado pela sua participação aqui no canal!

Obrigado!!!

Bom dia, GOSH1406! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: Descobri a pouco sobre esse Photometrix, muito útil e interessante, gostei bastante! Aqui no nosso canal não há vídeos sobre isso, mas vi alguns vídeos bem interessantes sobre aplicações dele na determinação de algumas espécies, por exemplo: kzfaq.info/get/bejne/d5mWo8J0t6eqe6s.html - Na determinação de ferro o método da ortofenantrolina kzfaq.info/get/bejne/pc2Ki6py2MjbfH0.html - Método colorimétrico direto kzfaq.info/get/bejne/Y5liopiImbPalok.html - Método colorimétrico direto kzfaq.info/get/bejne/sJukiMx6tqfVoZs.html - Método colorimétrico direto kzfaq.info/get/bejne/fdqnps2rvcXagGg.html - Método colorimétrico direto Os vídeos são muito bons, é interessante observar as discussões que os próprios autores fazem sobre o assunto (dificuldades, observaçoes, etc). Ainda não tive nenhum colega (professor) que fez vídeo utilizando o Photometrix, mas assim que souber também atualizarei essa lista! Um grande abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

Bom dia, Antônio! Me desculpe pela demora ao respondê-lo, tive problemas e agora que pude escrever. Espero que a mensagem ainda te seja útil: As medidas precisam ser feitas com um refratômetro calibrado. Para isso, basta colocar água destilada em cima dele (no prisma, ou seja, o "vidro"), fechar a tampa e verificar se a divisão de cores (branco/azul) está registrando exatamente em zero. Caso não esteja basta regular isso girando o parafuso que fica na parte de cima do equipamento. Depois basta colocar a amostra no prisma (como mostramos no vídeo), fechar e efetuar a leitura. No vídeo apresentamos uma tabela para conversão das unidades Brix para índice de refração, caso seja útil. É importante lembrar que misturas heterogêneas como água e óleo (juntos) não são recomendadas para serem medidas nesse equipamento, pois os resultados não deverão ser muito consistentes. Um grande abraço e obrigado por sua participação aqui no nosso canal!

@ boa noite meu amigp obg.por ter me respondido.. mais uma pergunta. por favor.. eu comprei um pra agua e óleo.. o findo dele e todo azul... quando está limpo.. quando vou medir a concentração..aparece uma divisão de branco e azul.. vc pode me dizer se o a parte Branca e a água??

Ola Izabelle! Eu recebi seu email antes de ver sua pergunta aqui no KZfaq. Já te enviei, por lá ok? Um grande abraço!

Olá Everton! Fico feliz com sua participação ativa aqui no canal. Consideramos que o momento de comentários é tão importante quanto o vídeo. Bem, em à correção de temperatura, ela é bem precisa quando uma fita bimetálica é bem construída. A fita bimetálica é muito interessante (na Wikipédia em inglês existe um gif mostrando como ela se desenrola quando aquecida), ela basicamente dispersa a energia térmica em energia mecânica. Se esse refratômetro possuir uma fita bimetálica bem construída (entenda bem construída como uma fita bimetálica com adequado estiramento e composição, para deformar em discrepância aos 20°C) ele realmente consegue ajustar a temperatura da amostra para 20° C ou algo realmente muito próximo disso, em geral em variações de 1° C (eu explico melhor de onde tirei esse valor): Você comentou sobre a eficiência da fita. E a razão do porquê estou te dizendo que é eficiente é porque ela já foi testada durante anos empiricamente em um dispositivo muito fácil de ser comprovado sua precisão: os relógios artesanais. Ela foi criada com vistas à utilização nos cronômetros marítimos, que precisam ser dotados de muita precisão. Seu desenvolvimento foi a muitos anos atrás para realizar compensações térmicas para os conjuntos de engrenagens, pois as dilatações atrapalhavam a dinâmica rotacional e consequentemente atrasavam ou adiantavam a marcação de tempo. Existe um bom material sobre isso na Wikipedia em inglês sobre o tópico "Bimetallic strip". Mas igualmente interessante é a informação dela para o tópico "Balance wheel", as fotos são muito boas. Está disponível nos links: en.wikipedia.org/wiki/Bimetallic_strip en.wikipedia.org/wiki/Balance_wheel Saindo da esfera de relógios e Wikipédia e indo para uma abordagem ainda mais científica, existe um trabalho onde a intenção era verificar se a eficiência de uma fita bimetálica seria similar tanto em escala micro quanto na macro. O link desse artigo é: iopscience.iop.org/article/10.1088/0960-1317/25/10/104003/meta Nesse trabalho, de interesse da ST Microelectronics (uma das maiores fabricante de circuitos integrados da área de eletrônica), criou-se um modelo matemático para explicar o comportamento desses materiais que convertem energia térmica em mecânica. Isso realmente é interessante pois os circuitos microscópicos (formados por camadas finas), precisam operar em faixas variáveis de temperatura com adequada precisão, nesse caso a fita bimetálica é eficiente para a dissipação dessa energia. Em outros casos, ela é utilizada para determinar a temperatura em função da tensão gerada. Esse outro artigo é do mesmo autor, publicado 1 ano antes, apresentando resultados sobre a modelagem matemática do sistema (artigo open access): iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-6596/557/1/012015/pdf Mas talvez o material mais completo sobre o assunto você possa encontrar no livro "Instrumentation Reference Book", 4a Edição, de autoria do Sir Claud Hagart-Alexander, de . Por ser um material da editora Elsevier, ele está disponível no link: www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780750683081000218 (possível de ser acessada em instituição de ensino ou via sci-hub). Nesse livro é comentado sobre os termômetros que operam simplesmente pelo princípio da dilatação da fita bimetalica e a precisão deles está entre 1 a 2 K (kelvin) (essa informação está na tabela 21.7, da parte 3, na página 276, da 4a edição, de 2010. Nesse caso é importante dizer que me refiro aos termômetros totalmente mecânicos, não confundir com termopares onde também existe uma fita bimetálica, mas lá a geração de potencial elétrico é detectado por um sistema eletrônico (efeito seebeck). Ainda nesse livro é mencionado, que os termômetros que operam nesse princípio, normalmente registram temperaturas até 300°C com variação de +-1% (página 286, do referido livro). Já no caso dos refratômetros portáteis acredito que a precisão por compensação de temperatura seja alta, pelo fato da tecnologia da fita bimetálica já ser bem explorada. No caso dos laboratórios de análise fisico-química, não podem haver dúvidas na temperatura da amostra, e consequentemente na precisão da fita bimetálica. Então, o experimento é realizado em banho térmico comum aos refratômetros de Abbé, pois gera maior segurança da temperatura da amostra, quase sempre 20°C. Um grande abraço e muito obrigado pelo comentário!

@ Ótimo! Não conhecia a fita bimetálica para compensação de temperatura. Achei seu vídeo tão interessante que comprei um refratômetro igual ao seu. Acabou de chegar! Agora é só se divertir. Muito obrigado!

@@everton4135 Everton, tudo bem? Eu me lembrei muito de você, pois foi você quem me perguntou a respeito da fita bi-metálica. Esse artigo aqui é bastante interessante sobre o assunto (a respeito do portátil, especificamente), apresentando inclusive informações históricas, utilizações na medicina humana/veterinária: George, J. W. (2001). The Usefulness and Limitations of Hand-held Refractometers in Veterinary Laboratory Medicine: An Historical and Technical Review. Veterinary Clinical Pathology, 30(4), 201-210. Disponível em: onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/j.1939-165X.2001.tb00432.x Ele inclusive apresenta algumas limitações e perspectivas. É um material interessante. Se tiver dificuldade para obter esse artigo me comunique. Um grande abraço!

@ Oi amigo! Muito obrigado. Vou dar uma olhada no artigo. Abraço.

Boa tarde, Airton! Sim existe uma tabela que correlaciona a densidade de uma solução de água e açúcares (podemos tranquilamente considerar o mosto como sendo essa mistura), com o valor do índice de refração apresentado em um refratômetro. Mas como regra prática, você pode simplesmente correlacionar a densidade com o valor do brix, por simplesmente multiplicar por 4 o valor do brix e somar + 1. Por exemplo, se você lê com o refratômetro um mosto que apresente 13° Brix, você poderá saber a densidade inicial (também chamada de OG - Original Gravity), através do cálculo: OG= (13*4) + 1,000 Portanto a OG seria 1,052 g/mL! A multiplicação por 4 é algo aproximado, mas de um modo geral funciona muito bem. Há uma publicação do site "lamasbrewshop" bem interessante sobre isso: www.lamasbrewshop.com.br/blog/category/equipamento Espero ter ajudado. Um abraço e obrigado pela sua participação aqui no canal!

Boa noite, Fabio! Olha, calcular separadamente não é possível, mas é possível se estimar baseado na diferença do indice de refração de um produto fermentável fazendo-se a diferença do valor antes da fermentação e posteriormente à fermentação (os cervejeiros caseiros fazem muito isso). A técnica de microdestilação (destilação de pequenas quantidades) possibilitaria a obtenção com boa precisão do teor alcoólico. E nesse caso dá para se calcular a quantidade de açúcar pelo refratômetro se o teor de álcool for conhecido (nesse caso é feita uma subtração dos valores). Enfim, não é algo extremamente simples, mas é possível de ser realizado! Um grande abraço e obrigado pela sua participação aqui no canal!

Bom dia, Juliano! Me desculpe pela demora ao respondê-lo, tive problemas e agora que pude escrever. Se ainda te for útil: No licor vão existir (principalmente) duas substâncias que elevam o índice de refração (elevam o Brix): o açúcar e o etanol. Nesse caso específico, relacionar o valor do Brix indicado no equipamento com a quantidade de açúcar não dá valores muito precisos, pois o etanol atua como um interferente na medida. É claro que você pode medir o valor do Brix antes da fermentação do licor e depois ao final e fazer uma subtração. Essa diferença é >> aproximadamente

Boa noite, Vantuir! Para uma medida direta, o brix não seria indicado para verificar os teores de açúcares de bebidas alcoólicas, pois quando se tem açúcares, álcoois e ácidos, gera-se muita imprecisão. No caso de cervejas, especificamente, há até um cálculo aproximado que é feito. Você pode ver uma dessas calculadoras através do link: www.yeastlab.com.br/calculadora (clicar em "conversão brix"). Um abraço!

Boa tarde, Mônica! Tenho entrado muito pouco aqui no canal para responder dúvidas, portanto, me desculpe pela demora ao responder seu comentário. Espero que essa resposta ainda possa ser útil: Olha a forma mais simples de você conferir se a calibração do seu refratômetro está adequada é colocando um pouco de água purificada e conferindo se a divisão entre a parte branca e a parte azul estão exatamenete no "zero" da escala. Teoricamente isso precisaria ser feito utilizando água destilada, é o mais recomendável, mas eu testei com água comum do fornecimento da cidade, filtrada, e funcionou certinho também. Muito obrigado por sua participação aqui no nosso canal! PS: Sem colocar nenhuma solução ele realmente fica todo azul, como você viu, mas para conferir se está calibrado ou não, é necessário o teste com água.

Olá Severino! Esse valor foi uma média que fiz entre os valores intermediários (12 e 14). 12 Brix = 1,3509 14 Brix = 1,3541 Nesse caso fiz o seguinte cálculo... vi que o incremento (isto é, a diferença) entre os valores de 12 e 14 é 0,0032. Daí assumi que uma diferença de 2 brix gerou 0,0032 de diferença. Para 1,4 (esse é o incremento para que 12 vire 13,4), fiz uma relação (regra de três): 2 Brix -------- 0,0032 incremento no índice de refração 1,4 Brix ----- X X = 0,00224 Daí somei os 0,00224 ao índice de refração de 12 brix, que é 1,3509. Então 1,3509 + 0,00224 = 1,35314. Esse seria o valor estimado. Só depois descobri a tabela disponível em: www.reichertai.com/clientuploads/directory/download_pdfs/ICUMSA%20Brix%20Table.PDF Nela você pode consultar que vai ver que existe valores para incrementos de 0,1 em 0,1. Lá diz que o valor para 13,4 Brix seria exatamente 1,35313... que seria bem próximo do nossos 1,35314 obtidos pelo cálculo acima (que foi uma aproximação). Daí precisei conferir na tabela do etanol qual graduação alcoólica corresponderia a um índice de refração de 1,35314.. aí para não perder muito tempo, considerei esse valor ser muito próximo a 1,3535 (que é um valor fixo da tabela do etanol), correspondente a 30% m/m (ou 36,2°GL). Existe um manual em alemão (são tabelas de laboratório da Merck) que mostra a relação entre o °GL e a % m/m, mas ele não está disponível em links na internet (não que eu conheça) Mas esse site aqui tem uma correlação bem legal entre os dois (e diz o autor que retirou esses dados desse manual): wissen.science-and-fun.de/chemistry/chemistry/density-tables/ethanol-water-mixtures/ Lá você poderá ver que a concentração água-etanol 30% m/m equivale à 36,2 °GL. Realmente, esse cálculo não é nada intuitivo e demanda várias tabelas e estimativas de valores. Mas enfim, espero ter esclarecido... é que normalmente no vídeo demora muito fazer uma explicação desse tipo e não é todo o público que acha interessante. Já aqui nos comentários, acaba sendo simples para apresentar esses pormenores para aqueles que se interessam. Um abração!

Olá amigo! Os ácidos, além de terem sua função primária, que é a liberação de íons H+ (conforme a teoria de Arrehnius), ou recebimento de pares de elétrons (segundo Lewis), eles têm outras características em função da estrutura de sua molécula. Para escrever adiante vou considerar os ácidos como substâncias que liberam o íon H+ (segundo Arrhenius mesmo, só para simplificar). Por exemplo, o ácido fluorídrico além de sua função ácido, ele reage com vidro, corroendo-o. Isso não tem relação com o íon H+ liberado por esse ácido, pois, afinal de contas outros ácidos também fazem isso e não correm vidro. Tal como o ácido sulfúrico, que libera bastante H+ e não reage com o vidro. A reação com o vidro é característica da molécula de ácido flurídrico (HF), nesse caso o HF reage com vidro inicialmente se adsorvendo na superfície do vidro e depois dando origem a outras reações químicas. Por outro lado, o plástico não reage com o HF, e portanto ele é facilmente armazenado em recipientes de plástico, em especial o polietileno de alta densidade (PEAD). No caso da sua pergunta - o plático, vale a mesma explicação. Alguns ácidos são bastante oxidantes (não por sua característica de liberar íons H+, mas pela estrutura da sua molécula). E muitos plásticos podem se oxidar, se tornando quebradiços e impróprio para armazenagem desses ácidos. O ácido nítrico por exemplo tem caráter oxidante, principalmente quando bem concentrado (em concentração 65% ou até menos disso), que impediria sua armazenagem em frascos de plástico em geral. Já o sulfúrico por exemplo, é pouco oxidante, mas é principalmente um forte desidratante, podendo reagir com a estrutura do plástico e torná-lo quebradiço e/ou impróprio para o uso. Outra coisa interessante a se lembrar é que existem vários plásticos, alguns suportam alguns ácidos sim, principalmente quando esses estão mais diluídos. De um modo geral, nenhum ácido reage com o PTFE (Teflon), embora esse material seja caro para a produção de recipientes comuns. O polipropileno (PP), o PEAD e o polietilenotereftalato (PET) estão dentre os plásticos (polímeros) mais comuns que temos, mas como são passíveis de sofrerem reação por desidratantes fortes, deixando sua estrutura frágil e quebradiça, ou sendo oxidados e comprometendo sua resistência mecânica, são pouco utilizados para armazenar ácidos. De um modo geral quase nenhum ácido interage com a estrutura do plástico (polímero), dissolvendo-o, pois nenhum atuaria como solvente de polímero. Em quase todos os casos o que ocorre é uma reação química entre plástico e o ácido. Novamente repito que isso é um comportamento comum a muitos ácidos (em especial os inorgânicos), eventualmente algum muito específico (possivelmente um ácido orgânico) poderia solubilizar o polímero, dissolvendo-o. Um grande abraço e muito obrigado pelo comentário!

Vlw amigo agora eu entendi

Bom dia Cunha! Sim, sem problemas. Pode me enviar um email para canalquimicaexperimental@gmail.com que já te respondo. Um grande abraço!

Bom dia, Paulo! Me desculpe pela demora ao respondê-lo, tive problemas e agora que pude escrever. Espero que a mensagem ainda te seja útil: Fique tranquilo, existe um pequeno desvio em função da temperatura, e no caso do refratômetro que você comprou provavelmente ele tem um grifo "ATC" em cima, significando que que ele faz a "Correção Automática de Temperatura". Mesmo assim, se você quiser fazer a calibração à 20°C, que em geral é a utilizada nas tabelas, basta deixar a água destilada um tempinho na geladeira. Mas já adianto que esse rigor nem sempre é tão necessário. Eu ri muito sobre a temperatura do Rio de Janeiro nunca ser abaixo dos 30°C, eu trabalho em uma cidade chamada Iturama, em Minas Gerais, e a temperatura média aqui dificilmente está abaixo dos 30°C também. Um grande abraço e desejo uma excelente semana!

@ Poxa, já me ajudou muito, estava na dúvida se tinha algo haver com a temperatura do refratômetro em si e a própria temperatura ambiente.

Caro Jorge Macedo, é um grande prazer tê-lo conosco aqui no canal! Claro que posso te enviar! Você pode me passar seu email? O meu email é canalquimicaexperimental@gmail.com . Fico feliz que esteja acompanhando nossos vídeos. Tenho acompanhado e gosto bastante dos seus vídeos. Um grande abraço!

@ Oi professor poderia me enviar a tabela também, meu email é wellingtonpsl_@hotmail.com !

Bom dia! Me desculpe pela demora ao responder, tive problemas e agora que pude escrever. Espero que ainda possa te ser útil: O refratômetro para geleias não tem o ponto "zero" brix na escala. E é por essa razão que quando se coloca água (pode ser para injeção, ou destilada, até mesmo a de torneira), não se observa nada. Esse refratômetro para geleias não permite a calibração com água. Mas você pode colocar umas gotinhas de glicerina bi-destilada a 20°C, que ela deverá ter valor 73 Brix (pois corresponde à 1,4729 no índice de refração). Daí nesse caso a glicerina bi-destilada pode ser usada com uma substância simples para calibração! Um grande abraço!

@ MUITÍSSIMO OBRIGADA!!!! 🙏🏽

Boa tarde, Eduardo! Boa pergunta, isso ocorre porque o refratômetro mede o índice de refração de todas as substâncias presentes, isto é, mede o desvio da luz de toda a mistura. No caso da cachaça o valor apresentado pelo refratômetro não está em função do açúcar, e sim do álcool! Vale lembrar que tanto a presença de açúcar quanto o álcool aumentam o valor observado no refratômetro, até o ácido cítrico presente em frutas eleva esse valor. A cachaça Ypióca tem, segundo o fabricante, 38% (v/v) de teor alcoólico, isto equivale à 30-31° de porcentagem em massa (% m/m), que por sua vez equivale à refração de 1,3535. Esse valor deveria ser acusado por aproximadamente 13,6° Brix, no caso, você observou 11 Brix: isso está abaixo do esperado, foi um pouco estranho mesmo. Você chegou a testar rapidamente (colocar a cachaça no prisma do refratômetro e logo rapidamente já fechar a tampa e fazer a leitura)? Eu pergunto isso pois amostras muito voláteis, como cachaças, podem perder parte de sua composição evaporando e daí a leitura apresenta um valor abaixo do esperado. Um grande abraço e obrigado por sua participação aqui no canal!

Eduardo, eu tenho essas tabelas que consultei para apresentar esses valores. Se precisar basta me enviar um e-mail que eu as envio à você! Para correlacionar o teor de álcool de v/v para m/m basta usar as tabelas disponíveis em: wissen.science-and-fun.de/chemistry/chemistry/density-tables/ethanol-water-mixtures/

Hahahahaha! Nada de mosto a 40°C! Um abraço Eduardo!

Em tempo: não sei se perdi alguma parte em relação a este conceito, porém essa refração está relacionada a viscosidade e, em consequência, às ligações de hidrogênio, já que ambas estruturas químicas dos açúcares e do etanol são possuintes do grupo hidroxila?

Bom dia Erick, muito obrigado pelo comentário. Dá um trabalho muito grande focalizar essas duas lentes, a grande vantagem é que existe um ajuste de foco no próprio refratômetro, que ajudou bastante, se fosse algo fixo essa gravação seria quase impossível com as lentes comuns. Sobre a viscosidade, a refração se relaciona com a viscosidade por uma equação bem precisa (variação de 0,33% apenas), que é a descrita no artigo: Lagemann, R. T. (1945). A Relation between Viscosity and Refractive Index. Journal of the American Chemical Society, 67(3), 498-499. doi:10.1021/ja01219a509 Em relação a parte estrutural sim, a hidroxila favorece o aumento da refração como podemos observar pelos dados experimentais obtidos para o índice de refração "n", à 20 °C, na linha D do sódio: Propanol - 3 carbonos, 1 hidroxila, n = 1.3768; Propanodiol - 3 carbonos, 2 hidroxilas, n = 1.4398; Propanotriol (glicerol) - 3 carbonos, 3 hidroxilas, n = 1.4722; Eu obtive esses dados no site refractiveindex .info e lá é bem confiável pois mostra a ref. bibliográfica de cada dos valores. (não estou deixando o link direto pois aparentemente o youtube classifica links em comentários como um provável spam, ou algo do tipo, como não entendo isso bem, preferi não colocar). Outra coisa bem interessante é a possibilidade de calcular o raio molecular à partir do índice de refração da substância pura. Vários dados são necessários como a polarizabilidade, a temperatura da medida e a constante dielétrica. O cálculo admite que a molécula será uma esfera perfeita (funciona muito bem para moléculas lineares, ou moderadamente lineares que são muitos casos), mas enfim, é também outra propriedade bastante interessante para ser estimada experimentalmente. Um grande abraço e obrigado pelo comentário!

@ interessante!! Isso justifica o fato da indústria alimentícia utilizar polímeros de açúcares, que são polihidroxilados, para controlar a viscosidade de seus produtos. Ou mesmo do próprio mel apresentar tais propriedades.