Todas as noites, o Brasil vem acompanhando a história de Maria Bruaca, personagem da novela Pantanal que vive o momento de reconhecer e deixar o casamento marcado pela violência. No Brasil, os altos números de agressões só aumentam, revelando que o próprio reconhecimento da violência tem aumentado também: nesta semana, por exemplo, o DF registrou o maior índice de processos por violência doméstica do país.
É um longo caminho. Assim como Bruaca, muitas mulheres estão acostumadas com diversos tipos de agressão. Outras sequer a reconhecem, já que ela pode vir disfarçada. Isolamento, a tomada de bens, a chantagem emocional e, claro, o embate físico são apenas algumas das formas. Mas o importante é que todas as mulheres saibam que, por mais difícil que pareça, existe um caminho para romper esses ciclos de violência. No "agosto lilás", mês do enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, vamos conversar sobre as possíveis alternativas para dar o basta a uma relação violenta, e o apoio às mulheres que decidem sair desse ciclo. O que fazer para que as “bruacas” do Brasil virem suas páginas? Como diferenciar um comportamento grosseiro de uma violência criminosa - lembrando que violência psicológica também é crime? Como usar todas as ferramentas ao nosso alcance - as redes sociais, as instituições de apoio, a sororidade e as leis - para tornar o Brasil um lugar seguro para todas as mulheres?
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