Caminhões FORD série F terceira geração, foi a mais duradoura e versátil, compreendendo o período entre 1971 e 1992, dos antigos modelos com motores V8 a gasolina, aos diesel Perkins, MWM e Detroit 2 tempos, imagine o consumo de combustível de gasolina! no preço do combustível hoje!
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A Ford se instalou no Brasil em 1919, começando a montar seus veículos em regime CKD, vindos dos EUA, a instalação de sua fábrica própria no Brasil ocorreu em 57, quando saiu seu primeiro caminhão de fabricação nacional, o F-600, com motor V8 a gasolina, inaugurando a primeira geração da série F no país, a 2ª geração brasileira foi lançada em 61, representava um facelift da primeira, más agora com a opção de motor a diesel mais econômico Perkins.
No início da década de 70, lançava a 3ª geração, uma vez que a concorrência no mercado estava de certa forma acirrada, ao final do ano de 71 para a linha de 72, a Ford apresentou a nova série F, terceira geração, recebendo novas cabines com estilo também importado dos EUA, anunciados como os Ford 72, picape F-100, caminhão leve F-350, e os maiores F-600, F-700 e o novo F-750.
O F-350 mantinha o câmbio manual de quatro marchas e o motor a gasolina V8 292 de 4.8 litros, carburador de corpo duplo, 37KGFM e 190CV brutos.
O F600 também podia vir com motor á gasolina V8 igual ao do F-350, porém, juntamente com os F700 e F750 tinha o Perkins 6-358 de seis cilindros em linha, injeção direta, 5840cm3, 40.4KGFM e 140CV.
Em 1975, para a linha de 1976, além de lançar a nova picape F-100, a Ford substituiu a F-350 pela F-400, que mantinha o motor V8 a gasolina de 163cv, lançou a versão a Diesel, chamada F-4000, equipado com motor MWM 229 de quatro cilindros.
A história da Ford caminhões iria se cruzar com a da Chevrolet, uma vez que a GM resolveu instalar no Brasil sua subsidiária Detroit Diesel, começando a fabricar em 1976 motores a diesel de 2 tempos da série 53, passando a equipar seus modelos D-60 e D-70, e passando a fornecer os motores também para a Ford que os instalou em seus caminhões, assim, em 1977, chegariam os novos F-7000, F-8000 e o cavalo mecânico F-8500.
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O F-7000 e sua versão 6x2 de fábrica, batizado de FT-7000, oferecia duas opções novas de motores no lugar do Perkins, a primeira era o MWM 229 de 6 cilindros, 5.9 litros (5882cm3), 42.8KGFM e 140CV, e a outra opção era o Detroit-Diesel 4-N53 com quatro cilindros em linha, funcionamento de dois tempos, com 3.5 litros, 38.5KGFM e 145CV.
O F-8000 e sua versão 6x2 de fábrica FT-8000, e o cavalo mecânico F-8500, que mantinham o câmbio manual de cinco marchas, dispunham do motor Detroit 6V53, um 6 cilindros em V dois tempos a diesel, de 5.2 litros (5.218cm3) 61KGFM e 202CV.
Várias previsões da fábrica de motores Detroit Diesel no Brasil não se concretizaram, que logo deixaria o país, o lançamento dos 5 modelos Ford com motor Detroit viriam a ser um péssimo negócio, e a marca voltou a investir em sua linha de veículo comerciais, primeiramente lançou a rara opção F-2000, e para alinhar com as novas nomenclaturas das gerações diesel da série F, deixaria os modelos F-600 F-700 e F-750, apresentando seus substitutos: os médios F-11000, 12000 e 13000, e os semipesados F-19000 e F-21000 com 3º eixo tipo tandem ou balancim, todos equipados com motor MWM de seis cilindros.
Em 1983 foi lançado o F-22000, primeiro 6x4 da Ford brasileira, curiosamente, em 1984, o F2000, que já era raro, e o F4000 foram equipados com motor Ford Diesel FTO 4.4litros, que eram muito utilizados na linha de tratores Ford, mas que ficaram conhecidos por ser barulhentos e de alto consumo para esses caminhões.
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Ford e Chevrolet estavam um pouco paradas no tempo, principalmente a Chevrolet que ainda possuía modelos a gasolina, já a Ford, tratou de, além de renovar sua série F, lançar a nova linha cargo, seguindo a tendência dos cabine avançada basculantes.
A série F recebeu nova grade dianteira, faróis e para-choques, os modelos F-2000 e 19000 que era o 6x2 foram retirados de linha, ficavam o F4000, que também ganhou versão 4x4 e cambio de 5 marchas, o F11000, o F12000, o F13000 e o F22000 6x4, mas estreava o F14000, que não houve mudanças mecânicas exceto o abandono definitivo da opção de motor Perkins.
Os médios da Série F foram os preferidos das frotas públicas, por seu custo benefício, marcaram os anos 70, 80 e 90 em vários setores do transporte, em 21 anos no mercado nacional, teve o primeiro cavalo-mecânico e primeiro 6x4 da Ford brasileira, viu o fim do V8 á gasolina, usou motores Perkins e MWM, e o raro Detroit Diesel.
Com o envelhecimento, seu fim se deu em 1992, com o lançamento de um modelo totalmente renovado, cujo histórico, fica para um outro vídeo.
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